domingo, 7 de dezembro de 2025

Exército ucraniano recupera controlo de aldeia em Dnipropetrovsk... O Exército ucraniano disse hoje que recuperou o controlo da aldeia de Tikhe, na região central de Dnipropetrovsk, território que a Rússia anunciou ter capturado no dia 21 de novembro deste ano.

Por LUSA 

A 67.ª Brigada Mecanizada do Exército da Ucrânia reportou a libertação de Tikhe através de uma publicação na sua página de Facebook, em que afirma que os soldados conseguiram expulsar o inimigo da aldeia e "limpá-la dos invasores", graças às suas ações "coordenadas e precisas", bem como à sua "corajosa execução".

Em 21 de novembro, os russos tinham anunciado a captura de Tikhe e Vidradne, na região de Dnipropetrovsk.

Por outro lado, a plataforma de análise ucraniana DeepState noticiou hoje que as forças russas avançaram para perto de duas localidades nas regiões de Donetsk e Zaporijia.

Essas localidades são a aldeia de Yampil, no distrito de Kramatorsk, e a povoação de Solodke, no distrito de Polohi.

Segundo o Estado-Maior do Exército ucraniano, no sábado ocorreram 161 confrontos diretos, com a maior parte concentrada na frente de Pokrovsk, em Donetsk, onde os russos lançaram 45 ataques.

A Rússia anunciou a captura de Pokrovsk na passada terça-feira, mas, de acordo com o Comando Leste do Exército ucraniano, as forças de Kiev continuam entrincheiradas dentro da cidade, onde realizam operações de busca e assalto para "eliminar os soldados inimigos".

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou hoje a captura da cidade de Rivne (Rovnoye, em russo), na região de Donetsk, e afirmou que as forças russas estão a "expulsar as forças inimigas" da cidade de Hrishine, a cerca de cinco quilómetros a noroeste de Pokrovsk.

União Africana e CEDEAO condenam golpe de Estado falhado no Benim... A União Africana (UA) e a Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) condenaram hoje a tentativa de golpe de Estado no Benim, classificando-a como uma "subversão da vontade do povo beninense".

Por LUSA 

O presidente da Comissão da UA, Mahmoud Ali Youssouf, condenou a tentativa de golpe no Benim, sublinhando que "qualquer forma de interferência militar em processos políticos constitui uma grave violação dos princípios e valores fundamentais" do bloco.

Em comunicado, lembrou que os quadros normativos da UA "rejeitam categoricamente" a intervenção militar na governação e afirmam a primazia da ordem constitucional e da legitimidade democrática "como pilares da paz e da estabilidade no continente".

Youssouf apelou aos envolvidos para que cessem "imediatamente todas as ações ilegais", respeitem a Constituição e regressem às suas funções legítimas.

Manifestou ainda preocupação com a proliferação de golpes na região, alertando que tais ações minam a estabilidade continental e corroem a confiança dos cidadãos nas instituições públicas.

O responsável reiterou a "tolerância zero" da UA para mudanças inconstitucionais de governo e expressou apoio ao Presidente o Benim, Patrice Talon, e ao povo beninense.

A CEDEAO também condenou "veementemente este ato inconstitucional", classificando-o como "subversão da vontade do povo beninense", e elogiou o governo e as Forças Armadas por restabelecerem a ordem.

O organismo prometeu apoiar o Benim na defesa da Constituição e da integridade territorial.

Patrice Talon, de 67 anos, empresário conhecido como o "Rei do Algodão", cumpre o segundo mandato iniciado em 2021 e já anunciou que não se recandidatará em 2026, conforme a Constituição do Benim.

O ministro da Economia e Finanças, Romuald Wadagni, foi designado candidato presidencial pela coligação governamental.

O candidato da oposição, Renaud Agbodjo, foi rejeitado pela comissão eleitoral, que alegou falta de patrocinadores suficientes.

O ministro do Interior, Alassane Seidou, confirmou que "um pequeno grupo de soldados organizou um motim para desestabilizar o Estado", mas destacou que as Forças Armadas "mantiveram-se republicanas" e frustraram a manobra.

Horas antes, militares rebeldes tinham anunciado na televisão pública a criação do Comité Militar para a Refundação (CMR), liderado pelo tenente-coronel Pascal Tigri, declarando a destituição de Talon, o encerramento das fronteiras e a dissolução da Constituição.

Não há notícias oficiais sobre o presidente Patrice Talon desde que foram ouvidos tiros nos arredores da residência presidencial.

O sinal da televisão estatal e da rádio pública foram cortados após o anúncio militar.

A Guarda Republicana, porém, retomou o controlo da estação e neutralizou os insurgentes.

Após a independência da França, em 1960, este país da África Ocidental sofreu vários golpes de Estado, sobretudo nas décadas a seguir à independência.

Desde 1991, o país tem estado politicamente estável após duas décadas de governo do marxista-leninista Mathieu Kérékou.

Em janeiro, dois associados de Talon foram condenados a 20 anos de prisão por uma suposta conspiração para um golpe de Estado, em 2024.

No mês passado, o poder legislativo do país prolongou o mandato presidencial de cinco para sete anos, mantendo o limite de dois mandatos.

O aparente golpe que o ministro do Interior afirma ter sido "frustrado" é o mais recente de uma série de insurreições que abalaram a África Ocidental.

O último data de novembro, na Guiné-Bissau, onde um grupo de militares tomou o poder, destituindo o Presidente Umaro Sissoco Embaló, suspendendo os resultados das eleições de 23 de novembro e empossando o general Horta Inta-A como presidente de transição por um ano.


Leia Também: Bélgica condena tentativa de golpe Estado no Benim e pede "respeito"

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Bélgica, Maxime Prévot, condenou hoje a tentativa de golpe de Estado no Benim e apelou ao "respeito pelo processo democrático" antes das eleições presidenciais de 2026.


Treze militares detidos após tentativa de golpe de Estado no Benin... Pelo menos 13 militares foram hoje detidos na cidade de Cotonou, no Benim, após uma tentativa de golpe de Estado frustrada, de acordo com fontes do Exército.

Por LUSA 

"Todos os detidos são militares, incluindo um que já tinha sido expulso do serviço", indicou uma fonte militar à agência France-Presse (AFP).

Entre eles estão responsáveis pela operação, embora o tenente-coronel Pascal Tigri, apontado como líder, e outro membro tenham conseguido fugir.

O grupo tinha invadido a sede da Rádio e Televisão do Benim (RTB) na madrugada de hoje, anunciando a destituição do Presidente, Patrice Talon.

A ação foi rapidamente neutralizada pela Guarda Republicana, que retomou o controlo do edifício e repôs a ordem.

Um grupo de soldados surgiu hoje na televisão estatal do Benim a anunciar a dissolução do Governo num aparente golpe de Estado.

O grupo, que se autointitulou Comité Militar para a Refundação, anunciou hoje a remoção do presidente e de todas as instituições estatais.

Patrice Talon está no poder desde 2016 e deveria sair em abril, após as eleições presidenciais.

O candidato escolhido pelo partido de Talon, o ex-ministro das Finanças Romuald Wadagni, era dado como favorito e o candidato da oposição Renaud Agbodjo tinha sido rejeitado pela comissão eleitoral por não ter apoios suficientes.

No mês passado, o país alargou os mandatos presidenciais de cinco para sete anos, mantendo um limite máximo de dois mandatos.

Este é o mais recente golpe militar na África Ocidental, depois de, na semana passada, um grupo de militares tomar o poder na Guiné-Bissau, destituindo o Presidente Umaro Sissoco Embaló, suspendendo os resultados das eleições de 23 de novembro e empossando o general Horta Inta-A como presidente de transição por um ano.

Um grupo de cidadãos livres, que se apresenta como um movimento pela estabilidade e entendimento nacional, realizou neste domingo (07/12) uma conferência de imprensa.

Durante a declaração aos jornalistas, o porta-voz do grupo, Atanásio Manessim, defendeu a necessidade de serem criadas condições para o regresso de Umaro Sissoco Embaló ao país.

COMUNICADO À IMPRENSA

 Ministério da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social

O Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social tomou conhecimento da circulação, nas redes sociais, em particular na plataforma Facebook, de mensagens que incitam os servidores públicos à não comparência ao trabalho, sob a forma de desobediência civil e boicote.

O Ministério da Administração Pública informa que tais práticas são contrárias aos princípios de serviço público, violam a legislação em vigor e comprometem seriamente o normal funcionamento das instituições de Estado, bem como a prestação dos serviços essenciais à população.

Reafirmamos que todo servidor público está legalmente obrigado ao cumprimento do seu dever de assiduidade e responsabilidade funcional. Qualquer ausência injustificada ao local de trabalho será devidamente registada e tratada nos termos da lei aplicável, incluindo a abertura de procedimentos disciplinares quando necessário.

O Ministério da Administração Pública apela sentido de responsabilidade, ética e profissionalismo de todos os servidores públicos, desencorajando firmemente qualquer forma de adesão a práticas que atentem contra a ordem administrativa e o interesse público.

Reiteramos o compromisso de Estado em defender o diálogo institucional como o único caminho legítimo para a resolução de quaisquer reivindicações no seio da Administração Pública.

GABINETE DA MINISTRA

Guiné-Bissau: Guarda Nacional intercepta piroga com 103 emigrantes clandestinos

Uma piroga com 103 emigrantes clandestinos africanos de diferentes nacionalidades foi intercetada e apreendida pelo Destacamento Marítimo de Bissau, da Brigada Costeira (BC) da Guarda Nacional (GN), na madrugada de 07 de dezembro do ano em curso, no Porto de Bandim, em Bissau.

Os ocupantes da piroga, 47 cidadãos do Mali, 26 senegaleses, 21 cidadãos da Guiné-Bissau e 09 Conacri-guineenses, são condidatos a emigração irregular para a Europa, concretamente as Ilhas de Canárias, em Espanha, se encontram sob custódia da GN, dentre os quais se encontram 09 crianças de idades compreendidas de cinco a dezassete anos e 02 mulheres senegalesas.

Fonte: GN

Tentativa de golpe no Benin frustrada por tropas legalistas, diz ministro do Interior

Por cinetotal.com.br - 7 Dezembro 2025

Tentativa de golpe no Benin frustrada por tropas legalistas, diz ministro do Interior

Paul Njie, Thomas Naadi, repórteres da BBC África e Lucy Fleming BTV Os soldados apareceram na TV estatal na manhã de domingo para dizer que estavam suspendendo a constituição O ministro do Interior do Benin apareceu na TV nacional para anunciar que uma tentativa de golpe no país da África Ocidental foi frustrada.

 Anteriormente, um grupo de soldados, liderado pelo tenente-coronel Pascal Tigri, fez uma transmissão dizendo que haviam deposto o presidente Patrice Talon e suspendido a constituição. A embaixada no Benin disse que foram relatados tiros perto da residência do presidente na principal cidade de Cotonou, que é a sede do governo.

 Testemunhas oculares disseram à BBC que ouviram tiros e alguns jornalistas que trabalhavam para a emissora estatal foram mantidos reféns. Desde então, um conselheiro presidencial disse à BBC que o presidente está seguro e na embaixada francesa.”Na manhã de domingo, 7 de dezembro de 2025, um pequeno grupo de soldados lançou um motim com o objetivo de desestabilizar o estado e suas instituições”, disse o ministro do Interior, Alassane Seidou. “Diante desta situação, as forças armadas beninenses e sua liderança, fiéis ao seu juramento, permaneceram comprometidos com a república. 

A sua resposta permitiu-lhes manter o controlo da situação e frustrar a tentativa”, disse ele. “O governo, portanto, insta a população a realizar as suas actividades normalmente.” Os países mais pobres do mundo.As embaixadas da França e da Rússia instaram os seus cidadãos a permanecerem em casa para sua segurança.

O conselho da embaixada dos EUA foi manter-se longe de Cotonou, especialmente da área em torno do complexo presidencial. Os soldados que lideraram a tentativa de golpe justificaram as suas ações criticando a gestão do país pelo Presidente Talon.”O exército compromete-se solenemente a dar ao povo beninense a esperança de uma era verdadeiramente nova, onde prevaleçam a fraternidade, a justiça e o trabalho”, dizia um comunicado lido por um dos soldados.

Talon, que tem 67 anos e é considerado um aliado próximo do Ocidente, deve renunciar no próximo ano após completar seu segundo mandato, com eleições marcadas para abril. Um empresário conhecido como o “rei do algodão”, ele chegou ao poder pela primeira vez em uma eleição em 2016. 

Ele prometeu não concorrer a um terceiro mandato e apoiou o ministro das Finanças Romuald Wadagni como seu sucessor. 

Talon foi elogiado por apoiadores por supervisionar o desenvolvimento econômico, mas seu governo também foi alvo de críticas por suprimindo vozes dissidentes. Em outubro, a comissão eleitoral proibiu o principal candidato da oposição de concorrer, alegando que ele não tinha patrocinadores suficientes. 

No mês passado, várias emendas constitucionais foram aprovadas pelos deputados, incluindo a criação de uma segunda câmara parlamentar, o Senado. Os mandatos dos funcionários eleitos foram estendidos de cinco para sete anos, mas o limite presidencial de dois mandatos permaneceu em vigor. 

O presidente da AFPP, Patrice Talon, um empresário conhecido como o “rei do algodão”, disse que pretende renunciar no próximo ano, após dois mandatos Esta tentativa de golpe no Benim ocorre pouco mais de uma semana depois de Umaro Sissoco Embaló ter sido deposto como presidente na vizinha Guiné-Bissau. 

Ecowas deveria formar seu próprio grupo, a Aliança dos Estados do Sahel. De acordo com a BBC Monitoring, a notícia da tentativa de golpe foi saudada por vários relatos de influenciadores pró-Rússia nas redes sociais.

Declaração da CEDEAO sobre a situação na República do Benin... 07 de dezembro de 2025.

 

ECOWAS 

Soldados anunciam golpe de Estado no Benin... Um grupo de soldados surgiu hoje na televisão estatal do Benin a anunciar a dissolução do Governo num aparente golpe de Estado, noticia a agência Associated Press.

Por LUSA 

O grupo, que se autointitulou Comité Militar para a Refundação, anunciou hoje a remoção do presidente e de todas as instituições estatais.

O Presidente, Patrice Talon, está no poder desde 2016 e deveria sair em abril, após as eleições presidenciais.

O candidato escolhido pelo partido de Talon, o ex-ministro das Finanças Romuald Wadagni, era dado como favorito e o candidato da oposição Renaud Agbodjo tinha sido rejeitado pela comissão eleitoral por não ter apoios suficientes.

No mês passado, o país alargou os mandatos presidenciais de cinco para sete anos, mantendo um limite máximo de dois mandatos.

Este é o mais recente golpe militar na África Ocidental, depois de, na semana passada, um grupo de militares tomar o poder na Guiné-Bissau, destituindo o Presidente Umaro Sissoco Embaló, suspendendo os resultados das eleições de 23 de novembro e empossando o general Horta Inta-A como presidente de transição por um ano.

Astrónomos descobrem uma das maiores estruturas giratórias do Universo... Cientistas identificaram uma das maiores estruturas rotativas alguma vez detetadas no Universo, uma cadeia de galáxias inserida num filamento cósmico giratório a 140 milhões de anos-luz de distância da Terra.

Uma figura que ilustra a rotação do hidrogénio neutro (à direita) em galáxias localizadas num filamento extenso (ao centro), onde as galáxias exibem um movimento rotacional coerente que traça a teia cósmica de grande escala (à esquerda).Lyla Jung   SIC Notícias/Lusa

Cientistas identificaram uma das maiores estruturas rotativas alguma vez detetadas no Universo, uma cadeia de galáxias inserida num filamento cósmico giratório a 140 milhões de anos-luz de distância da Terra.

A descoberta, descrita na publicação científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, pode dar "novas e valiosas informações sobre como as galáxias se formaram no Universo primitivo", salienta em comunicado a universidade britânica de Oxford, que liderou a investigação.

"Este filamento é um registo fóssil dos fluxos cósmicos. Ajuda-nos a compreender como as galáxias adquirem a sua rotação e crescem ao longo do tempo", afirmou, citada no comunicado, uma das autoras do trabalho, Madalina Tudorache.

Os filamentos cósmicos são as maiores estruturas conhecidas do Universo: vastas formações filiformes de galáxias e matéria escura que constituem uma estrutura cósmica.

"Filamentos próximos, contendo muitas galáxias a girarem na mesma direção, e onde toda a estrutura parece estar a girar, são sistemas ideais para explorar a forma como as galáxias adquiriram a rotação e o gás que possuem hoje", adianta a Universidade de Oxford.

Os investigadores detetaram 14 galáxias próximas ricas em hidrogénio e dispostas numa linha fina e alongada.

A estrutura está localizada dentro de um filamento cósmico muito maior que contém mais de 280 galáxias.

Muitas destas galáxias parecem estar a girar na mesma direção que o filamento, o que sugere que "as estruturas cósmicas podem influenciar a rotação das galáxias com mais intensidade ou durante um período mais longo do que se pensava anteriormente".

Segundo os autores do estudo, "as galáxias de ambos os lados da espinha dorsal do filamento estão a mover-se em direções opostas", indiciando que toda a estrutura está a girar.

O filamento cósmico giratório "parece ser uma estrutura jovem e relativamente estável" e o seu elevado número de galáxias ricas em hidrogénio, gás essencial para a formação de estrelas, "pode fornecer informações sobre os estágios iniciais ou em curso da evolução" das galáxias.

Japão diz que responderá "com calma" a incidente com caças chineses... O ministro da Defesa japonês, Shinjiro Koizumi, garantiu hoje que o seu país responderá "com calma" ao incidente ocorrido este sábado, no qual caças chineses utilizaram o radar contra dois aviões de combate japoneses a sudeste de Okinawa.

Por LUSA 

"Responderemos com determinação e calma para manter a paz e a estabilidade na região", disse o ministro numa conferência de imprensa, em que participou com o homólogo australiano, Richard Marles, depois de uma reunião entre ambos em Tóquio.

Marles, por sua vez, classificou o incidente como "extremamente preocupante" e garantiu que trabalhará com o Japão para tomar medidas.

Horas antes, Koizumi tinha denunciado dois incidentes separados em que caças chineses bloquearam os respetivos radares de forma intermitente contra caças japoneses enquanto sobrevoavam "águas internacionais a sudeste da ilha de Okinawa".

"Um caça J-15 lançado do porta-aviões da marinha chinesa Liaoning ligou intermitentemente o seu radar" para visar um caça japonês F-15 que veio interceptá-lo, indicou, por outro lado, o ministério japonês da Defesa num comunicado.

Um incidente semelhante, envolvendo outro avião chinês proveniente do Liaoning e também outro avião japonês, ocorreu cerca de duas horas mais tarde, acrescentou o ministério, denunciando "um ato perigoso que excede o necessário para a segurança dos voos".

Tóquio enviou a Pequim "um protesto enérgico" após os incidentes em causa, que não causaram vítimas nem danos, disse Koizumi na primeira conferência de imprensa.

O radar num caça de combate é utilizado tanto para localizar objetos como para apontar mísseis. O "bloqueio" é a ação pela qual o radar de um avião militar deixa de simplesmente varrer o céu e começa a seguir um alvo específico, com o objetivo de obter uma solução de tiro. Os caças modernos dispõem de sistemas que permitem detectar quando são alvos desse procedimento, sendo que os pilotos não têm como saber quais são as intenções do outro caça.

Segundo o Ministério da Defesa japonês, citado pelo diário nipónico Mainichi, os caças japoneses estavam fora do espaço aéreo chinês quando visados pelos caças chineses, e que não havia motivo para o "bloqueio" dos radores de forma intermitente se o objetivo fosse simplesmente localizar a sua posição.

O "bloqueio" é a ação pela qual o radar de um avião militar deixa de simplesmente varrer o céu e começa a seguir um alvo específico, com o objetivo de obter uma solução de tiro. Os caças modernos dispõem de sistemas que permitem detectar quando são alvos desse procedimento.

As relações entre Pequim e Tóquio ficaram particularmente tensas desde que a nova primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, sugeriu em novembro em declarações no Parlamento que seu país poderia intervir militarmente em caso de um ataque da China a Taiwan, cuja soberania é reivindicada por Pequim.

Pequim protestou com veemência, a várias vozes, e respondeu com medidas de pressão económica e cultural, incluindo avisos de viagem ao Japão, a proibição da importação de produtos japoneses, entre outras.

Desde então, ocorreram vários incidentes envolvendo navios japoneses e chineses no Mar da China Oriental, perto das ilhas Senkaku --- chamadas Diaoyu pelos chineses --- administradas por Tóquio, mas reivindicadas por Pequim.


Leia Também: Japão acusa aviação chinesa de atos hostis perto de Okinawa

O Japão acusa a aviação chinesa de atos hostis perto de Okinawa. Segundo o ministro da Defesa do Japão, aviões militares chineses bloquearam os radares de caças japoneses, um incidente que ele classificou como "perigoso e extremamente lamentável".

Opositor venezuelano morreu na prisão por ataque cardíaco, diz governo... O ex-governador do estado de Nueva Esparta, Alfredo Díaz, considerado prisioneiro político pela oposição, morreu na prisão vítima de ataque cardíaco, confirmou o Governo venezuelano.

Por LUSA 

O Governo venezuelano confirmou no sábado que o ex-governador do estado de Nueva Esparta, Alfredo Díaz, considerado prisioneiro político pela oposição, morreu na prisão vítima de ataque cardíaco, como anunciado antes por várias ONGs e partidos políticos.

O Ministério do Serviço Penitenciário da Venezuela emitiu um comunicado em que precisou que este sábado, aproximadamente às 06:33 hora local (10:33 TMG), Díaz manifestou "sintomas compatíveis com um enfarte do miocárdio", pelo que foi "auxiliado pelos seus companheiros de recinto" e "imediatamente" atendido na emergência, onde lhe prestaram "cuidados médicos primários".

Devido ao seu estado, segundo o ministério, foi transferido para o Hospital Universitário de Caracas, onde foi internado e "faleceu minutos depois" de tentarem estabilizá-lo.

Díaz "estava a ser processado, com plena garantia dos seus direitos, de acordo com o ordenamento jurídico e o respeito pelos direitos humanos e a sua defesa jurídica. Isso é evidente através de vídeos e registos correspondentes", afirmou ainda o ministério.

Antes desde comunicado, os líderes da oposição María Corina Machado e Edmundo González Urrutia sublinharam que esta morte revela um "padrão sustentado de repressão estatal" e denunciaram que já são sete os presos políticos que morreram na prisão após as eleições presidenciais de 28 de julho de 2024.

Machado e González Urrutia precisaram num comunicado conjunto, partilhado nas redes sociais, que as "circunstâncias" destas sete mortes "incluem a negação de cuidados médicos, condições desumanas, isolamento e torturas, tratamentos cruéis, desumanos e degradantes".

Concretamente, em relação a Díaz, sublinharam que a sua integridade e vida eram "responsabilidade exclusiva daqueles que o mantinham arbitrariamente sequestrado" em El Helicoide, como é conhecida a sede do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) em Caracas, e, portanto, acrescentaram, "não pode ser tratado como uma morte comum".

González Urrutia sustentou ainda na rede social no X que Díaz "deveria ter recebido os cuidados médicos de que necessitava, tal como tantos presos políticos a quem é negado um direito básico que deve ser garantido sem exceções".

Ex-governador --- ativista do partido opositor Ação Democrática e também ex-vereador e ex-prefeito ---, Díaz foi detido em novembro de 2024, num contexto de crise política após as eleições presidenciais daquele ano, nas quais a maior coligação da oposição denunciou como fraudulento o resultado que deu a reeleição ao Presidente Nicolás Maduro.

Díaz questionou a falta de publicação dos resultados detalhados das eleições presidenciais e denunciou, dias antes de sua detenção, a crise elétrica que Nova Esparta viveu em novembro, que o governo atribuiu a ataques da oposição.


Leia Também: Opositor venezuelano Alfredo Díaz morreu na prisão

O Foro Penal, organização não governamental (ONG) que documenta detenções de presos políticos na Venezuela, anunciou hoje a morte na prisão, sob custódia do Estado, de mais um opositor político, o ex-governador do estado de Nueva Esparta, Alfredo Díaz.


sábado, 6 de dezembro de 2025

Pelo menos 23 mortos num incêndio numa discoteca em Goa, Índia

 CNN Portugal  06/12/2025

Causas do incêndio ainda não são conhecidas

Pelo menos 23 pessoas morreram num incêndio esta noite numa discoteca em Goa, na Índia, anunciou o governador Pramod Sawant.

"Hoje é um dia muito doloroso para todos nós em Goa. Um grande incêndio em Arpora matou 23 pessoas", escreveu Sawant, numa publicação na rede social X, expressando "profunda consternação" pelo incidente.

Entre as vítimas mortais estão "três ou quatro turistas", adiantou Sawant, citado pela AFP, quando visitou o local.

O governador ordenou uma investigação para determinar "a causa exata do incêndio" e perceber se o estabelecimento estava a cumprir "as normas de segurança contra incêndios e os regulamentos de construção".

"Os responsáveis ​​vão enfrentar as punições mais severas previstas na lei – qualquer negligência será tratada com rigor", assegurou.


COMUNICADO DA FAMÍLIA

No próximo dia 14 de Dezembro, terá lugar em Gêba a cerimónia de leitura do Alcorão, assinalando um ano do falecimento da nossa mãe, tia e senhora Dona Adja Famata Mané. O momento será igualmente dedicado à memória de todos os membros das famílias Gã Camará e Gã Mané que já partiram.

A cerimónia decorrerá em Gêba – Gã Demba, e todos os filhos da Guiné-Bissau estão cordialmente convidados a participar neste ato de profundo significado religioso.

Importa recordar que Dona Adja Famata Mané permanecerá para sempre na memória coletiva pela sua bondade, carisma e sabedoria. Foi uma referência moral, ensinando-nos a praticar o bem, a cultivar a serenidade e a promover a união entre famílias e comunidades. Em vida, elevou sempre súplicas pela paz e pela unidade nacional, recordando-nos, com firmeza e doçura, que o amor deve ser paciente, benigno e isento de qualquer forma de discriminação.

Agradecemos por tudo o que representou e pelo legado que deixou.

Que a sua alma descanse em paz. 🙏

Forças de Kyiv atacam refinaria de Riazán a 200 quilómetros de Moscovo... A Ucrânia atacou hoje a refinaria de Riazán, a cerca de 200 quilómetros de Moscovo, com o objetivo de "minar o potencial" militar da Rússia, informou o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia.

Por LUSA 

Segundo avança a agência de notícias Efe, a extensão dos danos está ainda por determinar.

"As forças de defesa continuam a tomar medidas para minar o potencial militar-económico dos agressores russos", garante o comunicado, citado pela Efe.

A refinaria de Riazán tem capacidade de processar 17,1 milhões de toneladas de petróleo bruto por ano e é uma das maiores da Rússia, segundo o Estado-Maior ucraniano, e produz diesel, gasolina e combustível de aviação que abastecem as forças russas,

Além daquela infraestrutura, foi atingida a fábrica metalúrgica de Alchevsk, na parte ocupada da região ucraniana de Lugansk, onde são produzidos componentes de mísseis para o exército russo.

COMUNICADO DE IMPRENSA: A JAAC CONDENA VEEEMNTEMENTE ATOS DE VANDALISMO E REPUDIA TENTATIVAS DE INCRIMINAÇÃO POLÍTICA

A Juventude Africana Amílcar Cabral (JAAC), enquanto organização juvenil do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vem por este meio, de forma veemente e categórica, condenar os recentes atos de vandalismo e destruição de bens que têm sido reportados no nosso país.

A JAAC repudia e demarca-se totalmente de qualquer envolvimento nestes atos que, a nosso ver, visam unicamente desestabilizar a ordem pública e, sobretudo, manchar o bom nome e a reputação da nossa organização.

Temos acompanhado com profunda preocupação as manobras e tentativas de instrumentalização, perpetradas por pessoas e grupos ligados ao  sistema e ao regime em particular, com o claro e vil intuito de incriminar e perseguir ainda mais a nossa Juventude. É inaceitável que táticas de perseguição política sejam utilizadas para desviar o foco dos verdadeiros problemas do país e para caluniar uma organização que se pauta pela defesa da democracia e dos ideais de Amílcar Cabral.

A JAAC é e continuará a ser uma organização política que se rege estritamente pelos princípios democráticos, pelo respeito à lei e pela mobilização pacífica da juventude guineense em prol de um futuro de estabilidade e desenvolvimento. As nossas ações são transparentes e baseadas na civilidade e no debate construtivo.

Alertamos a opinião pública nacional e internacional para estas táticas de difamação. Exigimos uma investigação célere, transparente e imparcial que apure a verdade dos factos, identifique os verdadeiros responsáveis por estes atos de vandalismo e ponha fim imediato à campanha de calúnias contra a JAAC.

Não nos deixaremos intimidar por manobras de diversão e ataques infundados. A JAAC continuará firme na sua missão em defesa da Guiné-Bissau.

Bissau, 6 de Dezembro de 2025 

Por  Juventude Africana Amílcar Cabral

Rússia lançou ataque em massa com drones e mísseis contra Ucrânia... A Rússia lançou esta madrugada uma grande quantidade de mísseis e 'drones' contra a Ucrânia, após autoridades americanas e ucranianas anunciarem regressar, pelo terceiro dia, às negociações, para tentarem por fim à guerra de quase quatro anos.

Por LUSA 

Após negociações que avançaram com um acordo de segurança para a Ucrânia pós-guerra, os dois lados também admitiram que qualquer "progresso real em direção a um acordo" dependerá, em última instância, "da disposição da Rússia em mostrar um compromisso sério com a paz a longo prazo"

.A declaração do enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, do genro de Trump, Jared Kushner, e dos negociadores ucranianos Rustem Umerov e Andriy Hnatov foi feita depois da segunda reunião em que se juntaram, na sexta-feira, na Florida.

Pelo menos oito pessoas ficaram feridas nos ataques, disse o ministro do Interior ucraniano, Ihor Klymenko. Destas, pelo menos três ficaram feridas na região de Kyiv, segundo autoridades locais.

Também foram avistados 'drones' na zona oeste da Ucrânia e na região de Lviv, acrescentaram.

A Rússia realizou um "ataque em massa com mísseis e 'drones'" contra centrais elétricas e outras infraestruturas energéticas em várias regiões ucranianas, informou a operadora nacional de energia da Ucrânia, Ukrenergo, no Telegram.

A central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia perdeu temporariamente toda a energia externa durante a noite, informou hoje a Agência Internacional de Energia Atómica citando o diretor-geral do organismo, Rafael Mariano Grossi.

A central está numa área sob controlo russo desde o início da invasão de Moscovo à Ucrânia e não está em funcionamento, mas precisa de energia confiável para arrefecer os seus seis reatores desativados e combustível usado, a fim de evitar incidentes nucleares catastróficos.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que as instalações energéticas foram os principais alvos dos ataques, observando também que um ataque com 'drones' incendiou a estação ferroviária na cidade de Fastiv, na região de Kyiv.

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que as suas defesas aéreas abateram 116 drones ucranianos sobre o território russo durante a madrugada de hoje.

O canal de notícias russo Astra, no Telegram, afirmou que a Ucrânia atacou a refinaria de petróleo de Ryazan, na Rússia, e partilhou imagens que parecem mostrar um incêndio e nuvens de fumo a subir acima da refinaria.

A Associated Press não conseguiu verificar o vídeo de forma independente.

A Ucrânia não comentou imediatamente o alegado ataque. O governador regional de Ryazan, Pavel Malkov, disse que um edifício residencial tinha sido danificado num ataque com drones e que destroços de drones tinham caído no terreno de uma instalação industrial, sem mencionar a refinaria.


Leia Também: AIEA alerta que proteção de Chernobyl não está a funcionar bem

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) alertou que a estrutura de proteção da central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, não está a funcionar corretamente após o ataque militar de que foi alvo em fevereiro.



As nossas crenças podem mudar o tipo de cérebro que temos... A neurocientista Leor Zmigrod afirma, em entrevista à Lusa, que as crenças podem mudar o tipo de cérebro e que as investigações mostram que existem diferenças na estrutura cerebral entre pessoas que seguem diferentes ideologias.

Por LUSA 

A autora de "O Cérebro Ideológico", que aborda as ligações entre a ideologia política e a biologia do cérebro, conta como surgiu a ideia do livro e como chegou à conclusão que aqueles que têm o pensamento cognitivo mais rígido tendem também a ser ideologicamente mais rígidos.

Depois ter investigado sobre o tema em Cambridge e publicado os resultados em revistas académicas, os quais receberam muita atenção dos media porque "havia algo na ciência que realmente surpreendia e despertava o interesse", veio a ideia do livro.

Porque as ideologias não são apenas coisas que existem na política e sociedade, "mas podem realmente entrar nos nossos corpos de formas reais e perigosas (...) quis escrever sobre isso", apresentando o assunto às pessoas "e provocá-las a refletir, para estimular a discussão sobre como devemos reavaliar as nossas crenças depois de compreendermos o que essas crenças podem fazer aos nossos cérebros", explica Leor Zmigrod, considerada pioneira na área da neurociência política.

O que se observou nas suas experiências científicas e de outros neurocientistas políticos é que se pode "ligar a personalidade das pessoas, até mesmo a sua estrutura cerebral, com as ideologias que escolhem e o quão intensamente decidem abraçar essas ideologias".

Por exemplo, "na minha investigação, examinei a rigidez cognitiva, que é uma característica que todos nós temos em algum grau, alguns de nós são demasiado rígidos cognitivamente, outros são muito mais flexíveis", diz.

Para medir a rigidez cognitiva, não se questiona "o quão rígido acha que é, porque somos surpreendentemente maus a conhecermo-nos", mas antes "convido as pessoas a fazerem testes e jogos neuropsicológicos que medem a sua rigidez inconsciente".

"O que descobri (...) é que as pessoas que são mais rígidas no seu pensamento, que têm dificuldade em mudar em resposta às evidências, que têm dificuldade em se adaptar (...) e que veem tudo muito preto e branco, os pensadores cognitivamente mais rígidos também tendem a ser os ideologicamente mais rígidos", relata.

Observa-se que "tendem a apoiar a violência ideológica em nome da sua ideologia, seja ela qual for e que, no espectro político, vemos que os pensadores cognitivamente mais rígidos existem tanto na extrema-esquerda como na extrema-direita", sublinha.

Existe uma "espécie de curva em forma de U nos dados e o que isto nos diz é que as pessoas que, geralmente, no seu dia a dia, tendem a ser rígidas na forma como os seus cérebros processam a informação, tendem também a ser atraídas por ideologias rígidas e a levá-las ao extremo", continua a neurocientista.

Seguindo esta linha, "podemos aprofundar ainda mais o cérebro e, através desta investigação, descobrimos que existem diferenças na estrutura cerebral entre os que acreditam em diferentes ideologias".

Além disso, "descobrimos que acontecem diferentes processos neurais e ocorrem mudanças fisiológicas quando uma pessoa se radicaliza por uma ideologia. E, mais importante, estas alterações são físicas e biológicas, podemos vê-las, e isso é fascinante e assustador ao mesmo tempo", sublinha.

Isto "mostra-nos que as nossas crenças podem mudar o tipo de cérebro que temos e é por isso que as crenças que escolhemos são muito, muito importantes", aponta a neurocientista.

Questionada se os resultados da investigação são o que se esperava, Leor Zmigrod diz que, de muitas formas, "vão contra algumas expectativas da área".

Por exemplo, durante muito tempo assumiu-se que apenas quem acreditava em ideologias de direita tendia a ser rígido (rigidez cognitiva) por causa da tradição, de manter as coisas como estão, explica.

Na verdade, quando se aplica medidas objetivas e testes inconscientes, "vemos que, na realidade, não importa muito aquilo em que as pessoas acreditam, mas sim como acreditam e quão rigidamente pensam".

Isso surpreende muitos e também "pode ser controverso porque as pessoas não gostam de pensar que, se estão de um lado do espectro político, podem ter algumas semelhanças psicológicas e neurobiológicas com pessoas que acreditam numa ideologia completamente oposta", enfatiza.

Acidente de viação em Ensalma. Uma viatura que seguia de Bafatá para Bissau capotou na localidade de Ensalma. Não há registo de vítimas mortais.

Um grupo de pessoas desconhecidas ateiam fogo nas “tabernas e cacifos” no bairro de Belém na cidade de Bissau

O Governo da Guiné-Bissau, em colaboração com a Câmara Municipal de Bissau e as Forças de Defesa e Segurança, realiza uma campanha de limpeza na cidade de Bissau, com o objetivo de melhorar o ambiente, prevenir doenças e incentivar a participação da população na preservação da cidade.

 

Cidadania por nascimento? Supremo dos EUA decide constitucionalidade.... O Supremo Tribunal aceitou sexta-feira analisar a constitucionalidade da lei do Governo de Donald Trump da cidadania por nascimento, que declara que crianças nascidas de pais que estão nos Estados Unidos ilegal ou temporariamente não são cidadãos norte-americanos.


Por LUSA 

Os juízes vão ouvir o recurso do Presidente Donald Trump contra uma decisão de um tribunal inferior que derrubou as restrições à cidadania.

O caso será julgado na primavera e uma decisão definitiva é esperada para o início do verão, noticiou a agência Associated Press (AP).

A ordem sobre a cidadania por nascimento, assinada por Trump em 20 de janeiro, o primeiro dia do seu segundo mandato, faz parte da ampla repressão da imigração promovida pelo seu Governo republicano.

Outras ações incluem o aumento da fiscalização da imigração em várias cidades e a primeira invocação em tempo de paz da Lei dos Inimigos Estrangeiros (Alien Enemies Act, em inglês), do século XVIII.

O Governo enfrenta múltiplos desafios judiciais, e o Supremo Tribunal tem emitido sinais contraditórios nas suas ordens de emergência.

Os juízes da mais alta instância judicial nos EUA impediram efetivamente a utilização da Lei dos Inimigos Estrangeiros para deportar rapidamente os alegados membros de gangues venezuelanos sem audiências judiciais.

Mas o Supremo Tribunal permitiu o retomar das abordagens em massa aos imigrantes na região de Los Angeles, depois de um tribunal inferior ter bloqueado a prática de deter pessoas unicamente com base na sua raça, língua, profissão ou localização.

Os juízes estão também a analisar o recurso de emergência do governo para obter permissão para mobilizar tropas da Guarda Nacional na região de Chicago para ações de fiscalização da imigração. Um tribunal inferior impediu indefinidamente a mobilização.

O direito foi consagrado logo após a Guerra Civil nos Estados Unidos, na 14ª Emenda da Constituição.

Numa decisão do Supremo Tribunal de 1898 - Estados Unidos v. Wong Kim Ark - foi decidido que as únicas crianças que não recebiam automaticamente a cidadania norte-americana quando nascem em solo dos Estados Unidos são os filhos de diplomatas que devem lealdade a outro Governo, inimigos presentes nos EUA durante uma ocupação hostil, os nascidos em navios estrangeiros e os nascidos de membros de tribos nativas norte-americanas soberanas.

Todos os tribunais inferiores que analisaram a questão concluíram que a ordem de Trump viola ou viola provavelmente a 14.ª Emenda.

A cidadania por nascimento torna automaticamente qualquer pessoa nascida nos Estados Unidos cidadã americana, incluindo os filhos de mães que se encontram no país ilegalmente, de acordo com as regras antigas.


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A PSP executou 429 processos desde que assumiu estas funções em 2023, registando um aumento significativo de 18 casos em 2023 para 238 em 2025. O Governo colocou hoje em consulta pública alterações ao regime de retorno de estrangeiros ilegais, concentrando todo o processo na PSP.


Mel: Os (muitos) benefícios do alimento que é mencionado na Bíblia... O mel é um dos alimentos mencionados na Bíblia e não é por acaso. Segundo uma nutricionista, este alimento tem inúmeros benefícios para a saúde, sobretudo quando é biológico ou cru. Fique a par das vantagens de se comer mel.

Por noticiasaominuto.com 

O consumo de mel aumenta nesta época do ano, uma vez que este alimento é usado para ajudar no tratamento de gripes e constipações. 

Na Bíblia, livro que é muito consultado também em tempo de Natal, é aconselhado o consumo de mel (no livro de Provérbios), referindo-se que dá saúde. 

Mas será isto verdade? Quais os reais benefícios do mel?

Segundo o website da Cleveland Clinic, para além de desempenhar muito bem o papel de adoçante natural, o mel traz muitos benefícios para a saúde. 

"O mel obtém a sua doçura da própria composição química", refere a nutricionista Beth Czerwony. "É composto por dois açúcares simples, a glicose e a frutose, mais uma série de minerais", acrescenta. 

A especialista alerta que sendo um açúcar líquido, e tal como todas as outras formas de açúcar, o mel deve ser consumido com moderação. No entanto, ao contrário do açúcar comum tem um lado bom para a saúde. 

Benefícios do mel para a saúde

1. Rico em antioxidantes

O mel contém flavonoides e polifenóis, compostos encontrados em alimentos de origem natural. Estes compostos possuem propriedades anti-inflamatórias que atuam como poderosos antioxidantes no organismo.

Os antioxidantes ajudam a combater as moléculas instáveis no corpo conhecidas como radicais livres. Isto é particularmente importante, pois estes radicais podem danificar as células, levando a problemas de saúde como cancro, doenças cardíacas e doenças autoimunes. 

Assim, é importante que se tenha uma dieta rica em antioxidantes.

2. Possui propriedades anti-inflamatórias

Os flavonoides e os polifenóis têm propriedades anti-inflamatórias, ajudando desta forma a reduzir a inflamação. 

A inflamação faz parte do processo natural de cura no corpo, tendo em conta que ajuda na recuperação de lesões e combate invasores externos, como germes e vírus. Mas, quando persiste durante muito tempo, acaba por se tornar em inflamação crónica. 

"A alimentação desempenha um papel fundamental no nível de inflamação que se sente", realça a nutricionista. "Alguns alimentos, como os ultraprocessados ​​e os açúcares, podem causar inflamação, enquanto alimentos naturais com propriedades anti-inflamatórias podem ajudar a reduzi-la e a manter o seu bem-estar", afirma. 

O mel revela-se uma boa opção dada a sua vertente anti-inflamatória. 

3. Alivia a tosse e a dor de garganta

Se já adicionou uma colher de mel ao seu chá quando estava doente, isto não foi por acaso. 

"O mel é um remédio caseiro natural que pode ajudar a aliviar a irritação e a diminuir a inflamação da garganta inflamada", nota Czerwony.

4. Ajuda a tratar feridas e queimaduras

Há um tipo específico de mel - o mel de manuka - que pode ser usado como tratamento tópico, isto é, na cicatrização de cortes e feridas. 

"Estudos demonstraram que o mel de manuka contém antioxidantes, além de propriedades antibacterianas e antifúngicas", afirma a nutricionista. 

5. Ajuda a tratar o acene

Tal como o tratamento de feridas, o mel de manuka - assim como o mel cru - revelaram-se eficazes no tratamento do acne. "O mel contém uma enzima chamada catalase, que ajuda a aliviar inflamações leves", afirma a especialista.

Os benefícios do mel não se ficam por aqui. Há outros ainda a ter em conta, nomeadamente:

- Proteção do sistema cardiovascular

- Alívio dos sintomas de gastroenterite

- Prevenção de distúrbios de memória

Importa ainda tomar atenção ao tipo de mel que compra. Quanto mais transparente, mais processado, pelo que o mel cru, se o conseguir comprar, será sempre a melhor opção. 

Procure também por conhecer a origem do mel que compra, consultando o produtor e preferindo sempre os de origem biológica. 

Rússia rescinde acordos militares com Portugal, Canadá e França... O Governo da Rússia anunciou a rescisão de três acordos de cooperação em matéria de defesa, assinados entre 1989 e 2000 com Portugal, Canadá e França.

© Lusa  06/12/2025 

A decisão foi formalizada através de um decreto emitido pelo primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin, na sexta-feira, citado pela agência de notícias oficial russa TASS.

O documento refere que a decisão inclui o tratado entre a Rússia e Portugal para a cooperação militar, assinado em 04 de agosto de 2000, assim como um pacto de 1989 entre a antiga União Soviética e o Canadá e um protocolo de 1994 com a França.

O Governo defendeu que os três acordos carecem de relevância estratégica no contexto atual, pelo que foram rescindidos em simultâneo, sem qualquer consideração de possíveis substitutos ou mecanismos alternativos de cooperação.

A ordem governamental estipula ainda que o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo é responsável por notificar formalmente Portugal, Canadá e França da decisão, a fim de concluir o procedimento diplomático correspondente.

Segundo o decreto, a notificação constitui a etapa final necessária para o encerramento definitivo dos acordos.

A revogação dos pactos reflete o crescente afastamento da Rússia em relação ao Ocidente em matéria de segurança e cooperação técnica.

Em julho, Mishustin já tinha rescindido um acordo de cooperação técnico-militar com a Alemanha, acusando Berlim de seguir uma "política abertamente hostil" e uma "postura militarista cada vez mais agressiva".

Portugal e França apoiam um plano apresentado pela Comissão Europeia para canalizar para Kyiv receitas provenientes dos cerca de 235 mil milhões de euros de ativos russos congelados na União Europeia (UE).

Na sexta-feira, o embaixador russo na Alemanha, Serguei Nechayev, avisou que a utilização de ativos soberanos russos congelados na Europa para financiar a Ucrânia terá "consequências consideráveis" para a UE.

"Qualquer transação com ativos soberanos da Rússia sem o consentimento do país seria um roubo. E é evidente que o roubo de fundos estatais russos terá consequências de longo alcance", afirmou Nechayev.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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Desde a invasão da Ucrânia, a Rússia trava uma guerra em duas frentes: no campo de batalha contra o país vizinho e, internamente, contra quem ousa discordar.


Hoje, confrontada com a derrocada do seu modelo político, Odete Semedo refugia-se em atas falsificadas, fabricadas por marginais digitais, e tenta instrumentalizar instituições internacionais com argumentos desacreditados. A comunidade internacional, porém, já reconhece a fragilidade e a artificialidade dessas construções...

A intervenção de Odete Costa Semedo, evidencia, mais uma vez, a retórica ornamental que historicamente a acompanha: um discurso apurado na forma, mas vazio na substância, utilizado ciclicamente para encobrir práticas que, quando confrontadas com o exercício real do poder, se revelam diametralmente opostas ao que proclama. A discrepância entre o enunciado e a ação tornou-se marca distintiva da sua trajetória.

A tentativa de reabilitar politicamente Fernando Dias constitui um movimento calculado, sustentado numa teia de inverdades e manipulações estruturadas. A própria sabe que Fernando Dias não venceu as eleições presidenciais, mas insiste em fabricar uma narrativa de vitória artificial, impulsionada por uma obsessão crónica pelo poder e por uma recusa sistemática em aceitar a soberania popular. Trata-se de uma reedição, quase mecânica, da estratégia de 2019: negar resultados, fabricar dúvidas e instrumentalizar a opinião pública.

A construção apressada de uma “vitória na primeira volta”, anunciada meras horas após o fecho das urnas, demonstra não apenas fragilidade argumentativa, mas um ato deliberado de manipulação comunicacional, concebido para produzir confusão e tensionar o espaço mediático nacional e internacional. A mentira, revestida de moralismo teatral, é transformada por Odete Semedo num instrumento político diário.

No entanto, o que verdadeiramente a incomoda é o fracasso reiterado das suas estratégias. A resistência das Forças Armadas às tentativas de instrumentalização política, associada às medidas preventivas que inviabilizaram qualquer escalada militar, desmontou completamente a engenharia golpista que vinha sendo preparada. Há registos, áudios e vídeos que testemunham essa arquitetura subversiva - elementos que a narrativa fabricada não consegue apagar.

O compromisso de Odete Semedo com a instabilidade estrutural do país manifesta-se na promoção ativa do discurso de ódio, na incitação a tensões tribais e na manipulação de jovens para a destruição de património público, incluindo infraestruturas estratégicas recentemente construídas. Estes atos revelam não apenas irresponsabilidade histórica, mas também uma inveja política visceral perante a capacidade de reconstrução nacional demonstrada no curto intervalo em que o General Umaro Sissoco Embaló reorganizou setores críticos do Estado - feitos que os últimos 45 anos de governação decadente do PAIGC foram incapazes de alcançar.

A sua herança política não se distancia da ruína pública que ajudou a consolidar: escolas degradadas, serviços básicos colapsados, sistema de saúde fragilizado e um povo condenado à miséria enquanto as elites partidárias, nas quais se inclui, prosperavam à custa do erário público. A captura das riquezas marítimas por interesses estrangeiros, a criação de empresas fora do país e a entrega do mar nacional sem fiscalização configuram uma traição material ao povo guineense.

O ressentimento de Odete Semedo perante as reformas e neutralizações anticorrupção implementadas pelo General Umaro Sissoco Embaló e por Braima Camará é evidente. O confronto frontal a que estes líderes se dispuseram - sem medo, sem subterfúgios e com determinação política firme - destrói a estrutura de privilégios que durante décadas parasitou o Estado. É esta perda de domínio que alimenta a sua obsessão doentia e a sua campanha sistemática de desinformação.

Hoje, confrontada com a derrocada do seu modelo político, Odete Semedo refugia-se em atas falsificadas, fabricadas por marginais digitais, e tenta instrumentalizar instituições internacionais com argumentos desacreditados. A comunidade internacional, porém, já reconhece a fragilidade e a artificialidade dessas construções.

Em suma: a era em que estas estratégias conseguiam capturar o Estado terminou. A Guiné-Bissau não voltará a ser refém de elites que transformaram o país num laboratório de corrupção, miséria e manipulação política. As eleições podem repetir-se mil vezes: a sociedade guineense amadureceu, e o projeto de poder de Odete Semedo não encontrará mais espaço para se reinstalar no comando da nação.

Abel Djassi Primeiro 

06/12/2025