sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

José Anastácio Medina Lobato é o novo Presidente da Câmara Municipal de Bissau.

Atual dirigente da CCIAS e Câmara Consular Regional da UEMOA, Jose Lobato foi nomeado em Conselho de Ministros. Lobato foi Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau FFGB e responsável da Confederação  Empresarial da CPLP.


//TV VOZ DO POVO

O sistema de defesa terra-ar de médio alcance MAMBA a fornecer por França e Itália permitirá à Ucrânia "defender-se dos ataques de drones, mísseis e aviões russos", indicou hoje o ministério francês da Defesa e Forças Armadas.

© Lusa

POR LUSA  03/02/23 

Sistema antiaéreo defenderá de "drones, mísseis e aviões russos"

O sistema de defesa terra-ar de médio alcance MAMBA a fornecer por França e Itália permitirá à Ucrânia "defender-se dos ataques de drones, mísseis e aviões russos", indicou hoje o ministério francês da Defesa e Forças Armadas."O fornecimento desse sistema responde à urgência manifestada pelo ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, aos seus homólogos francês e italiano, de proteger as populações e infraestruturas civis face aos ataques aéreos russos", acrescenta o comunicado.

O ministro francês Sébastien Lecornu e o seu homólogo italiano Guido Crosetto contactaram hoje por telefone para concluir esta entrega, que estava em discussão há várias semanas.

"Os dois ministros finalizaram as discussões técnicas (...) para entregar à Ucrânia na primavera de 2023 o sistema de defesa antiaérea SAMP/T -- MAMBA. Trata-se do primeiro sistema antimísseis europeu de longo alcance, de conceção franco-italiana", precisou o ministério.

O anúncio surge após a vista de Reznikov a Paris esta semana.

Desde há meses que a Ucrânia solicita o reforço do seu sistema de defesa terra-ar, em particular após uma vaga de ataques russos sobre as suas infraestruturas, com uso de drones iranianos.

O MAMBA, equivalente ao sistema Patriot norte-americano, já foi deslocado para a Roménia e instalado na região estratégica do porto de Constança, junto ao mar Negro.

Com este sistema, o seu radar e o sistema múltiplo de oito mísseis Áster com alcance de 100 quilómetros, "podemos contrariar um vasto leque de ameaças aéreas: mísseis balísticos de curto alcance, aviões de caça, helicópteros, drones e mesmo mísseis de cruzeiro com disparos múltiplos", disse em dezembro à agência noticiosa AFP na Roménia um militar francês.

Na terça-feira, a França tinha já anunciado a entrega nas próximas semanas de mais 12 canhões Caesar de 155mm, permitindo a Kiev dispor de 49 exemplares no total, "uma quantidade nada negligenciável", sublinhou Sébastien Lecornu.

Paris também prometeu um radar Ground Master 200 (GM200) produzido pela empresa francesa Thales. Este radar de médio alcance permite detetar um aparelho inimigo a 205 quilómetros e combatê-lo a 100 quilómetros, quer voe a baixa altitude e pouca velocidade como os drones, ou a alta altitude como os aviões de combate.

Segundo o seu fabricante, que já vendeu mais de 60 exemplares no mundo, assegura ainda uma proteção face aos 'rockets' e disparos de artilharia, ao alertar as tropas no terreno dos disparos inimigos. É transportado num camião.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -- , de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.110 civis mortos e 11.547 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA‼️: O Presidente da República, Umaro Sissocó Embaló criou uma nova Secretaria de Estado no governo a ser tutelada pelo antigo presidente da Câmara Municipal de Bissau, Fernando Mendes.

A iniciativa do chefe de Estado vem no decreto presidencial número 10/2023, onde sustenta que, a sua decisão foi na base duma proposta do primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam.

"É criada a Secretaria de Estado da Administração do Território e do Poder Local". Lê-se no documento na posse da Rádio Jovem.

 Rádio Jovem Bissau

O corpo do malogrado, Presidente do PRS, Alberto M'bunhe Nambeia chega à Bissau.


Os Restos mortais do malogrado Presidente do "PRS" Alberto M'bunhe Nambeia chega à Bissau.👇


Radio TV Bantaba 

A União Europeia (UE) e a Ucrânia concordaram hoje na necessidade de continuar a prestar apoio militar a Kyiv, e em responsabilizar a Rússia pelos crimes cometidos em território ucraniano e pela reconstrução do país.

© Roman Pilipey/Getty Images

Notícias ao Minuto   03/02/23 

 UE e Kyiv unidos entre apoio militar e obrigar a Rússia a pagar

A União Europeia (UE) e a Ucrânia concordaram hoje na necessidade de continuar a prestar apoio militar a Kyiv, e em responsabilizar a Rússia pelos crimes cometidos em território ucraniano e pela reconstrução do país.

Da cimeira entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, (em representação dos 27 Estados-membros) e o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, resultou uma declaração conjunta que estabelece como uma das prioridades prolongar o "apoio político e militar pelo tempo que for necessário".

"Isto incluiu uma assistência militar de 3.6 mil milhões de euros ao abrigo do Mecanismo Europeu de Paz e o lançamento da Missão de Assistência Militar da UE para treinar numa primeira fase 30.000 militares em 2023", lê-se na declaração conjunta, dividida de 32 pontos.

Parte da declaração é dedicada à vontade que o bloco comunitário e o Kiev têm em fazer a Rússia pagar duplamente: pelos eventuais crimes de guerra cometidos desde 24 de fevereiro e pela reconstrução do país, fustigado por bombardeamentos e combates que ocorreram, muitas vezes, em áreas urbanas.

No documento está assinalado o compromisso de julgar os oficiais de Mosocovo responsáveis "pela grosseira violação da lei internacional".

"A Ucrânia enfatizou a preferência pela criação de um Tribunal Especial. Apoiamos o desenvolvimento de um centro internacional para julgar o crime de agressão na Ucrânia em Haia [Países Baixos] com o propósito de coordenar a investigação do crime de agressão contra a Ucrânia, preservar e guardar provas para julgamentos futuros. O centro vai estar associado à Equipa de Investigação Conjunta apoiada pelo Eurojust [Agência da União Europeia para a Cooperação em Justiça Criminal]", acrescenta-se.

Também é intenção de Bruxelas e de Kiev encontrar maneiras de fazer o Kremlin pagar pela destruição das infraestruturas críticas, habitações, hospitais, escolas, estradas, edifícios governamentais assolados pela guerra.

Von der Leyen têm referido inúmeras vezes que não abdica de fazer "o criminoso pagar e ser responsabilizado".

A manutenção do apoio humanitário e financeiro, a intenção de trabalhar com a Agência Internacional de Energia Atómica para salvaguardar a central nuclear de Zaporíjia e de alcançar um acordo de paz que cumpra as exigências de Kiev, em particular a retirada de todas as tropas russas do território ucraniano, incluindo as zonas anexadas, também estão explanados nesta declaração.


Leia Também: União Europeia prepara 10.º pacote de sanções contra a Rússia

"Pela lei, sou italiano", diz Bolsonaro após questionado sobre cidadania

© Andressa Anholete/Getty Images

Notícias ao Minuto   03/02/23

A cidade italiana de Anguillara Veneta concedeu, em 2021, cidadania honorária ao ex-presidente do Brasil.

O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, defendeu, na quinta-feira, que, “por lei”, tem cidadania italiana, uma vez que os seus avós são naturais de uma província do norte de Itália, o que lhe daria “cidadania plena”.

“A minha família é de Pádua. Pela lei, eu sou italiano. Tenho avós nascidos na Itália. A legislação de vocês diz que eu sou italiano. Com pouca burocracia, teria cidadania plena”, afirmou o brasileiro, após ser questionado sobre a sua cidadania por um jornalista italiano do Corriere Della Sera, durante um evento na Flórida, nos Estados Unidos da América (EUA).

Segundo a imprensa brasileira, o bisavô paterno de Jair Bolsonaro nasceu na comuna italiana de Anguillara Veneta, em 1878. A cidade concedeu, inclusive, cidadania honorária ao ex-presidente do Brasil, em 2021.

Já em janeiro, a imprensa italiana avançou que Bolsonaro estava a tentar obter cidadania italiana após os ataques às sedes dos três poderes, em Brasília. A informação acabou por ser desmentida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, Antonio Tajani.


Leia Também: Bolsonaro pode entrar e sair do país, diz juiz do Supremo

Conselho dos Ministérios reuniu-se está sexta feira (03.02), em sessão Extraordinária, no Palácio da República, sob presidência do presidente da República Umaro Sissoco Embaló.

 Radio TV Bantaba

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Partido da Renovação Social 𝐏𝐑𝐒 is in Bissau, Guinea-Bissau.

Recenseamento Eleitoral: "PROCESSO ELEITORAL É MUITO VICIADO" DIZ PAIGC

Rádio Jovem Bissau   03/02/2023

Decorridos mais de quarenta dias do recenseamento eleitoral, o partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) diz constatar a não apresentação até à data presente, pelo GTAPE, de um plano operacional do recenseamento, início muito tardio do processo na diáspora – África; e recenseamento no círculo-23, Europa, sem uma data, o que, para este partido, antevê a exclusão da maior parte dos cidadãos com a capacidade eleitoral. 

“Alteração do sistema informático do recenseamento, sem que o mesmo tenha sido objeto de auditoria, com a agravante de estar ser, obrigatoriamente, solicitado o número de telefone dos eleitores, o que constitui uma grave violação da privacidade do eleitor nos termos do Artigo 22° da Lei n° 11/2013” Lê-se num comunicado lido esta quinta-feira, 02 de Fevereiro,  em conferência de imprensa, pelo porta-voz do partido, Muniro Conté.

O PAIGC denuncia ainda a não entrega, até hoje, dos cartões a um número considerável de cidadãos eleitores já recenseados, assim como movimentações ou deslocações, sem precedentes, de cidadãos com intenção de recensear-se nas zonas diferentes das suas respectivas residências, sob patrocínio de alngus dirigentes do regime com intenção de influenciar os resultados eleitorais, o anuncio e relatos que indicam que o GTAPE estaria a encorajar e orientar os brigadistas a procederem à inscrição de cidadãos estrangeiros e de alguns menores com "peças de identidades duvidosas”. 

Perante esses indícios que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde considera" vícios" e que possam vir a desacreditar o processo exige a entrega dos cartões de eleitor, logo após o registo dos cidadãos e o aumento do número dos representantes dos partidos políticos junto do GTAPE no sentido de seguir as operações internas do recenseamento”. 

O PAIGC exige ainda que seja feita a auditoria, através de peritos internacionais independentes, dos dados recolhidos pelas diferentes brigadas do censo eleitoral,  tendo apelado ao GTAPE a maior abertura e recetividade em relação aos protestos e reclamações formuladas pelos representantes dos partidos políticos.

O PAIGC termina o seu comunicado apelando aos seus militantes, simpatizantes e cidadãos com capacidade eleitoral, a recensear-se.

Refira-se que o recenseamento eleitoral para as eleições legislativas antecipadas marcadas para o dia 4 de junho decorre desde 10 de dezembro.

Por: Mamadi Indjai

Chegam à Bissau os restos mortais do Presidente do PRS, Alberto Nbunhe Nambeia, falecido a 25 Janeiro em Portugal.

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Radio Voz Do Povo /Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 

NIGÉRIA: As Nações Unidas alertaram hoje para o agravamento da situação de segurança na Nigéria com o aumento de ataques "baseados na identidade", na sequência da morte de 40 membros da comunidade fulani na semana passada.

© Reuters

POR LUSA  03/02/23 

 ONU alerta para ataques com base em etnias na Nigéria

As Nações Unidas alertaram hoje para o agravamento da situação de segurança na Nigéria com o aumento de ataques "baseados na identidade", na sequência da morte de 40 membros da comunidade fulani na semana passada.

"Estas dinâmicas de atingir comunidades com base na identidade, se não forem abordadas, podem alimentar tensões intercomunitárias, recrutamento por grupos armados e ataques de vingança, com um impacto óbvio sobre os civis", disse a conselheira especial das Nações Unidas para a Prevenção do Genocídio, Alice Nderitu, alertando especificamente para a situação nas regiões centro-oeste e centro-norte do país.

A responsável explicou que o agravamento da situação de segurança é marcado pela politização das atividades pastoris e de transumância e pelas divisões crescentes, incluindo a estigmatização segundo linhas religiosas e étnicas.

"É um ambiente extremamente volátil e é importante que as eleições gerais a realizar em 25 de fevereiro não desencadeiem violência ou mesmo atrocidades", disse Nderitu, que também apontou para um aumento do discurso do ódio étnico e do incitamento à discriminação.

A conselheira apelou aos líderes políticos nigerianos para honrarem o seu compromisso de conduzir campanhas eleitorais pacíficas e aos líderes tradicionais para agirem no sentido de desanuviar as tensões e evitarem o incitamento à violência.

Nderitu também apelou às autoridades para assegurarem que as operações antiterrorismo sejam conduzidas em conformidade com o direito humanitário.

"Os contínuos níveis elevados de violência contra as comunidades em resposta à transumância, incluindo o discurso do ódio e o incitamento à violência, são particularmente preocupantes no período que antecede as próximas eleições em muitos países da região", disse.

A Nigéria tem assistido a um aumento das tensões intercomunitárias nos últimos anos devido a disputas sobre território e recursos, especialmente face ao impacto da seca. A maioria destes confrontos tem sido entre pastores fulani, na sua maioria muçulmanos, e agricultores do centro do país, a maioria cristãos.

Os fulani queixam-se de marginalização na Nigéria e noutros países da região, enquanto outras comunidades os acusam de serem membros de grupos terroristas que operam na área, porque estes grupos - incluindo a Al-Qaida e os afiliados do Estado Islâmico - aproveitaram o descontentamento dos peul para aumentarem as suas fileiras. Isto também levou a alegações de abusos por parte das forças de segurança contra a comunidade peul.




A Ministra da Mulheres familha e solidariedade social entrega esta sexta feira (03.02) donativos a famílias de Forena N'Bitena Antigo Combatente de Liberdade da Pátria vítimas do incêndio.

São 250 chapas do zincos, 4 sacos de arroz, 4 caixas de olho e alguns ropas órgãos.

Radio TV Bantaba

Comitê Nacional de Miss e Mister Guiné-Bissau apresenta os candidatos finalistas da Miss e Mister Guiné-Bissau 2023.

Radio Voz Do Povo 

Eventual derrota da Rússia não deve implicar "ameaça existencial"

© Reuters

POR LUSA  03/02/23 

A eventual derrota de Moscovo na guerra em território ucraniano poderá ajudar a Ucrânia a restabelecer a integridade territorial mas não deverá converter-se em "ameaça existencial" para a Rússia, considerou o investigador Arkady Moshes em entrevista à Lusa.

"Quando alguém diz 'derrotar a Rússia', provavelmente não entende o que quer dizer. Porque ninguém, provavelmente no subconsciente, pensa que essa derrota poderia implicar a ocupação da Rússia por tropas da Ucrânia ou outras. Isso é impossível, é um país com armas nucleares", indicou em entrevista por telefone à Lusa o diretor do programa para a Europa de Leste e Rússia do Instituto Finlandês de Assuntos Internacionais (FIIA), sediado em Helsínquia.

"Assim, por 'derrota' provavelmente quer-se significar uma derrota na linha da frente que poderia ajudar a Ucrânia a restabelecer a sua integridade territorial. Mas não uma derrota que atingisse um nível que se tornasse numa ameaça existencial para a Rússia", precisou.

A perspetiva de um desmembramento da Rússia é afastada pelo investigador, que no entanto define a atual situação de "paradoxal".

"Claro que na Rússia se regista a mobilização de centenas de milhares de homens, para que se tornem soldados profissionais, mas é um paradoxo e uma contradição, porque por outro lado o Governo que fala em ameaça existencial é o mesmo que continua a não designar a guerra como uma guerra".

Desta forma, enfatiza, será contraditório falar em ameaça existencial e em operação militar especial.

Arkady Moshes denota outra contradição na posição do Governo russo na sua relação com a sociedade.

"A mobilização da população foi necessária por não existirem voluntários em número suficiente para combater. É um sério sinal da fraqueza da propaganda a nível interno, algo importante para entender".


De momento, considera, os alertas sobre uma "ameaça existencial" não terão um impacto determinante entre a população.

"É complexo, mas a minha análise sobre a tendência e a disposição da opinião pública na Rússia é que o Governo pode considerar que a atual situação implica uma ameaça existencial para a Rússia, mas a maioria do país não pensa assim. Há cidades perto da linha da frente que têm sido bombardeadas, mas a maioria dos russos prossegue com uma vida normal".

Uma situação algo inversa será a registada na Ucrânia, e quando se cumpriram 11 meses de conflito na sequência da invasão russa de 24 de fevereiro de 2022, apesar de Kiev ser apontado por diversos analistas como intérprete de uma "guerra por procuração" com crescente influência política e militar norte-americana, numa lógica de escalada sem fim.

Arkady Moshes, 56 anos, também membro do Programa de Novas Abordagens sobre Pesquisa e Segurança na Eurásia (PONARS, Eurásia), contesta esta visão.

"Não creio que a Ucrânia seja manipulada, porque a vontade e a disposição para lutar por si e pelo seu país é uma questão nacional. Diria que há um ano ninguém acreditava que a Ucrânia poderia lutar de uma forma tão vigorosa, e sem a vontade para lutar nenhuma influência ou armas norte-americanas seriam capazes de fazer a diferença".

O académico assinala que num conflito com estas características "é preciso haver pessoas prontas a morrer", um fator crucial e que originou equívocos.

"Isso não foi provavelmente entendido pela maioria das pessoas, a começar por Moscovo, mas também nos lembramos como começaram os norte-americanos, a tentar retirar o Governo ucraniano de Kiev", indicou.

"Houve uma má interpretação sobre o empenho dos ucranianos em combater, o fator primordial é a moral das tropas e da população ucranianas e a vontade de combater", concluiu.


Leia Também:  O antigo presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, disse, esta quinta-feira, que os fornecedores de armas vão "aumentar significativamente" as suas entregas de material militar à Rússia durante 2023. A informação foi por ele avançada numa publicação nas redes sociais, aqui citada pelo The Guardian.


Leia Também: "Rússia tornou-se tóxica no ocidente" e perdeu "poder para corromper"


Leia Também:  "Grande ofensiva" russa prevista para o dia do 1º aniversário da guerra na Ucrânia

EUA vão aceder ao pedido de Kyiv e enviar mísseis de longo alcance

© Reuters

POR LUSA  03/02/23 

Os Estados Unidos vão aceder ao pedido de Kyiv e enviar mísseis de longo alcance para a Ucrânia, que prepara uma ofensiva na primavera para recuperar o território conquistado pela Rússia no ano passado, revelaram esta quinta-feira autoridades norte-americanas.

Estas novas armas terão aproximadamente o dobro do alcance de qualquer outro armamento ofensivo fornecido pelos norte-americanos a Kyiv, noticiou a agência Associated Press (AP).

O governo liderado por Joe Biden irá fornecer bombas de pequeno diâmetro lançadas desde o solo, como parte de um pacote de ajuda de 2,17 mil milhões de dólares (cerca de 2 mil milhões de euros) que deve ser anunciado esta sexta-feira, segundo várias autoridades norte-americanas.

O pacote militar também incluirá pela primeira vez equipamentos para conectar todos os diferentes sistemas de defesa aérea que os aliados ocidentais entregaram a Kyiv, que permitirá integrá-los às próprias defesas aéreas ucranianas, para ajudar a defender melhor os contínuos ataques de mísseis da Rússia.

Durante meses, as autoridades norte-americanas hesitaram em enviar sistemas de longo alcance à Ucrânia, com receio que fossem utilizados para atingir território russo, aumentando o conflito e atraindo os EUA para a guerra.

As bombas de longo alcance são o sistema avançado mais recente a ser entregue pelos norte-americanos, depois de inicialmente dizerem não, a par dos tanques Abrams e sistema de defesa antimísseis Patriot.

As fontes citadas pela AP garantem, no enanto, que os EUA continuam a rejeitar os pedidos de Kyiv para o envio de aviões de combate F-16.

Este armamento tem um alcance de 150 quilómetros, sendo que atualmente o míssil de maior alcance fornecido pelos EUA tem cerca de 80 quilómetros.

Além do número deste material militar, também não ficou claro esta quinta-feira quanto tempo levará para chegar ao campo de batalha.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.110 civis mortos e 11.547 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Enviar caças a Kyiv? Medvedev responde a Boris, "jornalista despenteado"