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Por Lusa 18/08/24
Os Estados Unidos da América (EUA) felicitaram hoje a recém-empossada primeira-ministra da Tailândia, Paetongtarn Shinawatra, esperando trabalhar em conjunto para "fortalecer ainda mais" a "aliança e parceria duradouras" entre os dois países.
"Trata-se de aumentar a prosperidade mútua, colaborar em matéria de paz e segurança, enfrentar os desafios globais em matéria de saúde pública e segurança humana e de estabelecer fortes laços interpessoais", declarou o Departamento de Estado norte-americano num comunicado.
A tutela acrescentou que, "com mais de 190 anos de história partilhada, a parceria EUA - Tailândia" é uma das suas relações mais antigas.
"Esperamos continuar a trabalhar em estreita colaboração para promover os nossos valores partilhados e interesses comuns numa região do Indo-Pacífico livre e aberta, conectada, próspera, segura e resistente", acrescentou o Departamento de Estado.
Shinawatra tomou hoje posse numa cerimónia oficial como primeira-ministra da Tailândia, dois dias depois de o parlamento a ter eleito na sequência da destituição, esta semana, do seu antecessor, Srettha Thavisin, por ordem do Tribunal Constitucional, no âmbito de um processo de corrupção.
Filha do controverso bilionário e antigo primeiro-ministro tailandês Thaksin Shinawatra, Paetongtarn, 38 anos, torna-se na primeira-ministra mais jovem da história do reino.
É a terceira Shinawatra a ocupar o cargo de primeiro-ministro, depois do pai (2001-2006) e da tia Yingluck (2011-2014), ambos derrubados por golpes de Estado.
Thaksin Shinawatra, um bilionário de 75 anos que foi forçado ao exílio em 2008 devido a acusações de corrupção, recebeu um perdão real no sábado e estava sentado na primeira fila da cerimónia.
Paetongtarn dirige um Governo de coligação liderado pelo seu partido, Pheu Thai, a última encarnação do movimento político fundado pelo pai no início dos anos 2000, mas que inclui também forças pró-militares que há muito se opõem a Thaksin.
Há mais de 20 anos que o reino está dividido entre uma velha guarda pró-monárquica protegida pelo exército e eleitores ávidos de mudança, mas cuja vontade expressa nas urnas não está a ser respeitada, de acordo com o campo pró-democracia.