sexta-feira, 23 de março de 2018

Projetos de apoio ao emprego jovem promovidos pela União Europeia

Sexta-feira, dia 23 de Março de 2018, pelas 09:30 horas em Bissau, a Delegação da União Europeia, o C.I.F.A.P. (Centro de Instrução Formação Artesanal e Profissional), gerido pela Congregação dos Josefinos de Murialdo e a ONG italiana Engim Internazionale, assinalam um evento público sobre o emprego jovem e incubação de empresas no País.

Em particular, vai-se abordar a temática da ligação entre centros de formação profissional e a inserção dos jovens guineenses no mercado de trabalho nacional, com foco nas atividades ou iniciativas que contribuem para a criação de oportunidades de emprego ou autoemprego. Igualmente serão mostrados

os resultados económicos e sociais obtidos pela Incubadora Engim-Cifap ao longo dos últimos três anos de funcionamento e, por fim, destacar a importância do conjunto de serviços do job placement para os alunos do CIFAP na procura de emprego decente.

As diferentes temáticas serão apresentadas através dos resultados finais do projeto trienal “Bo fia bo pudi! Projeto para a promoção do emprego dos jovens da Guiné-Bissau", executado pela Congregação dos Josefinos de Murialdo e as ONGs italianas Engim Internazionale e Mani Tese.

Após a apresentação,será lançado um concurso destinado à formação, ao financiamento e ao acompanhamento técnico para as empresas que atuam nas áreas técnicas do CIFAP, no âmbito do projeto “Geração de Talentos”, financiado pela UE e coordenado pela ENGIM em parceria com a Congregação dos Josefinos de Murialdo.

O evento terá lugar no CIFAP, no Alto Bandim, Bissau.

Fonte: Braima Darame

PGR guineense pede a Presidente ajuda para resolver problemas nos tribunais

A vice-Procuradora-Geral da República da Guiné-Bissau, Teresa Silva, reuniu-se hoje com o chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, para pedir ajuda para resolver os problemas nos tribunais do país.

Depois de um encontro de cerca de uma hora, a vice-Procuradora-Geral da Guiné-Bissau afirmou, aos jornalistas, que a reunião serviu para pedir ao Presidente guineense para utilizar a sua "influência" para encontrar soluções para os problemas existentes no setor judicial.

Sobre os problemas em causa, Teresa Silva explicou que existem "dificuldade de todo o tipo", incluindo falta de meios de locomoção, falta de instalações para o funcionamento dos tribunais e falta de magistrados nos tribunais.

Questionada pelos jornalistas sobre as acusações de alegada corrupção, no final de uma audiência com o Presidente guineense, José Mário Vaz, Teresa Silva recusou comentar.

Um grupo de advogados da Guiné-Bissau denunciou quarta-feira alegados casos de corrupção praticados por magistrados do Ministério Público, acusando-os de pedirem dinheiro às pessoas detidas ilegalmente para serem postas em liberdade.

MSE // EL

Lusa/Fim

INTOLERANTE E INSUSTENTÁVEL A CRISE POLÍTICA – AUGUSTO MÁRIO DA SILVA


O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), classificou, esta quinta-feira (22.03), de inaceitável e intolerante o atual bloqueio institucional na Guiné-Bissau, numa alusão a mais de sessenta dias depois da queda do governo de Umaro Sissoco Embaló, o país continua sem um executivo.

Para o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, o país não pode continuar bloqueado para dar vazão aos interesses de grupos de cidadãos, cujos interesses são estranhos aos do povo guineense.

Em entrevista exclusiva à Rádio Jovem, Mário da Silva diz que é preciso uma posição firme de todos guineenses, incluindo o Chefe de Estado, José Mário Vaz, para acabar com a crise política na Guiné-Bissau.

“Chegou o momento de nós, enquanto cidadãos e enquanto membros de pleno direito desta comunidade política, no sentido de assumirmos as rédeas do nosso destino para definirmos o que é de concreto que querermos no futuro, porque esta situação é intolerável, por isso, é preciso de facto uma posição firme e coerente de todos os guineenses”, argumentou Silva.

Na opinião do activista e dirigente máximo da LGDH, a responsabilidade de constituir um executivo para tirar o país na crise social a todos níveis, é exclusivamente da responsabilidade do Presidente da República, porque é único órgão com legitimidade para ajudar a Guiné-Bissau sair na atual cenário político.

Perante o bloqueio para instituir um governo, Mário da Silva, defende que o Chefe de Estado só tem dois instrumentos para resolver a situação da crise vigente que passa pelo cumprimento do Acordo de Conacri ou respeitar a Constituição da República da Guiné-Bissau.

“São estes quadros que têm que ser a referência para o Presidente da república intervir na construção de um governo. Se presidente entender que não há condição para implementar o Acordo de Conacri, deve simplesmente cumprir com a constituição da república, porque a Guiné-Bissau é um estado de direito e no estado de direito o que orienta todos atuações é a lei da república”, disse Silva.

Para Mário da Silva, o país não pode continuar nesta situação da incerteza e da falta de solução para a saída da crise.

Igualmente advogado de profissão, Augusto Mário Vaz, alertou ao Presidente que a crise vai tornar insustentável se a eleição legislativas não forem realizadas ainda este ano.

Augusto Mário da Silva, aceitou hoje, em entrevista a nossa estação emissora, a comentar o agudizar da crise social, a falta da solução política para a crise, o silêncio do Chefe de Estado perante a inoperância do Estado com a incapacidade de Artur Silva, primeiro-ministro, em formar o seu elenco governamental, tendo apontando também soluções para tirar o país do imbróglio.

Por: Alison Cabral
radiojovem