O ministro da Saúde da Guiné-Bissau, Dionísio Cumbá, revelou hoje à Lusa que 17 médicos nigerianos iniciaram consultas aos doentes no Hospital Nacional Simão Mendes em Bissau, à luz de um acordo de assistência de dois anos.
Os 17 médicos fazem parte de um grupo de 100 profissionais nigerianos que vão dar assistência médica nos principais hospitais guineenses e ainda capacitar técnicos locais em diversas especialidades, assinalou Cumbá.
O ministro disse ter concordado com a ideia da vinda de médicos nigerianos após uma sugestão nesse sentido feita ao Governo pelo Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló.
"O Presidente da República apresentou-me a questão, após a aprovação no Conselho de Ministros, achei a ideia bem-vinda, porque vai ajudar a fortalecer o nosso sistema de saúde", afirmou o ministro da Saúde guineense.
Dionísio Cumbá referiu ainda que os 17 médicos vão ficar no Simão Mendes, principal hospital da Guiné-Bissau, para se inteirarem do sistema de saúde do país e os restantes que devem chegar "a qualquer momento" serão colocados no interior do país.
O setor da Saúde da Guiné-Bissau tem passado por turbulências com os profissionais a observarem longos períodos de greves para reclamar o pagamento de salários em atraso, efetivação de novos quadros e ainda a criação de condições laborais.
Em setembro e durante dois dias consecutivos os técnicos de todos os hospitais e centros de saúde da Guiné-Bissau não compareceram ao serviço em observância a um boicote laboral.
Na altura, o Presidente guineense, que considerou o ato de "puro terrorismo", prometeu medidas para resolver o problema do setor da saúde, nomeadamente a vinda de médicos de outros países.
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