terça-feira, 11 de março de 2025

Crise política: O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou os partidos para audições no Palácio de Belém na quarta-feira, e o Conselho de Estado para o dia seguinte, na sequência da queda do Governo PSD/CDS-PP.

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images   Lusa  11/03/2025

 Marcelo ouve partidos quarta-feira e Conselho de Estado no dia seguinte

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou os partidos para audições no Palácio de Belém na quarta-feira, e o Conselho de Estado para o dia seguinte, na sequência da queda do Governo PSD/CDS-PP.

De acordo com uma nota publicada na página oficial da Presidência da República, na sequência da rejeição da moção de confiança ao Governo liderado por Luís Montenegro, e a sua consequente demissão, "o Presidente da República decidiu convocar os partidos políticos com representação parlamentar" para audições na quarta-feira.

Marcelo Rebelo de Sousa convocou ainda uma reunião do Conselho de Estado para as 15h00 de quinta-feira, acrescenta a nota.

O PSD será o primeiro partido a ser recebido no Palácio de Belém, pelas 11h00, seguido do PS às 12h00, Chega pelas 13h00 e Iniciativa Liberal cerca das 14h00.

Durante a tarde, o chefe de Estado vai ainda ouvir o BE às 15h00, o PCP pelas 16h00, Livre às 17h00, CDS-PP às 18h00 e, por último, o PAN.

A moção de confiança ao Governo PSD/CDS-PP chumbou hoje com os votos contra do PS, Chega, BE, PCP, Livre e deputada única do PAN, Inês Sousa Real. A favor estiveram o PSD, CDS-PP e a Iniciativa Liberal.

Na semana passada, Marcelo Rebelo de Sousa já tinha antecipado que, caso a moção fosse rejeitada no parlamento, convocaria de imediato os partidos ao Palácio de Belém "se possível para o dia seguinte e o Conselho de Estado "para dois dias depois", admitindo eleições entre 11 ou 18 de maio.

De acordo com o artigo 145.º da Constituição, entre as competências do Conselho de Estado inclui-se a de se pronunciar "sobre a dissolução da Assembleia da República e das Assembleias Legislativas das regiões autónomas".

São membros do Conselho de Estado, por inerência, os titulares dos cargos de presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, presidente do Tribunal Constitucional, provedor de Justiça, presidentes dos governos regionais e antigos presidentes da República.

Nos termos da Constituição, este órgão de consulta integra ainda cinco cidadãos designados pelo chefe de Estado e cinco eleitos pela Assembleia da República.

Os atuais cinco membros nomeados pelo Presidente da República são Leonor Beleza, Lídia Jorge, Joana Carneiro, António Lobo Xavier e Luís Marques Mendes.

Os conselheiros eleitos pelo parlamento para a atual legislatura são Francisco Pinto Balsemão e Carlos Moedas, por indicação do PSD, Pedro Nuno Santos e Carlos César, pelo PS, e André Ventura, pelo Chega.

A moção de confiança foi anunciada pelo primeiro-ministro a 05 de março, na abertura do debate da moção de censura do PCP ao executivo minoritário PSD/CDS-PP, perante dúvidas levantadas quanto à vida patrimonial e profissional de Luís Montenegro.

Em democracia, esta é a 12.ª moção de confiança apresentada por governos ao parlamento, tendo a última sido aprovada em 31 de julho de 2013, no executivo PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho.

O XXIV Governo Constitucional tornou-se assim o segundo executivo na história da democracia a cair na sequência da apresentação de uma moção de confiança, depois da queda do I Governo Constitucional, em 1977, dirigido pelo socialista Mário Soares.


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Trump avisa que detenção de estudante pró-Palestina será "primeira de muitas"

SIC Notícias

Mahmoud Khalil, um residente legal dos Estados Unidos que era estudante de pós-graduação na Universidade de Columbia até dezembro, foi detido no sábado por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega, em Nova Iorque, e transportado para uma prisão de imigração no Louisiana.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avisou segunda-feira que a detenção e possível deportação de um ativista pró-Palestina que ajudou a liderar os protestos na Universidade de Columbia será a primeira "de muitas que virão".

À medida que a administração Trump reprime as manifestações no campus contra Israel e a guerra em Gaza, Mahmoud Khalil, um residente legal dos Estados Unidos que era estudante de pós-graduação na Universidade de Columbia até dezembro, foi detido no sábado por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) em Nova Iorque e transportado para uma prisão de imigração no Louisiana.

O Departamento de Segurança Interna afirmou que Khalil foi detido em resultado das ordens executivas de Trump que proíbem o antissemitismo. Khalil não foi acusado de nenhum crime devido às suas atividades durante a agitação no campus da universidade no ano passado.

"Sabemos que há mais estudantes em Columbia e noutras universidades em todo o país que se envolveram em atividades pró-terroristas, antissemitas e anti-americanas", escreveu Trump numa publicação nas redes sociais.

"Vamos encontrar, prender e deportar estes simpatizantes do terrorismo do nosso país - para nunca mais voltarem", acrescentou o Presidente.

A administração republicana também alertou cerca de 60 faculdades que poderiam perder o financiamento federal se não conseguissem tornar os seus espaços seguros para estudantes judeus.

O Departamento de Educação disse que tomaria medidas se as escolas, incluindo Harvard, Columbia e Cornell, não cumprissem as leis de direitos civis contra o antissemitismo e garantissem "acesso ininterrupto" às instalações do campus e às oportunidades de educação.

A administração Trump já está a retirar 400 milhões de dólares à Columbia e ameaçou cortar mais milhares de milhões.

Detenção gera indignação imediata

A detenção de Khalil suscitou a indignação imediata de grupos de defesa dos direitos civis e de defensores da liberdade de expressão, que acusaram a administração de utilizar os seus poderes de controlo da imigração para reprimir as críticas a Israel.

"A decisão ilegal do Departamento de Segurança Interna de o deter apenas devido ao seu ativismo pacífico contra o genocídio representa um ataque flagrante à garantia de liberdade de expressão da Primeira Emenda, às leis de imigração e à própria humanidade dos palestinianos", afirmou o Conselho das Relações Americano-Islâmicas, um grupo nacional muçulmano de defesa dos direitos civis.

As autoridades federais de imigração também visitaram uma segunda estudante internacional em Columbia na sexta-feira à noite e tentaram levá-la sob custódia, mas não foram autorizadas a entrar no apartamento, de acordo com um sindicato que representa a estudante.

A estudante não foi identificada e não se sabe ao certo que motivos levaram a agência de Imigração e Alfândega a efetuar a visita.

O Student Workers of Columbia, um sindicato de estudantes de pós-graduação que representa a estudante, disse que os três agentes não tinham um mandado de captura e foram "legitimamente afastados à porta".

Khalil é a primeira pessoa conhecida a ser detida para deportação sob a prometida repressão de Trump aos protestos estudantis.

Donald Trump argumentou que os manifestantes perderam o direito de permanecer no país por apoiarem o grupo palestiniano Hamas, que controla Gaza.

Khalil e outros líderes estudantis do Apartheid Divest da Universidade de Columbia rejeitaram as alegações de antissemitismo, afirmando que fazem parte de um movimento antiguerra mais amplo que também inclui estudantes e grupos judeus.

Contudo, a coligação de protesto, por vezes, também manifestou apoio aos líderes do Hamas e do Hezbollah, outra organização islâmica designada pelos Estados Unidos como grupo terrorista.

Ainda não se sabe quando é que Khalil terá uma audiência no tribunal de imigração. Os porta-vozes do ICE não forneceram imediatamente pormenores sobre o seu caso.

Normalmente, a expulsão de uma pessoa que tem residência permanente nos Estados Unidos exige um elevado grau de exigência, como o facto de essa pessoa ter sido condenada por determinados tipos de crimes.

Nascido na Síria, filho de pais palestinianos, Khalil surgiu como um dos ativistas mais proeminentes nos protestos em Columbia.

Serviu de mediador em nome dos ativistas pró-palestinianos e dos estudantes muçulmanos, um papel que o colocou em contacto direto com os dirigentes da universidade e a imprensa - e chamou a atenção dos ativistas pró Israel, que nas últimas semanas apelaram à administração Trump para o deportar.


O ciberataque que esta segunda-feira inutilizou por alguns períodos a rede social X teve origem na Ucrânia, segundo o bilionário Elon Musk, proprietário da plataforma.