segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Supremo dos EUA permite detenção de migrantes em Los Angeles... O Supremo Tribunal dos Estados Unidos autorizou hoje os agentes de imigração a deterem em Los Angeles suspeitos de estarem no país indocumentados, ao suspender uma decisão temporária impedindo detenções assentes em preconceitos raciais ou sem causa razoável.

© Reuters   Lusa  08/09/2025

Com seis votos a favor e três contra, a máxima instância judicial máxima norte-americana ficou do lado do Governo do Presidente republicano, Donald Trump, que recorreu da decisão de um juiz federal que, em julho, suspendeu temporariamente as rusgas de imigração em Los Angeles simplesmente com base na aparência das pessoas, no idioma que falam ou no trabalho que realizam.

O juiz Brett Kavanaugh disse que a ordem geral de suspensão das rusgas de imigração foi demasiado longe ao restringir a forma como os agentes da Imigração e Alfândega (ICE) podem realizar breves abordagens para interrogatório.

"Para ser claro, a etnia aparente por si só não pode fornecer suspeita razoável; no entanto, de acordo com a jurisprudência deste tribunal em relação a abordagens de imigração, ela pode ser um 'fator relevante' quando considerada juntamente com outros elementos relevantes", escreveu Kavanaugh, em concordância com a ordem breve e inexplicada da maioria.

O juiz conservador, nomeado para o Supremo Tribunal Federal pelo primeiro Governo de Trump (2017-2021), sugeriu que as abordagens em que é usada força podem ainda enfrentar mais resistência legal.

No entanto, sublinhou, a lei federal estabelece que as detenções de imigrantes com base numa suspeita razoável de presença ilegal "têm sido uma componente importante da aplicação da lei da imigração nos Estados Unidos durante décadas", abrangendo vários Governos presidenciais.

Numa contundente discordância, acompanhada dos seus dois colegas liberais, a juíza Sonia Sotomayor, de origem porto-riquenha, escreveu: "Inúmeras pessoas na área de Los Angeles foram agarradas, atiradas ao chão e algemadas simplesmente por causa da sua aparência, do seu sotaque e do facto de ganharem a vida com trabalho manual. Hoje, o Tribunal sujeita desnecessariamente inúmeras outras pessoas às mesmas indignidades".

No entender dos três juízes do Supremo que hoje votaram contra, a decisão aprovada pela maioria conservadora reflete "um grave abuso" das decisões de emergência.

Esta permite que as autoridades de imigração continuem as suas operações de detenção de migrantes com base em preconceitos raciais e sem causa provável, enquanto o caso continua a correr em instâncias inferiores.

A decisão do Supremo Tribunal representa uma vitória significativa para a Casa Branca, que impulsiona a sua política de deportações em massa e fez de Los Angeles um dos seus principais alvos, o que poderá criar um precedente para operações do ICE em grandes cidades norte-americanas com elevada concentração de imigrantes.

As rusgas policiais em busca de migrantes ilegais na área metropolitana de Los Angeles desencadearam forte rejeição social e até confrontos violentos com agentes, transformando o estado da Califórnia num símbolo de resistência ao Governo Trump.


O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, acompanhou o seu homólogo da Gâmbia, Adama Barrow, numa sentida homenagem aos heróis nacionais guineenses, no âmbito da Visita de Estado à Guiné-Bissau.

A cerimónia teve lugar na Fortaleza de Amura, em Bissau, um dos espaços de maior valor histórico e simbólico do país, onde foram depositadas coroas de flores nos mausoléus de Amílcar Cabral e João Bernardo Vieira, figuras emblemáticas da luta pela liberdade e independência nacional.

Este gesto, marcado pelo respeito e pela irmandade, reforça os laços históricos, culturais e políticos que unem a Guiné-Bissau e a Gâmbia.

Presidência da República da Guiné-Bissau

O Presidente da República, ofereceu um Banquete Oficial em honra do Presidente da República da Gâmbia, no Palácio da República... Este gesto, para além de expressar a hospitalidade do povo guineense, simboliza os laços profundos de amizade, irmandade e cooperação entre os dois países.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Netanyahu pede que habitantes da Cidade de Gaza se retirem de imediato... O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apelou hoje aos habitantes da Cidade de Gaza para que se retirem de imediato, numa fase em que os militares israelitas intensificam a ofensiva na capital do enclave palestiniano.

© GIL COHEN-MAGEN/AFP via Getty Images   Lusa  08/09/2025

"Em dois dias, destruímos 50 torres terroristas, e este é apenas o início da intensificação das operações terrestres na Cidade de Gaza. Digo aos residentes: foram avisados, saiam já!", declarou Netanyahu num vídeo hoje divulgado pelo seu gabinete. 

O Exército israelita atacou hoje uma torre residencial de 12 pisos na Cidade de Gaza, após uma série de bombardeamentos contra os edifícios mais altos desde sexta-feira, alegando que são utilizados pelo grupo islamita palestiniano Hamas.

Em comunicado, as forças israelitas argumentaram que os homens do Hamas "instalaram equipamento de recolha de informações, explosivos e postos de observação no edifício".

O texto refere igualmente que os combatentes palestinianos "estão a operar numa área próxima do edifício" para realizar ataques contra as tropas israelitas posicionadas no local.

No vídeo hoje divulgado, Benjamin Netanyahu alertou que os ataques israelitas contra os edifícios mais altos da Cidade de Gaza são apenas um prelúdio para a operação terrestre que o Exército está a preparar.

"Tudo isto é apenas uma introdução, um prelúdio, para a poderosa operação principal: uma manobra terrestre das nossas forças, que estão agora a organizar-se e a reunir-se, contra a Cidade de Gaza", ameaçou.

Na sexta-feira, o exército israelita avisou que iria iniciar uma vaga de ataques contra edifícios altos na Cidade de Gaza que alega terem sido convertidos em "infraestruturas terroristas".

Desde então, as forças israelitas emitiram avisos de evacuação para as zonas de pelo menos cinco torres, que foram bombardeadas pouco depois.

Israel iniciou o plano para a nova fase na guerra no enclave palestiniano, que prevê a ocupação da Cidade de Gaza, numa região apontada pela ONU como a mais afetada por uma situação de fome, e a deslocação forçada de centenas de milhares dos seus habitantes, gerando uma vaga de críticas internacionais e dentro do próprio país.

De acordo com Netanyahu, cerca de 100 mil palestinianos já abandonaram a principal cidade da Faixa de Gaza face à ofensiva israelita, embora o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) estime o número em cerca de 40 mil.

O objetivo anunciado pelo Governo israelita é eliminar as últimas bolsas de resistência do Hamas e recuperar os 48 reféns que conserva na sua posse, dos quais se calcula que 20 estejam vivos, antes de entregar a gestão do território a entidades civis que não sejam hostis a Telavive.

A guerra em curso na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque liderado pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez 1.200 mortos, na maioria civis, e 251 reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva em grande escala no enclave palestiniano, que provocou acima de 64 mil mortos, na maioria mulheres e crianças, segundo as autoridades locais controladas pelo grupo islamita, destruiu a quase totalidade das infraestruturas do território e provocou um desastre humanitário sem precedentes na região.


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O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, advertiu hoje que a morte de seis pessoas num ataque realizado por dois palestinianos contra um autocarro perto de Jerusalém terá "consequências extremamente graves e de longo alcance".



França: Macron nomeará novo primeiro-ministro francês "nos próximos dias"... O Presidente francês, Emmanuel Macron, disse hoje que nomeará um sucessor para François Bayrou "nos próximos dias", após o primeiro-ministro ter perdido por ampla margem a moção de confiança que havia convocado na Assembleia Nacional.

© YOAN VALAT/POOL/AFP via Getty Images   Lusa  08/09/2025 

"O Presidente da República nomeará um novo primeiro-ministro nos próximos dias", segundo o comunicado de imprensa do Palácio do Eliseu, em que Macron afirma ter "tomado nota do resultado da votação dos deputados" e que receberá na terça-feira o ainda primeiro-ministro Bayrou.

Um total de 364 deputados votou contra a moção de confiança, enquanto 194 apoiaram-na, forçando a queda do Governo liderado por Bayrou, que estava no cargo há apenas nove meses.

A primeira queda de um Governo da Quinta República durante uma moção de confiança, neste caso convocada pelo centrista Bayrou, surgiu devido à falta de apoio à sua proposta de orçamento do Estado para 2026, muito contestada, em que previa 44 mil milhões de euros de poupanças para reduzir a dívida do país.

É esperado que o chefe de Estado francês escolha um novo primeiro-ministro de direita ou do centro que seja aceite pelo Partido Socialista, que se declara pronto para governar, tentando assim evitar mergulhar a França numa crise política mais grave.

Macron, cada vez menos popular e prestes a enfrentar algumas manifestações que prometem parar o país, poderia ter optado por convocar eleições antecipadas, tal como fez em junho de 2024, sem garantias de ficar com uma Assembleia Nacional menos fragmentada ou com uma maioria mais clara, queimando uma cartada que pode usar mais tarde para um novo Governo.

A França Insubmissa (LFI, esquerda radical) deverá apresentar uma moção de destituição contra Macron na próxima semana, anunciou a presidente dos deputados, Mathilde Panot.

Desde o início do segundo mandato de Emmanuel Macron, em maio de 2022, sucederam-se na liderança do executivo francês Elisabeth Borne (até janeiro de 2024), Gabriel Attal (até setembro de 2024), Michel Barnier (até dezembro de 2024) e François Bayrou, que esteve nove meses no cargo.


Leia Também: Governo francês cai após chumbo de moção de confiança

O governo de François Bayrou caiu, esta segunda-feira, depois de ter sido chumbada a moção de confiança apresentada. Mais de 360 deputados votaram contra e 194 votaram a favor. Bayrou deverá apresentar a demissão amanhã, terça-feira, ao presidente francês, Emmanuel Macron.


O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, agraciou o seu homólogo da Gâmbia, Adama Barrow, com a Medalha Amílcar Cabral, a mais alta distinção do Estado guineense.

A condecoração foi atribuída por Decreto Presidencial n.º 34/2025, numa cerimónia reservada aos actos de Estado, como reconhecimento pelos relevantes esforços do Presidente Adama Barrow no reforço das relações entre a Guiné-Bissau e a Gâmbia, em várias áreas de interesse comum.

O Chefe de Estado guineense enalteceu as qualidades de estadista do Presidente gambiano e reafirmou o compromisso de aprofundar os laços de amizade, fraternidade e cooperação entre os dois povos.

Esta distinção insere-se no quadro da Visita de Estado que Sua Excelência Adama Barrow efectua à Guiné-Bissau, a convite do General de Exército Umaro Sissoco Embaló.

Presidência da República da Guiné-Bissau

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, presidiu ao encontro bilateral entre as delegações da Guiné-Bissau e da Gâmbia, marcado por discussões em torno de assuntos de interesse comum, nomeadamente a cooperação no domínio da segurança, o comércio transfronteiriço e a integração regional.

No final do encontro, a Gâmbia e a Guiné-Bissau assinaram um acordo de cooperação no domínio da segurança, reafirmando o compromisso mútuo com a estabilidade e o combate às ameaças comuns na sub-região.

Ambas as partes manifestaram o compromisso de aprofundar a parceria estratégica entre os dois países.

Presidência da República da Guiné-Bissau

CPLP enaltece papel do Brasil no aniversário da sua independência... A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) enalteceu o contributo ativo e essencial do Brasil para o fortalecimento da organização, bem como para a promoção da língua portuguesa, a propósito do 203.º aniversário da independência do país.

© Lusa  08/09/2025

Em comunicado, o secretariado executivo da CPLP felicitou o Governo e o povo da República Federativa do Brasil pela comemoração deste aniversário, assinalado no domingo.

"Nesta ocasião de elevado significado histórico, a CPLP enaltece o contributo ativo e essencial do Brasil para o fortalecimento da comunidade, bem como para a promoção da língua portuguesa, da integração e desenvolvimento sustentável global, da cooperação multilateral e dos valores que unem os Estados-Membros", lê-se na nota.

A CPLP formulou ainda "votos de prosperidade e sucessos contínuos ao povo brasileiro".

Cooperação: Presidente da República considera de “histórica” visita do Chefe de Estado gambiano à Guiné-Bissau

Bissau 08 Set 25 (ANG) – O Presidente da República considerou hoje de “histórica” a visita de Estado do seu homólogo gambiano Adama Barrow à  Guiné-Bissau, por ser a primeira desde independência do país.

Umaro Sissoco Embalo fez estas afirmações durante um encontro bilateral entre as delegações dos dois países onde afirmou que desde a libertação da Guiné-Bissau do jugo colonial português esta foi a primeira visita de Estado de um Chefe de Estado gambiano o que segundo afirmou torna o momento especial e memorável .

Embalo salientou que, a Guiné-Bissau e Gâmbia, são países ligados por uma herança comum, pelas tradições culturais, espirituais e pelas etnias, bem como as línguas partilhadas e laços herdados do glorioso império de Gabú.

“Por isso ao trabalharmos hoje para reforçar as relações entre os nossos dois Estados soberanos, devemos lembrar destes raízes profundas da nossa irmandade que unem a Guiné-Bissau e a Gâmbia  e que assim devem permanecer e como líderes temos a responsabilidade de agir sempre juntos pelo bem-estar dos nossos povos", disse Embalo.

O Chefe de Estado guineense salientou que a cooperação bilateral e regional entre estes dois países, são de grande relevância e os dois governos têm mostrado a vontade política de aprofundar esses laços criando mecanismos eficazes que tornem essa parceria mais forte, eficiente e mais benéfica para todos e unidos a Guiné-Bissau e a Gâmbia podem enfrentar em conjunto os desafios do desenvolvimento.

Isso, segundo Embalo, é pela construção de infraestruturas partilhadas e da criação de zonas industriais transfronteiriças, sobretudo no setor do caju e processamento de frutas e legumes, sendo países costeiros, enfrentam impacto crescente das alterações climáticas por isso é essencial continuar na reflorestação dos mangais, na restauração costeira e na proteção do ecossistemas.

Em março do ano passado o país, segundo o Chefe de Estado guineense, conseguiu resultados positivos durante a visita da delegação gambiana a Bissau liderado pelo seu vice-Presidente Moamed Djalo, onde resultou em importantes decisões destinadas a impulsionar a implementação dos acordos nos domínios da defesa, segurança ,justiça, educação, ensino superior, comércio, turismo, pesca, agricultura e a comunicação social .

“Vamos estar juntos na defesa dos nossos valores comuns, na promoção de uma maior integração económica na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e na luta pela paz e estabilidade, desenvolvimento, justiça social em África e no mundo mais uma vez bem vindo a Guiné-Bissau Presidente Adama Barrow que é a sua própria casa", disse.

Por seu turno, o Chefe de Estado gambiano Adama Barrow explicou que desde a independência do seu país em 1965, esta é a primeira vez que um Presidente da Gâmbia faz uma visita de Estado a Guiné-Bissau o que diz mostra os laços comum que ligam os dois países, em termos culturais, linguísticos e no passado as duas Nações pertenciam o Império da Gabu.

Segundo ele, esses laços enraizados entre os dois povos, devem ser vistas cada vez que se unem para falar da situação que tem a ver com o desenvolvimento ou intercâmbio entre eles.

Adama falou na necessidade da construção do troço rodoviário comum, bem como a criação da zona industrial misto para poder acompanhar o sistema de desenvolvimento dos dois países.

Frisou que, que existem muitos acordos assinados entre os dois Estados nomeadamente no domínio da defesa, segurança, agricultura, comunicação social e educação em Junho de 2024 e segundo diz o foco deve ser agora no investimento benéfico para os dois os países.

Barrow salientou que vai apoiar a ideia do Presidente Sissoco Embalo em criar um polo de desenvolvimento entre Guiné-Bissau, Senegal e Gâmbia para facilitar sobretudo as movimentações de pessoas e bens nas fronteiras, realçando que ficou surpreendido com as obras a serem executadas no país depois de muitos anos da independência ,salientando  que ´é tempo de avançar com projetos concretos para descendimento destes países.

De acordo com o Programa, o último dia da visita,  dia 09 de Setembro, terça-feira os dois Presidentes vão visitar a nova fábrica de farinha do MC Group, sita na Zona Industrial de Blola, onde serão recebidos pelo ministro da Indústria, Promoção e e Transfomação de Produtos  Locais, Florentino Fernando Dias, na companhia do seu Administrador.

ANG/MSC/ÂC

Rússia tem superioridade numérica de 3 para 1 em batalha, diz Kyiv... As forças russas têm uma superioridade numérica de três para um em homens e meios técnicos sobre o Exército Ucraniano na frente de batalha, disse hoje o comandante das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Syrskyi.

Por LUSA 

Nas zonas de frente prioritárias para a Rússia, onde o Exército russo concentra a maior parte das tropas, esta superioridade chega a quatro e até seis para um, acrescentou Syrskyi.

O chefe do Exército afirmou, no entanto, que as suas tropas conseguiram estabilizar os eixos onde a situação mais se deteriorou para os ucranianos. Syrskyi referiu-se, em particular, às frentes de Dobropilia, Pokrovsk, Novopavlovsk e Liman.

Nos eixos de Dobropilia, as forças ucranianas reconquistaram 25,5 quilómetros quadrados em agosto. Por sua vez, os russos conquistaram 13,5 quilómetros quadrados de território nesta frente.

Na frente de Pokrovsk, a Ucrânia conquistou 26 quilómetros de território no mês passado, enquanto os russos capturaram cinco quilómetros quadrados.

Também em agosto, as tropas russas conseguiram penetrar atrás das linhas ucranianas nas zonas de Pokrovsk e Mirnograd, na região de Donetsk.

Segundo Syrskyi, o Exército ucraniano conseguiu neutralizar esta ameaça e impedir que a frente avançasse ou que as tropas ucranianas fossem cercadas.


Estudo deixa alerta: O impacto negativo dos adoçantes na saúde cerebral... Um estudo publicado na revista Neurology revelou que os substitutos do açúcar, como os adoçantes artificiais, ajudam a cortar nas calorias, mas podem afetar o cérebro e acelerar o declínio cognitivo.

Por  noticiasaominuto.com

O uso de substitutos do açúcar, como os adoçantes artificiais, pode ajudar a cortar no número de calorias consumidas. Contudo, segundo um novo estudo publicado na revista Neurology, pode estar a afetar o cérebro e fazer com que acelere o declínio cognitivo.

O estudo revelou que pessoas que consumiram adoçantes em excesso apresentavam problemas de memória e dificuldades em construir pensamentos. Concluíram que o declínio foi 62% superior em comparação com pessoas que consumiam este tipo de adoçantes em menores quantidades.

"Adoçantes com baixas ou nenhumas calorias são frequentemente vistos como uma alternativa saudável ao açúcar. No entanto, as nossas descobertas sugerem que certos adoçantes podem ter efeitos negativos na saúde do cérebro ao longo do tempo", revela Claudia Kimie Suemoto em comunicado de imprensa, aqui citada pelo jornal USNews.

No estudo foram acompanhados quase 12.800 adultos com uma idade média de 52 anos. A investigação foi feita ao longo de oito anos. Aspartame, sacarina, acessulfame-K, eritritol, xilitol, sorbitol e tagatose foram alguns dos adoçantes mais consumidos pelos participantes.

O risco dos adoçantes para a sáude do cérebro

Concluíram que pessoas que consumiam mais adoçantes tinham um declínio cognitivo mais acelerado do que outras pessoas. No caso de um consumo moderado, o declínio mostrou-se 35% mais rápido do que pessoas que o faziam em menor número. 

Por outro lado, a diabetes mostrou-se também um fator a ter em conta nesta relação entre os adoçantes e o declínio cognitivo. "Embora tenhamos encontrado ligações com declínio cognitivo em pessoas de meia-idade com e sem diabetes, pessoas com diabetes são mais propensas a usar adoçantes artificiais como substitutos do açúcar", revela Claudia Kimie Suemoto.

Em causa podem estar substâncias tóxicas que acabam por se decompor no corpo, afetar o cérebro e produzir mais inflamação. Apesar dos resultados, não revelam que possa existir uma ligação de causa efeito entre o os adoçantes e o cérebro.

"Mais estudos são necessários para confirmar as nossas descobertas e investigar se outras alternativas ao açúcar refinado, como compota de maçã, mel, ou açúcar de coco, podem ser vistas como alternativas eficazes", explica.

Alternativas ainda mais saudáveis do que o açúcar mascavado

Pode ser considerada uma alternativa ao açúcar refinado comum, mas não deixa de trazer alguns problemas quando consumido em excesso. Saiba como pode substituí-lo.

Ao 'website' Health Shots, a nutricionista Veena V dá a conhecer algumas alternativas mais saudáveis. Explica que pode não ser saudável quando consumido em excesso, pode aumentar o açúcar no sangue e até aumentar o risco de doenças crónicas.

Conheça seis alternativas saudáveis.

Açúcar de coco

"Contém pequenas quantidades de nutrientes, como ferro, zinco, cálcio e potássio."

Xarope de ácer

"Tem um índice glicémico inferior ao do açúcar."

Mel

"Ainda assim, deve ser consumido com moderação."

Stevia

"É adequado para pessoas que  querem reduzir a ingestão de açúcar e controlar a diabetes."

Adoçante de fruta do monge

"Não contém calorias e não aumenta os níveis de açúcar no sangue."

Açúcar de tâmaras

"Possui um índice glicémico mais baixo do que o açúcar mascavado."


"Libertem os reféns e deponham armas ou Gaza será destruída", alerta Katz... O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, disse hoje que Gaza vai ser destruída se o Hamas não libertar os reféns.

Por LUSA 

"Hoje, uma poderosa tempestade, semelhante a um furacão, atingirá os céus da cidade de Gaza", ameaçou Katz numa mensagem divulgada através das redes sociais.

O ultimato do ministro israelita ocorreu depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter emitido um "aviso final" ao movimento palestiniano que controla Gaza, pedindo que libertasse todos os reféns.

No dia 07 de outubro de 2023, o Hamas atacou Israel fazendo 1.200 mortos tendo sequestrado 250 pessoas.

A resposta militar de Israel contra o enclave palestiniano fez até ao momento mais de 60 mil mortos, de acordo com o Hamas.

Atualmente decorre uma operação militar israelita concentrada na cidade de Gaza, no norte do enclave.

"Este é um último aviso aos assassinos e violadores do Hamas em Gaza e nos hotéis de luxo no estrangeiro: libertem os reféns e deponham as vossas armas, ou Gaza será destruída e serão aniquilados", acrescentou o ministro da Defesa de Israel na mesma mensagem.

Hamas disposto a negociar "imediatamente" proposta de cessar-fogo dos EUA... O Hamas declarou-se hoje disposto a negociar "imediatamente" um acordo de libertação de todos os reféns em troca do fim da guerra na Faixa de Gaza, após ter recebido uma proposta dos Estados Unidos sobre um cessar-fogo.

Por LUSA 

"Recebemos, através dos mediadores, algumas ideias da parte dos Estados Unidos para chegar a um acordo de cessar-fogo. Consequentemente, o Hamas acolhe qualquer passo que ajude os esforços feitos para parar a agressão contra o nosso povo e afirma que está disposto a sentar-se imediatamente à mesa das negociações", declarou o movimento num comunicado.

O Hamas reiterou que procura um acordo que ponha fim à guerra, em troca da libertação de todos os reféns israelitas que permanecem sob seu poder, e que garanta a retirada das tropas de Israel do enclave. Também voltou a referir-se à proposta elaborada pelos mediadores (Egito, Catar e Estados Unidos) e que o grupo islamista aceitou no passado dia 18 de agosto, insistindo que o Governo de Benjamin Netanyahu ainda não deu resposta.

"A ocupação não respondeu até à data e continuou com os seus massacres e limpeza étnica. Consequentemente, o movimento está em contacto constante com os mediadores para transformar estas ideias num acordo completo que reconheça as exigências do nosso povo", refere o Hamas.

As negociações entraram num impasse de declarações, em que o Hamas insiste no acordo de agosto e pede uma resposta de Netanyahu, enquanto o governo israelita mantém que Gaza deve ser controlada pelo seu exército e que o Hamas deve ser desmilitarizado.

Entretanto, soube-se hoje que o enviado especial dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff, enviou na semana passada uma nova proposta ao Hamas para chegar a um acordo sobre os reféns de Gaza e sobre um cessar-fogo, através de um ativista pela paz israelita, de acordo com uma notícia exclusiva do site de notícias norte-americano Axios.

Momentos depois, o Presidente dos EUA, Donald Trump, lançou um "último aviso" ao Hamas para que aceite um acordo para libertar os reféns: "Os israelitas aceitaram as minhas condições. É hora de o Hamas também as aceitar", escreveu o Presidente na sua rede social 'Truth Social'.

Donald Trump alerta Hamas: 

Donald Trump alerta Hamas: "Todos querem os reféns em casa"

O Presidente dos Estado Unidos, Donald Trump, lançou hoje um "último aviso" ao grupo islamista palestiniano Hamas para que aceite um acordo de libertação dos reféns israelitas que mantém em Gaza.

Lusa | 21:03 - 07/09/2025

Além disso, uma fonte de segurança egípcia afirmou hoje que o Egito, o Catar e os Estados Unidos estão a preparar uma nova proposta que "será apresentada esta semana" e que inclui a libertação de todos os reféns na posse do Hamas, "o fim da guerra em Gaza e a formação de um governo na Faixa" para administrar o enclave palestiniano no pós-guerra.

Os novos contactos para um acordo integral ocorrem depois de, na sexta-feira, se terem cumprido 700 dias desde o início da ofensiva israelita em Gaza, após os ataques de 07 de outubro de 2023, e entre crescentes protestos em Israel para exigir a libertação dos 48 reféns que permanecem nas mãos do Hamas.

Nestes 700 dias de ofensiva, mais de 64.300 palestinianos foram mortos em Gaza por Israel, de acordo com dados do Ministério da Saúde do território, controlado pelo Hamas.


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