quarta-feira, 9 de março de 2022

Rússia admite pela primeira vez recurso a soldados conscritos

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Notícias ao Minuto  09/03/22 

A Rússia reconheceu hoje pela primeira vez a presença de soldados conscritos na Ucrânia e anunciou que vários deles foram feitos prisioneiros, alegando que até agora apenas soldados profissionais estiveram a lutar.

"Foram confirmados diversos casos [comprovando] a presença de conscritos nas unidades das Forças Armadas Russas que participam da operação militar especial no território da Ucrânia. Quase todos esses militares já foram retirados para o território russo", disse o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov.

O Ministério admitiu ainda que vários soldados, incluindo conscritos, foram capturados, durante um ataque ucraniano contra um grupo russo que prestava uma missão de "apoio logístico".

"Medidas abrangentes estão a ser tomadas para impedir o envio de militares conscritos para as zonas de combate e para garantir a libertação dos soldados capturados", acrescentou o Ministério da Defesa russo.

O Kremlin disse hoje que o Presidente russo, Vladimir Putin, tinha instruído a "rejeição categórica" de qualquer uso de conscritos -- soldados recrutas de serviço militar obrigatório - acrescentando que os oficiais responsáveis pelo seu envio para a Ucrânia seriam "punidos".

Na segunda-feira, Putin tinha garantido que não enviaria conscritos ou reservistas para lutar na Ucrânia, dizendo que apenas profissionais tinham a missão de cumprir os "objetivos estabelecidos".

Desde os primeiros dias da operação, os 'media' e as organizações independentes no terreno denunciaram que conscritos jovens adultos estavam a participar nos combates.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos -- o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 14.º dia, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.

Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou hoje a morte de pelo menos 516 civis, entre os quais 41 crianças.


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Soldado de 19 anos terá enviado uma carta aos pais antes de desaparecer.

Um jovem que se alistou à Guarda da Rainha de Inglaterra, que jurou proteger a monarca com a sua própria vida, terá abandonado o seu posto para se juntar à guerra na Ucrânia, noticiam vários meios britânicos.

O jovem, de 19 anos, abandonou o seu papel no palácio de Windsor para se alistar nas forças que combatem Vladimir Putin...Ler Mais


O Reino Unido exortou hoje todos os países do G7 a "acabarem com o uso de petróleo e gás russos", como Londres e Washington, em resposta à invasão da Ucrânia decidida pelo Presidente russo, Vladimir Putin.

"Putin deve falhar", disse a secretária dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, durante uma visita aos Estados Unidos.

"Na nossa resposta, devemos redobrar as sanções", disse Liz Truss numa conferência de imprensa conjunta com o seu colega americano Antony Blinken...Ler Mais


NOTÍCIAS AO MINUTO  09/03/22 

Ministério da Defesa russo confirmou uso desta arma de guerra ao Ministério da Defesa britânico.

Éconsiderada uma das piores armas de guerra que existem e a Rússia admitiu tê-la usado durante a invasão à Ucrânia. 

O confirmação foi feita pelo Ministério da Defesa russo ao Ministério da Defesa britânico. Mas que bomba é esta? 

A bomba em questão, também conhecida 'o pai de todas as bombas' ou 'bomba termobárica', foi banida pelas Convenções de Genebra devido à sua capacidade de devastação. 

São bombas cheias de combustível explosivo e produtos químicos e podem desencadear ondas supersónicas numa explosão com a capacidade de destruir completamente tudo à sua volta. O gatilho para fazer explodir esta arma de guerra é o oxigénio, que gera uma explosão de alta temperatura, tornando-a muito mais mortal do que uma arma convencional. 

Para perceber a capacidade de destruição do 'pai de todas as bombas', refira-se que uma bomba destas foi lançada pelos EUA sobre os Talibãs no Afeganistão em 2017, tendo deixado uma cratera de mais de 300 metros de largura depois de explodir a quase dois metros acima do solo. 

Estas armas termobáricas foram desenvolvidas pelos EUA e pela União Soviética na década de 1960. Em setembro de 2007, a Rússia detonou a maior arma termobárica já fabricada, que gerou uma explosão equivalente a 39,9 toneladas de TNT. 

A versão americana desta arma tem um valor de 14 milhões de euros por cada dispositivo.

SUBESTAÇÃO ELÉCTRICA DE MANSOA (OMVG)


Primeiro-Ministro acaba de visitar as instalações de subestação de Mansoa, uma das quarto construídos no quadro do projecto de energia eléctrica sub-regional.

Dentro de muito pouco tempo, os Guineeneses terão em suas casas energia de qualidade e de forma permanente.

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 Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau

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Primeiro-Ministro Nuno Gomes Nabiam percorre em visita às três subestações eléctricas construídos no quadro do mega projecto transnacional de aproveitamento e valorização da bacia do rio Gâmbia.

Há instantes iniciou-se visita a subestação de Bambadinca.

Com entrada em funcionamento destas estações electricas, a energia produzida a partir da barragem de Kaleta na Guiné-Conacry, vai chagar ao nosso País com qualidade e em permanência.


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Por LUSA  
09/03/22 

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, afirmou hoje que eletricidade deverá chegar a toda a população do país até ao final do ano.

"Até ao final deste ano esperamos começar a fornecer corrente elétrica a toda a população da Guiné-Bissau", disse Nuno Gomes Nabiam.

O primeiro-ministro guineense falava numa visita que efetuou a três subestações do projeto OMVG (Organização para Valorização da bacia do rio Gâmbia, na sigla em francês) e que abrange a Guiné-Conacri, a Guiné-Bissau, o Senegal e a Gâmbia.

"Este é o maior investimento desde a independência da Guiné-Bissau. É uma obra orçada em 200 milhões de dólares [181 milhões de euros]", salientou Nuno Nabiam.

A eletricidade vai ser produzida na barragem de Kaleta, na Guiné-Conacri, e depois será transportada para os quatro países.

A Guiné-Bissau terá uma linha de transporte de 218 quilómetros e quatro subestações, situadas nas localidades de Saltinho (sul), Banbadinca (leste), Mansoa (centro/norte) e Bissau.

O projeto da OMVG de produção de energia elétrica, em gestação há mais de 20 anos, terá uma linha de interconexão de 1.677 quilómetros entre os quatro países e está orçado em 1,2 mil milhões de euros.

"Este Governo está a trabalhar e queremos que o povo veja o resultado desta governação. Esperamos que até ao final do ano chegue luz a todas as casas e isso é desenvolvimento", afirmou Nuno Gomes Nabiam.

Questionado sobre o arranjo das vias rodoviárias do país, principalmente fora da capital, o primeiro-ministro sublinhou que os "problemas são múltiplos".

"O país tem passado situações difíceis, depois da nossa independência houve sempre crises cíclicas que não permitiu o desenvolvimento. A aposta deste Governo é para fazer tudo o que é possível para que haja um desenvolvimento sustentável", disse.

"Compreendemos que sem estradas não há desenvolvimento. A nossa aposta é resolver o problema das estradas e da energia. Com essas duas componentes a Guiné-Bissau vai-se transformando", afirmou, acrescentando que dentro de duas semanas deverá arrancar o projeto para arranjar todas as estradas da capital.

Paralelamente, o Governo guineense já recebeu financiamento para o arranjo e construção de algumas vias rodoviárias do país.

O primeiro-ministro liderou uma delegação que incluiu o ministro de Estado e dos Recursos Naturais e Energia, Orlando Viegas, o ministro de Estado e do Interior, Botche Candé, o ministro do Ambiente, Viriato Cassamá, o ministro do Turismo, Fernando Vaz, e o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, afirmou hoje que o Governo está a trabalhar para garantir estabilidade e tranquilidade ao povo e limpar a "marca negra" deixada pelo ataque de 01 de fevereiro.

"Estamos a trabalhar para garantir a estabilidade, a tranquilidade deste povo. Aquilo que aconteceu a 01 de fevereiro deixou uma marca negra naquilo que este Governo está a fazer. Mas pensamos que criando condições o país está em condições de avançar", afirmou Nabiam...Ler Mais


Após a visita oficial à Ruanda, o Presidente da República chega à República do Congo para uma visita de Trabalho e de Amizade. A chegada ao Congo o Presidente Umaro Sissoco Embaló, foi recebido pelo seu homólogo Presidente Denis Sassou Nguesso.


 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Terminou hoje a visita oficial do Presidente da República General de Exército Umaro Sissoco Embaló à República de Ruanda.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

"Blackout" de Chernobyl pode tornar "fugas de radiação" iminentes? Pode não ser bem assim

▲Empresa estatal ucraniana (de energia atómica) avisa para risco de "nuvem radioativa" que chegue "a outras regiões da Ucrânia, Bielorrússia, Rússia e Europa.  OLEG PETRASYUK/EPA

Observador.pt 09 mar 2022

Central nuclear de Chernobyl deixou de ter fornecimento de energia elétrica. Ministro avisa: "Guerra de Putin põe toda a Europa em risco". Mas especialista desvaloriza risco de propagação de radiação.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, alertou esta quarta-feira que no prazo de 48 horas podem existir “fugas de radiação iminentes” na Central Nuclear de Chernobyl e que “a guerra bárbara de Putin” pode pôr “toda a Europa em risco”.

O aviso de Dmytro Kuleba surge depois de duas empresas estatais de energia e energia atómica da Ucrânia terem reportado que a central nuclear de Chernobyl ficou sem energia, tendo sido totalmente desligada da rede elétrica. As duas empresas em questão avisaram ainda para o risco de uma “descarga nuclear” e de propagação de doses perigosas de radiação.

A informação não foi ainda confirmada por outros peritos independentes (não ucranianos). E entretanto uma académica britânica, Claire Corkhill da Universidade de Sheffield, já veio contestar os riscos de um grande acidente nuclear ou de fugas de radiação a curto prazo.

Em declarações à BBC, Claire Corkhill defendeu que apesar das atuais condições da central nuclear poderem originar um “vapor radioativo”, este ficará à partida contido no interior do edifício: “Não creio que isto possa levar a uma libertação de radioatividade. Demoraria muito tempo [até que isso pudesse acontecer]”.

Risco de propagação de “nuvem radioativa”, dizia Energoatom

O aviso começou por surgir na conta oficial de Facebook da Ukrenergo, empresa energética estatal da Ucrânia. Na nota informativa, a Ukrenergo garantia: “Devido às ações militares dos ocupantes russos, a central nuclear de Chernobyl foi inteiramente desconectada da rede elétrica. A estação nuclear está neste momento sem qualquer fonte de alimentação energética”.

Posteriormente, também a empresa estatal ucraniana de energia atómica Energoatom avançava a mesma informação, alertando que o combustível ali armazenado requeria refrigeração constante. E essa refrigeração exigia, por sua vez, ligação elétrica.

Caso a situação não se alterasse, existiria um risco de “descarga nuclear” e de libertação de substâncias radioativas, sendo que “o vento pode transferir uma nuvem radioativa para outras regiões da Ucrânia, Bielorrússia, Rússia e Europa”, indicava ainda a Energoatom.

Todas as pessoas que estiveram nas proximidades “vão receber uma dose perigosa de radiação”, garantia ainda a empresa. “Os combates continuam, o que torna impossível proceder a reparações e restaurar a energia” na central nuclear.

A ideia é contestada por Claire Corkhill, que leciona “Degradação de Materiais Nucleares” na universidade britânica de Sheffield e que, conhecendo bem a estrutura da Central Nuclear de Chernobyl, minimizou os riscos da fuga de radiação para o exterior da central (pouco provável) à BBC

Ministro reforça risco: “Os sistemas de refrigeração vão parar”

Foi através das redes sociais que o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, reagiu à notícia relativa ao “blackout” elétrico na central nuclear de Chernobyl.

Através de uma publicação no Twitter, Dmytro Kuleba alinhou com as empresas de energia do Estado ucraniano na enunciação dos riscos, defendendo: “A única rede elétrica que alimentava a Central Nuclear de Chernobyl e todas as suas infra-estruturas ocupadas pelo exército russo está danificada. A Central Nuclear de Cherbobyl perdeu todo o fornecimento de energia elétrica. Peço à comunidade internacional que exija com urgência um cessar fogo à Rússia [naquele local] e que permita que unidades de reparação restaurem o fornecimento de energia”.

Os geradores a diesel de reservas têm uma capacidade de 48 horas para alimentar a central nuclear de Chernobyl. Depois disso, os sistemas de refrigeração da infra-estrutura para o armazenamento de combustível nuclear utilizado vão parar, tornando fugas de radiação iminentes. A guerra bárbara de Putin põe toda a Europa em perigo. Ele tem de travar isto imediatamente”, apontava ainda Kuleba.


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