domingo, 20 de julho de 2025

"A Ucrânia se puder vai fazer exatamente o mesmo que a Rússia está a fazer [uma operação militar especial]"

O comentador da CNN Portugal José Azeredo Lopes analisa o estado atual do conflito na Ucrânia e o papel da mediação internacional.

GUINÉ-BISSAU FORA DE JOGOS DA CPLP🇬🇼... APÓS FUGA DE JOGADORES EM PORTUGAL, GUINÉ-BISSAU FICA FORA DOS JOGOS DA CPLP EM TIMOR LESTE🇹🇱

Por  Radio TV Bantaba  20/07/2025

A Guiné-Bissau não participará na XXII edição dos Jogos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorrem na República Democrática de Timor-Leste. Segundo informações oficiais, a ausência deve-se à falta de verbas financeiras para cobrir as despesas da delegação guineense, incluindo todas as modalidades previstas.

A decisão surge meses após um episódio controverso durante a Luso Cup 2024, realizada em Cascais, Portugal. Na ocasião, 12 dos 17 jogadores guineenses abandonaram o centro de estágio na véspera da final contra o Brasil, que acabou por ser cancelada devido à ausência da equipa da Guiné-Bissau. Até hoje, os jogadores continuam desaparecidos em solo português.

Apesar de um intenso período de preparação de três meses, com atletas selecionados para representar o país nos Jogos da CPLP, o governo guineense alegou não ter fundos suficientes para garantir a deslocação e estadia da comitiva desportiva.

Vale recordar que, além da fuga dos jogadores em 2024, a participação guineense na Luso Cup ficou também marcada pelo desaparecimento de vários dirigentes desportivos que integravam a delegação oficial. Estes também não regressaram à Guiné-Bissau no voo de retorno, levantando sérias questões sobre a gestão e organização das missões desportivas do país.

A ausência da Guiné-Bissau nos Jogos da CPLP em Timor-Leste representa não só um revés para o desporto nacional, mas também mais um sinal de alerta para a necessidade de reformas profundas na administração desportiva do país.

Fonte:Elvis da Silva


Maioria dos norte-americanos está contra o intensificar das deportações da administração Trump

Por  cnnportugal.iol.pt

Os norte-americanos opõem-se em grande medida aos recentes esforços da administração de Donald Trump para aumentar o seu programa de deportação, segundo uma nova sondagem da CNN realizada pela SSRS, com uma maioria crescente a afirmar que o Presidente foi longe demais na execução das deportações.

Na última sondagem, 55% dos inquiridos afirmam que o Presidente foi longe demais no que diz respeito à deportação de imigrantes que vivem ilegalmente nos EUA, um aumento de 10 pontos desde fevereiro.

A oposição entre os democratas e os independentes de tendência democrata aumentou, nesse período, de generalizada para quase universal: 90% dos adultos alinhados com os democratas dizem agora que a política de deportação de Trump foi longe demais, enquanto apenas 15% dos adultos alinhados com os republicanos dizem o mesmo.

Uma maioria de 57% também diz que se opõe aos planos de construção de novas instalações de detenção com capacidade para 100.000 imigrantes indocumentados, enquanto 53% se opõem ao aumento do orçamento para a Imigração e Alfândegas em milhares de milhões de dólares - duas prioridades da Casa Branca refletidas no projeto de lei que Trump assinou recentemente.

Cerca de seis em cada dez pessoas opõem-se aos esforços para acabar com a cidadania por nascimento, outra prioridade de Trump. Os tribunais estão a analisar a ordem executiva do presidente que visa impedir a cidadania por nascimento a crianças nascidas em solo americano de pais que se encontravam no país ilegalmente ou que lá estavam legalmente mas de forma temporária.

De um modo geral, pouco menos de metade, 46%, afirma que as políticas de imigração de Trump tornaram o país mais seguro e 42% diz que o governo federal tem sido cuidadoso no cumprimento da lei ao efetuar as deportações. Ambos os números mantêm-se praticamente inalterados desde abril. Os índices de aprovação do Presidente rondam os 40% no que respeita à forma como gere a imigração em geral e as deportações em particular.

Menos apoio à perseguição de imigrantes sem registo criminal

Na sondagem da CNN, 59% dos norte-americanos opõem-se à prisão e detenção de imigrantes sem documentos que residem nos Estados Unidos há anos sem registo criminal.

Isto reflete um tema observado em muitas sondagens sobre imigração este ano - o apoio à aplicação da lei da imigração tende a diminuir quando os inquiridores especificam que as pessoas sem registo criminal ou residentes de longa data estarão entre os afetados. Uma análise da CNN aos dados governamentais revelou que a maioria dos imigrantes detidos pelo ICE entre outubro e maio do ano passado não tinha condenações criminais graves.

Embora apenas cerca de um quarto dos republicanos e dos republicanos mais próximos se oponham às detenções dirigidas a este grupo, pouco menos de metade - 47% - apoiam-no abertamente, muito abaixo dos 83% que aprovam a forma como Trump lida com as deportações em geral.

“A questão mais importante é a forma como o ICE se está a concentrar nos imigrantes sem antecedentes criminais”, escreve uma mulher californiana inquirida, que se encontrava entre a minoria de republicanos que considerava que Trump tinha ido longe demais com a sua campanha de deportação. “Deviam investigar os imigrantes que representam uma enorme ameaça para o país”.

Mesmo que as opiniões sobre a plataforma de imigração do segundo mandato de Trump tenham azedado, o apoio a políticas específicas pode variar dependendo de como elas são descritas. Na sondagem da CNN, 16% dos norte-americanos que disseram opor-se ao aumento do orçamento para o ICE também disseram, numa pergunta separada, que viam o aumento das despesas com “segurança fronteiriça, aplicação das leis de imigração e detenção dos acusados de entrar ilegalmente no país” como uma razão para apoiar a lei de despesas recentemente aprovada por Trump.

A oposição às ideias punitivas colocadas em prática por Trump contra aqueles que têm antecedentes criminais, independentemente do seu atual estatuto de cidadania, também é relativamente fraca. Os norte-americanos estão muito divididos quanto ao facto de serem favoráveis ou contrários a que Trump leve a cabo ameaças de enviar cidadãos norte-americanos condenados por crimes violentos para detenção num país estrangeiro (37% apoiariam, 39% opor-se-iam e os restantes não têm opinião). E há um apoio estreito, 43% contra 35%, aos esforços para dar prioridade à revogação da cidadania americana de cidadãos naturalizados condenados por determinados crimes - a única leitura positiva de qualquer política testada.

Em contrapartida, os norte-americanos afirmam, na sua esmagadora maioria (71% contra 12%), que se oporiam a que Trump atuasse de acordo com as suas ameaças de deportar críticos de alto nível das políticas da administração, mesmo que vivam legalmente nos EUA e não tenham sido condenados por quaisquer crimes.

A imigração torna-se uma questão de topo para os Democratas

No mesmo inquérito, quando solicitados a nomear a questão que consideram mais importante, 20% dos norte-americanos mencionam a imigração, ficando em segundo lugar, apenas atrás das preocupações económicas.

Embora este valor seja globalmente semelhante ao de janeiro, a dinâmica partidária da questão mudou um pouco. No início do ano, os republicanos e os independentes com tendência republicana tinham 26 pontos percentuais mais probabilidades de mencionar a imigração do que os alinhados com o Partido Democrata. Atualmente, apesar de continuar a ser uma questão mais forte entre os republicanos do que entre os democratas, essa diferença diminuiu para 10 pontos, devido à crescente oposição democrata às políticas de deportação de Trump.

A sondagem também revela que os protestos contra as políticas de deportação da administração Trump têm mais apoio do que reacções adversas. Os norte-americanos afirmam, 55% contra 45%, que os protestos contra as políticas de deportação da administração Trump têm sido maioritariamente justificados. E por uma margem de 9 pontos, 47% a 38%, dizem que estão mais preocupados com o facto de o governo ir longe demais na repressão dos protestos do que com o receio de que os próprios protestos fiquem fora de controlo.

O apoio aos protestos é particularmente forte entre os adultos de tendência democrata (78% dos quais os consideram justificados), os adultos com menos de 35 anos (63%) e as pessoas de cor (59%).

A maioria dos norte-americanos, 59%, diz que se opõe a que Trump utilize tropas da Guarda Nacional, que são normalmente controladas pelos governadores dos estados, em resposta aos protestos contra a imigração, mesmo que o governador de um estado não apoie a utilização dessas tropas.

A sondagem da CNN foi realizada pela SSRS entre 10 e 13 de julho, com base numa amostra nacional aleatória de 1 057 adultos norte-americanos provenientes de um painel baseado em probabilidades. As sondagens foram realizadas em linha ou por telefone com um entrevistador em direto. Os resultados entre todos os adultos têm uma margem de erro de amostragem de ±3,5 pontos percentuais.

COMUNICADO DO MOVIMENTO PARA A ALTERNÂNCIA DEMOCRÁTICA MADEM G15, POR OCASIÃO DA REALIZAÇÃO DA MERECIDA XV CIMEIRA DOS CHEFES DO ESTADO E DOS GOVERNOS DA CPLP EM BISSAU, DE 17 A 18 DE 2025.


Resolução do conflito com Ucrânia "é processo longo". "Não é fácil"... A Rússia avisou hoje que a resolução do conflito com a Ucrânia é um processo longo, acreditando que a administração dos EUA compreende isso "cada vez mais", sem responder à proposta da Ucrânia de uma nova ronda de negociações.

Por LUSA 

"É um processo longo, requer esforço e não é fácil", disse hoje o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, numa entrevista à televisão pública local.

Ao mesmo tempo, garantiu que o Presidente russo, Vladimir Putin, quer resolver o conflito por via pacífica, mas sem deixar cair os objetivos "compreensíveis, evidentes e constantes" definidos por Moscovo.

Um desses objetivos, previamente declarados, é o controlo total sobre as regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, anexadas pela Rússia em setembro de 2022.

A Ucrânia propôs, para a próxima semana, uma nova ronda de negociações, suspensas desde junho.

Na mensagem diária ao país, transmitida no sábado, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, explicou que a proposta foi feita pelo secretário do Conselho de Segurança ucraniano, Roustem Oumerov, esclarecendo ainda que quer negociar diretamente com Vladimir Putin.

Até agora Putin não comentou as mais recentes declarações do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a possibilidade de impor "sanções muito severas" à Rússia se esta não alcançar um acordo de paz com a Ucrânia no prazo de 50 dias.

As declarações de Trump foram feitas quando recebeu na Casa Branca, na segunda-feira, o secretário-geral da Aliança Atlântica (NATO), Mark Rutte, tendo o Presidente dos EUA reconhecido que está "descontente com a Rússia".

Hoje, o porta-voz do Kremlin assinalou que Washington compreende "cada vez mais " que resolver o conflito requer tempo.

A ofensiva russa contra a Ucrânia dura há mais de três anos e os ataques intensificaram-se este verão.

As forças russas conseguiram vários avanços nos últimos meses no leste e nordeste da Ucrânia, concentrados principalmente na província de Donetsk, uma das quatro que foram anexadas em 2022, uma ação não reconhecida internacionalmente.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, dando início a uma guerra que já causou dezenas de milhares de vítimas civis e militares de ambos os lados, segundo várias fontes.

Ao lançar a invasão, Putin disse que visava "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.

Nas conversações já realizadas, a Rússia exige que a Ucrânia não adira à NATO e que reconheça a soberania russa nas regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, anexadas em 2022, e na Crimeia, que conquistou em 2014.

Bijagós, as Ilhas Esquecidas da Guiné (Parte II)... A etnia que vive nos Bijagós considera sagradas muitas das ilhas e protege-as do turismo de massas e da pesca ilegal. Paraíso tranquilo de um país instável, o arquipélago dos Bijagós é um cartão postal da Guiné Bissau Veja ou reveja a reportagem especial da SIC sobre as Ilhas que foram agora elevadas a Património Mundial Natural, tornando-se no primeiro sítio do país africano a integrar a lista da Unesco.

Susana AndréJoão VendaRicardo TenreiroPatrícia ReisDiana Matias Sicnoticias.pt,  20 jul 2025

As ilhas dos Bijagós, na Guiné-Bissau, foram elevadas a Património Mundial Natural, tornando-se no primeiro sítio do país africano a integrar a lista da Unesco, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

A decisão foi anunciada esta semana, em Paris, França, durante a 47.ª reunião do Comité do Património Mundial da Unesco, que decorreu até dia 16, na sede da organização na capital francesa.

Esta é "uma conquista histórica " para a Guiné-Bissau, com as ilhas consideradas um tesouro natural reconhecidas com o estatuto mundial.

A inscrição na lista de sítios Património Mundial surge mais de uma década depois da primeira candidatura rejeitada pela Unesco.

O arquipélago dos Bijagós, na costa ocidental de África, é uma parte do território marinho e costeiro da Guiné-Bissau, composto por 88 ilhas e ilhéus, com uma extensão de 2,6 quilómetros quadrados, onde vivem, nas 23 ilhas habitadas, cerca de 33 mil dos dois milhões de habitantes do país.

As ilhas Bijagós já conquistaram várias distinções, também da Unesco, concretamente Reserva da Biosfera, em 1996, Don a Terra, em 2001, e Sítio RAMSAR, em 2014, pela importância desta zona húmida a nível internacional.

Reportagem publicada na OPTO em 2021

Os EUA estão a enfatizar o comércio em vez da ajuda na nossa abordagem aos países em África - envolvendo os africanos como pares e parceiros. Na Cimeira #USAfricaBusinessSummit em Angola, empresas americanas e africanas anunciaram 2,5 mil milhões de dólares em novos negócios e compromissos que impulsionam a prosperidade mútua.

@#USAfricaBusinessSummit
 Representação da Embaixada dos Estados Unidos em Bissau

África é rica em energia solar, mas pobre em investimentos... O secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) lamentou hoje que tendo 60% do potencial de energia solar a nível global África atraia apenas 3% do financiamento energético.

Por LUSA 

"África é rica em energia solar, mas pobre em investimentos; o continente detém 60% do potencial solar mundial, mas atrai menos de 3% do financiamento global para energia", disse Claver Gatete no final do Fórum Político de Alto Nível, que decorreu esta semana em Nova Iorque.

O continente, frisou, "não está apenas a pedir ajuda, está a oferecer respostas; a energia não é apenas um bem público, é um motor para a criação de empregos, indústria e transformação".

Mais de 600 milhões de pessoas em todo o continente continuam sem acesso à eletricidade, com o aumento da procura por energia devido ao rápido crescimento populacional e das cidades e às ambições industriais de África, disse Gatete, acrescentando: "Enquanto o mundo fala em transição energética, grande parte de África continua presa à privação de energia".

Exemplificando com as crianças que estudam à noite à luz de velas, as clínicas que funcionam sem energia ou a limitação dos meios de subsistência devido à falta de eletricidade, o líder da divisão económica da ONU em África enfatizou que "a pobreza energética continua a ser um grande obstáculo ao desenvolvimento em todo o continente" e defendeu um novo modelo para o financiamento de investimentos em energia.

"Precisamos de um novo acordo sobre financiamento energético, que apoie a inovação, reforce as redes e construa indústrias de energia limpa que funcionem tanto para as pessoas como para o planeta", propôs Claver Gatete.

África, admitiu, é "um paradoxo de potencial e negligência", albergando recursos abundantes, como energia solar, eólica, hidráulica e geotérmica, mas ainda é amplamente ignorada pelos investimentos internacionais.

Citado num comunicado de imprensa enviado à Lusa, Gatete reiterou que a transformação energética de África deve passar das margens para o centro da agenda de desenvolvimento global, não apenas para a resiliência climática, mas também para o crescimento sustentável, a justiça económica e a prosperidade partilhada.

O Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável (HLPF) é a plataforma central da ONU para analisar o progresso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), tendo decorrido até sexta-feira em Nova Iorque, com um conjunto de encontros e seminários que juntaram governos, entidades da ONU e partes interessadas para avaliar os desafios e delinear soluções.


Leia Também: ONU defende ações urgentes para financiamento inovador em África