terça-feira, 23 de maio de 2023

Zelensky anuncia "novas brigadas de fuzileiros navais" com armas modernas

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POR LUSA    23/05/23 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sublinhou esta terça-feira que as viagens ao estrangeiro permitem "fortalecer a defesa" e "aumentar a capacidade" dos militares ucranianos, anunciando a criação de um novo Corpo de Fuzileiros Navais.

"Novas brigadas de fuzileiros navais serão adicionadas às nossas unidades existentes e iremos fornecer-lhes armas e equipamentos modernos", destacou o chefe de Estado ucraniano durante o habitual discurso noturno diário divulgado nas suas redes sociais.

O governante, que visitou esta terça-feira a região de Donetsk, onde esteve na linha da frente perto de Vuhledar e Maryinka, explicou que a deslocação foi o elemento final "após inúmeras reuniões e negociações com parceiros que decorreram nestes dias e nas semanas anteriores".

"Todos devem entender isso: a principal tarefa do nosso país e o objetivo de praticamente todas as nossas comunicações internacionais é fortalecer a Ucrânia, fortalecer a nossa defesa, aumentar as capacidades dos nossos guerreiros e do nosso país como um todo", salientou o Presidente da Ucrânia.

Zelensky frisou ainda que "cada visita" ao estrangeiro e "quase todas as negociações" permitem que a Ucrânia "se torne mais forte".

"Agradeço a todos que dão força à Ucrânia! A força do nosso Estado agora, a força da nossa defesa agora, é a base da força da ordem internacional baseada em regras", concluiu.

Além da Crimeia, península ucraniana anexada em 2014, Moscovo declarou, desde o início da guerra, a anexação de quatro regiões da Ucrânia - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia -, embora não controle a totalidade dos respetivos territórios.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


África do Sul insiste em manter classificada carga marítima para a Rússia

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POR LUSA   23/05/23 

O partido governante na África do Sul insistiu hoje que a carga do navio cargueiro russo "Lady R", que segundo os Estados Unidos da América (EUA) terá transportado armas e munições para a Rússia, permanece "classificada".

Durante o debate parlamentar sobre o orçamento da Defesa e Militares Veteranos, na Cidade do Cabo, os deputados do Aliança Democrática (DA, na sigla em inglês), na oposição, instaram o Governo a explicar o que foi carregado durante a noite no navio comercial russo.

"O que foi carregado e descarregado à meia-noite", questionou o deputado Kobus Marais (DA), acrescentando que "se for inocente, divulguem o manifesto de carga".

"O silêncio contínuo sobre esse assunto ameaça as relações comerciais muito importantes com o Ocidente", frisou Marais, citado pela imprensa local.

Na ótica do deputado Thabo Mmutle, do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder, "o DA parece obcecado com o 'Lady R'".

"E é um sinal de desespero. Vocês sabem que algumas operações da Força de Defesa são classificadas", referiu Mmutle, reiterando que o manifesto de carga do navio russo "é classificado".

O principal partido na oposição sul-africana questionou também a utilização da base naval militar em Simon's Town perto da Cidade do Cabo, acusando o governo sul-africano de conceder autorização a um navio comercial russo para "contornar portos comerciais e abusar" da base naval nacional.

"Quem autorizou e porquê? As licenças de importação de 2019 e 2020 para as munições russas ainda são válidas? Algo foi carregado no 'Lady R'. Eram munições? Se não, desclassifiquem o manifesto de carga da embarcação para se confirmar", instou o deputado Kobus Marais.

Por seu lado, a ministra da Defesa e Veteranos Militares, Thandi Modise, reiterou que o navio russo "foi carregado com nada" na África do Sul.

"Talvez devêssemos ser avisados de que deveríamos abandonar todos os relacionamentos que temos, e talvez devam nos dizer, ilustres membros, se os 40 membros do secretariado de defesa e militares que vão visitar nas próximas semanas os EUA, devem ser impedidos de o fazer porque então vão dizer que também estamos a bajular os EUA", referiu a governante sul-africana.

Na semana passada, o embaixador dos Estados Unidos em Pretória acusou a África do Sul de fornecer apoio militar à Rússia, apesar da sua declarada neutralidade no conflito com a Ucrânia.

De acordo com Reuben Brigety, que falava num encontro com os meios de comunicação social locais, os EUA estão convencidos de que "armas e munições foram carregadas" a bordo do cargueiro russo, que atracou na base naval de Simon's Town, perto da Cidade do Cabo, no início de dezembro "antes de partir para a Rússia".


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O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, exortou hoje as Forças Armadas a garantir segurança no país durante o processo eleitoral e até à tomada de posse dos deputados a serem escolhidos nas legislativas de 04 de junho.

POR LUSA  23/05/23 

 Guiné. PR exorta Forças Armadas a dar segurança até à posse de deputados

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, exortou hoje as Forças Armadas a garantir segurança no país durante o processo eleitoral e até à tomada de posse dos deputados a serem escolhidos nas legislativas de 04 de junho.

Sissoco Embaló falava aos militares, em parada, no Estado-Maior General das Forças Armadas, no Quartel-General, na Fortaleza da Amura, no centro de Bissau.

Acompanhado pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Biague Na Ntan, o Presidente guineense disse visitar o local enquanto comandante-em-chefe e não como político, para rever antigos colegas.

Umaro Sissoco Embaló serviu as Forças Armadas guineenses nos anos de 1990.

"Vim falar com os meus camaradas de trincheira, dizer-lhes para se afastarem dos políticos porque todas as sublevações que aconteceram neste país foram promovidas por políticos, mas quem acaba por pagar somos nós, os militares", defendeu Embaló.

Dirigindo-se ao general Biague Na Ntan, o Presidente exortou-o para que todos os elementos das Forças Armadas trabalhem no sentido de garantir que o processo eleitoral decorra com tranquilidade até à tomada de posse dos novos deputados.

"Incumbi ao chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas para que as coisas corram bem. Penso que as eleições serão justas, livres e transparentes e quem perder vai saber respeitar a expressão da vontade da maioria", observou Sissoco Embaló.

O Presidente guineense aproveitou para esclarecer que não se envolve na campanha eleitoral, por ser "árbitro do processo" e que ninguém o viu com "a camisola vestida ou a apelar ao voto para um determinado partido".

Umaro Sissoco Embaló considerou que "talvez alguns partidos" estejam a interpretar mal as suas palavras durante a campanha eleitoral em curso e que deverá terminar em 02 de junho.

Em carta aberta hoje dirigida ao chefe de Estado, a coligação eleitoral Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) -- Terra Ranka exigiu ao Presidente da Guiné-Bissau que pare de interferir na campanha eleitoral e cumprir a lei.

Integrada por cinco partidos, a coligação PAI-Terra Ranka é liderada pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), cujo presidente, Domingos Simões Pereira, o chefe de Estado já avisou que não irá nomear primeiro-ministro em caso de vitória eleitoral.

O líder do Partido da Renovação Social (PRS), Fernando Dias também tem feito apelos no sentido de Umaro Sissoco Embaló se afastar da campanha eleitoral por não serem eleições para a escolha do Presidente da República.

O chefe das Forças Armadas guineenses, o general Biague Na Ntan, garantiu que "nada vai acontecer" durante o processo eleitoral e prometeu a paz e a tranquilidade na Guiné-Bissau.


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O presidente russo, Vladimir Putin, insistiu hoje que a Ucrânia nunca existiu "na história da humanidade" até à sua "criação" pela União Soviética (1922), uma das razões para justificar a intervenção militar no país vizinho.

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POR LUSA   23/05/23 

 Putin: "Até essa altura [União Soviética] não existia uma Ucrânia"

O presidente russo, Vladimir Putin, insistiu hoje que a Ucrânia nunca existiu "na história da humanidade" até à sua "criação" pela União Soviética (1922), uma das razões para justificar a intervenção militar no país vizinho.

As autoridades soviéticas criaram a Ucrânia soviética. Isso é uma coisa conhecida. E até essa altura não existia uma Ucrânia na história da humanidade", defendeu Putin, durante um encontro com o presidente do Tribunal Constitucional da Rússia, Valeri Zorkin.

Putin fez o comentário enquanto olhava para o mapa do Império Russo desenhado na França no século XVII, oferecido por Zorkin, que recebeu hoje um prémio no Kremlin.

De acordo com os 'media' russos, neste mapa, vários territórios foram marcados como entidades independentes, como a Polónia ou a Lituânia, mas não a Ucrânia.

Durante a cerimónia realizada no Kremlin, Putin sublinhou que parte do povo russo foi separada do resto do Estado devido a uma "injustiça histórica", aludindo à divisão da URSS em 15 países independentes em 1991.

"Mas eles nunca deixaram de ser o nosso povo", explicou Putin, usando o mesmo argumento que tem repetido há vários anos.

O atual líder russo acredita que Kiev deveria agradecer ao fundador da URSS, Vladimir Lenine, por permitir a criação da República Socialista Soviética da Ucrânia.

A URSS nasceu em dezembro de 1922 como um estado federal, quando o ponto 26 do tratado contemplava o direito de cada república de sair livremente da união, deixando russos e ucranianos em pé de igualdade.

Esta opção foi aproveitada por várias repúblicas para romper com o controlo do Kremlin no final dos anos 80 do século passado, o que levou ao desaparecimento da URSS.

Putin não hesitou em acusar Lenine de ter colocado "uma bomba atómica sob o prédio chamado Rússia", que "explodiu mais tarde", ao reconhecer o direito à autodeterminação dos povos.

Recentemente, o Ministério da Educação russo anunciou o desenvolvimento de um novo manual de história para o último ano do ensino secundário com capítulos dedicados à ofensiva na Ucrânia.

A imprensa independente russa denunciou que referências positivas à Ucrânia desapareceram em várias descrições históricas, especialmente no que diz respeito ao primeiro reino eslavo medieval, com a capital na atual Kiev, e que tanto russos como ucranianos consideram ter sido o precursor primordial dos seus respetivos estados.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.895 civis mortos e 15.117 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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CAMPANHA: ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2023 - CHEGADA DE COORDENADOR NACIONAL DO MADEM-G15, BRAIMA CAMARA, A ILHA DE BUBAQUI

Bubaque, foi a última ilha de “ TCHOM DI BIDJUGU” escolhida pela comitiva do MADEM-G15 no seu périplo pelo arquipélago.




CAMPANHA: ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2023 - CHEGADA DE COORDENADOR NACIONAL DO MADEM-G15, BRAIMA CAMARA, A ILHA DE CANHABAQUI

Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15: #vota_mademg15 #HoraTchiga ...Suzi Barbosa



VIDEO by: Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15

CHEGADA DE COORDENADOR NACIONAL DE MADEM G15 BRAIMA CAMARA A ILHA DE CANHABAQUI🙌🏿🙌🏿🙌🏿✊🏿✊🏿




Hora Tchiga Pa Kumpu Guiné (Bubaque) ...Dia 4 de Junho no bai Vota (7) pa muda bu futuro. ...Futuro 1º Ministro (Braima Camará)

#votamademg15 #horatchiga #braimacamara

Braima Camará 


SENEGAL : O processo de violação contra Ousmane Sonko, figura da oposição senegalesa e candidato declarado às eleições presidenciais de 2024, foi hoje retomado, na sua ausência, no tribunal de Dacar, com uma forte proteção policial por receio de distúrbios.

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POR LUSA   23/05/23 

 Senegal. Retomado julgamento por violação do candidato da oposição

O processo de violação contra Ousmane Sonko, figura da oposição senegalesa e candidato declarado às eleições presidenciais de 2024, foi hoje retomado, na sua ausência, no tribunal de Dacar, com uma forte proteção policial por receio de distúrbios.

Sonko, presidente do partido Pastef - Os Patriotas e terceiro candidato mais votado nas eleições presidenciais de 2019, vai ser julgado por um tribunal penal por violação e ameaças de morte contra uma empregada de um salão de beleza da capital.

O seu julgamento teve início em 16 de maio, também na sua ausência, num contexto de confrontos em Ziguinchor (sul), em Dacar e na sua região, mas foi adiado para esta semana.

O caso mantém o Senegal em suspenso há mais de dois anos. A comparência de Sonko perante a justiça, neste caso e num outro de difamação, têm originado incidentes e confrontos.

Sonko, de 48 anos, admitiu ter ido receber uma massagem para aliviar uma dor crónica nas costas, mas sempre negou as acusações nos casos de alegada violação e difamação e afirmou que o Governo está a conspirar para o manter fora das eleições presidenciais.

Temendo pela sua segurança, anunciou que deixaria de responder às convocatórias do tribunal sem uma garantia do Estado para a sua integridade física. O Estado não deu qualquer sinal de ter cedido a esta exigência.

Presume-se que Sonko se encontra em Ziguinchor, a cidade de que é presidente da câmara e para onde se retirou há vários dias, a centenas de quilómetros de Dacar.

Os seus apoiantes mantêm uma guarda apertada à volta da sua casa para evitar qualquer tentativa de o prender e de o obrigar a comparecer em tribunal.

Não foram registados distúrbios significativos na manhã de hoje.


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COLIGAÇÃO PAI - CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


 
Ditaduraeconsenso.blogspot.com   terça-feira, 23 de maio de 2023


O Kremlin exprimiu hoje "profunda preocupação" em relação à incursão de um "grupo armado ucraniano" em território russo e apelou a "maiores esforços" para combater o número crescente de ataques.

© Reuters

POR LUSA   23/05/23 

 Kremlin "profundamente preocupado" com alegado ataque ucraniano na Rússia

O Kremlin exprimiu hoje "profunda preocupação" em relação à incursão de um "grupo armado ucraniano" em território russo e apelou a "maiores esforços" para combater o número crescente de ataques.

"O que aconteceu ontem (segunda-feira) é motivo de grande preocupação e demonstra mais uma vez que os combatentes ucranianos continuam atividades contra o nosso país. Isto exige mais esforços da nossa parte. Estes esforços continuam e a 'operação militar especial' (na Ucrânia) continua para que isto não volte a acontecer", disse hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

As tropas e as forças de segurança da Rússia afirmam estar a combater desde segunda-feira um alegado ataque surpresa que Moscovo atribui a sabotadores militares ucranianos.

Kiev rejeita responsabilidades e afirma tratar-se de uma "sublevação" por parte de "resistentes russos" no próprio país.

Um representante da Direção de Inteligência Militar da Ucrânia atribuiu os ataques a dois grupos de voluntários russos que lutam contra o Kremlin: o Corpo de Voluntários Russos (CVR) e a Legião da Liberdade para a Rússia (LLR).

O CVR publicou vídeos dos ataques de segunda-feira no seu canal do Telegram, enquanto a LLR anunciou o "início da invasão de Graivoron, na região de Belgorod", onde ocorreu o ataque.

"A Rússia será livre!", escreveu o LLR, que afirma no seu canal no Telegram que está "a lutar contra o regime ditatorial na Rússia".

Vyacheslav Gladkov, governador da região russa de Belgorod, junto à fronteira com a Ucrânia afirmou que as "forças da Rússia" continuam mobilizadas nas áreas rurais perto da cidade de Graivoron onde foi localizado o alegado ataque de segunda-feira. 

Gladkov disse hoje que a Rússia evacuou civis de nove cidades na região de Belgorod foram evacuadas e que "a limpeza da área prossegue", referindo-se aos grupos armados infiltrados.

Segundo o governador, a província russa foi atacada mais de quarenta vezes com 'drones', artilharia e morteiros em diferentes localidades, entre segunda-feira e esta manhã, havendo 12 civis feridos e 29 casas particulares danificadas.

A Rússia abriu um processo-crime por terrorismo contra os autores dos ataques na região russa de Belgorod, junto à fronteira com a Ucrânia, que atribuiu a forças ucranianas, anunciou hoje o Comité de Investigação russo.

"Estão a ser tomadas medidas para determinar a identidade dos agressores e todas as circunstâncias do incidente", declarou o organismo responsável pelas principais investigações na Rússia num comunicado citado pela agência francesa AFP.

Até ao momento, os acontecimentos relatados por Moscovo desde segunda-feira não foram verificados por entidades independentes.

Nos últimos meses, a Rússia tem acusado "sabotadores" ucranianos de incursões armadas no interior do país.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.895 civis mortos e 15.117 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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#eleições2023 ...#HoraTchiga ...#Vota MademG15 ...Suzi Barbosa

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Guiné-Bissau: O Presidente da República e Comandante das Forças Armadas, visitou hoje, todas as unidades militares:

- Estado Maior General das Forças Armadas  (Amura);
- Estado Maior do Exercito;
- Regimento de Para-Comandos, Força Aérea e Artilharia Terrestre;
- Estado Maior de Armada ( Marinha).

Visita à Estado Maior General das Forças Armadas (Amura)👇

Visita ao Estado Maior do Exército👇

Visita ao Regimento da Artilharia Terrestre👇

Visita ao Estado Maior da Marinha👇



Belgorod: Vários ataques com 'drones' atingiram casas e um edifício administrativo durante a noite na região russa de Belgorod, alvo de uma incursão ucraniana, de acordo com as autoridades locais.

© Reuters

POR LUSA   23/05/23 

 Região russa de Belgorod sofre ataques de 'drones' após incursão armada

Vários ataques com 'drones' atingiram casas e um edifício administrativo durante a noite na região russa de Belgorod, alvo de uma incursão ucraniana, de acordo com as autoridades locais.

Os ataques, que ocorreram na cidade de Graïvoron, no distrito com o mesmo nome, e na vila de Borissovka, não causaram vítimas ou feridos, escreveu na plataforma Telegram o governador da região de Belgorod, Vyacheslav Gladkov.

"Duas casas foram atacadas por 'drones' em Graïvoron" e incendiaram-se, afirmou Gladkov.

Na povoação de Borissovka, um 'drone' atacou um edifício administrativo, seguindo-se um novo ataque a uma casa, danificando o telhado da estrutura, segundo a mesma fonte.

A região de Belgorod, em particular o distrito de Graïvorona, foi alvo na segunda-feira de uma incursão de combatentes armados da Ucrânia, que feriu oito pessoas e levou a Rússia a desencadear uma "operação de contraterrorismo".

Os serviços de segurança russos (FSB) introduziram durante a tarde o "regime jurídico da zona de operações antiterroristas" na região, dando às autoridades poderes acrescidos para conduzir operações armadas, controlar civis ou retirar populações.

É a primeira vez que tal acontece desde o início da invasão russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

"A operação de busca conduzida pelo Ministério da Defesa e pela polícia continua" hoje no distrito de Graïvoron, disse Gladkov.

"A polícia está a fazer tudo o que é necessário", assegurou o governador, apelando aos habitantes que foram retirados de casa para não regressarem por enquanto.

A Ucrânia negou a organização da incursão armada na região de Belgorod.

A operação foi reivindicada num canal do Telegram que se apresenta como pertencendo à Legião da Liberdade para a Rússia, um grupo de russos que luta do lado ucraniano e que já tinha afirmado estar por trás de anteriores incursões na região.


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Mundo com défice de vacinas contra a cólera até 2025, alerta OMS

© Getty Images

POR LUSA  23/05/23 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou esta segunda-feira que o mundo terá um défice de vacinas contra a cólera até 2025 e que um bilião de pessoas de 43 países podem ser infetadas com a doença.

Num alerta para o aumento de casos de cólera em todo o mundo, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) sublinha que esta "é uma emergência", defendendo que é necessário "intensificar a imunização para conter" este cenário.

No entanto, o maior problema é o acesso à vacina e uma parceira da OMS nessa área, a Aliança Global de Vacinação Gavi, já alertou que a falta de doses deverá persistir até 2025, noticiou o portal ONU News.

De acordo com a Gavi, é possível garantir uma entrega de doses para a vacinação preventiva em larga escala até 2026, mas para isso, os países precisam de agir com urgência.

Atualmente, 24 países registam casos de cólera e, de acordo com a OMS, a doença pode espalhar-se para 43 nações, colocando 1 bilião de pessoas em risco.

Entre os fatores para que as pessoas sejam infetadas estão a pobreza, conflitos, alterações climáticas e deslocamentos.

"As movimentações afastam as pessoas de fontes mais seguras de comida, água e assistência médica", alerta a OMS.

No ano passado, os casos e as mortes por cólera aumentaram, registando-se uma expansão para nove novas regiões, particularmente de conflito e com altos níveis de pobreza.

A situação levou a OMS e parceiros a mudar temporariamente o regime das doses administradas para prevenção de duas para uma.

No entanto, as reservas esgotaram-se em dezembro, acrescenta o portal.

Até ao final de 2022, um total de 15 países relataram casos, número que até maio chegou a 24 nações.

Moçambique é um dos países com aumento de pacientes na década de mudança sazonal nos casos de cólera.

O risco é que haja retrocessos, após avanços alcançados no controlo da doença em décadas anteriores.

A OMS calcula que mais 10 milhões de unidades de vacinas foram utilizadas para responder a surtos entre 2021 e 2022.

A procura foi maior do que a soma de toda a década anterior, acrescentou

Para o diretor administrativo da Gavi para Mercados de Vacinas e Segurança de Saúde, Derrick Sim, "a boa notícia é que existem doses para manter o atendimento a toda a procura de emergência, apesar do aumento de surtos".

Para Derrick Sim, é obrigação das autoridades "prevenir surtos", além de serem realizar esforços coletivos para revitalizar programas de prevenção.

A OMS já tinha alertado para um cenário sombrio em relação às perspetivas para controlar a doença a curto prazo.


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Bakhmut fez de Prigozhin um herói para o povo russo e uma ameaça para as altas patentes do Kremlin. O que se segue? “Ele está mortinho por sair de lá”

Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner (Foto: AP)

João Guerreiro Rodrigues   CNN  23/05/23

O grupo Wagner pode estar prestes a desaparecer da Ucrânia e a rumar a paragens ainda mais lucrativas

Foram a vanguarda da batalha mais violenta deste século. Durante 224 dias, os "músicos da orquestra", como são conhecidos na Rússia, tentaram de tudo para conquistar a pequena cidade de Bakhmut, na região do Donbass. As perdas foram “assombrosas”, milhares de vidas perdidas, com as tropas ucranianas a fazerem com que os mercenários pagassem caro cada avanço. Agora, menos de dois dias depois de anunciar a sua conquista, Yevgeny Prigozhin, líder do infame grupo Wagner, anuncia que vai dar ordem para os seus homens se retirarem da cidade no início de junho. Os especialistas consideram que as intrigas políticas, negócios em África e a incapacidade de defender o território ocupado podem levar os mercenários do Kremlin a desaparecer da guerra na Ucrânia.

“O grupo Wagner não parece ter potencial necessário para aguentar o terreno que conquistou. É preciso soldados para defender o território conquistado. Prigozhin quer sair de Bakhmut como o grande vencedor que conquistou a cidade, e não como o homem que não a soube manter. Ele está mortinho por sair de lá”, explica o major-general Isidro de Morais Pereira.

Yevgeny Prigozhin e os seus mercenários chegaram à periferia de Bakhmut no final de agosto. Tinham sido chamados pelo então líder da “operação militar especial”, o general Serguei Surovikin, que planeava direccionar para a cidade o principal golpe para tentar conquistar a região do Donbass, um dos principais objetivos militares de Vladimir Putin. O grupo comandava entre 45 a 55 mil soldados, compostos por um misto de veteranos, voluntários e muitos prisioneiros, alistados após uma controversa campanha de recrutamento em várias prisões russas, onde lhes foi prometido o alívio das sentenças em troca de seis meses de serviço militar.

Na frente de batalha, eram precisamente estes os homens colocados na linha da frente. “Continua a avançar até morrer”, recorda um dos reclusos capturados pelas forças ucranianas, nos arredores de Bakhmut, quando questionado sobre as ordens dadas pelos seus superiores. O resultado desta estratégia foi o envio de sucessivas “ondas humanas” contra as defesas ucranianas, algumas delas pre-posicionadas há mais de oito anos, depois de a cidade ter sido atacada por grupos armados apoiados por Moscovo, em 2014. Segundo o Conselho Nacional de Segurança norte-americano, estas táticas resultaram num número de baixas “assombroso”, que pode chegar aos 20 mil mortos e 80 mil feridos, apenas do lado russo.

“No auge do combate, em fevereiro e março, os homens de Prigozhin chegaram a ter cerca de 100 a 120 por dia. As perdas foram terríveis e acredita-se que agora o número de homens ao seu dispor não deve ultrapassar os 15 mil homens”, refere o major-general, que insiste que um número tão elevado de baixas fazem com que as unidades militares do Wagner sejam ineficazes do ponto de vista militar. Por isso, o futuro deste grupo paramilitar com ligações ao Kremlin deve passar por um período de reorganização, que deverá durar cerca de seis meses. “Prigozhin vai reagrupar. Ele deverá retirar-se para uma aérea mais segura para reunir os seus militares, dar-lhes descanso, recrutar novos militares e refazer o seu pequeno exército. Esse deverá ser o seu principal objetivo”, conclui Isidro de Morais Pereira.

A piorar a situação, o Kremlin fechou a porta de Prigozhin à sua principal fonte de mão-de-obra: o sistema prisional russo. Outrora uma fonte quase inesgotável de soldados com que atirar contra as linhas de defesa ucranianas, o grupo Wagner vê-se obrigado a fazer uma gestão mais cautelosa dos seus ativos. "Para o major-general Isidro de Morais Pereira, os 15 mil homens que o grupo Wagner dispõe podem não ser sequer suficientes para manter os ganhos na cidade, particularmente enquanto as tropas ucranianas continuam a avançar nos flancos da cidade, podendo mesmo acabar por cercar os homens que defendem o seu interior.

Na última semana, a Ucrânia lançou com sucesso uma série de contra-ataques contra as posições russas ocupadas nos arredores da cidade, a Norte e a Sul, que começam a ameaçar os soldados russos que se encontram no interior das ruínas desta cidade. Para o major-general, este pode ser o verdadeiro motivo pelo qual Prigozhin terá de recuar.

“Bakhmut está praticamente tomada pelas forças do grupo Wagner, mas os mercenários não têm potencial para aguentar o terreno que conquistaram. As perdas dos combates foram tremendas e o grupo ficou reduzido a uma pequena fração daquilo que era no início dos combates”, insiste o especialista militar.

Ambições maiores que a Ucrânia

O empresário russo anunciou o plano de criar posições defensivas no interior da cidade e de, entre o dia 25 de maio e 1 de junho, transferir a defesa dessas posições para o exército russo. Mas estas operações não são fáceis de executar e podem criar sérios riscos para as tropas regulares das Forças Armadas russas, aumentando as tensões numa relação muito difícil entre o líder dos mercenários e as mais altas patentes militares do Kremlin. No auge dos combates por Bakhmut, Prigozhin criticou diretamente o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, e o líder das forças armadas russas, Valery Gerasimov, acusando-os de ser responsáveis pela morte dos seus homens ao não enviarem as munições de artilharia necessárias e chegou mesmo a ameaçar retirar-se da frente de combate. Para os especialistas, este tipo de declarações só são possíveis com a conivência do presidente russo, Vladimir Putin, que poderá ver alguns benefícios em “dividir para reinar”.

“Este tipo de situações protagonizadas por Prigozhin são impensáveis na Rússia atual, onde se prendem cidadãos por dizer que decorre uma guerra. Acredito que estas declarações são incentivadas pelo presidente russo. Ele não poderia repetir essas afirmações se não tivesse ordens claras para o fazer”, afirma o historiador António José Telo.

De acordo com o Institute for the Study of War (ISW), uma organização que estuda assuntos ligados à Defesa, o líder do grupo Wagner está a utilizar esta guerra para se tornar numa figura política proeminente na Ucrânia. A verdade é que esta campanha em Bakhmut valeu a Prigozhin o estatuto de herói na Rússia e essa popularidade pode transformar-se em poder político. Aos olhos das alas mais ultranacionalistas russas, o Grupo Wagner mostrou-se mais competente em conquistar território à Ucrânia do que o exército regular russo e, por isso, Prigozhin começa a ser cada vez mais uma “alternativa credível ao poder”.

Além disso, o empresário russo conta com o controlo de uma vasta rede de bloggers militares com milhões de seguidores no Telegram, que propagam e ampliam as conquistas dos mercenários e do seu líder. Esta combinação, torna-o bastante incómodo para a chefia militar russa, particularmente para o ministro da Defesa, Serguei Shoigu.

“Prigozhin encarna um tipo de herói que agrada à população russa. É patriota, desafia a autoridade instalada, mas sem deixar de ser um russo que cumpre os seus deveres patrióticos. Ele também controla uma parte significativa dos bloggers militares e essa proeminência faz com que a sua imprensa seja uma boa imprensa. Tudo isto faz com que possa ser um incómodo do ponto de vista político”, afirma Diana Soller, professora e investigadora no Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade NOVA de Lisboa.

Regresso a "oportunidades mais lucrativas"

Na sua essência, Yevgeny Prigozhin é um empresário e o grupo Wagner é uma ferramenta para fazer dinheiro. Isidro de Morais Pereira reforça que, apesar das perdas humanas, o líder dos mercenários é agora um homem "cada vez mais rico". Mas, ao mesmo tempo, enfraqueceu o dispositivo mercenário em alguns países onde tinha operações montadas. O perigo que este apresenta para as chefias militares russas pode fazer com que Prigozhin se veja obrigado a focar os seus esforços noutros locais, onde já fez muito dinheiro. Os especialistas apontam que o futuro do grupo de mercenários pode voltar a passar por um foco em regiões como a República Centro Africana, Líbia, Sudão, Síria ou o Mali, onde “a orquestra” tem uma parte muito significativa das suas operações.

Antes do conflito na Ucrânia, o grupo foi utilizado pelo Kremlin para fortalecer as relações russas com regimes autoritários em muitos países africanos a troco de concessões de explorações de recursos naturais, como minas de ouro, diamantes, entre outros. E o futuro do “chefe de Putin”, alcunha que ganhou quando montou um lucrativo negócio de catering com o Kremlin, pode mesmo ficar restrito a esses países até conseguir recuperar da longa batalha de Bakhmut.

“Podemos vê-lo desaparecer por razões políticas ou por razões financeiras, para se dedicar a países que lhe possam trazer o lucro que ele procura”, frisa Diana Soller.

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