Durante a sua intervenção, o Presidente destacou o papel essencial da juventude na construção de uma Guiné-Bissau mais próspera, apelando ao civismo, ao patriotismo e ao compromisso com o desenvolvimento nacional.
sábado, 11 de outubro de 2025
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recebeu esta tarde, nos espaços do Palácio da República, centenas de jovens pertencentes à Organização Green Boys.
Guiné-Bissau: DSP bate mão na mesa, diz "basta" e dá "prazo" ao STJ
Por CFM
O presidente da Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka), Domingos Simões Pereira, apelou, este sábado (11.10), ao povo guineense a dizer "basta" a um pacote de ilegalidades que está a ser cometido pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Guiné-Bissau.
Até agora, a máxima instância da justiça guineense não se pronunciou oficialmente sobre a candidatura às eleições legislativas da PAI Terra-Ranka, e em relação aos dossiês de Domingos Simões Pereira às presidenciais.
Visivelmente revoltado com a situação, Simões Pereira bateu a mão na mesa, numa comunicação seguida em direto na rede social Facebook.
"Temos que dizer ao povo que chegou a hora de dizermos basta. Basta de injustiça, basta de manipulação e basta da destruição de Estado", disse o líder político.
Para Domingos Simões Pereira, "não há base legal" para excluir a sua candidatura presidencial nem a da PAI-Terra Ranka para as eleições legislativas de 23 de novembro.
O político acusa ainda o Supremo Tribunal de Justiça de "parcialidade" e de pretender garantir segundo mandato a Umaro Sissoco Embaló.
"Não há legalidade na intenção do Supremo Tribunal de Justiça, de dar a Umaro Sissoco Embaló o que a urna não lhe dará", disse.
Domingos Simões Pereira disse que aguarda até à próxima terça-feira (14.10), o pronunciamento do STJ sobre a sua candidatura e a da coligação que dirige.
O presidente da Plataforma da Aliança Inclusiva disse que, se até esse prazo o órgão da justiça não se pronunciar, assumirá as suas responsabilidades enquanto líder político, abrindo caminho para as manifestações de rua.
Explosão em fábrica de explosivos no Tennessee provoca 18 mortes: não há sobreviventes
Por SIC Notícias
A explosão foi registada na empresa Accurate Energetic Systems, que produz munições e materiais energéticos, situada perto da localidade de Bucksnort, a cerca de 100 quilómetros a sudoeste de Nashville, segundo o gabinete do xerife do condado de Hickman.
Uma explosão de grandes proporções numa fábrica de explosivos militares no Tennessee provocou um incêndio e pânico entre os residentes locais. Todas as estavam 18 pessoas que estavam desaparecidas foram consideradas mortas.
"Não recuperámos nenhum sobrevivente", disse Chris Davis, xerife do condado de Humphreys, no Tennessee, em conferência de imprensa.
A explosão foi registada na empresa Accurate Energetic Systems, que produz munições e materiais energéticos, situada perto da localidade de Bucksnort, a cerca de 100 quilómetros a sudoeste de Nashville, segundo o gabinete do xerife do condado de Hickman.
Em imagens transmitidas pela estação WTVF-TV, de Nashville, e relatadas pelas agências internacionais, era visível um vasto campo de destroços em chamas e nuvens de fumo a erguerem-se sobre a instalações da fábrica.
À CNN, o presidente da Câmara de Hickman County, Tennessee, garantiu que a fábrica não tinha problemas de segurança, apesar de um outro incidente em 2014, que matou uma pessoa e feriu três.
Política: Nuno Nabiam lamenta divisão interna e diz que API Cabas-Garandi podia ser coligação poderosa
Por Cap-GB
Bissau, 11 de outubro de 2025 - O presidente do partido Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Gomes Nabiam, lamentou a falta de união no seio da coligação API Cabas-Garandi, afirmando que o projeto poderia ter se tornado uma das forças políticas mais influentes do país, caso tivesse havido entendimento entre os seus membros.
Durante uma visita à comunidade de Dongor, no setor de Bula, zona norte do país, Nabiam revelou que divergências internas e decisões tomadas sem o seu conhecimento enfraqueceram a coligação.
“Dizem que sou muito calado e que não tenho competência para enfrentar Sissoco Embaló nas eleições presidenciais. Inventaram histórias e chegaram a entregar documentos no Supremo Tribunal de Justiça sem o meu conhecimento. A API Cabas-Garandi podia tornar-se uma coligação poderosa se houvesse colaboração mútua”, declarou o ex-primeiro-ministro, em tom de crítica.
Apesar do afastamento, Nabiam manifestou apoio ao Umaro Sissoco Embaló, assegurando que a união entre partidos como o MADEM-G15, PRS, PTG e APU-PDGB garantirá a vitória nas presidenciais de 23 de novembro.
“É impossível uma coligação que junta partidos fortes como o MADEM-G15, PRS, PTG e APU-PDGB não vencer as eleições. Vamos recuperar a mesma equipa vencedora de 2020 e continuar o caminho de progresso e estabilidade social”, afirmou.
Recorde-se que Nuno Gomes Nabiam e o APU-PDGB desistiram das eleições simultâneas e aderiram à Plataforma Republicana (Nô Kumpu Guiné), coligação que apoia o projeto de segundo mandato de Umaro Sissoco Embaló.
"A violência não é só física". Saiba identificar (e os sinais de alerta)... Direção-Geral da Saúde fez uma publicação nas redes sociais onde explica a 'definição' dos quatro tipos de violência - a física, a verbal/psicológica, a online/digital e a sexual. Fique a par.
Por LUSA
"A violência não é só física – pode ser verbal, emocional ou até online". O alerta surge este sábado, dia 11 de outubro, através de uma publicação nas redes sociais da Direção-Geral da Saúde (DGS) - onde são também deixadas indicações para "saber identificar os sinais" e dicas para proteção.
Há, recorda a DGS no 'post', quatro tipos de violência: a física, a verbal/psicológica, a online/digital e a sexual.
A violência física ocorre "quando alguém bate, empurra, puxa o cabelo ou magoa usando força", sendo que a verbal/psicológica se dá através de "palavras ou atitudes que ferem, insultos, humilhações, ameaças ou isolamento de alguém".
Por sua vez, a violência online/digital decorre com "mensagens de gozo ou ameaça, espalhar boatos, partilhar fotos ou vídeos sem autorização". Por fim, a violência sexual que, vinca a DGS, ocorre "quando alguém obriga ou pressiona a fazer algo sexual sem consentimento".
Quais os sinais de alerta? E que 'dicas' para proteção?
Na publicação, a Direção-Geral da Saúde deixa também cinco "sinais de alerta" - que poderão ser dados pela vítima - a que se deve estar atento. São eles:
- "Afastar-se dos amigos, sentir-se em baixo ou sem confiança;
- Deixar de ir a determinados sítios;
- Medo constante, sempre em sobressalto;
- Mudar hábitos, rotinas e comportamentos;
- Não se conseguir concentrar".
Não só - mas também - para os mais novos, a autoridade relembra ainda algumas das dicas fundamentais para proteção.
Deste modo, deve-se: "falar com alguém da confiança", "reconhecer atitudes que não são justas", "definir limites" e "aprender a identificar as diferentes formas de violência/agressão".
A violência doméstica é crime público e denunciar é uma responsabilidade coletiva. Se precisar de ajuda ou tiver conhecimento de alguma situação de violência doméstica participe:
- Linha Telefónica de Informação às Vítimas de Violência Doméstica: 800 202 148 (gratuito, 24h/dia)
- No Portal Queixa Eletrónica, em https://queixaselectronicas.mai.gov.pt/
- Via telefónica, através do número de telefone: 112
- No Posto da GNR mais próximo à sua área de residência, tendo os nossos contactos sempre à mão em www.gnr.pt/contactos.aspx
- Na aplicação App MAI112 disponível e destinada exclusivamente aos cidadãos surdos, em http://www.112.pt/Paginas/Home.aspx
- Na aplicação SMS Segurança, direcionada a pessoas surdas em www.gnr.pt/MVC_GNR/Home/SmsSeguranca.
- Através de email para a PSP: violenciadomestica@psp.pt
Acredita que poderá ser vítima de algum tipo de violência, no namoro ou em casa?
AMCV - Associação de Mulheres contra a Violência - 213 802 165
APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima – 116 006 (08h às 23h, dias úteis)
Email da CIG - Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género - violencia@cig.gov.pt
Hamas não participa na assinatura oficial do acordo de paz com Israel... O Hamas não vai participar na assinatura oficial do acordo de paz com Israel, disse um dirigente do movimento islamista à AFP.
Por LUSA
Israel e o Hamas concluíram na quinta-feira, no Egito, um acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor na sexta-feira, prevendo a libertação dos reféns detidos em Gaza dentro de 72 horas em troca de prisioneiros detidos por Israel.
Este acordo baseia-se num plano anunciado no final de setembro por Donald Trump para pôr fim a dois anos de guerra no território palestino.
O responsável do Hamas, em entrevista à agência France Presse (AFP), classificou ainda de "absurda" a ideia de expulsar os membros daquele grupo islamista da Faixa de Gaza.
"Os dirigentes do Hamas presentes na Faixa de Gaza estão na sua terra, a terra onde viveram, com as suas famílias e o seu povo. Portanto, é natural que lá permaneçam", disse, considerando que expulsar palestinianos, sejam eles membros do Hamas ou não, "não tem sentido".
Hossam Badran garantiu também que o Hamas irá "repelir a agressão", caso Israel retome a ofensiva em Gaza.
Sobre o acordo de paz, o dirigente afirmou que o grupo espera negociações "muito mais complexas" na segunda fase do acordo anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Comunicação oficial do Presidente do PAIGC e da Coligação PAI - Terra Ranka, Camarada Domingos Simões Pereira, sobre o silêncio do STJ à candidatura da coligação PAI-TR e do candidato do PAIGC às eleições presidenciais.
Responsável do Hamas: "Entrega das armas está fora de questão"... Um responsável do movimento islamista palestiniano Hamas disse hoje que "está fora de questão" o desarmamento deste grupo previsto no plano de paz do presidente norte-americano Donald Trump para pôr fim à guerra em Gaza.
© Hamza Z. H. Qraiqea/Anadolu via Getty Images Lusa 11/10/2025
"A entrega das armas proposta está fora de questão e não é negociável", afirmou à agência de notícias France Presse (AFP) aquele responsável, sob condição de anonimato.
Israel e o Hamas concluíram na quinta-feira, no Egito, um acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor na sexta-feira, prevendo a libertação dos reféns detidos em Gaza dentro de 72 horas em troca de prisioneiros detidos por Israel.
Este acordo baseia-se num plano anunciado no final de setembro por Donald Trump para pôr fim a dois anos de guerra no território palestino.
A segunda fase deste plano de 20 pontos, no centro das divergências entre Israel e o Hamas, diz respeito ao desarmamento do movimento islâmico, ao exílio dos seus combatentes e à continuação da retirada gradual de Israel de Gaza.
O cessar-fogo visa pôr fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.
A retaliação de Israel já matou mais de 67 mil pessoas e provocou cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.
Leia Também: Hamas diz que agressões a palestinianos são "plano de judaização" da Cisjordânia
O grupo islamista Hamas denunciou hoje ataques de colonos israelitas contra agricultores palestinianos, considerando que está em curso um "plano de judaização" da Cisjordânia ocupada.
Leia Também: "Mais de 500.000 pessoas chegaram a Gaza entre ontem e agora"
Mais de 500 mil pessoas regressaram ao norte da Faixa de Gaza desde a entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e o grupo islamita Hamas, anunciou hoje a Defesa Civil do enclave palestiniano.
Leia Também: Israel transfere palestinianos presos antes da troca prevista no acordo
As autoridades israelitas reagruparam os prisioneiros palestinianos que serão libertados na troca com reféns ainda detidos em Gaza, prevista no acordo de cessar-fogo com o Hamas, foi hoje anunciado.
CNE GARANTE ESTAREM REUNIDAS TODAS AS CONDIÇÕES PARA AS ELEIÇÕES DE NOVEMBRO
Por RSM 11.10.2025
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) garante que já estão reunidas todas as condições para a realização dos próximos embates eleitorais na Guiné-Bissau.
A garantia foi dada este sábado pelo Secretário Executivo Adjunto da CNE, Idriça Djaló, à margem da abertura de um seminário de dois dias destinado à formação dos Formadores Nacionais dos Membros das Mesas das Assembleias de Voto.
Idriça Djaló confirmou que, até ao momento, o Governo tem criado todas as condições necessárias para que as eleições, marcadas para o dia 23 de novembro, se realizem como previsto.
Ja relativamente à produção dos boletins de voto, que desta vez será feita internamente pela Imprensa Nacional da Guiné-Bissau (INACEP), Djaló afirmou que esta instituição já está preparada e apenas aguarda a publicação definitiva das listas por parte do Supremo Tribunal de Justiça para dar início à impressão.
Ainda segundo o Secretário Executivo Adjunto da CNE, que também é Coordenador do Departamento de Educação Cívica e Formação do Eleitorado, os convites às entidades habituais que participam do processo eleitoral como observadores internacionais já foram enviados e de acordo com Djaló, as respostas têm sido satisfatórias, com várias confirmações de presença já recebidas.
A Juventude do círculo eleitoral do MADEM-G15 realizou uma conferência de imprensa para manifestar o seu descontentamento face às alterações efetuadas na lista de candidatos a deputados pelo círculo eleitoral número 27. Os jovens consideram que as modificações não refletem a vontade da base e pedem à direção do partido que reveja a decisão.
O Departamento de Comunicação do PAIGC em conferência de imprensa para prestar esclarecimentos sobre a situação interna do partido.
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) anunciou que vai recorrer a todos os mecanismos legais disponíveis para garantir a sua participação nas eleições previstas para novembro.
Tramadol sob escrutínio: medicamento comum para a dor pode ser menos eficaz e mais perigoso do que se pensava
Por SIC Notícias/ Com Lusa
Uma revisão de 19 ensaios clínicos indica que o tramadol, um dos analgésicos opioides mais prescritos no mundo, pode ter um efeito limitado no controlo da dor crónica e duplicar o risco de complicações graves, nomeadamente cardíacas.
O tramadol é um potente analgésico opioide, mas uma revisão de estudos científicos revela que pode não ser tão eficaz no alívio da dor crónica e provavelmente aumenta o risco de efeitos secundários graves, como doenças cardíacas.
Uma equipa liderada pelo Hospital Rigs, na Dinamarca, publicou no The BMJ Evidence-Based Medicine uma revisão e meta-análise de 19 ensaios clínicos, compilados até 2025, envolvendo 6.506 pessoas com dor crónica, noticiou esta semana a agência Efe.
Efeitos benéficos abaixo do limiar clínico
Os investigadores, citados pela revista, indicaram que o tramadol "não é tão eficaz no alívio da dor crónica para a qual é amplamente prescrito" e também "provavelmente aumenta o risco de efeitos secundários graves, como doenças cardíacas".
Por isso, a equipa concluiu que "os potenciais danos do tramadol provavelmente superam os seus benefícios" e que "a sua utilização deve ser minimizada".
Este medicamento é um opioide de dupla ação amplamente prescrito para o tratamento de dores agudas e crónicas moderadas a intensas.
Os estudos analisaram o impacto do tramadol na dor neuropática, com nove a centrarem-se na osteoartrite, quatro na dor lombar crónica e um na fibromialgia.
Os doentes tinham entre 47 e 69 anos, com uma média de idades de 58 anos.
A duração do tratamento variou de duas a 16 semanas, enquanto o seguimento variou de três a 15 semanas.
A análise conjunta dos resultados dos ensaios clínicos mostrou que, embora o tramadol tenha aliviado a dor, o efeito foi pequeno e abaixo do que seria considerado clinicamente eficaz.
Além disso, o risco de danos associados foi duplicado em comparação com o placebo, principalmente devido a uma maior proporção de "eventos cardíacos", como dor no peito, doença arterial coronária e insuficiência cardíaca congestiva, de acordo com o BMJ Evidence-Based Medicine.
Investigadores pedem reavaliação do uso do fármaco
O uso de tramadol foi associado a um risco aumentado de alguns tipos de cancro, embora o período de seguimento tenha sido curto, tornando esta descoberta questionável, segundo os investigadores.
A análise indicou que o medicamento também estava associado a um risco aumentado de efeitos secundários ligeiros, como náuseas, tonturas, obstipação e sonolência.
Os autores referiram que este é um dos opioides mais prescritos nos EUA, possivelmente devido à perceção de um menor risco de efeitos secundários e à crença generalizada de que é mais seguro e menos viciante do que outros opioides de ação curta.
O estudo acrescentou que "os potenciais danos associados ao uso de tramadol para o controlo da dor provavelmente superam os seus benefícios limitados".
"Reconsiderar o papel do tramadol no tratamento da dor crónica"
Num comentário ao estudo, no qual não participou, Enrique Cobos, da Universidade de Granada, escreveu na plataforma de recursos científicos Science Media Centre que, na prática clínica, estes resultados "obrigam a reconsiderar o papel do tramadol no tratamento da dor crónica".
No entanto, o perfil de cada doente e os efeitos do medicamento a nível individual devem ser sempre "avaliados cuidadosamente", uma vez que as pessoas com dor crónica têm poucas alternativas eficazes e seguras, acrescentou.
Produtoras de tabaco alertam para medidas da OMS que ameaçam o setor... As produtoras portuguesas de tabaco alertam que a Organização Mundial da Saúde (OMS) está a preparar medidas que podem ameaçar a sustentabilidade de "milhares de pequenas empresas" da cadeia de valor do tabaco e favorecer o "comércio ilícito".
Por LUSA
Em declarações à agência Lusa a propósito da 11.ª Conferência das Partes (COP11) da Convenção Quadro da OMS para o Controlo do Tabaco (CQCT), que decorre de 17 a 22 de novembro em Genebra (Suíça), fonte oficial da Tabaqueira afirmou que, "se todas as medidas apresentadas forem aceites, podem colocar em causa a sustentabilidade de milhares de pequenas empresas que integram a cadeia de valor deste setor, bem como potenciar condições favoráveis ao comércio ilícito e perdas de receitas fiscais".
Com o objetivo de reduzir drasticamente o consumo de tabaco, a OMS vai levar diversas medidas à COP11, entre as quais a redução dos pontos de venda de tabaco, a proibição de incentivos a retalhistas e o fim da venda comercial de produtos de tabaco, nomeadamente em papelarias, quiosques, lojas de conveniência ou bombas de gasolina.
Aguardando "com expectativa" a posição que Portugal e a União Europeia (UE) vão tomar na COP11, a Tabaqueira defende ser "essencial" um "consenso que assegure uma abordagem equilibrada que respeite as especificidades nacionais, mantenha a coerência com as diretivas europeias e salvaguarde a soberania e competências dos Estados-membros em áreas como a saúde, fiscalidade e política económica".
Também o presidente do Conselho de Administração da Fábrica de Tabaco Micaelense, Mário Fortuna, está "preocupado com esta evolução", considerando que "algumas das propostas que vão ser discutidas nesta reunião têm um alcance demasiado arrojado e, também, perigoso para a sobrevivência da indústria".
"São medidas que ameaçam a sustentabilidade [das empresas] e têm algum exagero, como é o caso de sugerir-se que a venda comercial seja feita por instituições sem fins lucrativos, o que é, no nosso entender, incompreensível", afirmou em declarações à Lusa.
Sustentando que "há medidas que são exageradas" e outras "que não estão devidamente fundamentadas em base científica", Mário Fortuna defende que há que ter "em linha de conta não só a evidência científica da eficácia" das propostas, como também as consequências de algumas delas".
"Porque, no final, se as medidas foram demasiado apertadas, vão favorecer o comércio ilícito, que não aproveita ninguém, porque cria atividades paralelas e ilegais, leva à perda de receita e, em muitas circunstâncias, à perda de controlo por parte das autoridades sobre a própria qualidade dos produtos e a segurança para as populações", enfatizou.
O presidente da Fábrica de Tabaco Micaelense lembra que "este assunto não é novo", mas apenas "mais uma de uma série de evoluções que têm acontecido ao longo dos anos", mas adverte que há que encarar o tema "com alguma cautela".
"Porque há várias perspetivas relativamente a esta matéria e há, naturalmente, interesses económicos, não só de acionistas de empresas, mas também - e sobretudo - de muitos empregos e de muita capacidade exportadora que Portugal evidencia com esta indústria", sustenta.
Intitulado "Medidas Prospetivas para Controlo de Tabaco", o relatório dos peritos da OMS propõe-se transformar o setor, avançando com medidas ao nível da oferta, consumo e produção de tabaco que vão desde acabar com incentivos comerciais aos retalhistas e impor restrições a quem nasceu depois de 2008 (denominada como 'tobacco-free generation' ou "geração livre de tabaco"), até à imposição de limites anuais à produção, responsabilização do produtor por danos ambientais e proibição total de filtros em cigarros, classificados como resíduos plásticos descartáveis.
No documento, os Estados são aconselhados a "substituir o fornecimento de tabaco com fins lucrativos" por uma "distribuição sem fins lucrativos ou controlada pelo Estado, de acordo com objetivos de saúde pública".
A Convenção Quadro da OMS para o Controlo do Tabaco (CQCT) é um tratado internacional, do qual Portugal e a UE são partes, que visa proteger as gerações presentes e futuras das consequências do tabaco. A Conferência das Partes da CQCT (COP) é o órgão que reúne os países signatários para discutir e aprovar medidas globais de controlo de produtos do tabaco e nicotina.
Embora estas medidas não tenham caráter vinculativo, servem como diretrizes para os Estados-membros da COP.
Em Portugal, o último governo de António Costa aprovou em 2023 em Conselho de Ministros alterações à Lei do Tabaco, impondo restrições à venda e ao consumo com o objetivo de promover uma geração livre de tabaco até 2040, mas as alterações mais relevantes acabaram por ser adiadas com a dissolução do parlamento, no início de 2024.
Leia Também: Governo quer arrecadar mais 80 milhões com impostos sobre tabaco e álcool
Hamas e outras fações palestinianas rejeitam "tutela estrangeira" em Gaza... O Hamas e outras duas fações palestinianas rejeitam "qualquer tutela estrangeira" na administração da Faixa de Gaza, indicaram as três organizações num comunicado conjunto.
Por LUSA
Segundo o plano de paz em negociação com Israel, depois do cessar-fogo e da retirada das tropas israelitas do enclave, um organismo internacional supervisionará a formação de um "comité palestiniano tecnocrático e apolítico" que governará temporariamente o enclave.
Reafirmamos a nossa rejeição absoluta a qualquer tutela estrangeira e sublinhamos que a determinação da forma de administrar a Faixa de Gaza e as bases de funcionamento das suas instituições é uma questão interna palestiniana", afirmam o Hamas, a Jihad Islâmica na Palestina e a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) num comunicado conjunto.
Segundo o acordo de paz para Gaza promovido pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cuja primeira parte foi assinada na quinta-feira por Israel e Hamas, um organismo internacional ficará responsável por supervisionar a formação de um governo de transição no enclave palestiniano, bem como a sua reconstrução.
O governo de transição administrará temporariamente a Faixa de Gaza antes de a gestão do enclave ser entregue à Autoridade Palestiniana, de acordo com o plano.
No comunicado, as fações palestinianas rejeitam a tutela estrangeira, embora admitam estar disponíveis para "beneficiar da participação árabe e internacional nos domínios da reconstrução, recuperação e apoio ao desenvolvimento".
Na sequência da assinatura do acordo com Israel, que retirou na quinta-feira as suas tropas de parte do território de Gaza, o Hamas terá de libertar os 48 reféns israelitas que mantém sequestrados na Faixa até segunda-feira ao meio-dia. Israel, por sua vez, libertará 250 prisioneiros palestinianos e 1.700 detidos em Gaza.
Os grupos palestinianos saudaram o acordo, afirmando que este permitirá a libertação de "centenas dos heroicos prisioneiros das cadeias da ocupação (Israel)", classificando-o como um "fracasso político e de segurança" para os planos israelitas de "impor deslocações forçadas e desarraigar a população".
No comunicado, defendem a ativação de "mecanismos de cooperação entre as fações" em Gaza e apelam à "responsabilidade nacional" para iniciar "um caminho político nacional unificado".
"Trabalhamos em colaboração com os generosos esforços egípcios para convocar uma reunião nacional abrangente e urgente para a próxima etapa após o cessar-fogo, com o objetivo de unificar a posição palestiniana, formular uma estratégia nacional global e reconstruir as nossas instituições nacionais com base em parceria, credibilidade e transparência", afirmam.
As três organizações acrescentam que os "planos de deslocação e desarreigamento" de Israel foram frustrados pela resistência de combatentes, equipas médicas, serviços de proteção civil e jornalistas de Gaza, que deixaram "uma lição eterna de resistência e desafio".
Sublinham que o regresso dos deslocados à cidade de Gaza simboliza a vontade do povo palestiniano, "que rejeita a migração forçada e insiste em regressar e viver na sua terra apesar da enorme destruição".
Assim, reafirmam a determinação de continuar a resistência "em todas as suas formas" até pôr fim à ocupação israelita e estabelecer um Estado independente "com plena soberania" e capital em Jerusalém Oriental.
Leia Também: "Regressamos ao desconhecido": Palestinianos retornam a casa. As imagens
Nas estradas, crianças, mulheres e idosos fazem o percurso, na sua maioria a pé, por vezes com carroças puxadas por burros. Caminham, literalmente, com a 'casa às costas', sem a certeza se as suas habitações ainda permanecem de pé.
Relatório médico conclui que Trump goza de "saúde excecional"... O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, goza de "saúde excecional", concluiu o relatório médico da avaliação de rotina realizada na sexta-feira no Centro Nacional Médico Militar Walter Reed.
Por LUSA
De acordo com o relatório, Donald Trump, de 79 anos, tem uma idade cardiovascular catorze anos mais jovem do que a idade cronológica, de acordo com o relatório partilhado pela Casa Branca.
O resultado acrescenta que o Presidente foi vacinado contra a gripe e recebeu uma dose de reforço contra a covid-19.
"O Presidente mantém uma saúde excecional, mostrando um desempenho cardiovascular, pulmonar, neurológico e físico excecional", lê-se.
O relatório indica que o dirigente norte-americano está em boas condições para viagens internacionais. Trump desloca-se este fim de semana ao Médio Oriente para participar na negociação do acordo de paz entre Israel e o Hamas.
Apesar do tom otimista do relatório, alguns meios de comunicação e analistas têm manifestado dúvidas sobre a saúde de Trump, principalmente devido à idade avançada e aos fatores de risco cardiovascular.
Leia Também: Trump manifesta confiança de que cessar-fogo em Gaza "se vai manter"
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou confiança de que o cessar-fogo que entrou em vigor na sexta-feira em Gaza "se vai manter", acrescentando que vai encontrar-se "com muitos líderes" durante a visita ao Médio Oriente.
Após Pfizer, AstraZeneca também vai baixar preço de alguns medicamentos... Após a farmacêutica Pfizer, no final de setembro, a sua concorrente AstraZeneca vai também baixar o preço de alguns dos seus medicamentos vendidos nos Estados Unidos, anunciou hoje o presidente americano, Donald Trump, na Casa Branca.
Por LUSA
A "AstraZeneca, a maior empresa farmacêutica do Reino Unido, comprometeu-se a conceder aos americanos descontos significativos no seu importante catálogo de medicamentos", afirmou Trump durante uma conferência de imprensa.
Segundo o presidente americano, o grupo passará a oferecer os seus medicamentos nos Estados Unidos "ao menor preço pelo qual os vende em qualquer parte do planeta" e colocará à venda os seus futuros tratamentos "com descontos significativos".
Os preços dos medicamentos nos Estados Unidos estão entre os mais altos do mundo e ultrapassam os aplicados nos seus vizinhos e na Europa.
Segundo um estudo da Rand Corporation, os americanos pagam, em média, 2,5 vezes mais por medicamentos sujeitos a receita médica do que os franceses, por exemplo, uma diferença que Donald Trump tinha-se comprometido a reduzir.
Paralelamente, "a AstraZeneca comprometeu-se a investir nos Estados Unidos 50 mil milhões de dólares nos próximos cinco anos em investigação e desenvolvimento, bem como em relocalização de ferramentas de produção", acrescentou Donald Trump.
Numa comunicação publicada no dia anterior, o grupo farmacêutica já tinha anunciado um investimento de 4,5 mil milhões de dólares na sua fábrica na Virgínia (este), com a criação de 3.600 postos de trabalho, um esforço que é "a pedra fundamental de um investimento de 50 mil milhões de dólares" anunciado em julho passado.
Donald Trump levantou por várias vezes a ameaça de uma possível sobretaxa aduaneira de 100% sobre qualquer medicamento patenteado importado, se os laboratórios não construíssem unidades de produção nos Estados Unidos.
"Estou particularmente grato por nos conceder uma isenção de direitos aduaneiros de três anos para transferir o restante da nossa produção. A maior parte dos nossos produtos é fabricada aqui, mas temos de transferir uma parte para este país", declarou o diretor-geral da AstraZeneca, Pascal Soriot, que também estava presente na Casa Branca.
No final de setembro, o Presidente norte-americano, Donald Trump, já tinha anunciado o acordo com a farmacêutica Pfizer para reduzir o preço de alguns medicamentos no mercado norte-americano, em troca de isenções tarifárias.
"Agora vamos pagar os preços mais baixos", proclamou num evento na Casa Branca o Presidente norte-americano, que tinha prometido reduzir o custo dos medicamentos no país.
O republicano multiplicou nos últimos meses as medidas para incentivar os laboratórios farmacêuticos a repatriarem a sua produção para solo americano e a baixar os seus preços, algo que falhou durante o seu primeiro mandato.
"A maioria deles vem falar connosco por causa das tarifas alfandegárias", afirmou Trump, "vocês têm de perceber que não terão tarifas alfandegárias se fabricarem no país", defendeu.
Na Casa Branca, o presidente da Pfizer, Albert Bourla, afirmou que "os grandes ganhadores" do acordo seriam "claramente os doentes americanos".
O acordo com a Pfizer prevê que esta multinacional farmacêutica reduza o preço de venda de vários dos seus medicamentos ao Medicaid, o plano de saúde para pessoas de baixos rendimentos.
A farmacêutica vai também oferecer diretamente aos pacientes alguns medicamentos a preços reduzidos, através de um novo site governamental.
Estes medicamentos, detalhou a Pfizer em comunicado, serão oferecidos "com descontos de 50% em média" e podendo ir até 85.
No entanto, foi especificado que a Pfizer beneficiaria, em troca, de uma isenção de três anos das tarifas proibitivas com as quais Trump está a ameaçar a indústria.
Leia Também: Trump e Pfizer anunciam acordo para reduzir preço de alguns medicamentos
Donald Trump e o patrão da multinacional farmacêutica Pfizer anunciaram hoje um acordo para redução do preço de alguns medicamentos vendidos nos Estados Unidos, depois do presidente americano ter intensificado ameaças nesse sentido.
Tropas norte-americanas já chegaram a Israel para vigiar o cessar-fogo... A porta-voz da Casa Branca tinha confirmado na sexta-feira que os Estados Unidos iam enviar uma equipa de 200 militares do comando central do exército (CENTCOM) para “supervisionar o acordo de Paz”.
Por LUSA
As tropas norte-americanas já começaram a chegar a Israel durante esta noite, para vigiar o acordo de cessar-fogo entre Telavive e o Hamas.
A informação é avançada pela ABC News, que cita uma fonte próxima da situação.
O mesmo meio informa que os soldados enviados para Israel são especializados em transporte, planeamento, logística, segurança e engenharia e que deverão trabalhar em conjunto com os representantes de outras nações parceiras, do setor privado e de organizações não governamentais.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, tinha confirmado na sexta-feira, numa publicação no X, que os Estados Unidos iam enviar uma equipa de 200 militares do comando central do exército (CENTCOM) para “supervisionar o acordo de Paz” e “trabalhar em conjunto com outras forças internacionais naquele local”.
Leavitt esclareceu ainda que esses militares vão ficar destacados em Israel e em países vizinhos da região, também para ajudar a integrar todas as outras forças de segurança que irão para Gaza e ajudar na ligação com as Forças de Defesa de Israel.
Oficiais militares egípcios, cataris, turcos e, provavelmente, dos Emirados Árabes Unidos deverão ser incorporados à equipa, que provavelmente terá base no Egito. Autoridades ligadas ao assunto afirmaram ainda que não há intenção de enviar tropas norte-americanas para Gaza.
O comandante do CENTCOM, o almirante Brad Cooper, chegou no dia anterior ao das tropas, ou seja, na sexta-feira, com a missão de “monitorizar, observar e garantir que não há violações nem incursões porque o mundo inteiro está preocupado”, avançou uma fonte da administração Trump.
O centro de coordenação é visto como uma espécie de primeiro passo para ajudar a implementar o processo de paz, que exigirá uma ampla coordenação de assistência humanitária, logística e de segurança.
O próprio presidente dos Estados Unidos vai também estar presente no Médio Oriente, e em Israel, com partida para a região prevista no domingo, dado que os reféns do Hamas deverão ser libertados na segunda-feira.
“Provavelmente estarei lá. Espero estar lá. Estamos a planear partir no domingo, e estou desejoso disso", disse Trump aos jornalistas na Casa Branca, ao receber o presidente finlandês Alexander Stubb.
O presidente norte-americano garantiu também que "ninguém será forçado a sair [de Gaza], muito pelo contrário" no âmbito do seu plano de paz, cuja primeira fase mereceu acordo de Hamas e Israel na quarta-feira.
Trump impulsionou o atual plano de paz e foi quem anunciou o acordo nesse mesmo dia, após vários contactos indiretos entre as partes no Egito - e dois anos de conflito.
O chefe de Estado norte-americano mostrou-se também, por isso, confiante de que o cessar-fogo, que entrou em vigor na sexta-feira, "se vai manter".
"Penso que sim. Todos estão cansados de lutar", frisou aos jornalistas na Sala Oval, reafirmando a sua intenção de viajar para Israel este fim de semana, onde deverá discursar no Knesset (Parlamento) e no Egito.
O presidente dos EUA voltou a manifestar confiança de que o cessar-fogo em Gaza levará a uma paz mais ampla no Médio Oriente.
"Temos alguns pequenos pontos críticos agora, mas são muito pequenos (...) Serão muito fáceis de extinguir. Estes incêndios serão controlados muito rapidamente", acrescentou.
A 7 de outubro de 2023, um ataque levado a cabo pelo Hamas, fez mais de 200 reféns e 1.200 mortos.
O grupo palestiniano governa, de forma autocrática, a Faixa de Gaza desde 2006, quando foi eleito por uma população que vive há longas décadas um conflito com Israel. Aliás, desde a formação do Estado israelita, em 1948 (como resultado da II Guerra Mundial e da perseguição a judeus), têm existido diversos confrontos armados, levando à morte de milhares.
A guerra declarada por Israel a 7 de outubro de 2023 em Gaza, como retaliação, para "erradicar" o Hamas, fez, até agora, mais de 67 mil mortos (incluindo mais de 20 mil crianças) e quase 170 mil feridos, na maioria civis, segundo números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
Leia Também: Qatar autorizado a construir instalação militar em base aérea norte-americana
Os Estados Unidos e o Qatar assinaram um acordo que vai permitir a Doha construir uma instalação para abrigar caças F-15 e pilotos numa base aérea em Idaho, anunciou sexta-feira o secretário da Defesa dos EUA.












.webp)














.webp)







.webp)

