segunda-feira, 7 de julho de 2025

Reino Unido impõe sanções à Rússia por uso de armas químicas... O governo do Reino Unido impôs hoje novas sanções à Rússia pelo uso de armas químicas na Ucrânia em violação da Convenção sobre Armas Químicas.

© Reuters   Lusa  07/07/2025

De acordo com a lista de sanções publicada pelo governo britânico, hoje atualizada, as novas restrições têm como alvo Aleksey Rtishchev, chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica da Rússia, e o seu adjunto, Andrei Marchenko.   

Estas unidades de comando estão envolvidas na utilização de armas químicas na Ucrânia, segundo as autoridades britânicas.

Como resultado das sanções, os seus bens no Reino Unido serão congelados e estão proibidos de entrar no país.

Também o Instituto Russo de Investigação Científica de Química Aplicada foi adicionado à lista de sanções.

De acordo com o governo do Reino Unido, o instituto forneceu aos militares russos granadas RG-Vo, utilizadas como método de guerra contra a Ucrânia, com componentes que violam a Convenção sobre Armas Químicas.

A 20 de maio, o Conselho da União Europeia adotou também medidas restritivas adicionais contra três entidades russas envolvidas no desenvolvimento e utilização de armas químicas na guerra contra a Ucrânia.

A Alemanha e os Países Baixos acusaram na semana passada a Rússia de recorrer cada vez mais a armas químicas nos ataques à Ucrânia, onde a utilização de gás lacrimogéneo e cloropicrina se tornou "prática corrente".

A denúncia consta de um relatório conjunto do Serviço Federal de Inteligência da Alemanha (BND, na sigla em alemão), e do Serviço de Informações e Segurança Militar (MIDV) e do Serviço de Informações e Segurança Geral (AIVD) neerlandeses.

O BND lamentou que a utilização de tais produtos esteja "muito difundida".

O ministro de Defensa neerlandês, Ruben Brekelmans, comentou nas redes sociais que as agências de informações confirmaram que "a Rússia está a utilizar cada vez mais armas químicas na Ucrânia".

O ministro dos Negócios Estrangeiros neerlandês, Caspar Veldkamp, disse que os Países Baixos vão abordar a questão na reunião da próxima semana do Conselho Executivo da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).

O ministro disse que os Países Baixos vão também partilhar as conclusões dos serviços de informação nessa reunião.

"É importante mostrar à comunidade internacional como a Rússia atua", afirmou.

A estação pública neerlandesa NOS noticiou que, de acordo com o Ministério da Defesa ucraniano, a substância foi utilizada em 9.000 ataques contra soldados ucranianos, nos quais o gás causou pelo menos três mortes.

De acordo com os serviços secretos neerlandeses, a utilização de armas químicas causa indiretamente mais vítimas ucranianas, uma vez que obriga muitos soldados a abandonar os esconderijos que depois são mortos com outras armas.

A Rússia assinou a Convenção sobre Armas Químicas que proíbe a utilização ou o armazenamento de armas químicas.  

No ano passado, o Reino Unido sancionou soldados russos pelo uso de armas químicas no campo de batalha na Ucrânia.

Foram também designados dois laboratórios científicos do Ministério da Defesa russo.

No passado, os Estados Unidos acusaram as forças russas de utilizarem produtos químicos perigosos na Ucrânia, incluindo gás lacrimogéneo e o agente tóxico asfixiante cloropicrina - utilizado pela primeira vez em combate durante a 1ª Guerra Mundial.

O Kremlin rejeitou as acusações na altura, considerando-as "infundadas".

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.   


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Apenas um refrigerante por dia pode aumentar o risco de diabetes... Com o estudo, investigadores do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington descobriram que, mesmo de forma conservadora, comer carnes processadas, bebidas açucaradas e ácidos gordos trans está associado a um risco maior de doenças e de cancro.

© Shutterstock   por Mariana Moniz  noticiasaominuto.com 07/07/2025 

Um novo estudo publicado na revista Nature Medicine pode fazê-lo repensar as suas escolhas alimentares. Investigadores estão a denunciar bebidas açucaradas, carnes processadas e gorduras trans.  

A grande descoberta? Mesmo pequenas porções regulares destes alimentos estão associadas a um risco significativamente maior de diabetes tipo 2, cancro colorretal e doença arterial coronariana (isquemia).

Na análise, uma equipa de investigadores do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington, reviu mais de 60 estudos observacionais anteriores que examinaram o impacto da dieta nas principais doenças.

Eles usaram uma abordagem de ónus da prova, que considera a força da evidência para vários pares de risco-resultado e atribui uma classificação por estrelas às descobertas.

Com o estudo, descobriram que, mesmo de forma conservadora, comer carnes processadas, bebidas açucaradas e ácidos gordos trans está associado a um risco maior de doenças e de cancro.

Mais especificamente: 

  • Beber uma bebida açucarada por dia (como uma lata de refrigerante de 355 ml) está associado a um aumento de pelo menos 8% no risco de diabetes tipo 2 e a um aumento de 2% no risco de doença arterial coronariana;
  • Comer carne processada está associado a um aumento de 11% no risco de diabetes tipo 2 e a um aumento de 7% no risco de cancro colorretal;
  • A ingestão de ácidos gordos trans está associada a um aumento de 3% no risco de doença arterial coronariana.

De forma alarmante, os investigadores descobriram que não é preciso consumir muitos desses alimentos para aumentar o risco de doenças.

"A nossa observação de que os maiores aumentos no risco de doenças ocorreram em baixos níveis de ingestão sugere que mesmo níveis mais baixos de consumo habitual desses fatores de risco dietéticos não são seguros", escreveu a equipa, liderada por Demewoz Haile, um cientista investigador do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde em Seattle.

De acordo com a CNN, médicos que leram, mas não estavam envolvidos no estudo, também concluíram que "não existe uma quantidade segura" de carnes processadas para comer, e que até mesmo um cachorro-quente por dia pode aumentar o risco de doenças. 

Por que é que os refrigerantes, as carnes processadas e as gorduras trans são tão más para a saúde?

Bebidas açucaradas, como refrigerantes, aumentam a inflamação e podem causar ganho de peso, explicam os autores do estudo. Carnes processadas, como bacon e salsichas, geralmente contêm nitritos, que podem converter-se em compostos cancerígenos no estômago.

E, finalmente, sabe-se que as gorduras trans reduzem o colesterol bom e aumentam o colesterol mau, fatores que contribuem para a placa que obstrui as artérias.

É por isso que as autoridades de saúde estão a pedir às pessoas que limitem ou até mesmo eliminem esses alimentos das suas dietas.

"As nossas descobertas apoiam a recente iniciativa da OMS de proibir gorduras trans e gorduras produzidas industrialmente, e o seu apelo para tributar bebidas adoçadas com açúcar para reduzir doenças não transmissíveis relacionadas com a dieta", escreveram os autores.

"Políticas que promovam o acesso e a acessibilidade de opções alimentares mais saudáveis ​​podem ajudar  a mitigar os riscos. Portanto, esforços devem ser intensificados para aumentar a consciencialização pública e ações políticas devem ser implementadas para reduzir o consumo desses fatores de risco alimentar e promover opções alimentares mais saudáveis".


Criador do Twitter lança aplicação de mensagens encriptadas que funciona sem Internet... O empresário adiantou que a versão beta, disponível no TestFlight, já chegou a 10.000 utilizadores e está a ser revista para o lançamento completo.

Jacques Julien/Getty Images   Por  sicnoticias.pt  07 jul.2025

O empresário Jack Dorsey, um dos criadores do Twitter e do Bluesky, lançou esta segunda-feira uma aplicação de mensagens descentralizada e encriptada que utiliza a rede de conectividade Bluetooth, denominada Bitchat, já a ser testada por 10 mil utilizadores.

Dorsey disse à rede social X que o Bitchat é uma espécie de experiência sua que lhe lembra o antigo chat IRC e explicou que se trata de um serviço de "rede mesh" Bluetooth, pelo que funciona sem Internet, e também não utiliza "servidores, contas ou recolha de dados".

O empresário adiantou que a versão beta, disponível no TestFlight, já chegou a 10.000 utilizadores e está a ser revista para o lançamento completo.

O Bitchat "fornece comunicação efémera e encriptada sem depender da infraestrutura da Internet, tornando-o resistente a falhas de rede e à censura", refere também um documento técnico publicado por Dorsey no portal Github, no qual partilha a "arquitetura técnica, protocolos e mecanismos de privacidade" da aplicação.

O documento indica ainda que as mensagens só são armazenadas nos dispositivos e desaparecem por defeito, sem chegar a uma infraestrutura centralizada, e através dela é possível "conversar em público" ou entrar em salas que podem ser protegidas por palavra-passe.

Dorsey é conhecido pelas suas criações tecnológicas, incluindo a rede social Twitter (agora X), que fundou em 2006; a empresa de pagamentos Square (agora Block), em 2009; ou a Bluesky, uma rede alternativa à X, que fundou em 2019, e em cujo conselho de administração trabalhou até à sua saída, em 2024.

NOTA INFORMÁTIVA

 

Protestos pelo Quénia fazem dez mortos e dezenas de feridos (e detenções)... Pelo menos dez pessoas morreram, 29 ficaram feridas e 37 foram detidas hoje durante protestos em várias cidades quenianas, nomeadamente a capital, Nairobi, anunciou a Comissão Nacional dos Direitos do Homem do Quénia (KNCHR, na sigla em inglês).

© Getty Images   Por LUSA  07/07/2025 

"Até às 18h30 horas de hoje (16h30 em Lisboa), a Comissão tinha documentado dez mortes, 29 feridos, dois casos de rapto e 37 detenções em 17" dos 47 condados do país, lê-se num comunicado da KNCHR, um organismo regulador autónomo criado por lei. 

A Comissão registou igualmente "grandes barricadas policiais nas principais estradas e pontos de acesso, perturbando gravemente a circulação de pessoas, especialmente em Nairobi", embora tenham sido registados "bloqueios adicionais" em cidades como Kiambu, Meru, Kisii, Nyeri, Nakuru e Embu.

Hoje assinala-se no Quénia o dia "Saba Saba" ("Sete, Sete" em suaíli, correspondente ao dia 07 de julho) em que ocorreu uma manifestação, em 1990, que exigiu a adoção do sistema político multipartidário e que pôs fim ao governo autocrático do então chefe de Estado Daniel Moi. 

A polícia do Quénia bloqueou estradas e mobilizou um forte dispositivo na capital, Nairobi, devido à organização dos protestos.

As últimas manifestações em Nairobi têm ficado marcadas pela violência policial, mortes e pilhagens.

Este ano, as celebrações foram concertadas com manifestações previstas em todo o país contra a estagnação económica, a corrupção e a brutalidade policial.

O atual chefe de Estado, William Ruto, eleito em 2022 e que prometeu defender a população desfavorecida, tem sido criticado pela oposição e organizações de direitos humanos.

As manifestações ocorridas no passado dia 25 de junho foram reprimidas pelas autoridades tendo os confrontos causado 19 mortos e 500 detidos.

Os protestos do dia 25 de junho destinavam-se a homenagear as dezenas de vítimas do movimento de cidadãos organizado em 2024 contra um projeto de aumento de impostos.

Nesse dia, os manifestantes entraram em confronto com a polícia.

Milhares de estabelecimentos comerciais do centro de Nairobi foram pilhados.

Os manifestantes acusaram as autoridades de pagarem a grupos armados para desacreditarem os movimentos da sociedade civil, enquanto o Governo comparou os protestos a uma "tentativa de golpe" de Estado.

A violência policial afetou a imagem do Quénia, país da África Oriental com uma população de cerca de 55 milhões de habitantes.

A repressão dissuadiu muitas pessoas de se manifestarem, nomeadamente mulheres, na sequência de relatos de violações sexuais ocorridas durante os últimos protestos.

No domingo, um grupo armado atacou a sede da Comissão Queniana dos Direitos Humanos, que realizava uma conferência de imprensa em que apelava ao fim da brutalidade policial.

Trump sai em defesa de Bolsonaro: "Estão a persegui-lo. Deixem-no em paz"... Donald Trump usou as redes sociais para fazer uma publicação em defesa de Jair Bolsonaro. Quem já reagiu foi a ministra das Relações Institucionais do Brasil, Gleisi Hoffmann, que aconselhou o presidente norte-americano a "cuidar dos seus próprios problemas".

© JIM WATSON/AFP via Getty Images   Carmen Guilherme com Lusa   07/07/2025 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recorreu às redes sociais, esta segunda-feira, para defender Jair Bolsonaro, referindo que o Brasil está a fazer "algo terrível" com o ex-chefe de Estado e que este é alvo de "perseguição". 

De realçar que Jair Bolsonaro é suspeito de tentativa de golpe de Estado após perder as eleições contra Lula da Silva em 2022. 

"O Brasil está a fazer uma coisa terrível no tratamento dado ao antigo presidente Jair Bolsonaro. Eu assisti, tal como o mundo, ao facto de não terem feito outra coisa senão persegui-lo, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano! Ele não é culpado de nada, exceto de ter lutado pelo povo", escreveu o republicano numa publicação na sua plataforma, a Truth Social, sem mencionar diretamente os processos judiciais nos quais o antigo presidente do Brasil está envolvido.

Na mesma publicação, Trump referiu que conheceu Jair Bolsonaro, "um líder forte" que "amava o seu país" e um "negociador muito duro no comércio". "Isto não é nada mais, nada menos, do que um ataque a um adversário político - algo que eu conheço muito bem", apontou.

Assim, recorreu à popular expressão que usou muitas vezes no seu caso - "caça às bruxas". 

"O grande povo do Brasil não vai tolerar o que estão a fazer com o seu ex-presidente. Vou acompanhar muito de perto essa caça às bruxas contra Jair Bolsonaro, a sua família e milhares dos seus apoiantes. O único julgamento que deveria estar a acontecer é um julgamento pelos Eleitores do Brasil - Chama-se Eleição. Deixem Bolsonaro em Paz!", escreveu.

Quem já reagiu foi a ministra das Relações Institucionais do Brasil, Gleisi Hoffmann, que aconselhou Donald Trump a "cuidar dos seus próprios problemas". 

"Donald Trump está muito equivocado se pensa que pode interferir no processo judicial brasileiro. O tempo em que o Brasil foi subserviente aos EUA foi o tempo de Bolsonaro, que batia continência para sua bandeira e não defendia os interesses nacionais. Hoje ele responde pelos crimes que cometeu contra a democracia e o processo eleitoral no Brasil", começou por escrever numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

"Não se pode falar em perseguição quando um país soberano cumpre o devido processo legal no estado democrático de direito, que Bolsonaro e seus golpistas tentaram destruir. O presidente dos EUA deveria cuidar de seus próprios problemas, que não são poucos, e respeitar a soberania do Brasil e de nosso Judiciário", rematou a governante brasileira. 

De recordar que o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil já deu por concluída a instrução do processo contra o ex-presidente brasileiro e outros sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado. O juiz relator do caso, Alexandre de Moraes, encerrou a instrução do processo, que envolve oito réus, e determinou a intimação das partes para apresentarem as alegações finais.

Trata-se da última etapa na tramitação do processo, antes do seu julgamento. Concluída a fase de instrução, que incluiu depoimentos de testemunhas e interrogatórios dos próprios réus, o juiz Alexandre de Moraes receberá primeiro as alegações do Ministério Público, que atua como parte acusadora.

Este órgão deve individualizar cada caso e declarar se acredita que os réus devem ser condenados ou absolvidos, após o que os advogados dos réus terão um prazo para apresentarem os seus argumentos finais ao tribunal.

Além de Bolsonaro, são réus neste processo o deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, o ex-comandante da Marinha brasileira Almir Garnier Santos, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno,  o ex-assessor da Presidência e delator do processo Mauro Cid, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil Walter Braga Netto.

Todos os réus foram pronunciados por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de património.

De acordo com o Ministério Público brasileiro, o alegado plano golpista terá começado depois da vitória do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições de outubro de 2022.

Bolsonaro tentava a reeleição e não aceitou a derrota nas urnas. Segundo a acusação, foi então elaborado um plano de golpe de Estado para impedir a posse de Lula da Silva, que culminou com a invasão das sedes dos três poderes em 08 de janeiro de 2023.


Leia Também: A presidência brasileira frisou hoje que o país não aceita "interferência ou tutela de quem quer que seja", depois do Presidente norte-americano, Donald Trump, ter dito que o Brasil está a fazer "caça às bruxas" contra Jair Bolsonaro.

Ex-ministro russo foi encontrado morto após ser demitido por Putin.... Roman Starovoit foi destituído do cargo após vários voos cancelados nos últimos dias por causa de ameaças de segurança causadas pela Ucrânia.

© MAXIM SHEMETOV/POOL/AFP via Getty Images Por noticiasaominuto.com  07/07/2025 

O ex-ministro dos Transportes russo, Roman Starovoit, foi encontrado morto horas após ter sido demitido por Vladimir Putin, avança a Reuters. 

O governante, que tinha sido demitido horas antes, terá tirado a própria vida após com recurso a uma arma de fogo.

Horas antes, tinha sido informado da sua destituição do cargo na sequência das centenas de voos cancelados em aeroportos russos, por causa de possíveis ataques de drones ucranianos.

O seu corpo foi descoberto na sua casa em Myakinino, região de Moscovo, com uma arma de fogo ao lado, que se acredita ser uma pistola que este recebeu como prémio de serviço e que lhe foi entregue pelo Ministério do Interior em 2023.

Recorde-se que drones ucranianos causaram o caos nos aeroportos russos, especialmente em Moscovo e São Petersburgo, onde foram cancelados e adiados mais de 2.000 voos nos últimos três dias devido a questões de segurança.

De acordo com a agência de transporte aéreo Rosaviatsia, foram cancelados 485 voos e adiados outros 2.000 voos desde sábado devido ao risco representado pelas aeronaves não tripuladas ucranianas.

A situação deixou milhares de passageiros retidos nos aeroportos, alguns dos quais tiveram de esperar mais de 24 horas para chegar ao seu destino, precisamente quando a época de verão está a começar no país, e provocou a demissão do ministro dos Transportes russo, Roman Starovoit, tendo o Presidente russo nomeado esta segunda-feira um substituto interino, Andrei Nikitin, até agora vice-ministro daquela pasta.

Na sequência do caos que se viveu, os bilhetes para os comboios de alta velocidade e noturnos que ligam as duas principais cidades do país, separadas por mais de 600 quilómetros, também esgotaram.

As linhas ferroviárias russas também têm sido alvo de ataques ucranianos, com constantes casos de sabotagem, incêndios e explosões.

As defesas aéreas russas abateram esta madrugada 91 drones ucranianos, oito dos quais se dirigiam alegadamente para a capital, segundo avançou hoje o Ministério da Defesa.

A Ucrânia atacou território russo no domingo com mais de 200 drones de asa fixa, tanto durante a noite como durante o dia.

*Visita Presidencial aos EUA: Guiné-Bissau em busca de parcerias estratégicas*

CAP GB / Radio Voz Do Povo 

Bissau, 7 de julho de 2025 – O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, embarcou esta manhã rumo a Washington, nos Estados Unidos da América, para participar numa cimeira internacional de alto nível dedicada ao reforço das relações económicas entre África e os EUA. O encontro, promovido pelo Presidente norte-americano Donald Trump, reunirá cinco líderes africanos, incluindo o chefe de Estado do Senegal, Bassirou Diomaye Faye.

A cimeira, que decorre entre os dias 9 e 11 de julho, tem como foco a promoção de investimentos privados, a cooperação em matéria de segurança e o acesso a recursos estratégicos. Esta iniciativa marca uma viragem na política externa dos EUA para o continente africano, após o regresso de Trump à Casa Branca.

Antes da partida, no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, Embaló destacou o prestígio internacional que Guiné-Bissau tem vindo a recuperar. “Este convite é um sinal claro do respeito que o nosso país voltou a merecer no cenário internacional”, declarou o Presidente, acrescentando que espera avanços concretos na reabertura da Embaixada dos Estados Unidos em Bissau, encerrada desde o conflito político-militar de 1998.

Durante a cimeira, os líderes africanos deverão abordar temas como comércio bilateral, inovação tecnológica, segurança regional e transições democráticas. A presença de Embaló é vista como uma oportunidade para Guiné-Bissau consolidar parcerias estratégicas e afirmar-se como um interlocutor relevante na nova fase das relações África-EUA.


Ucrânia/Rússia: Drones de Kyiv causam caos nos aeroportos russos... De acordo com a agência de transporte aéreo Rosaviatsia, foram cancelados 485 voos e adiados outros 2.000 voos desde sábado devido ao risco representado pelas aeronaves não tripuladas ucranianas.

© OLEKSII FILIPPOV/AFP via Getty Images  Lusa   07/07/2025

Drones ucranianos causaram o caos nos aeroportos russos, especialmente em Moscovo e São Petersburgo, onde foram cancelados e adiados mais de 2.000 voos nos últimos três dias devido a questões de segurança. 

De acordo com a agência de transporte aéreo Rosaviatsia, foram cancelados 485 voos e adiados outros 2.000 voos desde sábado devido ao risco representado pelas aeronaves não tripuladas ucranianas.

A situação já provocou a demissão do ministro dos Transportes russo, Roman Starovoit, tendo o Presidente russo nomeado hoje um substituto interino, Andrei Nikitin, até agora vice-ministro daquela pasta.

Embora a situação pareça estar a voltar ao normal, dezenas de voos continuam atrasados no Aeroporto de Sheremetyevo, em Moscovo, e mais de 100 no Aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo.

Esta situação deixou milhares de passageiros retidos nos aeroportos, alguns dos quais tiveram de esperar mais de 24 horas para chegar ao seu destino, precisamente quando a época de verão está a começar no país.

Por isso, os bilhetes para os comboios de alta velocidade e noturnos que ligam as duas principais cidades do país, separadas por mais de 600 quilómetros, também esgotaram.

As linhas ferroviárias russas também têm sido alvo de ataques ucranianos, com constantes casos de sabotagem, incêndios e explosões.

As defesas aéreas russas abateram esta madrugada 91 drones ucranianos, oito dos quais se dirigiam alegadamente para a capital, segundo avançou hoje o Ministério da Defesa.

A Ucrânia atacou território russo no domingo com mais de 200 drones de asa fixa, tanto durante a noite como durante o dia.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou na semana passada ter feito acordos com os Estados Unidos e a Dinamarca para aumentar a produção de drones a fim de atacar infraestruturas estratégicas em território russo.

Por sua vez, a Rússia, que intensificou os bombardeamentos desde a bem-sucedida 'Operação Teia de Aranha' da Ucrânia - um ataque secreto com drones realizado pelo Serviço de Segurança da Ucrânia no território da Rússia a 01 de junho -, lançou um dos maiores ataques combinados de drones e mísseis de toda a guerra entre quinta e sexta-feira.

Este último ataque aconteceu após uma conversa telefónica entre o líder russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, que manifestou desapontamento pela recusa do líder do Kremlin em anunciar o fim das hostilidades.


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Guiné-Bissau: Um único hospital serve as 23 ilhas habitadas do arquipélago das Bijagós... O arquipélago das Bijagós, na Guiné-Bissau, com cerca de 33 mil pessoas divididas por 23 ilhas habitadas, conta com um único hospital, instalado em Bubaque, salientou à Lusa Élcio Marques Vieira, enfermeiro na ilha de Formosa.

© Lusa  07/07/2025

Élcio e dois outros enfermeiros trabalham no centro de saúde de Formosa, mas deviam atender de forma regular as populações das ilhas vizinhas de Tchedignha, Nghago e Maio, o que nem sempre conseguem devido à falta de meios de transporte.

Mesmo para casos graves de crianças ou grávidas, Élcio e a sua equipa sentem "muitas dificuldades" para transportar aqueles doentes para o hospital de Bubaque, contou à Lusa.

"Somos um centro de saúde tipo C para cuidados primários. Recebemos o doente e damos assistência durante três dias, se não melhorar teremos de o levar para Bubaque, onde existe um hospital regional", explicou.

Para estas e outras deslocações, a equipa de Élcio acaba por recorrer às canoas de pescadores, mesmo sabendo que "não têm as mínimas condições" para transportar doentes ou medicamentos em condições de segurança.

"Por exemplo, neste momento, não temos paracetamol em xarope, só vamos ter isso talvez para a semana", observou.

O enfermeiro gostava que o Governo ampliasse o centro de saúde de Formosa para albergar mais técnicos que atualmente praticamente partilham o mesmo espaço.

"É preciso ampliar o centro para criar uma pequena pediatria e também separar as salas das consultas para adultos e para crianças", defendeu Élcio Marques Vieira, que trabalha nas ilhas Bijagós há cerca de dez anos.

Antes de chegar ao centro de saúde de Formosa, Élcio trabalhou nas ilhas de Unhocume e Sogá.

A enfermeira Tamara Fernandes Monteiro Sá trabalhou nas ilhas de Caravela, Bubaque e Uno entre 2014 e 2020, até regressar ao Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau, mas não se esqueceu das dificuldades experimentadas para "resolver os problemas dos doentes, sobretudo das grávidas".

"Há ilhas perto de Bubaque a que não é fácil aceder, a não ser que a pessoa venha até Bissau e apanhar uma piroga", exemplificou Tamara Sá, enaltecendo os apoios que recebia de um projeto das Organizações Não Governamentais (ONG) que trabalham na zona.

A enfermeira considera as ilhas Bijagós como zona rica, mas onde existe "pouca produtividade" e "falta de tudo", nomeadamente transportes e agências de transferência de dinheiro, o que acaba por encarecer os produtos de primeira necessidade.

O arroz, base da dieta alimentar dos guineenses, é vendido quase ao dobro do preço em relação à zona continental do país, disse Tamara Sá, salientando que o produto vem de Bissau.

"Digamos que não há dinheiro em circulação nas ilhas" Bijagós, observou a enfermeira.

O pescador Ibraima Barros, baseado na ilha de João Vieira Poilão, está contente que o arquipélago dos Bijagós seja considerado Património Mundial Natural pela UNESCO, mas já vê com maus olhos a possibilidade de aumentar o interesse de mais visitantes à região.

"Haverá grande vantagem para o Estado da Guiné-Bissau, mas desde que não traga restrições na zona de pesca, porque isso poderá impactar negativamente nas nossas atividades", afirmou Ibraima Barros.

O jornalista da rádio comunitária Okimka Pampa, na ilha de Orango Grande, Domingos Alves não tem dúvidas sobre "a bondade" do reconhecimento para o arquipélago das Bijagós, mas já não tem certeza sobre se o Estado da Guiné-Bissau terá a capacidade para fiscalizar as atividades de pesca na zona envolvida, ilhas de João Vieira Poilão, Orango e Formosa.

Domingos Alves apontou como estratégia "a sensibilização contínua" das populações do arquipélago dos Bijagós.

As ilhas, consideradas um tesouro natural e cultural, fazem parte da lista de 32 sítios de todo o mundo candidatos a Património Mundial, que vão conhecer a decisão da UNESCO, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, a 11 de julho, em França.

A 47.ª reunião do Comité do Património Mundial decorre até 16 de julho, na sede da UNESCO em Paris, França.


Leia Também: Ilhas de Bijagós poderão integrar lista do Património Mundial

As ilhas dos Bijagós estão a poucos dias de poder integrar a lista do Património da Humanidade, naquela que será uma conquista histórica para a Guiné-Bissau, com o primeiro sítio reconhecido com o estatuto mundial.


EUA: Inundações no Texas já fizeram 82 mortos (incluindo 28 crianças)... O nível das água do rio Guadalupe, no Texas, EUA, aumentou oito metros em 45 minutos, apanhando muitos desprevenidos. O número de mortos continuam a aumentar, estando confirmados, até ao momento, 82 mortos.

© Getty Images/Desiree Rios for The Washington Post    Notícias ao Minuto com Lusa  07/07/2025

O número de mortos provocados pelas cheias no Texas, no sul dos Estados Unidos da América, continua a subir. Os dados mais recentes referem-se a, pelo menos, 82 mortos. As autoridades assumem que ainda há muitos desaparecidos e as fatalidades podem continuar a aumentar.

Os números foram confirmados pelo governador do Texas, Greg Abbott, este domingo, aumentando quase para o dobro o número de mortos que tinha sido anunciado no sábado, horas depois das cheias repentinas, que fizeram subir o rio Guadalupe oito metros em apenas 45 minutos.

Crianças em acampamento apanhadas desprevenidas

Entre as vítimas mortais, constam 28 crianças. Algumas das quais estavam a participar num acampamento cristão, nas margens do rio em causa, quando foram apanhadas de surpresa pela tempestade.

Onze raparigas e um mentor estão ainda desaparecidos. Cinco meninas, com idades entre os 8 e 9 anos, já foram dadas como mortas, bem como o responsável pelo acampamento ‘Camp Mystic’. No acampamento participavam 750 pessoas. 

Texas tem já historial de inundações

A forte tempestade que teve inicio na noite de quinta para sexta-feira não é a primeira a assolar a região do Texas. Segundo o Washington Post, a região já enfrentou inundações mortais anteriormente. Esta nova tragédia, no entanto, vem expor lacunas na sua capacidade de avisar as pessoas, nomeadamente porque o alerta de risco de inundação chegou atrasado ao condado de Kerr.

Esta publicação refere que o Texas é uma zona propensa a inundações repentinas, estando as autoridades cientes de que o terreno de Hill Country pode transformar rios lentos e pouco profundos em paredes de água. 

Contudo, quando as previsões meteorológicas começaram a indicar a possibilidade de chuvas fortes na quinta-feira, ficou patente uma falha: poucos, incluindo as autoridades locais, se prepararam para algo do género. Aliás, a publicação norte-americana acusa mesmo que todos estavam mais preocupados com as celebrações do dia 4 de Julho, Dia da Independência do país.

Quando a precipitação se intensificou nas primeiras horas da manhã de sexta-feira, muitas pessoas não receberam ou não responderam aos avisos de inundação em acampamentos e cabanas ribeirinhas que se sabia estarem a acontecer.

O Serviço Meteorológico Nacional, recorde-se, alertou na quinta-feira para possíveis inundações e, em seguida, enviou uma série de alertas de inundações repentinas nas primeiras horas de sexta-feira antes de emitir emergências de inundações repentinas -- um alerta raro que notifica sobre o perigo iminente.

Donald Trump foi questionado se, após a tragédia, planeava eliminar gradualmente a Agência Federal de Gestão de Emergências, Trump disse que isso era algo sobre o qual iria "falar mais tarde", pois estava ocupado "a trabalhar".

O presidente foi também questionado se planeava recontratar algum dos meteorologistas federais despedidos este ano como parte das amplas reduções de despesas do governo.

"Acho que não. Isto foi algo que aconteceu em segundos. Ninguém estava à espera. Ninguém viu. Havia pessoas muito talentosas lá, e não viram", disse Trump. 

Buscas continuam até que todos sejam encontrados

As equipas de resgate continuam as buscas pelos desaparecidos. O xerife Larry Leitha prometeu continuar as buscas até que "todos sejam encontrados".

As cheias repentinas foram provocadas por chuvas torrenciais na parte central do estado na manhã de sexta-feira, Dia da Independência, que fizeram o rio Guadalupe subir oito metros em apenas 45 minutos. De repente, caíram quase 300 milímetros de chuva por hora, um terço da precipitação média anual.

O governador alertou no domingo que novos períodos de chuvas fortes até terça-feira poderiam causar mais inundações fatais, especialmente em locais já saturados.

Também no domingo, o presidente Donald Trump assinou uma declaração de grande desastre para o condado de Kerr, ativando a Agência Federal de Gestão de Emergências do Texas, e disse que provavelmente visitará a zona afetada na sexta-feira.

"Foi uma coisa horrível o que aconteceu, absolutamente horrível", afirmou.

Os socorristas usam helicópteros, barcos e 'drones' para procurar vítimas e resgatar pessoas presas em árvores e em acampamentos isolados por estradas destruídas pela água. As autoridades disseram que mais de 850 pessoas foram resgatadas nas primeiras 36 horas.


ONU: Norte de Moçambique regista crise humanitária "cada vez mais profunda"... A ONU alerta que o norte de Moçambique registou, em junho, uma crise humanitária "cada vez mais profunda", causada pela escassez de financiamento, desastres naturais e escalada de violência armada na província de Cabo Delgado.

© Lusa  07/07/2025

"A escalada da violência por parte dos grupos armados não estatais continuou a provocar novas deslocações, a perturbar os serviços essenciais, a restringir severamente os movimentos, a exacerbar a insegurança alimentar e a impedir a prestação de assistência vital", refere-se no relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigal em inglês).

A província de Cabo Delgado, situada no norte do país, rica em gás, enfrenta desde 2017 uma rebelião armada, que provocou milhares de mortos e uma crise humanitária, com mais de um milhão de pessoas deslocadas.

As novas movimentações de extremistas no norte de Moçambique incluem Niassa, província vizinha de Cabo Delgado, onde, desde a sua eclosão em 29 de abril, provocaram pelo menos duas mortes: dois guardas florestais decapitados.

De acordo com o OCHA, em 24 de junho, 568 pessoas, incluindo 324 crianças, fugiram dos ataques de grupos armados na aldeia de Quinto Congresso, no distrito de Macomia, em direção "à já sobrelotada" sede distrital, elevando o número total de deslocados pelo conflito para 48 mil desde um de janeiro, muitos necessitando urgentemente de alimentos, abrigo, bens de primeira necessidade e água potável.

"O conflito continua a ter impacto nas necessidades de proteção das pessoas. No início de 2025, Cabo Delgado viu um aumento de 22% nos casos de violência baseada no género relatados em comparação com 2024, devido à melhoria das denúncias e à crescente consciencialização, mas também ressalta o impacto do conflito específico de género", explica.

O documento acrescenta que o Governo facilitou o regresso das populações às suas zonas de origem nos distritos de Macomia, Metuge e Montepuez, em Cabo Delgado, e recentemente em Mecula, no Niassa, "em grande parte devido à inadequada assistência humanitária e à sobrelotação dos locais de deslocação".

Segundo o OCHA, a população que regressa não encontra nada nas suas áreas de origem, "uma vez que as suas casas, parcelas agrícolas e meios de subsistência foram destruídos e os serviços básicos não foram restaurados", e os que optaram pela reinstalação "verificaram que os locais propostos não dispunham de serviços essenciais".

A agência das Nações Unidas apontou ainda para a persistência das "necessidades e lacunas" pós-ciclone, explicando que, com as restrições de financiamento, as pessoas afetadas pelos três ciclones, que, além da destruição de milhares de casas e infraestruturas, provocaram cerca de 175 mortos, no norte e centro do país, "não receberam assistência adequada".

"As primeiras avaliações realizadas desde março nos distritos de Lalaua e Muecate em Nampula revelaram que um total de 70 mil pessoas foram afetadas pelos ciclones mas não receberam assistência desde março", avança.

Outro problema apontado pelo OCHA refere-se ao declínio em cerca de 26% no financiamento humanitário entre 2024 e 2025, caindo de 74 milhões de dólares (62,8 milhões de euros), para 55 milhões de dólares (46,7 milhões de euros).

"Como resultado, cerca de 260 mil pessoas ficaram sem acesso a serviços de higiene, enquanto 200 mil pessoas continuam sem abrigo adequado (..). Além disso, o programa de recolha de amostras laboratoriais, que servia 25 mil pessoas por mês, principalmente pessoas com VIH e tuberculose, foi abruptamente interrompido", acrescenta.


Musk a criar novo partido nos EUA? "Acho que é ridículo", atira Trump... O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou hoje como "ridícula" a decisão anunciada na véspera da criação de um novo partido político pelo multimilionário Elon Musk, seu antigo aliado.

Por LUSA 

"Acho que é ridículo lançar um terceiro partido. Estamos a ter um sucesso tremendo com o Partido Republicano", disse Trump, antes de embarcar no seu avião em Nova Jérsia para regressar a Washington.

O multimilionário Elon Musk, antigo aliado do Presidente norte-americano, com quem se desentendeu recentemente, anunciou no sábado, a criação da sua formação política, o "Partido América".

"Os democratas perderam o rumo, mas sempre foi um sistema bipartidário", acrescentou o Presidente norte-americano.

"Acho que lançar um terceiro partido só aumenta a confusão. Parece que foi realmente desenvolvido, mas os terceiros partidos nunca funcionaram", considerou.

"Portanto, ele pode divertir-se o quanto quiser com isto, mas acho que é ridículo", concluiu Trump.

A formação de novos partidos políticos não é incomum nos EUA, mas normalmente lutam para obter apoio significativo dos partidos Republicano e Democrata.

Mas, Musk, que gastou 270 milhões de dólares (229,2 milhões de euros) na campanha de Trump para a eleição de 2024, poderá causar impacto nas eleições intercalares de 2026, determinando o controlo do Congresso, se estiver disposto a gastar verbas significativas.

O homem mais rico do planeta, presença assídua na Sala Oval, após a eleição do republicano, liderou o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), que tinha como objetivo reduzir drasticamente a despesa federal.

O empresário deixou o DOGE em maio, para reassumir o controlo das suas empresas, nomeadamente a Tesla, especializada em veículos elétricos, cuja imagem e vendas sofreram em todo o mundo devido a esta colaboração, mas pouco depois, teve uma discussão dura e pública com Trump por causa do projeto de lei orçamental.

"Hoje, o Partido América foi criado para vos devolver a liberdade", escreveu Musk, no sábado, na sua rede social X (antigo Twitter).

Na sequência da aprovação do projeto de lei orçamental, que acusa de aumentar a dívida pública, Musk lançou uma sondagem sobre a criação da nova formação política na sua rede social na sexta-feira e 65% dos cerca de 1,2 milhões inquiridos responderam "sim" à pergunta se queriam que o "Partido América" visse a luz do dia.

"Quando se trata de arruinar o nosso país através do desperdício e da corrupção, vivemos num sistema de partido único, não numa democracia", continuou Musk.

O multimilionário passou a manhã de hoje no X a receber 'feedback' dos utilizadores sobre o partido e indicou que o partido participará nas eleições intercalares de 2026.

No mês passado, Musk ameaçou tentar destituir todos os membros do Congresso que votaram o projeto de lei de Trump e classificou o pacote de isenções fiscais e cortes de despesa como uma "abominação repugnante", alertando que isso aumentaria o défice federal, entre outras críticas.

As suas críticas ao projeto de lei e a sua iniciativa de formar um partido político marcam uma inversão em relação a maio, quando o seu mandato na Casa Branca estava a chegar ao fim e o responsável da empresa de foguetões SpaceX e da fabricante de veículos elétricos Tesla disse que iria gastar "muito menos" em política no futuro.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, que entrou em conflito com Musk enquanto dirigia o DOGE, disse no programa "State of the Union" da CNN, que os "princípios" do departamento eram populares, mas "se olharmos para as sondagens, Elon não era".

"Imagino que o conselho de administração não tenha gostado do anúncio de ontem [sábado] e irá encorajá-lo a concentrar-se nas suas atividades comerciais, e não nas suas atividades políticas", disse.

Natural da África do Sul, Elon Musk não poderá concorrer em futuras eleições presidenciais, uma vez que os candidatos têm de ter nascido nos Estados Unidos.


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A governadora da região de Gabú, Elisa Maria Tavares Pinto, elogia os trabalhos da empresa AREZKI sobre reabilitação das vias urbanas de Gabú em curso.

A TV Sintchan Occo, acompanhou hoje (07.07.2024) a visita de rotina efetuada pela Governadora, nas diferentes ruas da cidade a fim de avaliar a evolução dos trabalhos no terreno sobretudo nesta época da chuva.