quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Chefe de Estado, General Umaro Sissoco Embaló recebe os partidos políticos que concorrem as eleições gerais de 23 de Novembro

 

Chevron e Petroguin Realizam Cerimónia Oficial de Remissão de Licenças de Pesquisa Petrolífera

Realizou-se esta quarta-feira (22.10), em Bissau, a cerimónia oficial de remissão das licenças de pesquisa petrolífera entre a empresa norte-americana Chevron e a petrolífera estatal guineense Petroguin. 

O ato marca um passo importante na cooperação energética entre as duas entidades, concretizando a entrega oficial do Suplemento das Licenças de Pesquisa dos blocos Carapau (5B) e Peixe-Espada (6B), localizados na plataforma marítima da Guiné-Bissau.

Entrega de Cartas Credenciais dos Embaixadores designados : Mauritânia, Serra Leoa, Argélia, Reino da Bélgica, Namíbia, Israel, Indonésia, Panamá, Suíça, Ruanda, Burundi, Austrália, Alemanha, Bangladesh, Correia do Sul.

Três anos de prisão para participantes de protesto na Costa do Marfim... Trinta e duas pessoas foram condenadas a três anos de prisão na Costa do Marfim por participarem nos protestos de 11 de outubro, proibidos pelas autoridades, avança hoje a agência de notícias Efe.

Por LUSA 

A condenação ocorre a poucos dias da realização das eleições presidenciais de sábado, marcadas pela exclusão dos dois principais candidatos da oposição.

Segundo noticiaram os meios de comunicação locais na terça-feira à noite, 40 detidos compareceram perante a Justiça e afirmaram que se encontravam na rua quando os factos ocorreram, mas que não participaram expressamente nas marchas em Abidjan, capital económica da Costa do Marfim.

As manifestações desse dia, dispersadas pela polícia com cargas e gás lacrimogéneo, foram inicialmente convocadas pela Frente Comum, uma aliança das duas principais formações da oposição do país: o Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI, em francês) e o Partido dos Povos Africanos da Costa do Marfim (PPA-CI).

Embora os partidos tenham cancelado a convocatória após ter sido proibida pelas autoridades, os apelos nas redes sociais para sair às ruas mantiveram-se, sob o lema "Pela democracia, justiça e paz".

Segundo a Efe, os agentes detiveram dezenas de pessoas suspeitas de serem manifestantes, embora estas se misturassem com os transeuntes.

Desde então, cerca de 700 pessoas foram detidas em vários pontos do país por atos semelhantes, segundo o Ministério Público.

Destas, 50 foram já condenadas na quinta-feira passada a três anos de prisão por "perturbação da ordem pública".

Nesta terça-feira, o tribunal aceitou apenas as explicações de oito dos acusados e declarou os demais culpados da mesma acusação, destacando que "a liberdade de manifestação não deve ser confundida com desordem".

A tensão tem aumentado no país à medida que as eleições se aproximam, com a imposição, na semana passada, de uma proibição de dois meses sobre comícios e manifestações políticas de todos os partidos, exceto os dos cinco candidatos oficialmente autorizados a concorrer às eleições.

Entre eles não se encontram, após a sua exclusão do recenseamento eleitoral, os dois principais candidatos da oposição: o ex-diretor executivo do banco suíço Crédit Suisse Tidjane Thiam, do PDCI, e o ex-Presidente Laurent Gbagbo (2000-2011), do PPA-CI.

Por seu lado, o Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, de 83 anos, formalizou em julho a sua candidatura pela União dos Houphouëtistas pela Democracia e a Paz (RHDP).

No poder desde 2010, Ouattara já exerce um controverso terceiro mandato, apesar do limite constitucional de dois mandatos presidenciais.

Os seus apoiantes sustentam, no entanto, que a reforma constitucional de 2016 reiniciou a contagem e permite a recandidatura.

Vance alerta para "tarefa difícil" de desarmar Hamas... O vice-presidente norte-americano, JD Vance, alertou hoje em Jerusalém para a tarefa difícil de desarmar o Hamas na Faixa de Gaza e reconstruir o território palestiniano.

Por LUSA 

"Temos uma tarefa muito, muito difícil pela frente, que é desarmar o Hamas e reconstruir Gaza, melhorar a vida das pessoas de Gaza", afirmou Vance após um encontro com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

É também necessário "garantir que o Hamas não volte a ser uma ameaça para os nossos amigos em Israel", referiu, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Muitos pontos do plano que se espera que traga a paz a Gaza, apresentado pelo Presidente Donald Trump em setembro, permanecem em aberto, incluindo a questão do desarmamento do movimento islamista.

O acordo de cessar-fogo suspendeu a guerra em curso desde 07 de outubro de 2023 entre o Hamas e Israel, que matou dezenas de milhares de pessoas e destruiu grande parte do enclave palestiniano.

Vance disse também que o acordo sobre Gaza poderá permitir a Israel outras alianças no Médio Oriente no âmbito dos acordos de Abraão, que normalizaram as relações entre o Estado hebraico e alguns países árabes em 2020.

Segundo Vance, isso poderia permitir "uma estrutura de aliança no Médio Oriente que perdure, que resista e que permita que as pessoas certas da região, do mundo, tomem as rédeas da situação".

O vice-presidente dos Estados Unidos chegou na terça-feira a Israel para uma visita de dois dias para supervisionar a implementação do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza assinado por Israel e o Hamas em 10 de outubro.

Vance viajou acompanhado pelo enviado especial para o Médio Oriente, Steve Witkoff, e por Jared Kushner, genro do Presidente norte-americano.


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O 'vice' dos Estados Unidos, JD Vance, visita esta semana o Médio Oriente, e respondeu a algumas questões em Israel. O responsável respondeu que o mais "importante" agora é a reconstrução de Gaza e "dar comida às pessoas".



Pyongyang lança mísseis em vésperas de visita de Trump à Coreia do Sul... A Coreia do Norte lançou hoje vários mísseis balísticos de curto alcance, no primeiro teste desde a posse do Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, e a uma semana da visita do Presidente norte-americano, Donald Trump, à Coreia do Sul.

Por LUSA 

"O Exército detetou hoje, por volta das 08:10, hora local (23:10 TMG de terça-feira), o lançamento de vários mísseis balísticos de curto alcance da zona de Jungwha, na província de Hwanghae do Norte", anunciou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) num comunicado.

Segundo o mesmo texto, os mísseis foram lançados para nordeste, aparentemente em direção ao mar do Japão, conhecido como mar do Leste nas duas Coreias, e as autoridades sul-coreanas e americanas estão a realizar uma análise de especificações exatas.

Numa informação anterior, o JCS tinha informado que, pelo menos, um míssil tinha sido hoje lançado pelo exército norte-coreano.

O lançamento destes mísseis ocorre uma semana antes da visita prevista de Trump à Coreia do Sul, no âmbito dos eventos do fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC).

Vários relatos indicam que o Presidente norte-americano visitará a cidade sul-coreana de Gyeongju na quarta-feira da próxima semana, onde poderá pernoitar.

Tem igualmente sido avançada a hipótese de Trump realizar uma cimeira com o homólogo chinês, Xi Jinping, que, a acontecer, tem como contexto o fortalecimento dos laços entre Pequim e Pyongyang, marcado pela presença do líder norte-coreano, Kim Jong-un, num importante desfile militar na China no início de setembro.

Este foi também o primeiro teste de mísseis pela Coreia do Norte desde a tomada de posse do novo líder da Coreia do Sul, no início de junho.

Os canais de comunicação intercoreanos permanecem cortados desde 2022, e Pyongyang tem rejeitado repetidamente os apelos da administração de Lee Jae-myung para reabrir o diálogo.

O último lançamento semelhante de mísseis por parte de Pyongyang ocorreu em maio, mês em que lançou um míssil balístico de curto alcance no dia 08, e vários mísseis de cruzeiro no dia 22, em ambos os casos também sobre águas do mar do Japão.


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A Rússia voltou esta madrugada a atingir infraestruturas de gás localizadas em Poltava, no centro da Ucrânia, de acordo com o chefe da Administração Militar da Região, Volodímir Kogut.


Putin? "Não, não, não quero uma reunião inútil. Não quero perder tempo"... O Presidente norte-americano, Donald Trump, rejeitou hoje realizar uma "reunião inútil" com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, após o adiamento por tempo indeterminado da anunciada cimeira entre ambos em Budapeste sobre o conflito na Ucrânia.

Por LUSA 

"Não, não, não quero uma reunião inútil. Não quero perder tempo, por isso veremos o que acontece", disse Trump na Casa Branca aos jornalistas, quando questionado sobre o anunciado encontro com Putin.

O Presidente norte-americano insistiu também que a Rússia e a Ucrânia deveriam simplesmente retirar as suas tropas e acabar com o derramamento de sangue.

Um responsável da Casa Branca afirmou esta terça-feira que a cimeira entre Trump e Putin, anunciada na passada quinta-feira, não deverá ocorrer num "futuro próximo". 

Segundo a mesma fonte, o encontro, que estava agendado para acontecer em Budapeste, na Hungria, fica sem efeito.

"Não há necessidade de uma reunião cara a cara adicional entre o secretário de Estado [norte-americano], Marco Rubio, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, e não há planos para o Presidente Trump se reunir com o Presidente Putin no futuro imediato", disse o funcionário, sob condição de anonimato, citado pelas agências de notícias espanhola EFE e norte-americana Associated Press (AP). 

Segundo o responsável, a decisão foi tomada na sequência de um telefonema, na segunda-feira, entre Marco Rubio e Serguei Lavrov, para debater os contornos da cimeira entre os líderes norte-americano e russo sobre o fim do conflito na Ucrânia.

A conversa entre Rubio e Lavrov ocorreu depois de Donald Trump ter dito que os dois chefes da diplomacia se reuniriam esta semana para organizar a cimeira.

Já o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou hoje que não era urgente o encontro entre Putin e Trump, sublinhando que "é necessária uma preparação, uma preparação séria". 

A reunião, anunciada pelo Presidente republicano na rede social Truth Social na quinta-feira após uma conversa telefónica com Putin, deveria ter lugar em Budapeste, embora a data não tenha sido fixada.

Trump, que qualificou a conversa com Putin como "muito produtiva", indicou na mesma ocasião que o encontro entre ambos iria ocorrer dentro das "próximas duas semanas" ou seja, antes de novembro.

O Presidente norte-americano também sugeriu na semana passada que a fronteira entre os dois Estados (Rússia e Ucrânia) deveria passar a corresponder à atual linha da frente de batalha.

Na sexta-feira, durante a sua visita a Washington, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de ceder territórios para pôr fim à guerra e defendeu que para parar o conflito e "ir para negociações de paz urgentemente, pelo caminho diplomático" é preciso "não dar mais a Putin".

O jornal Financial Times noticiou que a reunião entre Trump e Zelensky ficou marcada por uma discussão com gritos, ofensas e uma alegada ameaça feita pelo líder norte-americano de que Putin iria "destruir" a Ucrânia se o líder ucraniano não aceitasse os termos russos para o fim do conflito.

Ainda hoje, um responsável ucraniano revelou que Trump pressionou Zelensky a aceitar a cedência da região oriental do Donbass à Rússia durante a reunião na Casa Branca. 

A fonte, que falou à agência France-Presse (AFP) sob anonimato, descreveu a reunião como "tensa e difícil", acrescentando que Trump pediu a Zelensky para ordenar a retirada das tropas ucranianas das zonas ainda sob controlo de Kyiv, uma das exigências centrais do Presidente russo.

"A diplomacia de Trump deu-nos a sensação de estar a andar em círculos", comentou a fonte ucraniana.

O Kremlin tem insistido que qualquer acordo exige a retirada ucraniana das quatro regiões anexadas por Moscovo - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - e a renúncia formal de Kyiv à adesão à NATO.

Também hoje, a agência Bloomberg avançou que países europeus e a Ucrânia estão a preparar uma proposta para acabar com a guerra causada pela Rússia nas atuais linhas de batalha, contrariando exigências de território feitas por Moscovo.

Segundo fontes próximas do processo, citadas pela agência, Donald Trump ficaria a presidir a um conselho da paz, responsável por supervisionar a aplicação do plano proposto, com 12 pontos

Até agora, a Rússia rejeitou os apelos para pôr fim aos combates ao longo das linhas existentes, apesar de ter sofrido baixas massivas na guerra, iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022.

Qualquer proposta também precisaria da aprovação de Washington e as autoridades europeias podem viajar para os Estados Unidos esta semana, indicaram ainda.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, partiu hoje para Washington, onde irá encontrar-se com Trump na quarta-feira 

No mesmo sentido, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, chefes de Estados aliados de Kyiv e líderes das instituições europeias defenderam hoje que "a linha da frente deve ser o ponto de partida para negociações".

Chefes de Estado ou de Governo da Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Polónia, Espanha, Dinamarca, Noruega e Finlândia também subscreveram a posição.