quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Sua Excelência Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló congratulou-se hoje com a tomada de posse do guineense Ladislau Mbassa, como Juiz do Tribunal da UEMOA.

O ex-Procurador Geral da República foi indigitado por Sua Excelência Presidente da República para ocupar esse posto na organização regional.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Lider do Partido Renovação do Progresso manisfestam a solidariedade com o Presidente da República Umaro Sissoco Embalo por tentativa do golpe de estado fracassado no dia 01 de fevereiro.

Radio Bantaba

O Presidente da República General de Exército Umaro Sissoco Embaló recebeu em audiência conjunta a Embaixadora da União Europeia, o Embaixador de Portugal, da França e do Reino de Espanha.


 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Funcionários da Presidência da República transmitiram hoje ao Chefe de Estado mensagem de Solidariedade pelos acontecimentos do dia 01 de Fevereiro.


 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

O Presidente da República General de Exército Umaro Sissoco Embaló recebeu hoje em audiência o Secretariado, Quadros e Técnicos do MADEM-G15 que vieram transmitir solidariedade ao Chefe de Estado pelos acontecimentos do dia 01 de Fevereiro.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

O Presidente da República General de Exército Umaro Sissoco Embaló recebeu hoje em audiência de cortesia o Sr. Mahamat Saleh Annadif - Representante Especial do Secretário-geral das Nações Unidas para África do Oeste e Sahel.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló


Guiné-Bissau: Custa acreditar que ainda haja pessoas com cultura de matar

Por LUSA 10/02/22 

O Presidente da Guiné-Bissau afirmou hoje que lhe custa acreditar que ainda haja pessoas no país com "cultura de matar" e considerou que a tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro "foi uma terça-feira negra".

Umaro Sissoco Embaló fez estas considerações ao receber os votos de solidariedade dos funcionários e colaboradores da Presidência da República, à semelhança do que tem acontecido com diversas franjas da sociedade guineense.

"É pena, mas custa-me acreditar que ainda possamos ter pessoas com essa cultura de violência, de matar alguém", declarou o Presidente guineense, depois de ouvir "votos de solidariedade e de fidelidade" transmitidos por Fernando Delfim da Silva, conselheiro presidencial e antigo chefe da diplomacia do país.

O chefe de Estado afirmou ainda que os atacantes do palácio do Governo, numa altura em que presidia à reunião do Conselho de Ministros, poderiam ter tido êxito caso tivessem apenas a intenção de fazer um golpe de Estado.

"Se a intenção deles era apenas fazer um golpe de Estado talvez poderiam ter ajuda de Deus, mas como queriam matar o Presidente, membros do Governo e inocentes, não tiveram êxito", defendeu Embaló, voltando a frisar que "ninguém tem o direito de matar ninguém".

O Presidente afirmou ainda que aprecia o "gesto humano" dos funcionários e colaboradores da Presidência da República.

Em nome dos funcionários, militares e colaboradores, Fernando Delfim da Silva, ex-representante da Guiné-Bissau nas Nações Unidas, deixou uma promessa de "lealdade a toda a prova" para com o chefe de Estado e a sua família e pediu ao Presidente que tenha "coragem e sangue-frio" perante a situação do país.

No dia 01 de fevereiro, homens armados atacaram o Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam, e de que resultaram oito mortos.

O Presidente considerou tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado que poderá também estar ligada a "gente relacionada com o tráfico de droga".

O porta-voz do Governo adiantou no sábado, em conferência de imprensa, que o ataque foi feito por militares, paramilitares e que estarão envolvidos elementos dos rebeldes de Casamansa, bem como várias personalidades, que não especificou.

O Estado-Maior General das Forças Armadas guineense iniciou, entretanto, uma operação para recolha de mais indícios sobre o ataque, que foi condenado pela comunidade internacional.

A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo, com cerca de dois terços dos 1,8 milhões de habitantes a viverem com menos de um dólar por dia, segundo a ONU.

Desde a declaração unilateral da sua independência de Portugal, em 1973, sofreu quatro golpes de Estado e várias outras tentativas que afetaram o desenvolvimento do país


União Europeia condena qualquer tipo de violência na Guiné-Bissau

A embaixadora da União Europeia (UE) na Guiné-Bissau, Sónia Neto, afirmou hoje que a organização condena qualquer tipo de violência e que a defesa dos direitos humanos faz parte do princípio basilar do projeto europeu

“Aposição da União Europeia e dos seus Estados-membros, como sabem, condenamos qualquer tipo de violência. É inequívoca a nossa defesa dos direitos humanos, que fazem parte do princípio basilar do projeto europeu”, disse Sónia Neto, quando questionada pela Lusa sobre os apelos das organizações da sociedade civil e dos direitos humanos guineenses.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) endereçou hoje uma carta ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e ao presidente da União Africana, Macky Sall, na qual a organização pede uma “intervenção mais enérgica e vigorosa da comunidade internacional sob pena de contribuir indiretamente para a instabilidade permanente, com consequências sub-regionais”.

Na carta a organização de defesa dos direitos humanos acusa as autoridades políticas do país de alegado “recurso sistemático a métodos ilegais tais como violência policial, intimidações, detenções arbitrárias, raptos e espancamento de jornalistas, ativistas cívicos e opositores políticos”.

“Temos estado a dialogar com quem nos procura”, sublinhou a embaixadora da União Europeia, que falava após um encontro com o chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, acompanhada dos embaixadores de Portugal, José Caroço, de Espanha, Antonio Zavala, e de França, Terence Wills.

Antes, Sónia Neto já tinha novamente manifestado a solidariedade da UE e dos seus Estados-membros ao atentado do passado dia 01 contra o chefe de Estado e o Governo.

“Consideramos que a cultura da violência não deve fazer parte da democracia e, portanto, é nossa firme convicção que devemos unir forças e reafirmar o nosso apoio à estabilidade do país, ao diálogo no pleno respeito do princípio da democratização, da boa governação e do respeito pelos direitos humanos e apoiar inequivocamente o desenvolvimento sustentável do país, porque o povo assim o merece”, disse.

“Um povo que merece toda a nossa admiração pela sua resiliência, pela paz, pelos direitos humanos, pela democracia, pela liberdade de imprensa”, sublinhou.

Também hoje, o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para a África Ocidental, Mahamat Saleh Annadif, reforçou a solidariedade da ONU com o Governo e o Presidente guineense, sublinhando que é “inaceitável que haja mais um golpe de Estado na sub-região” e que “é preciso fazer tudo para que a Guiné-Bissau não regrida”.

Sobre o encontro com o chefe de Estado guineense, Sónia Neto afirmou que serviu também para falar sobre a próxima cimeira entre a União Europeia e a União Africana, que vai decorrer em Bruxelas em 17 e 18 de fevereiro.

A cimeira, segundo a embaixadora, será uma “oportunidade única para estabelecer as bases de uma parceria renovada e mais profunda”.

A presidente da Comissão Europeia anunciou hoje, no Senegal, um plano de investimentos para África que mobilizará cerca de 150 mil milhões de euros, o primeiro plano regional no quadro da nova estratégia de investimento da União Europeia.

Por LUSA

Partido da Renovação Social (PRS), em conferência de imprensa sobre atual situação do país

 Rádio Jovem Bissau 

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 Guiné-Bissau. Partidos felicitam envio de força da CEDEAO

Notícias ao Minuto 10/02/22 

Os partidos políticos e movimentos que apoiam o Governo e o Presidente da República da Guiné-Bissau felicitaram hoje a decisão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental de envio de uma força de estabilização para o país.

O Fórum de partidos, movimentos e personalidades contra a tentativa de golpe, ocorrida na semana passada, "felicita vivamente a recente cimeira de chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, na qual se recomenda o envio de uma força de estabilização", refere, em comunicado à imprensa.

Os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO decidiram na semana passada enviar uma força de apoio à estabilização para a Guiné-Bissau.

"A conferência, tendo em conta os últimos desenvolvimentos, decidiu o envio de uma força de apoio à estabilização do país", refere o comunicado final da cimeira, que reafirma a condenação da tentativa de golpe de Estado e o apoio ao Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

No comunicado, o fórum, que inclui, entre outros, o Partido de Renovação Social (PRS), o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), a Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), liderado pelo primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, e o Partido da Nova Democracia (PND), deixa também críticas ao posicionamento do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Segundo o Fórum, num "passado recente", o PAIGC era quem "mais defendia, politizava e utilizava a seu favor as forças presentes da CEDEAO", referindo-se à força de interposição, denominada Ecomib, que esteve estacionada no país entre 2012 e 2020.

No comunicado, o Fórum afirma também que qualquer tentativa de "desestabilizar a paz, arduamente negociada e conseguida através de acordos legalmente firmados com as mais diversas entidades, não triunfará".

O Fórum sublinha também que os partidos e movimentos que o integram condenam qualquer insurreição que vise a "decapitação de um regime democraticamente eleito".

Os partidos e movimento do Fórum lembram que nada substitui o diálogo e que "há espaço e pontes suficientemente disponíveis para que se estabeleçam diálogos construtivos" para alcançar a paz.

"Os guineenses já estão suficientemente divididos para que novas e infelizes aventuras venham, de novo, perturbar a paz precária que temos vindo a viver, com as constantes perturbações nos setores tão ou mais estruturantes que outros, como sejam os da educação e saúde", refere.

Os partidos e movimentos do Fórum "encorajam todas as forças políticas da Nação guineense a enveredarem pelo único caminho de acesso ao poder: a via das urnas, através de eleições democráticas, transparentes, justas e livres, nos períodos constitucionalmente previstos".

No dia 01 de fevereiro, homens armados atacaram o Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam, e de que resultaram oito mortos.

O Presidente considerou tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado que poderá também estar ligada a "gente relacionada com o tráfico de droga".

O porta-voz do Governo adiantou no sábado, em conferência de imprensa, que o ataque foi feito por militares, paramilitares e que estarão envolvidos elementos dos rebeldes de Casamansa, bem como várias personalidades, que não especificou.

O Estado-Maior General das Forças Armadas guineense iniciou, entretanto, uma operação para recolha de mais indícios sobre o ataque, que foi condenado pela comunidade internacional.

A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo, com cerca de dois terços dos 1,8 milhões de habitantes a viverem com menos de um dólar por dia, segundo a ONU.

Desde a declaração unilateral da sua independência de Portugal, em 1973, sofreu quatro golpes de Estado e várias outras tentativas que afetaram o desenvolvimento do país

Obstáculos nunca podem ser um empecilho para o crescimento de qualquer que seja o centro hospitalar, é necessário incentivar, motivar e engajar a equipa. Por isso, o nosso parabéns a toda equipe que está labutando dia após dia para melhorar o funcionamento do sistema público de saúde Guineense...

Por Hospital Nacional Simão Mendes

Obstáculos nunca podem ser um empecilho para o crescimento de qualquer que seja o centro hospitalar, é necessário incentivar, motivar e engajar a equipa. Por isso, o nosso parabéns a toda equipe que está labutando dia após dia para melhorar o funcionamento do sistema público de saúde Guineense.

Hoje a nossa mensagem vai para os utentes (doentes), sendo assim vamos conhecer alguns  deveres.

1. O utente tem o dever de zelar pelo seu estado de saúde. Isto significa que deve procurar garantir o mais completo restabelecimento e também participar na promoção da própria saúde e da comunidade em que vive.

2. O utente tem o dever de fornecer aos profissionais de saúde todas as informações necessárias para obtenção de um correto diagnóstico e adequado tratamento.

3. O utente tem o dever de respeitar os direitos dos outros utentes, bem como os dos profissionais de saúde com os quais se relacione.

4. O utente tem o dever de colaborar com os profissionais de saúde, respeitando as indicações que lhe são recomendadas e, por si, livremente aceites.

5. O utente tem o dever de respeitar as regras de organização e funcionamento dos serviços de saúde.

6. O utente tem o dever de utilizar os serviços de saúde de forma apropriada e de colaborar ativamente na redução de gastos desnecessários.


Conferencia de imprensa de concertação das organizações da sociedade civil.


 Rádio Jovem Bissau 

A Liga Guineense dos Direitos Humanos(LGDH) torna publico uma Carta Aberta dirigida ao Secretário-geral da ONU, 𝐀𝐧𝐭ó𝐧𝐢𝐨 𝐆𝐮𝐭𝐞𝐫𝐫𝐞𝐬e e a Presidente da Comissão Europeia, 𝐔𝐫𝐬𝐮𝐥𝐚 𝐕𝐨𝐧 𝐃𝐞𝐫 𝐋𝐞𝐲𝐞𝐧.


Ibraima Jalo " Obama" Lider do Partido Congresso Nacional Africano ( CNA) esta em Conferência de Imprensa.

Parte 1👇
Parte 2👇

 Radio TV Bantaba 

NOTA DE ESCLARECIMENTO

@Cabral Santiago

Coreia do Sul preocupada com possível expansão do nuclear do Norte

© Reuters

Por LUSA  10/02/22

O Presidente sul-coreano manifestou hoje preocupação face à possível expansão dos programas nuclear e de armamento da Coreia do Norte a reavivar os receios de guerra na península.

As tensões renovadas entre Washington e Pyongyang têm sido um grande revés para Moon Jae-in, um liberal pacifista e filho de refugiados de guerra do Norte, que apostou na aproximação entre as duas Coreias.

As eleições presidenciais sul-coreanas vão realizar-se em março e Moon deverá abandonar o cargo em maio, pondo fim ao seu mandato presidencial de cinco anos.

O Presidente sul-coreano pediu, numa declaração escrita enviada à agência de notícias Associated Press e outras agências, uma cimeira entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para resolver divergências profundas nas negociações do fim das sanções contra o Norte e medidas de desarmamento de Pyongyang.

"Se os repetidos lançamentos de mísseis da Coreia do Norte chegarem ao ponto de violar a moratória [norte-coreana], isso traria imediatamente a península coreana de volta à situação de crise de há cinco anos, quando existiam preocupações de guerra", disse Moon.

"Os líderes políticos das nações relacionadas deviam empenhar-se num diálogo e diplomacia persistentes para evitar uma crise semelhante", sublinhou.

Em 2017, Kim realizou uma série de testes nucleares e de mísseis balísticos intercontinentais, desencadeando uma troca verbal de ameaças de guerra com o então Presidente dos EUA Donald Trump, antes do início, em 2018, da estratégia diplomática com Seul e Washington.

Em 2018, Moon encontrou-se três vezes com Kim e desenvolveu os preparativos para as cimeiras entre Kim e Trump.

Mas o esforço diplomático nunca recuperou do fracasso da segunda cimeira Kim-Trump, em 2019, no Vietname, onde os EUA rejeitaram as exigências da Coreia do Norte de um alívio importante das sanções em troca do desmantelamento de uma instalação nuclear.

A Coreia do Norte também cortou toda a cooperação com o Governo de Moon, ao mesmo tempo que manifestava o desagrado pelos exercícios militares EUA-Coreia do Sul.

Moon Jae-in pediu que o próximo Governo sul-coreano pressione para a concretização de uma declaração política entre as Coreias, os EUA, e possivelmente a China, para terminar formalmente a Guerra da Coreia (1950-53), substituindo o armistício assinado por um tratado de paz.

No início deste ano, Pyongyang realizou vários testes de mísseis, aparentemente suspensos durante os Jogos Olímpicos de Inverno na China, principal aliado do regime.

Observadores disseram acreditar que a Coreia do Norte vai aumentar aqueles testes depois de Pequim2022 para tentar pressionar Biden, cuja administração propôs conversações, sem demonstrar qualquer intenção de aliviar as sanções antes de qualquer corte significativo no programa nuclear norte-coreano.

Leia Também: Coreia do Sul ultrapassa um milhão de infeções desde início da pandemia

𝐂𝐎𝐍𝐕𝐈𝐓𝐄 𝐔𝐑𝐆𝐄𝐍𝐓𝐄!

Por LGDH - Liga Guineense dos Direitos Humanos

𝐂𝐎𝐍𝐕𝐈𝐓𝐄 𝐔𝐑𝐆𝐄𝐍𝐓𝐄!

Face a deterioração da situação de segurança e dos direitos humanos na Guiné-Bissau, a Direção Nacional da LGDH vai tornar público amanhã dia 10 de Fevereiro de 2022, uma Carta Aberta dirigida ao Secretário-geral da ONU o 𝐒𝐫. 𝐀𝐧𝐭ó𝐧𝐢𝐨 𝐆𝐮𝐭𝐞𝐫𝐫𝐞𝐬e a Presidente da Comissão Europeia a 𝐒𝐫ª. 𝐔𝐫𝐬𝐮𝐥𝐚 𝐕𝐨𝐧 𝐃𝐞𝐫 𝐋𝐞𝐲𝐞𝐧.

Para o efeito, são convidados todos os órgãos de comunicação social nacional e estrangeira para proceder a cobertura jornalística do evento que terá lugar na Casa dos Direitos a partir das 10h.

Bissau, 10 de Fevereiro de 2022.

O Gabinete de Comunicação

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GUINÉ-BISSAU - Ataques em Bissau: "Tenho a perfeita noção do risco que corremos"

O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto Mário Silva.

Dw.com
 
 09.02.2022

Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto Mário Silva, diz que também foi atacado. Mesmo correndo risco de vida, promete não abandonar os seus concidadãos. "Emigrar ou fugir não é opção", afirma à DW.

Após os ataques à Rádio Capital FM e à residência de importantes vozes críticas do país, esta semana, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) denuncia que ele próprio foi ameaçado junto à sua residência por "elementos desconhecidos".

Mesmo assim, para Augusto Mário Silva, "emigrar ou fugir não é opção". Em entrevista à DW África, garante que ele e outros ativistas ficarão do lado do povo da Guiné-Bissau. Fugir seria "virar as costas" aos cidadãos guineenses que precisam dos defensores dos direitos humanos, defende.

À DW África, Augusto Mário Silva exige a "demissão imediata" do ministro do Interior, Botche Candé, por "incapacidade" para garantir a segurança e tranquilidade públicas.

DW África: Como recebeu as notícias dos últimos ataques e ameaças contra jornalistas e outras vozes críticas na Guiné-Bissau?

Augusto Mário Silva (AMS):  Nós recebemos as notícias com muita tristeza e inquietação, mas já esperávamos, tendo em conta os métodos instituídos. A Rádio Capital FM tem vindo a ser uma voz incómoda ao regime instalado, e nunca desperdiçaram a oportunidade de atacar a rádio. Esta é a segunda vez que a atacam. Portanto, registamos mais um ato cobarde de ataque à imprensa e que tem um propósito político. O principal responsável por tudo isso é o Governo.

DW África: Diz que o Ministério do Interior mostrou-se incapaz de garantir a segurança e tranquilidade públicas... Portanto, é responsável?

AMS: O Ministério do Interior é quem tem a responsabilidade constitucional e legal de garantir a segurança aos cidadãos. Mas infelizmente tem demonstrado incapacidade a este nível.

DW África: Acha, então, que o ministro do Interior deveria demitir-se imediatamente?

AMS: É óbvio que sim, pois num Estado de Direito democrático, quando um ministro revela incapacidade em garantir a segurança dos cidadãos, a primeira consequência política dessa incapacidade deveria ser a sua demissão imediata. Mas, conhecendo o país que temos, isso está longe de acontecer.

DW África: Houve ataques contra o Dr. Rui Landim e o jurista Vaz Martins, que é o seu antecessor na chefia da Liga Guineense dos Direitos Humanos. Duas vozes críticas. O que se pode dizer sobre estes dois casos?

AMS: Não são apenas estes dois casos, há outros. Eu próprio fui vítima de ataques por parte deste esquadrão da morte do atual regime. Atacaram as casas de Rui Landim e Vaz Martins e, por último, a minha casa. Felizmente, não houve disparos como houve na casa do Dr. Landim. Mesmo assim, isso demonstra a intolerância de algumas pessoas, ou de algum círculo político, ligado ao poder vigente, às vozes críticas.

DW África: Sr. Augusto Mário Silva, na sua opinião, fugir ou emigrar seria uma opção válida para os defensores dos direitos humanos, neste momento?

AMS: Fugir é virar as costas aos nossos concidadãos que precisam dos defensores dos direitos humanos. Nós, enquanto pessoas que trabalham neste campo, comprometidos com o valor da dignidade da pessoa humana, estamos dispostos a enfrentar as consequências que podem advir das nossas atuações. Mas vamos continuar ao lado do nosso povo e dos nossos concidadãos que precisam de nós. Não vamos virar as costas a eles.

DW África: Mas está consciente de que corre o risco de perder a própria vida?

AMS: Estou consciente e tenho a perfeita noção do risco que todos nós aqui corremos. Mas não temos outra alternativa, pois não temos uma segunda pátria. A nossa única pátria é a Guiné-Bissau. Nascemos, crescemos e desenvolvemos a nossa atividade aqui. Portanto, não vamos abandonar os nossos concidadãos.

EMGFA - NOTA À IMPRENSA SOBRE FALSAS INFORMAÇÕES DA SITUAÇÃO ATUAL

O Estado Maior General das Forças Armadas em consonância com o Ministério da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade da Pátria emitiram uma nota que dissipa as mentiras e calúnias de alguns órgãos de comunicação social e na rede social Facebook.
Leia a nota em baixo!👇

Líder do PAIGC diz que o cenário indica que o Povo está pronto para “revoltar e explodir”


Bissau, 09 Fev 22(ANG) – O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), disse hoje que  basta ver no rosto das pessoas, para  perceber que estão prontos para “explodir, revoltar e reagir” contra a actual situação vigente no país.

“Mas antes é da nossa responsabilidade dar todos os elementos necessários para quando o Povo levantar,  saiba com que finalidade vai levantar, e quando vamos para a luta sabermos, exactamente, porquê que vamos lutar”, disse Domingos Simões Pereira,  na conferencia de imprensa dos partidos políticos agrupados no Espaço de Concertação Democrática, realizada esta quarta-feira,em Bissau .

Pereira  sublinhou que foi por esta razão que, durante muito tempo, apelaram a calma, tranquilidade e sempre pediram  para que as pessoas dêm tempo.

“Sabemos que a arma de repressão ou seja importar gases lacrimogénio é fácil, mas, mobilizar um Povo para levantar todos de uma vez, leva-nos à muito trabalho, muitas sensiblizações e preparação. Chega o seu dia, momento, hora e limite, e foi essa hora que me paraceu que já chegou”, salientou.

O líder do PAIGC sublinhou que até Amilcar Cabral, antes de convocar os combatentes para a luta de libertação, esgotava todos os mecanismos de diálogo.

“Penso que tudo o que estamos a ver é a demonstração clara de como os mecanismos de diálogo são esgotados”, disse, acrescentando que não tem  dúvidas de que o actual regime vai afogar-se”.

Por sua vez, o líder da Bancada Parlamentar do partido Assembleia do Povo Unido(APU-PDGB), Marciano Indi denunciou  que foi o próprio Botche Candé, ministro do Interior e da Ordem Pública quem falou com os seus dois irmãos, no sentido destes lhe aconselhar para se abdicar de proferir certas declarações sob pena de pagar caro a factura.

“Devo anunciar ao Povo guineense que foi o próprio Botche Candé quem orquestrou o plano para me espancar em 2020 e volto a afirmar que o país está de novo em perigo”, disse Indi.

O porta voz dos partidos agrupados no Espaço de Concertação Democrática,Armando Mango alertou as autoridades que qualifica de “ilegítimas” que o envio de forças estrangeiras para o país e mormente da CEDEAO, carece da autorização da Assembleia Nacional Popular e constitui um sinal de descrédito e desrespeito para as Forças Armadas da Guiné-Bissau.

Mango disse que manifestam total oposição e rejeição à vinda de qualquer Força estrangeira para a Guiné-Bissau para defender um “regime ditatorial e que mantém vinculo ao narcotráfico e ao crime organizado” e que decidiu “vender os recursos naturais do país”.

O Espaço de Concertação Democrática dos partidos é constituído pelo PAIGC, APU-PDGB, PCD, União para Mudança, MDG, Manifesto do Povo e PSD.

ANG/ÂC//SG

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O líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, afirmou hoje que é preciso continuar a defender a verdade e a justiça na Guiné-Bissau e pediu calma às pessoas.