domingo, 21 de setembro de 2025

Netanyahu avisa Ocidente: "Nenhum Estado palestiniano será criado"... O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que não haverá um Estado palestiniano, num vídeo dirigido aos líderes ocidentais, nomeadamente do Reino Unido, Canadá e Austrália, que reconheceram anteriormente esse Estado.

Por LUSA 

"Tenho uma mensagem clara para os líderes que reconhecem um Estado palestiniano após o massacre atroz de 07 de outubro: vocês estão a oferecer uma enorme recompensa ao terrorismo", disse Netanyahu na mensagem, em vídeo, divulgada pelo seu gabinete.

Tenho outra mensagem para vocês: isso não vai acontecer. Nenhum Estado palestiniano será criado a oeste do [rio] Jordão", acrescentou.

Benjamin Netanyahu afirmou ainda que o seu Governo vai expandir a colonização judaica na Cisjordânia ocupada, em resposta ao reconhecimento de um Estado palestiniano por parte de países ocidentais.

"Durante anos, impedi a criação desse Estado terrorista, apesar das enormes pressões, tanto dentro do país como internacionalmente", disse Netanyahu, referindo: "Fizemo-lo com determinação e sabedoria política".

"Duplicámos os colonatos judeus na Judeia e Samaria [como Israel designa a Cisjordânia] e continuaremos nesse caminho", acrescentou.

O primeiro-ministro israelita prometeu uma resposta na próxima semana.

"A resposta à última tentativa de nos impor um Estado terrorista no coração do nosso país será dada após o meu regresso dos Estados Unidos. Vamos esperar", advertiu.

Benjamin Netanyahu desloca-se aos Estados Unidos esta semana, para intervir na 80.ª sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, estando também previsto um encontro com o Presidente norte-americano e aliado, Donald Trump.

Na segunda-feira, véspera do arranque da Assembleia-Geral da ONU, França e Arábia Saudita promovem uma conferência de alto nível sobre a solução dos dois Estados, na qual Paris deverá formalizar o reconhecimento do Estado palestiniano.

Reino Unido, Canadá e Austrália anteciparam-se e deram já este passo, algo que Portugal deverá fazer hoje ao início da noite.

Segundo a presidência francesa, além de Paris, também Bélgica, Malta, Luxemburgo, Andorra e São Marino vão formalizar o reconhecimento durante a conferência, na segunda-feira.

Antes da mensagem do primeiro-ministro, o Governo israelita já tinha rejeitado "categoricamente a declaração unilateral de reconhecimento de um Estado palestiniano feita pelo Reino Unido e outros países", segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

Para Israel, esta decisão "não promove a paz" e "desestabiliza ainda mais a reunião".

Para o Governo israelita, esta declaração "mina as hipóteses de alcançar uma solução pacífica no futuro" e "recompensa" os assassinatos cometidos pelo grupo islamita palestiniano Hamas nos ataques em 07 de outubro de 2023.

"Esta medida vai contra qualquer lógica de negociação e de procura de um compromisso entre duas partes e vai afastar ainda mais a paz desejada", insistiu o MNE israelita na nota, que acusa a Autoridade Palestiniana, representante do Estado palestiniano na ONU, de não ter tomado "as medidas necessárias para combater o terrorismo".

"A Autoridade Palestiniana é parte do problema, não da solução", argumentou, lembrando que o Presidente norte-americano, Donald Trump, impediu a delegação palestiniana de entrar nos Estados Unidos para participar na semana de alto nível das Nações Unidas.

Numa outra mensagem publicada na rede social X, a diplomacia israelita condenou a decisão do Reino Unido de reconhecer o Estado da Palestina e descreveu a medida como uma "recompensa para o jihadista Hamas".

"O reconhecimento nada mais é do que uma recompensa para o Hamas, encorajado pela sua filial da Irmandade Muçulmana no Reino Unido", disse o ministério, também no X.

"Os próprios líderes do Hamas admitem abertamente: este reconhecimento é uma consequência direta, fruto do massacre de 07 de outubro (2023)", acrescentou o comunicado, instando Londres "a não deixar que a ideologia 'jihadista' dite as suas políticas".


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A vice-ministra dos Negócios Estrangeiros israelita afirmou hoje que Telavive está "extremamente desapontada" com Portugal e outros países que se preparam para reconhecer o Estado Palestiniano, criticando "iniciativas unilaterais" que afastam as partes de um compromisso.


A Comissão Permanente do Movimento para Alternância Democrática, MADEM-G15, ala liderada por #Braima_Camará reúne-se este Domingo, 21.09). A reunião que conta a presença do Coordenador, #Braima_Camará é alargada as estruturas regionais e ssociopolíticas do partido.


O Coordenador Nacional do MADEM-G15, Braima Camará, presidiu hoje a abertura da reunião da Comissão Permanente, alargando as estruturas regionais do nosso partido.

Motivos para apoiar a reeleição do PR General Umaro Sissoco Embaló durante a posse do Diretor nacional de Campanha e do Mandatário do Candidato Umaro Sissoco Embalo às presidenciais-2025.

Eduardo Jorge Sanca, membro do Conselho da Jurisdição e Fiscalização do PAIGC, promove Conferência de Imprensa

 

"Criação de Estado palestiniano colocaria existência de Israel em risco"... O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu hoje que a criação de um Estado palestiniano colocará em risco a existência de Israel e prometeu combater os apelos nesse sentido perante a Assembleia Geral da ONU

Por LUSA 

"Teremos de (...) lutar na ONU e em todos os outros fóruns contra a propaganda enganosa contra nós e contra os apelos à criação de um Estado palestiniano, que colocaria em risco a nossa existência e constituiria uma recompensa absurda ao terrorismo", afirmou.

A comunidade internacional ouvirá a nossa posição sobre este assunto nos próximos dias", disse Netanyahu antes de uma reunião do Conselho de Ministros, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Netanyahu deverá discursar perante a Assembleia Geral em Nova Iorque na sexta-feira, para divulgar a versão de Israel sobre o conflito com os palestinianos.

"É a verdade de Israel, mas também a verdade objetiva que supõe a nossa luta justa contra as forças do mal e a nossa visão de uma paz verdadeira", alegou, de acordo com declarações divulgadas pelo seu gabinete.

Depois da ONU, deverá reunir-se na segunda-feira seguinte, 29 de setembro, com o Presidente Donald Trump em Washington, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

"Esta será a quarta vez que me reunirei com ele desde o início do seu segundo mandato, mais do que com qualquer outro líder mundial. E temos muito sobre o que conversar", disse Netanyahu.

Israel tem em curso uma ofensiva militar de grande escala na Faixa de Gaza em resposta ao ataque que sofreu em outubro de 2023 do grupo extremista Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.

O ataque do Hamas causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

Desde então, mais de 65 mil palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza, onde Israel enfrenta acusações de genocídio e de usar a fome como arma de guerra.

Israel nega tais acusações, mesmo depois de a ONU ter declarado em agosto a fome no norte da Faixa de Gaza, situação que acontece pela primeira vez no Médio Oriente.

A guerra em Gaza levou vários países a tentarem reavivar a solução dos dois Estados para o conflito israelo-palestiniano, que preconiza a coexistência pacífica de Israel e da Palestina.

Nesse sentido, Portugal vai oficializar hoje o reconhecimento do Estado da Palestina, o que deverá acontecer também com o Reino Unido, antes de uma dezena de países o fazerem durante a Assembleia Geral da ONU, a partir de segunda-feira.

Benjamin Netanyahu também se pronunciou hoje sobre a Síria e afirmou que há "alguns avanços" nas conversações com Damasco sobre um acordo em matéria de segurança.

"Estamos em conversações com os sírios, há alguns avanços, mas ainda há uma visão de futuro a alcançar", afirmou.

Netanyahu defendeu que o diálogo com Damasco só é possível graças às operações militares que Israel tem mantido nos últimos dois anos, desde o lançamento da ofensiva em Gaza.

As operações incluíram ações no Líbano e na própria Síria, onde ocupa a zona desmilitarizada em território sírio.

De acordo com o portal norte-americano Axios, Israel apresentou na terça-feira uma proposta sobre a situação de segurança no sudoeste da Síria, junto à fronteira comum.

Entre as exigências apresentadas por Israel estaria a criação de uma zona de exclusão aérea e de uma zona desmilitarizada na fronteira com a Síria, mantendo, no entanto, liberdade total para o dispositivo militar israelita, segundo o Axios.

Israel ocupou os Montes Golã, território sírio, durante a guerra de 1967 e anexou-os em 1981.

Desde 1974, a fronteira entre os dois países é separada, do lado sírio, por uma zona desmilitarizada controlada pela Força de Observação da ONU para a Separação (UNDOF, na sigla em inglês).


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O Reino Unido, Austrália e Canadá juntam-se, assim, a Portugal, que vai também hoje proceder ao reconhecimento oficial do Estado da Palestina, durante uma cerimónia que se realizará em Nova Iorque.


O Primeiro-Ministro e Coordenador Nacional do MADEM-G15, Braima Camará, já está na Sede Nacional do partido, onde vai presidir a uma reunião da Comissão Permanente, alargada às estruturas regionais do MADEM-G15.

Empossamento dos coordenadores de campanha para eleição da coligação Plataforma No Kumpu Guiné

FMI já emprestou quase 60 mil milhões a África desde 2020 (e não acabou)... O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que os países africanos vão precisar de ainda mais financiamento, apesar de a instituição já ter emprestado quase 70 mil milhões de dólares desde 2020 para ajudar estas economias.

© Lusa  21/09/2025

"Estamos a observar uma procura contínua dos países africanos pelo apoio do FMI, incluindo novos programas, prorrogações e aumentos [de financiamento], impulsionados por choques persistentes e pressões elevadas da dívida", afirmou um porta-voz do FMI em declarações à agência de informação financeira Bloomberg, nas quais apontou que o Fundo já financiou estas economias em quase 70 mil milhões de dólares (60 mil milhões de euros) desde a pandemia de covid-19. 

O FMI tem mais de 20 programas de ajustamento financeiro em África, incluindo nos lusófonos Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, estando também em negociações para recomeçar o programa de Moçambique, o que deixa de fora apenas Angola e a Guiné Equatorial, país que terminou em julho um programa de apoio técnico sem financiamento.

Países como o Maláui, Quénia ou Moçambique abandonaram os programas por não terem conseguido cumprir as metas, mas estão em negociações com o Fundo, enquanto o Uganda e o Senegal estão à procura de novos programas e a Zâmbia está a negociar um prolongamento de um ano do ajustamento em curso.

A dívida externa de África subiu para mais de 650 mil milhões de dólares (552 mil milhões de euros), e os custos do serviço da dívida atingiram quase 90 mil milhões de dólares (76,4 mil milhões de euros) em 2024, de acordo a Organização das Nações Unidas.

Estes elevados níveis de dívida permitem aos investidores estrangeiros impor uma taxa de juro mais alta nos empréstimos ou emissões de dívida feitas por estes países, o que originou uma aposta cada vez maior nos mercados internos de dívida, ao ponto de a falta de disponibilidade financeira dos bancos para apoiar as empresas locais se ter tornado uma preocupação.

Em Cabo Verde, o FMI anunciou em julho um prolongamento do Mecanismo de Crédito Alargado (ECF, na sigla em inglês) por mais 15 meses e um aumento do financiamento para cerca de 60 milhões de euros.

A direção do FMI anunciou também, nessa altura, que tinha aprovado o prolongamento, por 15 meses, do acordo de financiamento no âmbito do Mecanismo de Resiliência e Sustentabilidade (RSF), destinado a apoiar os investimentos climáticos, e o reescalonamento das datas de disponibilidade ao abrigo deste programa.

Na Guiné-Bissau, o FMI tem em curso um ECF, ao abrigo do qual já financiou esta economia lusófona em cerca de 40 milhões de euros.

O programa de ajustamento financeiro em Moçambique foi interrompido no final do ano passado, na sequência da derrapagem na grande maioria das metas, devido à violência que estalou no último trimestre, na sequência da divulgação dos resultados das eleições presidenciais, mas no final de agosto o FMI disse que as discussões sobre um novo programa de ajustamento financeiro vão continuar "nos próximos meses".

Em São Tomé e Príncipe, o FMI tem em curso um ECF que vai durar quase até final de 2027 e ao abrigo do qual serão desembolsados mais de 21 milhões de euros.


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“CIDADÃS ANGOLANAS EM PORTUGAL RECLAMAM A FALTA DE HOMENS!”

Por VOZ DA DIASPORA 

Em Portugal, longe da terra natal, muitas mulheres angolanas estão a levantar a voz e não é para pedir mais morabeza, mas sim mais romance! A queixa está a viralizar nas redes sociais e nas rodas de conversa entre amigas: está a tornar-se uma missão quase impossível encontrar homens disponíveis e com vontade de assumir um relacionamento sério. 

Para muitas, o sonho europeu veio com novas oportunidades, mas também com uma surpresa menos agradável a escassez de pares compatíveis com os seus valores e expectativas amorosas. "Chegámos com malas cheias e sonhos no peito, mas os corações continuam vazios", lamenta uma jovem que vive em Lisboa há quatro anos. O cupido, segundo elas, anda distraído... ou sem visto válido para circular por terras lusas.

Este fenómeno vai além de simples preferências pessoais envolve também choques culturais, estilos de vida diferentes e a dificuldade crescente em encontrar parceiros que partilhem da mesma visão de compromisso. Algumas apontam o dedo à falta de iniciativa por parte dos homens, outras culpam a frieza emocional que sentem no contexto social português. 

"Os homens aqui não se aproximam. Não arriscam. São muito fechados. É como se fosse preciso marcar hora para um sorriso", comenta uma residente em Braga. 

A frustração está a tornar-se colectiva, e há até quem fale em soluções... alternativas. A mais ousada? Importar o namorado diretamente de Luanda com passaporte, visto, e se possível, com a alma pronta para amar sem rodeios. É um desabafo com humor, mas que revela um desejo profundo por algo que nem sempre cabe nas estatísticas de imigração.

Nova Constituição é votada por 6,7 milhões de cidadãos na Guiné-Conacri... Cerca de 6,7 milhões de cidadãos da Guiné-Conacri votam hoje um novo projeto constitucional, que poderá abrir portas, ainda este ano, às primeiras eleições presidenciais e legislativas desde o Golpe de Estado de 2021.

Por LUSA 

O projeto intitulado "Uma nova Constituição, uma Constituição que nos une e nos representa" conta com 199 artigos, muitos deles considerados "progressistas", como a criação de um Supremo Tribunal de Justiça para julgar presidentes e membros do Governo "e combater a impunidade"; a criação de um senado e a valorização da paridade, com uma quota obrigatória de pelo menos 30% de mulheres em cargos de decisão e eletivos.

Se for adotada, a nova Constituição substituirá a "Carta da Transição", elaborada pela junta após o golpe de Estado de 2021, que proibia qualquer membro da junta, do Governo ou responsável das instituições de transição de se candidatar às eleições.

Essa proibição já não consta do projeto, abrindo caminho a uma candidatura do general no poder, Mamadi Doumbouya.

A realização deste referendo constitucional permitirá à junta militar dar resposta às exigências de eleições feitas pela comunidade internacional e pelos parceiros financeiros.

Apesar de ter um subsolo rico em minérios, mais de metade da população do país (52%) vive abaixo do limiar da pobreza, segundo dados do Banco Mundial de 2024.


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