sexta-feira, 21 de abril de 2023

Líder do Grupo Wagner quer "ajudar" e "mediar" conflito no Sudão

© Mikhail Svetlov/Getty Images

Notícias ao Minuto  21/04/23 

A posição de Yevgeny Prigozhin surge após a imprensa internacional ter avançado que o Grupo Wagner fornecia mísseis aos paramilitares das Forças de Apoio Rápido.

O líder do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, ofereceu-se, na quinta-feira, para mediar o conflito no Sudão entre o Exército do país e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF). 

“Para ajudar a resolver o conflito existente e para a futura prosperidade do Sudão, estou pronto para mediar as negociações entre o general Abdel Fattah al-Burhan, o chefe das Forças de Apoio Rápido, Mohamed Hamdane Daglo (Hemeti), e outros participantes no conflito”, escreveu Prigozhin, numa carta aberta publicada pelo seu serviço de comunicação na plataforma Telegram.

O fundador do grupo paramilitar russo disse ainda que está pronto a enviar “tudo o que for necessário para as pessoas que estão agora a sofrer”, incluindo aviões com material médico. Na carta, lembrou também que sempre esteve “ligado ao Sudão” e que comunica “com todas as autoridades sudanesas”.  

A posição de Prigozhin surge após a CNN International ter avançado que o Grupo Wagner está envolvido no conflito no Sudão, ao contrário do que o russo tem alegado. Segundo a estação norte-americana, que cita fontes diplomáticas sudanesas, o grupo de mercenários tem fornecido mísseis às Forças de Apoio Rápido.

O total de mortos nos confrontos no Sudão entre o exército e paramilitares subiu para mais de 600, entre os quais um funcionário da Organização Internacional das Migrações (OIM).

Esta sexta-feira, o exército sudanês aceitou uma trégua de três dias proposta pelos paramilitares das Forças de Apoio Rápido, para que os cidadãos possam celebrar o fim do Ramadão e para que sejam prestados serviços humanitários.


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Medvedev ameaça atacar o Reino Unido, o "inimigo eterno" da Rússia

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Notícias ao Minuto    21/04/23 

O ex-presidente russo reagiu às sanções impostas pelo governo britânico contra cinco russos acusados de envolvimento no envenenamento e prisão do opositor Vladimir Kara-Murza.

O ex-presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, reagiu, esta sexta-feira, às sanções impostas pelo governo britânico contra cinco russos acusados de envolvimento no envenenamento e prisão do opositor Vladimir Kara-Murza e descreveu o Reino Unido como “inimigo eterno” da Rússia.

Numa publicação na plataforma Telegram, o político russo afirmou ainda que a monarquia britânica estava “degenerada” e que os últimos governantes britânicos são “criaturas muito bizarras”.

Entre os russos sancionados pela prisão de Vladimir Kara-Murza, condenado a uma pena de 25 anos, estão dois investigadores e uma juíza russa, sendo que dois agentes dos serviços de segurança russos foram sancionados por ligações a envenenamentos ocorridos em 2015 e 2017.

“A composição de um tribunal russo, que julgava casos de crimes graves contra os nossos cidadãos, caiu sob sanções”, considerou Medvedev.

“O Reino Unido foi, é e sempre será o nosso inimigo eterno. Pelo menos, até que a sua ilha imprudente e repugnantemente seja engolida pelas ondas criadas pelo mais recente sistema de armas da Rússia”, ameaçou.

Recorde-se que, após um julgamento à porta fechada, um tribunal de Moscovo considerou Kara-Murza culpado de "alta traição", de espalhar "informações falsas" sobre o exército russo e trabalho ilegal para uma "organização indesejável".

O opositor foi condenado a uma pena cumulativa de 25 anos numa colónia penal, que implica condições de prisão mais rígidas.


Leia Também: Reino Unido sanciona cinco russos ligados à prisão do opositor Kara-Murza

Brasil é o 2º pior país do mundo para dirigir

Por nativanews.com.br

O Brasil é o segundo pior do mundo para dirigir. O país fica atrás somente da Rússia, que está em primeiro no ranking mundial. É o que revela um estudo divulgado pela plataforma de cupons de desconto CupomValido.com.br com dados da OCDE e Compare The Market.

Para a elaboração do ranking, foram considerados 4 fatores: o custo de manutenção do carro em relação a renda, o nível de congestionamento, o índice de qualidade das estradas e o índice de mortalidade no trânsito. 

A seguir, você poderá conferir parte da lista contendo os cinco piores países para se dirigir, todos referentes ao ranking elaborado pelo Compare The Market.

5 piores

  • Rússia
  • Brasil
  • México
  • África do Sul
  • Irlanda

Os piores países para dirigir

A Rússia é o pior país do mundo para se dirigir. O país possui o pior índice de qualidade das estradas (2,9) e o pior nível de congestionamento (37%) dentre todos os países. Além disso, o índice de mortalidade é um dos mais altos (12). Ao combinar estes três fatores, faz com que o país se torne o líder do ranking.

O Brasil segue em segundo da lista, principalmente pela baixa qualidade das estradas (3,1) e pelo alto nível de mortalidade no trânsito (16,0 a cada 100.000 pessoas). Além disso, o alto nível de congestionamento (28%) e alto custo de manutenção em relação à renda (26%), também foram fatores relevantes que levaram o país para a segunda posição da lista.

Em seguida no ranking dos piores países, estão: o México, a África do Sul e a Irlanda, respectivamente.


Os melhores países para dirigir

A Dinamarca é o melhor país para dirigir do mundo.  O país possui um dos menores índices de mortalidade no trânsito, apenas 3,7 a cada 100.000 pessoas. Além de possuir estradas de alta qualidade (5,5) e baixo nível de congestionamento (18%).

Já os Estados Unidos fica em segundo lugar no ranking, principalmente pelo baixo nível de congestionamento (14%) e pelo baixo custo de manutenção (o menor dentre todos os países).

A Holanda, Portugal e França, finalizam o ranking dos 5 melhores países, respectivamente.

Mulher russa multada em 445 euros por considerar Zelensky "atraente"... A idosa também disse que o presidente ucraniano tinha um "bom sentido de humor".

© Reprodução/ Presidência da Ucrânia

Notícias ao Minuto   21/04/23 

O rosto de Volodymyr Zelensky tornou-se reconhecido em todo o mundo após o início da guerra na Ucrânia e, para muitas pessoas, tornou-se também um dos mais elogiados em termos físicos. As revistas de moda concordam e, em julho do ano passado, o presidente ucraniano até surgiu na capa da revista Vogue, juntamente com a sua mulher, Olena Zelenska.

Mas as autoridades russas parecem ter uma posição diferente, pelo menos a nível institucional.

Na passada terça-feira, segundo a organização de direitos humanos russa Memorial Center, uma mulher russa de 70 anos foi multada em 40 mil rublos (cerca de 445 euros) após ser acusada de "descredibilizar" o exército russo e de elogiar a Ucrânia.

Tudo porque, numa conversa com outra mulher num hospital, Olga Slegina disse que Zelensky é "um homem atraente".

Os comentários foram feitos em dezembro do ano passado em Nalchik, uma localidade próxima da fronteira com a Geórgia, e Slegina ainda acrescentou que o líder ucraniano - que, antes de ser presidente, tornara-se conhecido pela sua carreira como comediante - também tinha "um bom sentido de humor".

Três pessoas no estabelecimento denunciaram a idosa às autoridades locais, que a detiveram, no âmbito das fortes leis autoritárias e anti-liberdade de expressão no país.

Slegina foi acusada de "descredibilizar as forças armadas russas e as suas operações", e o agente que a deteve disse que a mulher "não tem o direito" de elogiar Zelensky porque o presidente ucraniano é "o inimigo".

A mulher foi ainda acusada de gritar "Glória à Ucrânia", a frase que se tornou num símbolo de apoio à independência do país, algo que negou.

Após o início da guerra, muitas marcas ucranianas aproveitaram a popularidade mundial de Zelensky como um improvável 'sex symbol', descrito dessa forma pelo New York Post, com uma empresa a estampar o rosto do presidente em almofadas e a esgotar rapidamente o seu stock.

Volodymyr Zelensky é casado desde 2003 com Olena Zelenska, com quem tem dois filhos.


UE garante cumprir compromissos para fornecer munições à Ucrânia

© Philipp von Ditfurth/picture alliance via Getty Images

POR LUSA  21/04/23 

O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros assegurou hoje ao chefe da diplomacia ucraniana que Bruxelas está a cumprir os compromissos para fornecer munições à Ucrânia, apesar do bloqueio financeiro que está a dificultar o processo.

Através de uma mensagem publicada na rede social Twitter, Josep Borrell reafirmou o compromisso da União Europeia (UE), apesar de persistir um bloqueio de 1.000 milhões de euros para financiar pedidos conjuntos à indústria de armamento, incluídos numa segunda fase do apoio de Bruxelas a Kyiv.

"Falei com Dmytro Kuleba para confirmar que a UE está a cumprir os seus compromissos para o fornecimento de munições à Ucrânia", disse Borrell, ao dar conta da conversa telefónica com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.

O chefe da diplomacia europeia acrescentou que, desde 09 de fevereiro, "mais de 66% dos primeiros 1.000 milhões de euros" do plano comunitário serviram para fornecer à Ucrânia as munições necessárias para se defender militarmente da Rússia, que invadiu o país a 24 de fevereiro de 2022.

Esses 1.000 milhões de euros provêm do Fundo Europeu de Apoio à Paz (FEAP) e destinam-se a financiar parte das munições que os Estados-membros têm nos seus arsenais.

Os 1.000 milhões de euros que estão bloqueados pertencem à segunda fase do plano, que pretende financiar encomendas conjuntas à indústria militar com dinheiro da FEAP para repor os 'stocks' o mais rapidamente possível, enquanto uma terceira etapa contempla uma proposta da Comissão Europeia para incentivar o desenvolvimento de empresas de defesa na União com orçamento comunitário.

"A urgência é evidente: a UE fará todos os possíveis para cumprir e para cumprir rapidamente", acrescentou.

Kuleba, por sua vez, e também através do Twitter, sublinhou que na conversa com Borrell agradeceu toda a ajuda para o setor da defesa por parte da UE, incluindo já a verba de 1.000 milhões de euros para cobrir as necessidades imediatas de munições.

O chefe da diplomacia ucraniana disse também ter pedido a Borrell para que Bruxelas "contribua para finalizar as conversações da segunda fase" do programa, com vista à aquisição conjunta, o mais rapidamente possível, de mais 1.000 milhões de euros para "garantir a segurança na Europa".

Em declarações feitas na quinta-feira, o ministro ucraniano tinha sido mais duro ao afirmar, na mesma rede social, que "é frustrante a incapacidade de a UE implementar a própria decisão" sobre a aquisição conjunta de munições para a Ucrânia.

"É um teste para saber se a UE tem autonomia estratégica para tomar novas decisões cruciais de segurança. Para a Ucrânia, o custo da inação é medido em vidas humanas", enfatizou.

A 20 de março, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE assinaram um acordo político para a utilização de 2.000 milhões de euros para fornecer munições à Ucrânia, decisão que foi ratificada dias depois pelos líderes comunitários.

Por outro lado, segundo fontes diplomáticas explicaram à agência noticiosa espanhola EFE, os 27 ainda não conseguiram "traduzir" esse acordo político no texto legal necessário para a respetiva aplicação.

A questão passa por determinar o que se entende por "ir à indústria europeia" para cumprir essas encomendas conjuntas.

A França é da opinião que "comprar à indústria europeia" significa que as munições terão de ser "produzidas na Europa" e não as que já estão armazenadas na Europa (fabricadas e compradas noutros países).

Na mesma linha têm-se manifestado outros países, enquanto Estados como os Países Baixos têm uma posição mais pragmática e consideram que "o objetivo é ajudar a Ucrânia" enquanto "tudo o resto é secundário", insistindo assim na necessidade de ter um acordo o mais rápido possível.

Várias fontes diplomáticas esperam fechar os pormenores do acordo sobre o segundo pacote de 1.000 milhões de euros na próxima semana, embora considerem que isso não poderá ser feito a tempo da reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros, agendada para segunda-feira no Luxemburgo.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE vão discutir o apoio à Ucrânia durante a reunião com Kuleba, que irá participar através de videoconferência.

Na reunião no Luxemburgo, os chefes da diplomacia dos 27 também têm previsto analisar a forma como continuar com as sanções impostas à Rússia, quando há cada vez menos espaço para impactar novos setores.

Segundo a EFE, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE parecem estar "mais focados em evitar o burburinho das medidas restritivas já aplicadas".

Vários países, como a Lituânia, pediram abertamente para sancionar a empresa estatal russa de energia atómica Rosatom, mas outros mantêm contratos com aquela empresa que não são fáceis de substituir, reconheceram hoje fontes diplomáticas citadas pela EFE.

A guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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Horticultura: EMBAIXADOR DA CHINA OFERECE ELECTRO-BOMBAS ÀS MULHERES DE GRANJA DE PESSUBÉ

Por: Aguinaldo Ampa  JORNAL ODEMOCRATA   21/04/2023  

O Embaixador da República Popular da China, Guo Ce, ofereceu esta sexta-feira, 21 de abril de 2023, duas electro-bombas às

mulheres horticulturas da Granja de Pessubé, em Bissau. 

O ato da entrega foi realizado na Granja de Pessube, na presença de algumas mulheres que praticam atividades

hortícolas e da ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, Maria da  Conceição Évora.

Guo Ce afirmou que é primeira vez que visita um campo onde as mulheres praticam atividades de horticultura e disse ter ficado impressionado com os trabalhos realizados naquele espaço.

Lembrou que há um ano que a representação diplomática da China teve conhecimento das necessidades  das mulheres hortícolas deste campo, sobretudo da falta de uma eletro-bomba.

“A ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social falou-nos muito das vossas preocupações e esforços que fazem neste campo para produzir legumes, razão pela qual fizemos este gesto para minimizar o vosso sofrimento e espero que sejam montadas o mais breve possível para que possam lançar água que permite às mulheres trabalharem com a facilidade ”, sublinhou.

Por seu lado, a ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, Maria da Conceição Évora, enfatizou que as mulheres guineenses têm um valor importante e desempenham um papel fundamental para o desenvolvimento socioeconómico no país.

“Merecem ser apoiadas nas suas atividades diárias, para que possam produzir mais legumes”, frisou.

A Secretária Executiva da Associação Ajuda Mútua na Luta Contra Fome das mulheres que trabalham na Granja de Pessube, Ermelinda Mendonça, manifestou a sua satisfação pelo donativo.

Informou que no campo hortícula da Granja trabalham 300 mulheres, que enfrentam muitas dificuldades.


Novo sismo na Turquia? Cientistas antecipam onde poderá acontecer

Por  SIC Notícias  21/04/23 

Placas tectónicas na zona a sul do distrito de Puturge pode desabar a qualquer momento, alertam investigadores.

Um estudo científico concluiu que uma secção da falha do terramoto de fevereiro na Turquia permanece intacta, assinalando que as placas podem - quando um atrito se intensificar - gerar outro sismo semelhante.

Essa é a principal conclusão de um estudo liderado pela Universidade do Sul da Califórnia (USC) publicado esta sexta-feira na revista especializada Seismica, que prevê a possibilidade de um novo sismo poder ocorrer na Turquia. Socorrendo-se de sensores remotos, o geofísico Sylvain Barbot e os seus colegas investigadores da USC documentaram o grave terramoto de 06 de fevereiro que matou mais de 50.000 pessoas no leste da Turquia e destruiu mais de 100.000 edifícios.

"Sabemos um pouco mais sobre o que nos pode esperar. Não sabemos o momento, mas sabemos onde pode acontecer", explicou Barbot, num comunicado.

Os grandes terramotos são originados pelo deslizamento das placas tectónicas, quando pedaços da crosta terrestre, que se movem lentamente, se pressionam mutuamente, gradualmente acumulando força ao longo de décadas, séculos e eras. Quando as placas finalmente deslizam, a energia explode em ondas que se propagam pela crosta terrestre.

O sismo principal - de magnitude 7,8 - na Turquia, ocorreu em 06 de fevereiro, seguido por um abalo secundário de magnitude 7,6 numa falha separada mais a oeste. Um outro terramoto ocorreu duas semanas depois - de magnitude 6,4 - em 20 de fevereiro. Um gráfico de dados mostra a atividade sísmica e a quantidade de deslizamentos de placas ao longo das falhas.

A zona a sul do distrito de Puturge, na Turquia, mostra um aglomerado de atividade sísmica ao longo da falha, mas sem deslizamentos. Isso significa que parte da falha está bloqueada ou travada, mas é provável que acabe por desabar a qualquer momento, no futuro.

"O que vimos nas fotos dos prédios que desabaram é que alguns deles foram literalmente pulverizados. (...) Até o próprio cimento se desintegrou. Existe a possibilidade de que este terramoto tenha produzido mais abalos do que o previsto nos códigos de construção. Não o saberemos sem uma investigação mais aprofundada", concluiu a equipa de investigadores da USC.

"Existe esta região, onde podemos esperar um terramoto de magnitude 6,8. A população precisa de estar preparada para isso. Mas também a comunidade científica, porque a situação nos dá a oportunidade de montar uma experiência de monitorização sobre como um terramoto começa e termina", explicam os investigadores.

Sudão. Exército aceita trégua de 3 dias oferecida pelo grupo paramilitar

© Reuters

Notícias ao Minuto   21/04/23 

As tréguas foram oferecidas pelo grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido por ocasião do fim do Ramadão.

O Exército sudanês anunciou esta sexta-feira que aceita a trégua de três dias oferecida pelo  grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) por ocasião do fim do Ramadão. 

A notícia é avançada pela agência EFE. 

Recorde-se que novos combates aconteceram nas últimas horas na capital do país, Cartum.

Ao fim de vários dias de intensos combates, as RSF anunciaram o cessar-fogo de 72 horas a partir desta sexta-feira, a marcar o início do feriado muçulmano do Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadão, o mês sagrado do jejum e da oração muçulmanos, para permitir reencontros familiares. O cessar-fogo foi agora aceite pelo Exército. 

Os confrontos eclodiram em 15 de abril devido a divergências sobre a reforma do exército e a integração das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) no exército, parte do processo político para a democracia no Sudão após o golpe de Estado de 2021.

O golpe de Estado foi realizado conjuntamente pelo chefe do exército sudanês, Abdel Fattah al-Burhan, e pelo líder do grupo paramilitar, Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como "Hemedti", que agora protagonizam os confrontos. 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou na quinta-feira a uma trégua imediata de pelo menos três dias no país africano.


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REZA DE EID AL-FITR NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA


O Presidente, Umaro Sissoco Embaló, participou esta sexta-feira na tradicional reza do Eid El fitr, que encerra o mês de Ramadão, nos jardins da Presidência da República.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

EUA vão treinar tripulações ucranianas para usar blindados Abrams

© Getty Images

POR LUSA   21/04/23 

Os Estados Unidos vão iniciar o treino de forças ucranianas para o uso e manutenção de carros de combate Abrams já nas próximas semanas para fazer chegar os blindados o mais depressa possível à Ucrânia, disseram hoje fontes oficiais. 

A Associated Press (AP) refere que a decisão sobre a preparação de tripulações para os blindados de fabrico norte-americano ocorre na mesma altura em que se encontram reunidos responsáveis europeus pela área da Defesa na Base Aérea de Ramstein, na Alemanha.

O encontro tem como objetivo coordenar o envio de armamento e outros equipamentos militares para a Ucrânia.

O anúncio das conclusões sobre o assunto deve ser tornado público ainda hoje. 

Segundo fontes oficiais, em declarações à AP, 31 blindados vão ser enviados para a Base de Treinos de Grafenwoerh, Alemanha, até ao final do mês de maio e que as tropas ucranianas devem começar a receber treino duas semanas depois. 

As mesmas fontes disseram ainda que o período de treino vai prolongar-se durante dez semanas e que os veículos usados na preparação não vão ser os mesmos veículos que vão ser enviados para a Ucrânia.

Os 31 MiA1 (Abrams) que estão a ser alvo de revisões nos Estados Unidos vão ser "enviados para as frentes de combate quando estiverem prontos". 

Neste momento a missão dos instrutores é treinar as tropas ucranianas enquanto se preparam os veículos que vão ser enviados para a Ucrânia, adaptando-os para necessidades especificas. 

No total cerca de 250 militares ucranianos vão receber treino relacionado com a condução e operacionalidade além do treino de manutenção.

O treino específico de combate vai ser prestado depois das dez primeiras semanas iniciais, disseram as fontes que falaram sob anonimato.

No passado mês de janeiro, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o envio dos Abrams para a Ucrânia, apesar de ter afirmado inicialmente que poderia ser complicado estes blindados por causa dos aspetos relacionados com a manutenção e a reparação. 

A decisão de Biden levou a Alemanha a enviar dois blindados Leopard 2 para a Ucrânia, assim como a Polónia e outros países aliados. Em concreto, os Abrams podem vir a estar disponíveis para combate no outono sendo que o Pentágono pretende garantir a Kiev o abastecimento de peças sobressalentes em caso de necessidade. 

CHINA: Quem se opõe à unificação de Taiwan está a "brincar com o fogo"

© GREG BAKER/AFP via Getty Images

POR LUSA  21/04/23 

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China intensificou hoje as ameaças a Taiwan ao afirmar que qualquer força que vá contra as exigências de Pequim de exercer controlo sobre a ilha está a "brincar com o fogo".

Os comentários de Qin Gang ocorreram no final de um discurso que enfatizou a contribuição da China para a economia global e os interesses das nações em desenvolvimento, no qual ele elogiou repetidamente a Iniciativa de Segurança Global, promovida pelo Presidente chinês, Xi Jinping.

A iniciativa visa construir uma "arquitetura global e regional de segurança equilibrada, eficaz e sustentável", ao "abandonar as teorias de segurança geopolíticas ocidentais". Em particular, a proposta chinesa opõe-se ao uso de sanções no cenário internacional.

Trata-se de mais uma iniciativa da China para posicionar o seu sistema político de partido único, com ênfase na estabilidade social e crescimento económico, como alternativa à abordagem liberal ocidental, que define amplamente as relações internacionais.

No final do discurso, proferido em Xangai, a "capital" económica da China, Qin voltou-se para a "questão de Taiwan", usando termos mais duros do que os diplomatas chineses normalmente empregam.

"A salvaguarda da soberania nacional e da integridade territorial é irrepreensível", disse.

"A questão de Taiwan está no cerne dos interesses centrais da China. Nunca recuaremos perante qualquer ato que prejudique a soberania e a segurança da China", afirmou. "Aqueles que brincam com o fogo na questão de Taiwan vão-se queimar", advertiu.

No final da Segunda Guerra Mundial, Taiwan integrou a República da China, sob o governo nacionalista de Chiang Kai-shek. Após a derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, em 1949, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, no continente chinês, comunista.

O território realizou reformas democráticas nos anos 1990 e é hoje uma das mais vibrantes democracias no leste da Ásia. Mas, Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso Taipé declare formalmente a independência.

Nos últimos anos, a China tem enviado caças e navios de guerra para perto do território com frequência quase diária. Há duas semanas, o Exército chinês realizou quatro dias de intensos exercícios militares em torno de Taiwan, que incluíram a simulação de um bloqueio da ilha.

A China disse que os exercícios foram concebidos como um "sério aviso" para os políticos pró - independência da ilha autónoma e os seus apoiantes estrangeiros.

Embora mantenha relações diplomáticas oficiais com apenas 13 estados soberanos, Taiwan mantém fortes laços com a maioria das nações importantes, incluindo os Estados Unidos.

O ritmo acelerado da atividade militar e a linguagem cada vez mais belicosa suscitaram preocupações sobre um possível conflito numa das regiões economicamente mais vitais do mundo.

Taiwan produz muitos dos 'chips' semicondutores necessários para o fabrico de produtos eletrónicos e o Estreito de Taiwan, que separa a ilha da China continental, é uma das vias navegáveis mais movimentadas do mundo.

Taiwan vai eleger um novo presidente e parlamento em janeiro. A China é fortemente favorável ao Partido Nacionalista (Kuomintang), atualmente na oposição. O Partido Nacionalista apoia a unificação política entre os lados, sob termos ainda a serem definidos.

As autoridades taiwanesas e norte-americanas dizem que a China está a usar a sua influência económica e campanhas de desinformação para reforçar a sua posição, mas a maioria dos inquéritos demonstram que a população de Taiwan apoia a manutenção do 'status quo' de uma independência de facto do território.


LLOYD AUSTIN: "Garantiremos que Ucrânia terá o que precisa para viver em liberdade"

© Getty Images

POR LUSA  21/04/23 

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, afirmou hoje que o apoio da comunidade internacional à Ucrânia permanece forte e os aliados estão cada vez mais unidos no suporte ao país.

"Este Grupo de Contacto está mais unido e mais abrangente no seu apoio às forças da liberdade na Ucrânia", declarou Austin em Berlim, ao abrir uma reunião para coordenar a ajuda militar às tropas ucranianas na base aérea de Ramstein, na Alemanha.

"Todos juntos, garantiremos que a Ucrânia terá tudo o que precisa para viver em liberdade", acrescentou Austin, assegurando que o apoio ocidental a Kiev continua forte.

A questão de "munições e equipamentos de defesa aérea" estará no centro das discussões do dia, disse Austin.

A reunião marca o aniversário de um ano da criação por Austin do Grupo de Contacto de Defesa da Ucrânia.

Esta é a 11,ª vez que os líderes de defesa se reúnem para coordenar a ajuda aos ucranianos. Os seus líderes prometeram apoiar a Ucrânia na luta contra as forças russas pelo tempo que for necessário.

Durante a reunião, Lloyd Austin procurou conter qualquer discórdia entre os EUA e os seus aliados sobre a fuga de documentos classificados pelos Estados Unidos.

"Eu levo essa questão muito a sério", disse Austin no início da sessão de um dia na base aérea de Ramstein.

"E continuaremos a trabalhar de perto e respeitosamente com os nossos valiosos aliados e parceiros", sublinhou.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos destacou a gravidade da situação, uma vez que muitos dos documentos distribuídos na internet revelaram detalhes sobre a situação da guerra na Ucrânia e a entrega contínua de armas e outros equipamentos para as forças ucranianas em batalha.

Austin disse que conversou com aliados e parceiros sobre o assunto.

"Fiquei impressionado com a sua solidariedade e o seu compromisso de rejeitar os esforços para nos dividir. E não permitiremos que nada rompa a nossa unidade", declarou.

Até agora, Austin e outros insistiram que a fuga de informações não criou uma barreira entre os EUA e seus aliados e parceiros.

Entretanto, esta fuga de informações vitais despertou a preocupação internacional e levantou novas questões sobre a capacidade dos Estados Unidos de protegerem os seus segredos.

O aviador de 1ª classe Jack Teixeira, de 21 anos e membro da Guarda Aérea Nacional de Massachusetts, foi acusado de acordo com a Lei de Espionagem por retenção e transmissão não autorizada de informações classificadas de defesa nacional. O militar atuou como especialista em tecnologia da informação e possuía uma autorização de segurança ultrassecreta, que lhe dava acesso a programas altamente confidenciais.

Teixeira é acusado de compartilhar documentos militares altamente confidenciais sobre a guerra da Rússia na Ucrânia e outras importantes questões de segurança nacional na rede social Discord.


Leia Também: Russos dizem ter cercado Bakhmut, impedindo fornecimento a ucranianos

REINO UNIDO: Vice-primeiro-ministro britânico demite-se após acusações de bullying... Dominic Raab foi alvo de uma investigação após queixas de funcionários.

© Reuters

Notícias ao Minuto   21/04/23 

O vice-primeiro-ministro do Reino Unido, Dominic Raab, demitiu-se esta sexta-feira do cargo, após ter sido acusado de bullying por parte de funcionários do governo britânico, ao longo dos anos. Sai, também, do cargo de ministro da Justiça.

Raab foi alvo de um inquérito que durou cinco meses. A demissão acontece um dia após o primeiro-ministro, Rishi Sunak, ter recebido o relatório do inquérito independente, realizado por um advogado britânico.

Numa carta dirigida ao chefe do governo, o alvo do inquérito disse que se demitiria se o mesmo "encontrasse qualquer vestígio de bullying", pelo que, como "é "importante manter a palavra", avançou com a medida.

"Eu realmente sinto muito por algum stress ou ofensa não intencional que algum funcionário tenha sentido, como resultado do ritmo, padrões e desafios que eu trouxe ao ministério da Justiça", lê-se na missiva, publicada no Twitter, onde realça, apesar de se sentir "obrigado a aceitar o resultado do inquérito", que o mesmo confirmou apenas duas das oito queixas apresentadas.

O antigo ministro da Justiça alegou que "ao colocar a fasquia para bullying tão baixa, este inquérito criou um precedente perigoso", porque "vai encorajar queixas falsas contra ministros", tendo "um efeito arrepiante naqueles que lideram a mudança em nome do governo e, ultimamente, do povo britânico".

Dominic Raab não vai embora sem deixar, no entanto, críticas, alegando que, ao longo do inquérito, levantou "várias incorreções". Entre elas a "divulgação sistemática de acusações enviesadas e fabricadas", em quebra das regras do inquérito.

Também a "remoção coerciva de diretores de gabinete dedicados no ministério da Justiça, em outubro do ano passado" é acusada pelo vice-primeiro-ministro demissionário, que promete: "Espero que estes casos sejam individualmente revistos."

"Mantenho-me tão apoiante de si e do seu governo como quando o introduzi pela primeira vez no lançamento da sua liderança de campanha, em julho. Provou ser um grande primeiro-ministro em tempos muito desafiantes, e pode contar com o meu apoio da bancada", concluiu Dominic Raab na sua carta, dirigida a Rishi Sunak.

Foram investigadas oito queixas de bullying contra Dominic Raab, que foi nomeado vice-primeiro-ministro e ministro da Justiça em outubro do ano passado. As queixas são relativas ao seu serviço sob os governos de Boris Johnson e de Theresa May.

Em novembro do ano passado, foi acusado de ter mesmo atirado tomates de uma salada que estava a comer contra funcionários da tutela, num momento de alta tensão. Raab negou, no entanto, as acusações.



Reza do Ramadão _ Eid Ul Fitr_ Presidente da República da Guiné-Bissau, General Umaro Sissoco Embaló na tradicional reza que marca o fim de jejum.

Radio Voz Do Povo 


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Reza de Ramadão “Eid al-Fitr”_ Mesquita Central de Bairro Adjuda_Bissau  @Radio Voz Do Povo


INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: IA pode inaugurar nova era no design de proteínas

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POR LUSA  21/04/23 

Cientistas aplicaram com sucesso a aprendizagem por reforço, no qual um programa aprende a tomar decisões procurando diferentes ações e recebendo 'feedback', num dos desafios da biologia molecular, o design de proteínas.

A equipa de investigação, da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, desenvolveu um poderoso 'software' de design de proteínas, com base numa estratégia comprovada em jogos de tabuleiro como o xadrez, que serviu para fabricar centenas destas substâncias numa experiência posterior.

"As proteínas criadas com a nova abordagem foram mais eficazes na geração de anticorpos úteis em roedores", segundo os autores da investigação publicada na revista Science, que sugerem que "este avanço pode levar em breve a vacinas mais poderosas".

No geral, o método pode inaugurar uma nova era no design de proteínas, destacou a universidade em comunicado, citado esta quinta-feira pela agência Efe.

"Os nossos resultados demonstram que a aprendizagem por reforço pode fazer mais do que apenas dominar os jogos de tabuleiro", destacou o principal autor do estudo, David Baker.

"Se este método for aplicado aos problemas de investigação corretos, poderá acelerar o progresso em vários campos", acrescentou.

As aplicações potenciais são vastas, desde o desenvolvimento de tratamentos de cancro mais eficazes, até a criação de novos tecidos biodegradáveis.

Nesta aprendizagem por reforço, um programa aprende a tomar decisões tentando diferentes ações e recebendo 'feedback'.

Este algoritmo pode, por exemplo, aprender a jogar xadrez, tentando milhões de movimentos diferentes que levam à vitória ou à derrota no tabuleiro. O programa é projetado para aprender com essas experiências e melhorar, ao longo do tempo, na tomada de decisões.

Neste caso, os cientistas deram ao computador milhões de moléculas simples iniciais e, em seguida, o programa fez 10.000 tentativas para melhorar aleatoriamente cada uma em direção a um objetivo predefinido: o computador esticou as proteínas ou dobrou-as de maneiras específicas até aprender a dar-lhes a forma desejada.

"A nossa abordagem é única porque utilizamos a aprendizagem por reforço para resolver o problema de criar formas de proteínas que se encaixam como peças de um quebra-cabeça", frisou Isaac D. Lutz, outro dos investigadores.

"Isto simplesmente não era possível com abordagens anteriores e tem o potencial de transformar os tipos de moléculas que podemos construir", acrescentou.

Como parte deste estudo, os cientistas produziram centenas de proteínas projetadas por Inteligência Artificial (IA) em laboratório. Utilizando microscópios eletrónicos e outros instrumentos, confirmaram que muitas das formas de proteínas criadas pelo computador se tornaram realidade em laboratório.

"Este método mostrou-se não apenas preciso, mas também altamente personalizável. Por exemplo, pedimos ao programa para criar estruturas esféricas sem furos, com furos pequenos ou com furos grandes; o seu potencial para gerar todos os tipos de arquiteturas ainda não foi explorado", detalhou Shunzhi Wang.

A equipa concentrou-se em projetar novas estruturas em escala nanométrica compostas por muitas moléculas de proteína. Para isso, foi necessário projetar tanto os próprios componentes proteicos quanto as interfaces químicas que permitem a automontagem das nanoestruturas.

A microscopia eletrónica confirmou que numerosas nanoestruturas projetadas por IA eram capazes de serem formadas em laboratório.

Para medir a precisão do 'software' de design, os cientistas analisaram muitas nanoestruturas únicas nas quais cada átomo estava no lugar pretendido.

O desvio entre a nanoestrutura prevista e realizada foi, em média, menor que a largura de um único átomo.

É o que se chama, apontam os autores, "design atomicamente preciso".


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Coreia do Norte diz que estatuto de Estado nuclear é "final e irreversível"

© Artyom Korotayev\TASS via Getty Images

POR LUSA  21/04/23 

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte disse hoje que o estatuto do país enquanto Estado nuclear é inegável, "final e irreversível", numa resposta à declaração publicada no final da reunião do G7 no Japão.

Choe Son-hui, que publicou um texto na agência de notícias oficial da Coreia do Norte, KCNA, respondia aos chefes da diplomacia ao Grupo das sete nações mais industrializadas do mundo (G7), que apelaram a Pyongyang para abandonar o programa de armamento, afirmando que "a Coreia do Norte não pode obter e nunca obterá o estatuto de Estado nuclear, em virtude do Tratado de Não-Proliferação Nuclear".

"A posição da República Popular Democrática da Coreia [RPDC, nome oficial do país] enquanto Estado com armas nucleares continua a ser uma realidade inegável e não importa se os EUA e o Ocidente não o reconhecem por cem ou mil anos", escreveu.

Choe assegurou que o G7 é "um punhado de países egoístas que não representa a comunidade internacional e que serve de instrumento político para assegurar a hegemonia dos Estados Unidos". Considerou ainda que "é anacrónico pensar que o direito e a capacidade de realizar um ataque nuclear é exclusivo de Washington".

A responsável norte-coreana afirmou que o desenvolvimento do programa nuclear pela Coreia do Norte "constitui um exercício justo de soberania para dissuadir a ameaça representada pelo ambiente de segurança instável causado pelas manobras militares temerárias e provocadoras dos EUA e aliados".

Desde que Seul e Washington iniciaram exercícios militares, em março, com a presença de ativos estratégicos dos EUA, como porta-aviões ou bombardeiros, Pyongyang respondeu com uma dezena de testes de armas, incluindo o lançamento de um míssil balístico intercontinental.

"Os EUA devem ter em conta que a sua segurança só pode ser garantida quando eliminarem por completo a política hostil em relação à RPDC", acrescentou a ministra, garantindo que o estatuto do país asiático como "potência nuclear de classe mundial é final e irreversível".



Nigéria prepara 173 militares para missão da CEDEAO na Guiné-Bissau

VOA Português   21/04/23 

A Missão Militar da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental para a Guiné-Bissau, integrada por 631 homens, chegou ao país a 18 de Maio de 2022, dois dias depois de o Presidente dissolver o Parlamento, demitir o Governo e marcar eleições legislativas antecipadas.

O exército da Nigéria concluiu na quarta-feira, 19, o treino de pré-desdobramento de 172 militares para a Missão Militar da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental para a Guiné-Bissau (MASGB), estacionada naquele país lusófono desde Maio de 2022.

A agência de notícias da Nigéria informa que as tropas começaram o seu treino pa 21 de Março no Centro Internacional de Liderança e Manutenção da Paz Martin Luther Agwai, em Jaji, no estado de Kaduna.

Bayode Adetoro, director de Operações de Apoio à Paz, disse que a formatura confirmou ainda mais o compromisso da Nigéria em enviar forças de manutenção da paz de qualidade como parte da sua contribuição para a busca da paz e segurança globais.

Ele pediu que a missão não manche nem coloque em causa a imagem da Nigéria.

A Missão Militar da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental para a Guiné-Bissau, integrada por 631 homens, chegou ao país a 18 de Maio de 2022, dois dias depois de o Presidente dissolver o Parlamento, demitir o Governo e marcar eleições legislativas para 18 de Dezembro, que, entretanto, foram adiadas para 4 de Junho.

DMITRY POLYANSKIY: "Fomos acusados de roubar crianças ucranianas, mas estamos a salvá-las"

© John Minchillo-Pool/Getty Images

Notícias ao Minuto   20/04/23 

O vice-embaixador da Rússia na ONU afirma que as acusações são "só mais uma campanha de difamação contra a Rússia".

O vice-embaixador da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Dmitry Polyanskiy, negou, esta quinta-feira, as acusações de que a Moscovo está a cometer crimes de guerra ao deportar crianças ucranianas e defendeu que as mesmas estão ser “salvas do exército ucraniano”.

“Claro que não se trata de um crime de guerra. Fomos acusados de roubar crianças, mas, de facto, estamos a salvá-las do exército ucraniano”, começou por referir Polyanskiy, em entrevista à Sky News.

“É só mais uma campanha de difamação contra a Rússia, que infelizmente está a explorar a questão de crianças em guerra”, acrescentou.

O responsável defendeu ainda que as “pessoas vão para a Rússia voluntariamente” e afirmou que, “desde fevereiro de 2014”, altura em que começou a guerra no Donbass, "há cinco milhões de residentes da Ucrânia, ou das repúblicas de Lugansk e de Donetsk", que foram para a Rússia. Neste número “incluem-se mais de 730 mil crianças, a grande maioria das quais com os pais ou familiares”.

“Claro que há um certo número de órfãos, mas estes órfãos estão a ser levados temporariamente por famílias de acolhimento. Não é a adopção, é a tutela, é uma situação diferente”, defendeu.

Sublinhe-se que a transferência de crianças, com o objetivo de reeducação política, adoção em orfanatos e até treino militar, ocorre desde o início da invasão da Ucrânia nos territórios controlados pela Rússia.

Este foi o motivo que levou o Tribunal Penal Internacional (TPI) a emitir um mandado de prisão internacional contra o presidente russo, Vladimir Putin, pela sua responsabilidade neste caso.

Também a comissão internacional da ONU que investiga crimes de guerra na Ucrânia considerou que as transferências forçadas e a deportação de crianças violam o direito internacional e constituem crimes de guerra.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 14 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.