terça-feira, 15 de abril de 2025

Bezos cai ao receber noiva de viagem ao Espaço e Internet não perdoa... A NS-31 foi a primeira missão espacial a ser 100% composta por mulheres.

Por  noticiasaominuto.com

A Blue Origin, empresa aeronáutica criada por Jeff Bezos, fez história esta segunda-feira, ao completar com sucesso a primeira missão espacial 100% feminina. Após o regresso da nave, o também fundador da Amazon protagonizou um momento caricato, que já se está a tornar viral - tropeçou e caiu quando se preparava para abrir a cápsula que levou a sua noiva, a a jornalista Lauren Sánchez, Katy Perry e outras quatro mulheres ao espaço.

Nas imagens, divulgadas nas redes sociais, é possível ver Jeff Bezos a tropeçar num buraco e a cair no chão de terra. O fundador da Amazon e da Blue Origin levantou-se rapidamente, mas o momento não passou em branco aos mais atentos e já é viral. 

Recorde-se que, assim que Bezos abriu a cápsula, o entusiasmo foi notório, com a noiva do fundador da Blue Origin, Lauren Sánchez, a mostrar-se claramente emocionada. Já Katy Perry, limitou-se a beijar o chão do deserto do Texas.

Da tripulação fizeram também parte a amiga de Oprah Winfrey e apresentadora de televisão Gayle King, a ativista Amanda Nguyen, a produtora Kerianne Flynn e a cientista Aisha Bowe. 

Pode ver o momento da queda abaixo:👇

Leia Também: Após voo da Blue Origin, Katy Perry beijou o chão. Veja o momento

A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul) disse esta segunda-feira à Lusa que encontrou "várias centenas" de depósitos de armas no sul do Líbano

Por LUSA 

ONU encontra arsenais do Hezbollah abandonados no sul do Líbano

 A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul) disse esta segunda-feira à Lusa que encontrou "várias centenas" de depósitos de armas no sul do Líbano.

"Temos estado a encontrar, a par com o exército libanês, um grande número de depósitos de armas e túneis em diferentes partes do sul do Líbano na nossa zona de operações", disse o porta-voz da Finul Andrea Tenenti.

Uma outra fonte da ONU, que pediu para não ser identificado, confirmou à Lusa que o grupo xiita libanês Hezbollah está a entregar as posições militares no sul do Líbano ao exército libanês, numa decisão surpreendente e inédita.

O grupo já transferiu pelo menos 190 de 256 postos militares na região sul para as mãos do exército libanês, de acordo declarações de um responsável do Hezbollah à imprensa local. 

A retirada do grupo apoiado pelo Irão estava prevista no acordo de cessar-fogo assinado em novembro com Israel. No entanto, a rendição militar do Hezbollah, considerado em tempos mais poderoso que o exército libanês, foi sempre considerada improvável.

Esta operação mostra o estatuto enfraquecido do grupo, numa altura em que o Hezbollah se vê quase abandonado pelo Irão, o aliado e financiador histórico, especialmente agora que Teerão tem interesses maiores a defender nas novas negociações com os Estados Unidos, no sábado.

A decisão surgiu ainda na sequência da visita, na semana passada, da vice-representante especial dos EUA para o Médio Oriente, Morgan Ortagus, a Beirute durante a qual afirmou que o Líbano não ia receber qualquer tipo de ajuda internacional, incluindo para a reconstrução, até que o Hezbollah entregasse as armas. 

A par do enfraquecimento do Hezbollah está também um reforço das forças militares libaneses e uma nova vontade política pelas mãos do novo governo reformista de Nawaf Salam e sobretudo pela presidência de Joseph Aoun, antigo chefe das forças armadas.

Tenenti disse à Lusa que, apesar do exército libanês ter estado sempre presente no sul do Líbano, a "situação politicamente era muito diferente", descrevendo agora um verdadeiro empenho para recuperar a soberania do Estado na região, com mais de 300 operações realizadas diariamente.

"Podemos dizer que agora vemos as autoridades libaneses, sob o novo Presidente e primeiro-ministro, e o exército libanês 100% dedicados a implementar a resolução 1701 [que prevê a retirada do Hezbollah do sul do Libano]", disse.

Enquanto isso, as forças israelitas continuam a violar o acordo de cessar-fogo através de bombardeamentos e da ocupação de parte do território libanês.

Na segunda-feira, o Presidente libanês afirmou que "a decisão de limitar as armas ao Estado foi tomada" e que "estão a ser trocadas mensagens com o Hezbollah para tratar da questão do monopólio estatal das armas". 

O deputado do Hezbollah, Ali Fayyad, também afirmou que o grupo está pronto para apoiar reformas, uma marcada mudança de estratégia, confirmando que o movimento tenta reposicionar-se como um aliado do governo reformista numa aparente tentativa de manter a presença na política interna.

Presidente guineense anuncia taxa aduaneira de 10% na importação dos EUA

Por
LUSA 
O presidente guineense, Umaro Sisssoco Embalo, anunciou hoje que o país vai assumir "o princípio de reciprocidade" e fixar também uma tarifa aduaneira de 10% aos produtos importados dos Estados Unidos de América com quem admite "conversar depois".

"Já disse que não existem Estados pequenos, existem países pequenos", observou Umaro Sissoco Embaló, à margem de uma visita às obras de construção de um "novo hospital de referência", em Bissau, financiado pelos Emirados Árabes Unidos.

A administração do presidente norte-americano, Donald Trump fixou uma taxa de 10% aos produtos provenientes da Guiné-Bissau, uma medida que Umaro Sissoco Embalo considera normal.

"Nós também vamos fixar-lhes as tarifas. É vice-versa (...). Trump é presidente dos Estados Unidos, Umaro Sissoco Embaló é presidente da Guiné-Bissau", defendeu Embalo.

Na comitiva presidencial que visitou as obras do futuro novo hospital, se encontrava o ministro da Economia, Soares Sambu, a quem Umaro Sissoco Embalo pediu que identificasse os produtos importados dos Estados Unidos para serem taxados em 10%.

 "Depois conversamos", disse Umaro Sissoco Embalo e lembrou ter dado a mesma resposta quando os Estados Unidos sancionaram o país, em 2023, alegando falhas no combate ao tráfico de seres humanos.

"É como quando nos sancionaram, nós também produzimos um decreto e sancionar os Estados Unidos. Simples. Depois conversamos, entendemos que foi um erro (da parte dos Estados Unidos) e nós também retiramos as nossas sanções (contra eles), tudo isso sempre numa dinâmica de que não existe Estado pequeno", sublinhou o presidente guineense.

No passado dia 18 de março e à saída de uma audiência com Sissoco Embalo, em Bissau, o embaixador norte-americano para o Senegal e Guiné-Bissau, Michael Raynor desmentiu que o seu país tenha imposto alguma sanção à Guiné-Bissau.

"Quero agradecer a oportunidade de esclarecer que nunca houve sanções impostas à Guiné-Bissau sobre o tráfico de pessoas ou outras quaisquer", afirmou Raynor para acrescentar que "houve sim restrições nas relações e parcerias".

 O diplomata norte-americano observou que as restrições foram levantadas em 2024 devido aos esforços no combate ao tráfico de pessoas, fazendo com que a Guiné-Bissau fosse retirada da categoria menor nessa luta.

Leia Também:  A lei de reciprocidade em comércio externo que permite ao Governo brasileiro adotar medidas contra países que imponham barreiras unilaterais aos produtos do Brasil entrou hoje em vigor, em resposta às tarifas de 10% anunciadas pelos Estados Unidos.

segunda-feira, 14 de abril de 2025

O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) lançou esta segunda-feira, na cidade da Praia, um programa regional para reforçar a resiliência da agricultura face às alterações climáticas em Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau

Por LUSA   14/04/2025

FIDA lança programa agrícola em Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau

O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) lançou esta segunda-feira, na cidade da Praia, um programa regional para reforçar a resiliência da agricultura face às alterações climáticas em Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau.

Oprograma Adaptação dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento da África Ocidental e Central (Adapt), tem a duração de cinco anos e um orçamento de 10,5 milhões de euros que visa "reforçar a resiliência dos pequenos produtores e sistemas de produção agrícola face à mudança climática", afirmou o diretor do FIDA, Bernard Hien, durante o lançamento do projeto.

O programa prevê formação técnica, acesso a novas tecnologias e a elaboração de planos de ação que cada país vai adaptar às suas realidades.

"A prioridade é dar-lhes conhecimento e ferramentas para se adaptarem melhor às mudanças do clima", frisou.

O responsável referiu que, além da componente ambiental, o projeto também procura responder a fragilidades económicas e sociais, em especial no meio rural, com foco na inclusão de mulheres e jovens.

"Todos os projetos apoiados pelo FIDA têm uma forte componente social. Trabalhamos para integrar os jovens e as mulheres nas atividades e reforçar o seu poder económico. Este programa também tem isso em conta", garantiu.

Em Cabo Verde, o projeto será articulado com o Projeto de Promoção de Oportunidades Socioeconómicas Rurais (POSER), que visa criar oportunidades de emprego e rendimento para as populações rurais mais vulneráveis.

O ministro da Agricultura e Ambiente de Cabo Verde, Gilberto Silva, adiantou que o projeto vai ser desenvolvido no vale de Rabil, na ilha da Boa Vista para "substituir a acácia americana, que é uma espécie invasora, por tamareiras".

O objetivo passa ainda por trabalhar para uma maior resiliência e adaptação do sistema agroalimentar, não só na agricultura, mas também na pecuária, na conservação da natureza para que os cabo-verdianos não abandonem o meio rural.

"A África inteira contribui com 4% das emissões, e nós destacamos, neste conjunto de países, pelo facto de sofrermos fortemente as consequências das mudanças climáticas", apontou.

DECLARAÇÃO DE CHEFE DE ESTADO GENERAL UMARO SISSOCO EMBALO .

Começam os trabalhos preliminares para o início das obras do Hospital de Referência em Bissau. O PR General Umaro Sissoco Embaló visita antigas instalações do Hospital 3 Agosto em demolição para iniciar a construção de raiz o Hospital de Referência sob o financiamento dos Emirados Árabes Unidos.


Arranca a Demolição do Complexo Hospitalar 3 de agosto para Construção de Novo Hospital de Referência em Bissau

 

Mulher suíça raptada no Níger

Por LUSA 

 Uma cidadã suíça foi raptada em Agadez, no norte do Níger, três meses após o rapto de uma mulher austríaca na mesma cidade, informaram hoje o Departamento dos Negócios Estrangeiros (FDFA) em Berna e um governador regional no país africano.

"A FDFA foi informada do rapto de uma cidadã suíça no Níger. A representação suíça em Niamey está em contacto com as autoridades locais. Os esclarecimentos estão em curso", declarou o departamento num e-mail, acrescentando que não podia, por enquanto, partilhar mais informações.

O governador da região de Agadez, o brigadeiro-general Ibra Boulama Issa, confirmou "o rapto de uma mulher estrangeira de nome Claudia, de nacionalidade suíça", à porta da sua casa, em Agadez, no domingo à noite.  

Segundo o portal de notícias Air Info, a suissa, que nasceu no Líbano, é casada com um cidadão do Níger, onde vive há vários anos e trabalha para uma organização que ajuda os artesãos locais.  

"Esta situação segue-se ao rapto de uma outra estrangeira de nome Eva, na cidade de Agadez, na noite de 11 de janeiro", declarou o governador num comunicado.  

Eva Gretzmacher foi raptada na mesma região de Agadez, uma das mais problemáticas do país.  

O Níger é um país governado por um regime militar hostil aos países ocidentais, que se retirou da Organização internacional da Francofonia em março.  Leia Também: Níger anuncia retirada da Organização internacional da Francofonia

Leia Também:  Turista britânico está desaparecido há quatro semanas na Tailândia...   Foi visto pela última vez em Koh Phi Phi.


O Presidente da República, regressou hoje ao país após ter participado no Fórum de Investimento de Abu Dhabi e na quarta edição do Fórum Diplomático de Antalya, na Turquia.


JUADEM visita Secretário de Estado e secretário Nacional de MADEM-G15 José Carlos Macedo Monteiro ....Zé Carlos Sta muito bem

Por  Estamos a trabalhar

Coordenador da Plataforma Republicana "Nô Cumpu Guiné", Botche Candé, fala de possível reconciliação de Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló e o Braima Camara.

Chefe de Estado General Umaro Sissoco Embalo Regressa ao País após Participar na abertura do Fórum Diplomático de Antalya, na Turquia.

 

Estudo. Homens portugueses só desabafam quando chegam a ponto de rutura... Além disso, um em cada quatro homens não fala com ninguém quando se sente emocionalmente em baixo.

Por  Notícias ao Minuto

Um novo estudo realizado em Portugal procurou respostas sobre se os homens falam abertamente sobre as suas emoções. Metade dos inquiridos disse que isso só acontece raramente ou, então, nunca acontece.

O estudo 'O Autocuidado masculino em Portugal', desenvolvido pela Dove Men+Care em parceria com a Netsonda, concluiu que os homens ainda têm tendência para resolver os seus problemas sozinhos e sentem-se socialmente pressionados a mostrarem-se fortes. Isso leva a que muitos deles apenas se manifestem, ou procurem ajuda, quando já estão num ponto de rutura. 

"No que respeita às suas fragilidades, os homens são muito mais reservados do que as mulheres", refere Madalena Lupi, Técnica Qualitativa da Netsonda, em comunicado.

51 por cento dos homens encontra apoio na pessoa com quem mantêm uma relação amorosa, enquanto 31 por cento procura os amigos para expor os seus problemas.

O mesmo estudo afirma que a percentagem que recorre a um profissional de saúde não chega a dez por cento e que, um em cada quatro afirma mesmo não falar com ninguém quando não se sente bem.

As principais causas que preocupam os homens são: o sucesso profissional e financeiro, a comparação com os pares, e o receio de falhar, seja no contexto de trabalho ou na vida pessoal.

"Por um lado, ainda é difícil para um homem lidar com o facto de não ser a principal fonte de rendimento da sua família. No caso das gerações mais novas, nota-se ainda alguma ansiedade por não terem independência financeira para saírem de casa dos pais. Por outro, notamos que os homens sofrem com a comparação com outros homens, nomeadamente ao nível da carreira, ganhos financeiros e aparência física", conclui Madalena Lupi.

Para manter a sua saúde mental, os homens parecem procurar uma solução no desporto (42 por cento).

O Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Reguladora Nacional das Tecnologias de Informação e Comunicação ARN-TIC, assumiu a partir de 10 de abril de 2025, a Presidência rotativa da Associação de Reguladores da África Ocidental (WATRA/ARTAO), para um mandato de um ano.

 GUINÉ-BISSAU ASSUME A PRESIDÊNCIA DA WATRA/ARTAO  

O Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Reguladora Nacional das Tecnologias de Informação e Comunicação ARN-TIC, assumiu a partir de 10 de abril de 2025, a Presidência rotativa da Associação de Reguladores da África Ocidental (WATRA/ARTAO), para um mandato de um ano. 

O Dr. Cheikh Amadú Bamba Koté, Presidente do Conselho de Administração da ARN, substitui no cargo, o Presidente da Autoridade Reguladora da Serra Leoa, Sr. Amara Brewah.

Veja (em direto) a missão da Blue Origin que levará Katy Perry ao Espaço

 Por noticiasaominuto.com

Além da cantora ‘pop’, entre as tripulantes estará também a namorada do fundador da Blue Origin e da Amazon, Lauren Sánchez.

Tal como estava previsto, será esta segunda-feira, dia 14, que descolará a missão NS-31 - a mais recente missão da Blue Origin que levará até ao Espaço uma tripulação composta por seis mulheres. 

New Shepard Mission NS-31 Webcast

Trata-se da primeira vez que uma missão espacial é 100% feminina e será transmitida em direto a partir do canal da Blue Origin no YouTube. Pode ver todos os desenvolvimentos no vídeo que incluímos abaixo.

Lembrar que esta missão será composta pela cantora e artista da música ‘pop’ Katy Perry, a amiga de Oprah Winfrey e apresentadora de televisão Gayle King, a ativista Amanda Nguyen, a produtora Kerianne Flynn, a cientista Aisha Bowe e também a piloto e jornalista Lauren Sánchez - conhecida sobretudo como namorada de Bezos.

A missão contará com uma duração de cerca de 11 minutos e levará as tripulantes até à fronteira do Espaço, conhecida como linha de Kármán. A descolagem está prevista para as 14:30 (hora de Lisboa).


Leia Também: Missão 100% feminina da Blue Origin é lançada esta segunda-feira


Conferência de imprensa do Liga Guineense dos Direitos Humanos sobre a suposta perseguicão do seu presidente Bubacar Turre

 



Veja Também: Frente Social, em conferência de imprensa...

"As autoridades ganesas não protegeram os direitos humanos de centenas de vítimas acusadas de feitiçaria e de rituais que as obrigaram a fugir das suas comunidades, temendo pelas suas vidas", afirma a Organização Não-Governamental (ONG) Amnistia Internacional, num novo relatório

Por LUSA   14/04/2025

A Amnistia Internacional denunciou hoje que as autoridades do Gana não protegem centenas de mulheres acusadas de bruxaria, especialmente no norte do país, onde essas acusações podem ser fatais, o que leva a violações sistemáticas dos direitos humanos.

"As autoridades ganesas não protegeram os direitos humanos de centenas de vítimas acusadas de feitiçaria e de rituais que as obrigaram a fugir das suas comunidades, temendo pelas suas vidas", afirma a Organização Não-Governamental (ONG) Amnistia Internacional, num novo relatório.

Segundo a organização, as acusações, que podem conduzir a ameaças, agressões físicas ou mesmo à morte, começam frequentemente no seio da família ou entre os membros da comunidade após um acontecimento trágico, como uma doença ou uma morte.

As mulheres idosas que vivem na pobreza, com problemas de saúde ou deficiências, estão mais expostas a riscos, assim como aquelas que não se conformam com os estereótipos dos papéis de género, explica a organização no relatório.

"As acusações de feitiçaria e os abusos conexos violam os direitos de todas as pessoas à vida, à segurança e à não discriminação", afirmou a investigadora principal da Amnistia Internacional, Michèle Eken, em comunicado, acrescentando que "esta prática profundamente enraizada e generalizada tem causado um sofrimento e uma violência incalculáveis".

Apesar da persistência da prática, a organização denunciou a inação do Governo do país na criação de um ambiente adequado para investigar e processar os ataques relacionados com a feitiçaria.

A diretora nacional da Amnistia Internacional no Gana, Genevieve Partington, defendeu que "as autoridades têm de aprovar legislação que criminalize explicitamente as acusações de bruxaria e dos rituais, incluindo medidas de proteção para potenciais vítimas".

O Governo do Gana, defendeu ainda Partington, deve conduzir uma campanha nacional de consciencialização a longo prazo, com "recursos adequados para desafiar as práticas culturais e sociais que discriminam as mulheres e os idosos, incluindo as acusações de bruxaria".

As mulheres acusadas de bruxaria no país da África Ocidental encontram pouco refúgio fora dos campos nas regiões norte e nordeste do país, controlados por líderes religiosos.

A organização denunciou ainda o fracasso das autoridades ganesas em assegurar condições de vida adequadas aos residentes destes campos, localizados em zonas remotas, onde as mulheres, na sua maioria idosas e extremamente pobres, são particularmente vulneráveis.

O relatório, que se baseia em pesquisas realizadas pela organização entre julho de 2023 e janeiro de 2025, observa também que, embora a crença na bruxaria, protegida pelo direito internacional, esteja enraizada em várias comunidades, a simples criminalização das acusações de bruxaria "não resolveria o problema".

Leia Também: .A Amnistia Internacional alertou este sábado que as práticas "autoritárias" de líderes como Donald Trump conduzem não só à "violação massiva" dos direitos humanos, mas também à "tentativa de acabar com o direito internacional" através da "desumanização" de refugiados ou migrantes.

Agência de Hajj e Turismo da Guiné-Bissau é aberta hoje. O Alto-Comissário para a Peregrinação a Meca preside a cerimónia.

Um militar do Exército Português filmou-se a violar uma jovem durante hora e meia. Depois, partilhou os vários vídeos do crime num grupo privado do WhatsApp, onde estavam seis colegas da tropa, e com um amigo de infância.

Por  CNN Portugal

Militar filmou-se a violar mulher durante hora e meia e partilhou vídeos do crime com sete amigos. Nenhum denunciou

“Se não fizeres o que eu quero, mato-te e violo-te depois de morta

Um militar do Exército Português foi condenado a sete anos de prisão por violar uma mulher durante hora e meia, filmar os abusos e partilhar os vídeos num grupo privado de Whatsapp com colegas da tropa e um amigo. Apesar de o vídeo mostrar um crime, nenhum dos envolvidos denunciou o caso.

Segundo o Jornal de Notícias, o crime ocorreu em março de 2022, na casa da vítima, em contexto de ameaça e extrema violência. Durante a violação, a vítima ficou com ferimentos que exigiram cirurgia e internamento.

O agressor, o 1.º cabo Jorge L., de 27 anos, natural da Guarda, conhecia a vítima de uma exploração agrícola onde ambos trabalharam. A 11 de março de 2022, pediu-lhe para o deixar ir até sua casa porque "precisava de um abraço" e, após muita insistência, a vítima acedeu. 

Quando ali chegou, o militar agarrou a mulher pelo pescoço e levou-a para o quarto.

“Se não fizeres o que eu quero, mato-te e violo-te depois de morta”, terá ameaçado, antes de violar a vítima durante hora e meia. Depois, limpou-se e foi-se embora, partilhando os vídeos no grupo de WhatsApp. A vítima foi para o hospital, onde apresentou queixa. Teve de ser submetida a uma intervenção cirúrgica.

O militar foi julgado no Tribunal da Guarda e condenado a sete anos e meio por violação (seis anos e meio) e devassa da vida privada através da internet (dois anos e meio). No entanto, a pena agora decidida pelo Tribunal da Relação de Coimbra é seis meses inferior à de primeira instância, por aplicação indevida da lei mais recente sobre devassa da vida privada. As juízas mantiveram, no entanto, a indemnização de 15 mil euros à vítima.

O arguido, que alegou consensualidade e admitiu ter filmado os atos por exibicionismo, está a ser alvo de processo disciplinar pelo Exército, mas mantém "um vínculo contratual sob a forma de regime de contrato".

INFORMAÇÃO INTERESSANTE:

 - Os ratos não podem vomitar.  

 -Uma cobra pode dormir por 3 anos.   

- O mel é a única comida que não estraga.   

- As girafas não sabem nadar.  

- As cobras não podem ouvir.  

- As formigas não conseguem dormir.  

 - Os ouriços não afundam na água.  

 - Os ursos polares são canhotos.  

 - As moscas têm 5 olhos.   

- Os golfinhos dormem com um olho aberto.   

- Os camelos têm 3 sobrancelhas.   

-O elefante é o único mamífero que não consegue saltar.   

- O gado tem 4 estômagos.   

- Os cangurus não podem andar para trás.  

 - Os cavalos podem sobreviver até 1 mês.  

 - Há cerca de 2600 espécies de rãs.  

 - Um urso adulto pode correr tão rápido quanto um cavalo.  

- Só os porcos podem queimar pelo sol.   

- Só as fêmeas mosquitos picam.   

-O tempo mais longo que uma pessoa pode viver sem água e comida é de 18 dias.   

-A formiga pode carregar 10 vezes o seu próprio peso.  

 - Paraguai é a região mais chuvosa do mundo. A chuva quase nunca para na região.  

-Há quase 2000 povos e quase 3000 idiomas no mundo  

- Um iceberg médio pesa 20.000.000 toneladas.  

 -Quando espirramos, todas as nossas funções corporais, incluindo o nosso coração, param por um momento.   É impossível espirrar mantendo os olhos abertos.  

 - Mulheres pestanejam duas vezes mais do que os homens.   

 - As loiras têm mais cabelo que as morenas.   

 - Mascar pastilha elástica enquanto cortar cebola evita lágrimas.    

-Uma pessoa sonha pelo menos 1460 sonhos por ano.    

-A água que bebemos tem 3 bilhões de anos.   

- A formiga pode viver debaixo de água por duas semanas.   

- A impressão da língua de cada um é diferente, como as impressões digitais.   

-Há mais galinhas no mundo do que pessoas.  

 - Vênus é o único planeta que gira no sentido dos ponteiros do relógio.   

-O osso da anca humana é mais forte que o cimento.   

 - Nenhum cartão pode ser duplicado mais de 7 vezes.   

 -Há 1 milhão e 229 pessoas chamadas Meomé na Turquia.   

 -Se você contasse números 24 horas por dia sem parar, levaria 32 anos para chegar a 1 bilhão.   

-Se você adicionasse todas as veias ao nosso corpo de ponta a ponta, seriam 19.000 e 200 km.   

- Maçãs, cebolas e batatas sabem o mesmo. A diferença é puramente devido ao cheiro dela. Na verdade, todos são doces.   

- Como o número -13 é conhecido como infeliz, muitos hotéis nos EUA não têm quartos no 13o andar.   

-Sprays repelentes de mosquito não repelem moscas, eles escondem você. Bloqueia os receptores do mosquito, impedindo que eles saibam que você está aí.   

- 96 por cento do pepino é água.  

 - Os mosquitos têm 47 dentes.   

- A cor original da Coca-Cola é verde.   

- Urano é um planeta visível a olho nu.   

-O maior número de filhos que uma mulher já teve é 69.  

-Hoje, 50% das pessoas que se casam se divorciam.   

-O número de formigas por pessoa no mundo é de 1 milhão.   

-As mulheres inventaram o colete à prova de bala, a escada de incêndio, o limpa pára-brisas e a impressora a laser...!!! 

Trump diz que guerra na Ucrânia é "uma vergonha". Ataque em Sumy? "Erro"

Por LUSA 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sugeriu que Donald Trump visitasse a Ucrânia, numa entrevista transmitida agora, mas gravada antes do ataque deste domingo em Sumy. Em reação ao ataque, Trump condenou a situação, mas aproveitou para apontar o dedo a Biden.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou que o ataque da Rússia em Sumy no domingo foi "um erro". Note-se que o ataque está a ser condenado pelo comunidade internacional e que o último balanço dá conta de pelo menos 34 mortos e mais de 100 feridos.

Questionado sobre o assunto, Trump apontou que para além de ser um "erro", era algo terrível. "Acho que a guerra é algo terrível. Penso que o facto de essa guerra ter começado é um abuso de poder. Este país nunca teria permitido que essa guerra tivesse começado se eu fosse presidente. Essa guerra é uma vergonha", afirmou, tecendo críticas à administração Biden.

As declarações foram feitas a bordo de um avião, em que Trump apontou ainda que esta era uma "guerra de Biden, não a sua".

Ainda assim, o presidente dos EUA, apontou que o conflito estava a destruir as cidades ucranianas e locais específicos, como igrejas e capelas.

"Todas estas coisas que tinham na Ucrânia estão entre as mais bonitas do mundo e a maioria delas estão derrubadas bombardeadas em milhões de pedaços. Mas, amis importante, há milhões de pessoas que estão mortas e não deviam", afirmou.

Já numa entrevista emitida este domingo pela CBS News, e gravada antes do ataque a Sumy, Volodymyr Zelensky sugeriu que Donald Trump deveria visitar a Ucrânia. "Por favor, antes de qualquer tipo de decisão, de qualquer tipo de negociação, vejam as pessoas, os civis, os guerreiros, os hospitais, as igrejas, as crianças destruídas ou mortas", explicou o presidente da Ucrânia, numa entrevista ao '60 Minutes'.

A Rússia lançou uma ofensiva nesta primavera contra as regiões de Sumy e da vizinha Kharkov, numa altura em que os Estados Unidos estão a tentar orquestrar um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia.

Em março, Kyiv concordou com um cessar-fogo total de 30 dias, mas Moscovo tem recusado e, até agora, apenas foi acordada uma trégua contra o sistema energético e uma trégua contra o sistema marítimo no Mar Negro, embora nenhuma delas esteja a ser implementada.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, manifestou-se "profundamente alarmado e chocado" com o ataque de mísseis russos à cidade ucraniana de Sumy, que matou 34 pessoas e feriu mais de uma centena.

Por LUSA 

Guterres manifesta-se "alarmado e chocado" com ataque russo contra Sumy

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, manifestou-se "profundamente alarmado e chocado" com o ataque de mísseis russos à cidade ucraniana de Sumy, que matou 34 pessoas e feriu mais de uma centena.

Oataque perpetua "uma série devastadora de ataques semelhantes a cidades e aldeias ucranianas nas últimas semanas, que causaram vítimas civis e destruição em grande escala", afirma Guterres, este domingo, num comunicado assinado pelo porta-voz, Stéphane Dujarric.

"O secretário-geral sublinha que os ataques contra civis e objetos civis são proibidos pelo direito humanitário internacional e que tais ataques, onde quer que ocorram, devem cessar imediatamente", acrescenta o texto.

O comunicado acrescenta que Guterres "renova o seu apelo a um cessar-fogo duradouro na Ucrânia e reitera o apoio das Nações Unidas aos esforços significativos para alcançar uma paz justa, duradoura e abrangente que defenda plenamente a soberania, a independência e a integridade territorial da Ucrânia", em conformidade com o direito internacional e as regras e resoluções da Organização das Nações Unidas.

De acordo com o Serviço de Emergência do Estado ucraniano, pelo menos 34 pessoas, incluindo duas crianças, foram mortas no ataque contra Sumi, no Domingo de Ramos, numa zona movimentada da cidade onde existe uma igreja, e 117 outras pessoas, incluindo 15 menores, ficaram feridas.

O chefe dos serviços secretos militares ucranianos, Kiril Budanov, explicou que a Rússia utilizou dois mísseis Iskander-M/KN-23, que foram lançados pelas brigadas 112 e 448 do exército russo a partir do território das regiões russas de Voronezh e Kursk.

A Rússia lançou uma ofensiva nesta primavera contra as regiões de Sumy e da vizinha Kharkov, numa altura em que os Estados Unidos estão a tentar orquestrar um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia.

Em março, Kiev concordou com um cessar-fogo total de 30 dias, mas Moscovo tem recusado e, até agora, apenas foi acordada uma trégua contra o sistema energético e uma trégua contra o sistema marítimo no Mar Negro, embora nenhuma delas esteja a ser implementada.

A Casa Branca considerou que o ataque constitui "uma lembrança clara" do imperativo de negociar para acabar com "esta guerra terrível".

"O ataque com mísseis em Sumy é uma lembrança clara e forte da razão pela qual os esforços do Presidente [norte-americano] Donald Trump para tentar pôr fim a esta terrível guerra chegam num momento crucial", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Brian Hughes, num comunicado.


Leia Também: O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sugeriu que o seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, visite à Ucrânia para ver a destruição causada pela Rússia, numa entrevista transmitida no domingo pelo canal de televisão norte-americano CBS

A CNN Portugal fez um levantamento dos registos da Assembleia da República e descobriu 23 parlamentares sem qualquer intervenção, ainda que muitos tenham declarações de voto ou questões a ministros. São todos do PS ou do PSD, muitos estreantes, mas há caras conhecidas como Sérgio Sousa Pinto e Fernando Medina

Por Henrique Magalhães Claudino  CNN Portugal 

Há deputados sem qualquer intervenção em plenário. "Se tivesse sido mais espalhafatoso, se calhar tinha tido mais valor"

A CNN Portugal fez um levantamento dos registos da Assembleia da República e descobriu 23 parlamentares sem qualquer intervenção, ainda que muitos tenham declarações de voto ou questões a ministros. São todos do PS ou do PSD, muitos estreantes, mas há caras conhecidas como Sérgio Sousa Pinto e Fernando Medina.

 Telmo Faria estava num dos camarotes do Estádio da Luz quando o árbitro apitou para o intervalo. Enquanto os amigos se juntavam para beber um copo o telefone começou a tocar. “Vi que era o número do Luís Montenegro. Fiquei um bocado nervoso, pedi desculpa e saí.” Era perto das 20:00, faltava um par de meses para as legislativas do ano passado e, na confusão de filas de adeptos, Telmo ouviu o líder do PSD a vender-lhe a ideia de colocar os projetos que tinha para abrir um novo hotel em Óbidos em pausa para poder encabeçar a lista do partido a Leiria.

Seria o fim de um hiato político de onze anos após ter cumprido três mandatos à frente da Câmara Municipal de Óbidos. “Foi uma surpresa, eu não tinha preparado a minha vida para a vida política, mas o Luís Montenegro disse que precisava de mim porque não queria as pessoas do costume. Eu lembro-me de dizer: 'olha Luís, se eu for pensar, vou acabar por desistir'”. Então aceitou, a AD acabou por vencer em Leiria e Telmo chegou disparado ao Parlamento cheio de vontade de se inaugurar no combate político no plenário. Acabou por não fazer nada disso.

Teve discussões azedas com embaixadores, trouxe Enrico Letta ao Parlamento, mas não há um segundo seu de intervenções no plenário registado nos arquivos da Assembleia da República. “Se calhar, se eu estivesse a espernear na sala de sessões com argumentos muito confrontacionais com adversários, se tivesse abraçado esse lado mais espalhafatoso da política, tinha mais importância e mais valor.” 

O deputado não é caso único. A CNN Portugal fez um levantamento dos registos da Assembleia da República e descobriu 23 parlamentares na mesma situação. Muitos têm declarações de voto, ou questões a ministros, mas sem intervenções em plenário - aquelas que têm maior exposição pública e que, segundo especialistas na matéria, são as mais valorizadas pelos grupos parlamentares. São todos do PS ou do PSD, muitos estreantes, mas há caras conhecidas como Sérgio Sousa Pinto e Fernando Medina, que decidiram não integrar as listas de Pedro Nuno Santos este ano. Como eles, também Telmo Faria tomou a mesma decisão em rota de colisão com elementos do seu próprio partido. 

João Mineiro, antropólogo e investigador no ISCTE, está familiarizado com esta realidade. Durante quase cinco anos foi uma sombra no Parlamento, acompanhando o trabalho parlamentar dos deputados, ouvindo em surdina as suas queixas nos corredores e traçando o perfil de muitos que viram as suas ambições frustradas por não terem tido tempo de antena em debates quinzenais ou intervenções temáticas. No final, escreveu um livro que espelha este ambiente e apresenta uma conclusão: “Os deputados têm todos os mesmos direitos, mas na prática esse princípio é posto em causa por uma série de hierarquias e autoridades que determinam quem tem ou não tem acesso, por exemplo, a encarar um debate na Assembleia da República”, afirma à CNN Portugal. 

Há 23 deputados sem intervenções no plenário

Plenário da Assembleia da República no momento do debate da moção de confiança a Luís Montenegro (Lusa)

A zeros nesta categoria ficou também o deputado Davide Amado. Presidente da Junta de Alcântara, o socialista teve um 2024 atípico. Em 16.º nas listas de Pedro Nuno Santos, ficou a ver o seu nome exatamente travado na linha entre os que entraram e os que, como ele, ficaram fora do Parlamento. Isto até às eleições europeias, que levaram Marta Temido para Bruxelas e deram oportunidade a Davide para a substituir e estrear-se na casa da República.

Só que quando chegou, em julho, o Parlamento foi de férias. E quando voltou, passado alguns meses, o Parlamento foi dissolvido após o chumbo da moção de confiança a Luís Montenegro. Exatamente no momento em que tinha previsto estrear-se no plenário. “Apresentei pelo PS um projeto de resolução que recomendava ao Governo um debate público alargado, tendo em vista o plano de requalificação da Praça do Comércio”, “certamente seria a minha primeira intervenção em plenário, mas já não fui a tempo”.

Davide Amado conta também que quando chegou ao Parlamento se deparou com um quadro diferente daquele que esperava. “Confesso-lhe que não tinha ideia da quantidade de trabalho que existe enquanto deputado em todas estas matérias.” Ao mesmo tempo, manteve o seu cargo na Junta. “Obviamente, tenho menos tempo, mas geralmente chego à Junta às sete e meia, oito da manhã. Como moro aqui em Alcântara também é mais fácil. Quando saio da Assembleia venho para Alcântara e volto a trabalhar. Tenho dois trabalhos, mas só tenho um salário, porque não tenho qualquer tempo na junta.” 

O deputado foi colocado na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto e foi a partir dela que conduziu a maior parte da sua ação política. Mas aí notou uma grande disparidade entre a sua esfera de ação autárquica e aquilo que efetivamente podia fazer no Parlamento. “Muitas vezes, estes problemas são problemas muito localizados e a burocracia e todo o processo que leva à resolução ou a criar o caminho para a resolução destes problemas às vezes é muito demorada. Não é uma coisa tão imediata, como ser autarca e poder ter mais facilidade de resolver problemas, embora problemas muito mais pequenos.” 

Para muitos estreantes no Parlamento, como aponta João Mineiro, a maior desilusão reportada é a quantidade de entraves que os leva a ter de desistir das ideias e objetivos que estiveram na base da confiança que os eleitores neles depositaram. E muito dessa problemática surge, sublinha o investigador, por causa do funcionamento hierárquico dos grupos parlamentares que começa no líder da bancada e vai descendo degraus até acabar na maior parte dos deputados. “Em cada lugar que se ocupa tem-se mais ou menos margem para o exercício de determinados direitos, por exemplo, de se conseguir inscrever para uma intervenção no plenário, ou para coordenar um processo legislativo, ou para ser protagonista mediático sobre algum tema”, continua. “Mas além dessas hierarquias, que são mais de âmbito parlamentar, há também outras, por exemplo, a relação particular que o deputado tem não com a direção do grupo parlamentar, mas com a direção do partido, que é uma estrutura que está fora do Parlamento. Portanto, há deputados que podem não ter uma posição hierárquica dentro do Parlamento, dentro dos partidos, faz com que tenham muito mais margem de autonomia política interna.” 

"Ninguém quer saber"

Telmo Faria durante uma reunião da Comissão de Assuntos Europeus (Lusa)

Na maior parte das vezes, essa desilusão é transmitida logo nos primeiros dias em que os deputados assumem funções. “Logo quando se chega, as pessoas têm de ser organizadas do ponto de vista das comissões a que vão pertencer, das responsabilidades concretas que vão assumir e, portanto, aí percebem imediatamente que há um conjunto de redes já pré-estabelecidas às quais eles têm de se adaptar”, refere João Mineiro, acrescentando que, “muitas vezes, os deputados não se conseguem adaptar para exercer aquilo que esperavam que poderiam vir a exercer ali no Parlamento”.

Na estrutura que o investigador assinala, Telmo Faria ficou bem posicionado. Foi designado presidente da Comissão de Assuntos Europeus (CAE). Mas, com esse cargo, de dentro do partido, foi-lhe passada a mensagem de que teria de se resguardar do combate político no plenário. Algo que não o perturbou. “Eu queria muito mais informação e muito menos representação numa primeira fase, a minha preocupação foi inteirar-me das pastas e passar uma mensagem de que o novo presidente da CAE era uma pessoa disponível e que queria afirmar os assuntos europeus na sua dimensão parlamentar, junto dos diplomatas acreditados na cidade de Lisboa.” 

Nesse trabalho, recorda uma intervenção “duríssima” que teve junto do embaixador da Geórgia durante as manifestações de dezembro nas ruas de Tbilisi a exigir novas eleições e o reinício das negociações de adesão à UE. “Posso lhe dizer que com o embaixador foi uma reunião de uma hora muito difícil, porque estava também em causa a contestação aos resultados eleitorais e tinham sido chamadas instituições europeias, como o Parlamento Europeu, para fazer observação eleitoral e depois não gostaram dos relatórios aprovados pelo Parlamento Europeu. Diziam que houve interferência, e eu tive de perguntar ao embaixador porque é que chamam organismos internacionais se depois não aceitam o que eles dizem. E, no final, o embaixador acabou por me agradecer ter sido chamado ao Parlamento, porque tinha sido até àquela data a única instituição que tinha manifestado preocupação por aquilo que se estava a passar na Geórgia.”

O que mais o decepcionou foi a falta de reconhecimento desse trabalho fora do seu staff e dos colegas da comissão. “Pouca gente sabe, além das pessoas que trabalharam comigo, porque ninguém pergunta. Ninguém quer saber. De certa maneira, o trabalho que você realiza não é aquilo que é mais valorizado de alguma maneira.” 

Telmo Faria decidiu recusar este ano entrar nas listas da AD em Leiria, após ter visto o seu nome ser colocado em terceiro lugar, atrás da ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, e de Hugo Oliveira, presidente daquela distrital. “Ia passar de primeiro para terceiro, mas a questão nem era tanto de lugares, era ir atrás de uma pessoa que não estabelecia um ideal de referência que eu gostaria de ver. Fazer listas para que pessoas que não são referências na sociedade as ocupem só porque são presidentes das Distritais é que me parece uma intervenção partidária demasiada e, portanto, não gostei dessa situação e anunciei que a manterem a proposta eu sairia e saí.”

"Há deputados sem qualquer apoio técnico"

Davide Amado, deputado do PS e presidente da Junta de Freguesia de Alcântara, em Lisboa

Já Davide Amado volta a integrar as listas do PS no círculo de Lisboa, mas desta vez numa posição mais avançada - vai em 12.º. Conta ser eleito este ano, o mesmo em que deverá abandonar por definitivo a Junta de Alcântara e também o mesmo em que foi pronunciado para julgamento num processo em que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa terá sido lesada em mais de um milhão de euros. “Obviamente que é difícil lidarmos com este tipo de exposição mediática, mas eu estou neste processo porque era funcionário de uma empresa para a qual comecei a trabalhar em 2002. Nem sequer era presidente da junta. E, neste momento, por ter exposição política, que tem esta questão mediática, agora eu estou muito sereno em relação a isso.” 

Quando foi acusado, em fevereiro de 2023, Davide Amado demitiu-se da liderança da concelhia de Lisboa do PS. Em julho do ano passado, ao mesmo tempo que deu os seus primeiros passos no Parlamento, voltou a candidatar-se e a ser eleito. “Em relação a isso, revela apenas e só que os militantes de Lisboa confiam em mim, tal como os alcantarenses, que sempre confiaram em mim.”

Já Telmo Faria, que não vai reeditar a sua passagem pelo Parlamento, aponta que o mais difícil é deixar a comissão que liderava, onde tinha posto em curso um plano para dotar o Parlamento de assessores independentes e especializados em assuntos europeus e que tinha tido luz verde recentemente. “Uma espécie de UTAO para os temas europeus. Esta é a minha última batalha, na qual vou trabalhar até junho e talvez pro bono a seguir a isso.”

Curiosamente, o plano que Telmo Faria tinha posto em curso é paralelo a muitas das frustrações dos deputados ouvidos pelo antropólogo João Mineiro, que dão conta de que a falta de assessoria tem levado ao bloqueio da ação de muitos parlamentares. “Afeta muito, especialmente porque no regulamento da Assembleia consta que todos os deputados deveriam ter uma assessoria individual o que permitiria, teoricamente, que um deputado poderia ter uma ideia que gostaria de apresentar a partir de uma leitura política que faz e depois encontraria nesse apoio técnico uma forma de a concretizar do ponto de vista concreto da lei ou do escrutínio de uma lei existente.” 

Na prática, contudo, o que “acontece é que as assessorias dos grupos parlamentares que deveriam ser para apoio ao trabalho individual são assessorias que fazem apoio aos coordenadores dos partidos nas comissões”. “E, portanto, os deputados, a não ser que ocupem um lugar hierárquico nas estruturas do partido ou nas comissões, não têm esse apoio, mesmo que a pessoa queira exercer esse direito político de trabalho.”