sexta-feira, 15 de agosto de 2025

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) de Portugal manifestou veemente repúdio pela expulsão das delegações da RTP, RDP e da Agência Lusa da Guiné-Bissau, considerando a medida "altamente censurável e injustificável". Em resposta, o MNE convocou o embaixador guineense em Lisboa para prestar esclarecimentos sobre a decisão.


Primeiro Ministro Braima Camará, fala á imprensa após de reunir esta sexta-feira 15 de agosto 2025 com os representantes da comunidade internacional.

PM Braima Camará, reúne esta sexta-feira 15 de agosto 2025 com os representantes da comunidade internacional.

BISSAU: Governo expulsa RTP, RDP e Agência Lusa do país com efeitos imediatos

In lusa

‎As delegações da agência Lusa, da RTP e da RDP foram expulsas da Guiné-Bissau e os representantes têm que deixar o país até terça-feira, por decisão do Governo guineense.

‎As delegações da agência Lusa, da RTP e da RDP foram expulsas da Guiné-Bissau, as suas emissões suspensas a partir de hoje e os representantes têm que deixar o país até terça-feira, por decisão do Governo guineense.

‎O Governo da Guiné-Bissau decidiu o encerramento das emissões da RTP África, RDP África e Agência Lusa com efeitos a partir de hoje.

‎Não foram avançadas razões para esta decisão.

‎Em julho, o jornalista e delegado da Radiotelevisão Portuguesa (RTP) na Guiné-Bissau, Waldir Araújo, foi agredido e assaltado, no centro de Bissau, por desconhecido. Segundo o próprio, o ataque teria motivações políticas, conforme declarações proferidas pelos agressores, que terão acusado a RTP “de denegrir a imagem da Guiné-Bissau no exterior”.

Trump recusa negócios com Rússia enquanto prosseguir guerra na Ucrânia... O Presidente norte-americano, Donald Trump, recusou hoje, horas antes da aguardada reunião no Alasca com o homólogo russo, Vladimir Putin, fazer acordos económicos entre os dois países enquanto não se resolver a guerra na Ucrânia.

Por LUSA 

"Notei que ele [Putin] está a trazer muitos empresários da Rússia. E isso é bom. Gosto, porque querem fazer negócios, mas não os farão até resolvermos a guerra", declarou Trump aos jornalistas a bordo do avião presidencial, na viagem para o estado norte-americano do Alasca.

Nesse sentido, o chefe da Casa Branca defendeu que os Estados Unidos são "o país mais atraente do mundo", com a economia e as empresas mais dinâmicas, quando anteriormente eram "um país morto".

Argumentou por isso que Putin "quer uma parte disso", uma vez que a Rússia não está em crescimento económico. "Na verdade, é o contrário", enfatizou.

O chefe de Estado norte-americano acrescentou ainda que irá falar com Putin sobre a necessidade de travar as mortes causadas pela guerra, salientando que, embora o líder russo possa pensar que isso o ajudará a alcançar um melhor acordo, "na realidade, prejudica-o".

Trump admitiu também que serão discutidos temas como trocas de territórios, mas sublinhou que cabe à Ucrânia tomar essa decisão.

"Não estou aqui para negociar pela Ucrânia. Estou aqui para os sentar à mesa", resumiu.

Antes, o Presidente norte-americano tinha admitido, depois da cimeira de hoje, convocar de imediato uma cimeira tripartida, com a presença do chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelesnky.

A cimeira entre Trump e Putin deverá começar pelas 11h30 locais (20h30 em Lisboa).


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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje o envio de reforços para o leste da Ucrânia, onde as tropas russas avançam rapidamente à custa de "pesadas perdas".


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Trump sugeriu que líderes europeus se podem juntar a uma possível reunião entre Putin e Zelensky, depois do seu encontro com o presidente russo no Alasca, na sexta-feira, 15 de agosto.


Moção de Encorajamento ao cargo do PM, recém nomeado, Senhor Braima Camará


O Gabinete Técnico ao Processo Eleitoral_GTAPE procede, hoje, sexta-feira, (15.08), a divulgação final dos dados da segunda atualização dos cadernos eleitorais. Depois da cerimónia os cadernos eleitorais em fase de inalterabilidade vão ser entregues ainda hoje a Comissão Nacional das Eleições_CNE.


GTAPE procede entrega dos cadernos eleitorais a Comissão Nacional das Eleições _CNE.

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Hezbollah avisa Governo libanês para perigo de guerra civil... O líder do Hezbollah, Naïm Qassem, avisou hoje que a decisão do governo libanês de desarmar o seu movimento até ao final do ano pode conduzir a uma guerra civil.

Por  LUSA 15/08/2025

Num discurso difundido pela televisão do Hezbollah, Al-Manar, Naïm Qassem acusou o governo libanês de "entregar o país" a Israel ao empenhar-se no desarmamento do seu movimento.

O dirigente do movimento xiita libanês assegurou que o Hezbollah vai lutar para conservar as armas, após um encontro com um responsável iraniano.

O Irão, que saiu enfraquecido da guerra com Israel, que destruiu uma parte do seu arsenal, é o principal aliado do Hezbollah. Na semana passada, o Governo libanês encarregou o Exército de preparar um plano para desarmar o Hezbollah até ao final do ano, sob pressão dos Estados Unidos e entre receios de uma nova ofensiva israelita.

O movimento xiita, a única fação libanesa autorizada a manter as suas armas após a Guerra Civil Libanesa (1975-1990) e que esteve em conflito aberto com Israel ao longo do ano passado, acusou o Governo de cometer um "pecado grave" e declarou que iria ignorar esta decisão.

No sábado, o Irão, através de Ali Akbar Velayati, conselheiro do líder supremo, Ali Khamenei, declarou a sua oposição ao desarmamento do Hezbollah, tendo Beirute condenado de imediato a "interferência flagrante" de Teerão.

Logo após a decisão do Conselho de Ministros libanês, tomada na passada quarta-feira, a diplomacia de Beirute já tinha acusado o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, de "ingerência inaceitável", após declarações em que prevê o fracasso do desarmamento do Hezbollah.

"Este tipo de declarações prejudica a soberania, a unidade e a estabilidade do Líbano e constitui uma interferência inaceitável nos seus assuntos internos", criticou.

Teerão é considerado o principal patrocinador do Hezbollah, tendo alegadamente estado na origem da criação do grupo xiita, que financia e equipa com armamento há décadas.

A par do Hamas na Palestina e dos Huthis do Iémen, o Hezbollah constitui o chamado eixo da resistência apoiado por Teerão, e que se envolveu em hostilidades militares com Israel, logo após o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023.

Após quase um ano de troca de tiros ao longo da fronteira israelo-libanesa, Israel lançou uma forte campanha aérea no verão do ano passado, que decapitou a liderança do movimento xiita, incluindo o seu líder histórico, Hassan Nasrallah, e vários outros altos membros da sua hierarquia política e militar.

Desde o cessar-fogo em vigor desde novembro com Israel que o Estado libanês tem procurado concentrar todo o armamento do país nas mãos das forças de segurança oficiais, mas até agora estava a favorecer entregas voluntárias de armas por receio de uma escalada interna.

Israel continua no entanto a visar posições e alvos alegadamente do Hezbollah e ameaça voltar a intensificar as suas operações militares caso o movimento não se desarme.


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