sábado, 7 de agosto de 2021

GUINÉ-BISSAU - Umaro Sissoco Embaló ameaça Luís Vaz Martins com processo judicial

Luís Vaz Martins foi atacado, em Bissau, no dia 31 de julho, enquanto conduzia o seu carro
Por DW.COM.PT  07.08.2021

Presidente da Guiné-Bissau ameaçou este sábado (07.08) processar judicialmente o advogado e ativista Luís Vaz Martins, que o responsabilizou publicamente pela tentativa de assassínio de que foi alvo.

"Não conheço este senhor e não tenho nenhum interesse em matá-lo. Se ele fez estas acusações vou levá-lo a tribunal para que prove que eu estou por detrás da tentativa do seu assassinato", disse o chefe de Estado guineense, questionado pelos jornalistas sobre a acusação do ativista.

O ativista de direitos humanos e advogado Luís Vaz Martins acusou quinta-feira (05.08), após ter sido ouvido na comissão especializada do Parlamento para a defesa e segurança, o Presidente guineense de ser responsável pela tentativa de assassínio de que foi alvo há oito dias.

Umaro Sissoco Embaló falava aos jornalistas após uma reunião com os régulos de diferentes regiões do país. O chefe de Estado guineense disse também que o ativismo pelos direitos humanos não se faz na sede dos partidos ou a insultas as pessoas nas rádios.

Umaro Sissoco Embaló, Presidente guineense

"Alguém vai beber álcool ou ter com a mulher de outro na rua e, em consequência, envolve-se numa briga e depois dizem que o Presidente o quer matar. Se eu quiser matar tenho formas. Deus deu-me todo o poder hoje e o único poder que não me deu é o de tirar vidas das pessoas, eu sou contra matar", disse.

Umaro Sissoco Embaló frisou também que existem câmaras de vigilâncias por toda a parte da capital Bissau. "Se na verdade aconteceu esta situação, o visado deveria ir à Polícia Judiciária que tem competência de lidar com o assunto do género e não à comissão especializada do parlamento".

Relação com coordenador do MADEM-G15

Na mesma ocasião, Umaro Sissoco Embaló afirmou não ter nenhum problema com o coordenador nacional do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), Braima Camará. 

"Qual é o problema que tenho com o Braima Camará? O que é que o chefe de Estado pode ter com o Braima Camará? Por favor deixam isso", disse o chefe de Estado, quando questionado pelos jornalistas sobre a sua relação com o coordenador nacional do MADEM-G15, que apoio à sua candidatura às presidenciais.

"Penso que é preciso compreender uma coisa, com a responsabilidade que tenho nos meus ombros é normal que as pessoas falem mal de mim, porque as pessoas não falam mal apenas do régulo", afirmou. 

O Presidente salientou, no entanto, que é triste ver um partido que ajudou a criar, organizar uma reunião para o insultar. "É normal, porque a vida é uma dinâmica", disse, referindo-se a vídeos que começaram a circular nas redes sociais de intervenções de dirigentes do MADEM-G15 durante a reunião do conselho nacional fechada à imprensa. 

Apelo feito por Camará

No passado 21 de julho, Braima Camará, apelou à unidade dos guineenses e afirmou que não pode pertencer a regimes que não respeitam as regras do Estado de Direito. "Não vamos promover a ditadura neste país. Eu tenho princípios, e os que me conhecem sabem que tenho convicção, que definitivamente os guineenses têm de entender-se, respeitar o Estado de Direito democrático", disse, apelando ao diálogo, à tolerância e ao fim da violência. 

Em resposta, o Presidente guineense afirmou que não é um ditador e que o país é um Estado de Direito, mas que não vai permitir desordem nos partidos que fazem parte da coligação no Governo. 

Já no início desta semana, Braima Camará afirmou que respeita o chefe de Estado, que o Madem-G15 apoiou na corrida às presidenciais, mas que não negoceia a sua "liberdade", "independência", o "exercício da democracia, a paz e estabilidade".  

LUÍS VAZ MARTINS OUVIDO NO PARLAMENTO SOBRE TENTATIVA DE ASSASSINADO👇

Líder do PAIGC nega que está apoiar atual presidente do JAAC candidato a sua sucessão

 
Por: Martinho Mendes   capgb.com

Domingos Simões pereira, considerou o embargo da sua viagem de “patético”, porque, segundo ele, não existe razão legal para o seu impedimento, aliás, disse que ele é um cidadão livre e não deve haver restrições aos seus direitos.

A preocupação do político foi manifestada em entrevista exclusiva ao jornal Nô Pintcha, quando procedia uma pesquisa/consulta aos arquivos desse jornal, no dia 29 de julho último.

Quanto ao embargo a que foi vítima, Simões Pereira admitiu que sentiu-se chocado quando foi abordado no aeroporto, porque o pessoal de segurança estava desprovido de qualquer sustento legal por escrito.

“É muito triste viver num país onde ainda há pessoas que pensam puder utilizar suas forças para fazer valer sua vontade. Por isso, para vivermos em paz e tranquilidade, precisamos respeitar mutuamente, não obstante as nossas divergências políticas”, lamentou Pereira.

Desmente sobre seu eventual apoio ao atual presidente da JAAC para sua sucessão

Questionado sobre o seu eventual apoio ao secretário geral da JAAC, Dionísio Pereira, o líder dos libertadores disse que, sendo uma estrutura do PAIGC, constitui uma obrigação do presidente do partido prestar apoio a essa organização da juventude.

Segundo ele, os estatutos da JAAC não preveem candidatura, mas sim, que os delegados ao congresso votem uma lista solidária e, a partir da qual, é eleito o conselho central, onde emerge um líder e não ao contrário.

Demonstrou que, enquanto cidadão, tem interesse em documentar-se e fundamentar as suas bases de análises, por isso, está a proceder um trabalho de investigação.

Considerou de desafio a possibilidade de alargar posto médico instalado na Sede do PAIGC para as regiões, isto porque fazem-se consultas médicas aos militantes e não só, de forma gratuita.

“O posto médico foi criado graças as contribuições de militantes em três fases, nomeadamente disponibilização de capital para a reabilitação do espaço, aquisição dos materiais e próprio voluntarismo do pessoal médico”, revelou o presidente do PAIGC.

A finalizar, Domingos Simões Pereira aproveitou a ocasião para falar de um projeto ambicioso que tem na manga, isto é, a construção de sedes regionais polivalentes, nomeadamente nos domínios de saúde, educação e desporto.

Veja o comportamento de alguns africanos em um metrô na França!

Vous voyez comportement des certains africains dans un métro en France.👇