quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Hamas culpa Governo israelita por atrasos na entrega dos corpos dos reféns... O Hamas responsabilizou hoje o Governo de Benjamin Netanyahu pelos atrasos na entrega dos corpos dos reféns israelitas mortos em Gaza, que ainda não foram devolvidos a Israel.

© Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images   Lusa   16/10/2025

A organização palestiniana argumentou, em comunicado difundido nas suas redes sociais, que a devolução dos corpos demorará, uma vez que alguns ficaram enterrados em túneis "destruídos pela ocupação", enquanto outros ainda se encontram debaixo dos escombros de edifícios bombardeados e demolidos.   

"Qualquer atraso no retorno dos corpos recai inteiramente sobre o Governo de Netanyahu, que impede e evita o fornecimento dos recursos necessários", acrescentou, uma vez que são necessários equipamentos para os recuperar, "que atualmente não estão disponíveis, devido à proibição de entrada imposta pela ocupação".  

A passagem fronteiriça de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, continua encerrada e o Hamas considera que isso faz parte de uma estratégia do Governo de Telavive para "punir" a população palestiniana.

O grupo islamita também reafirmou hoje o seu "compromisso" com a "execução" do acordo de cessar-fogo em Gaza negociado com Israel sob a égide dos Estados Unidos, e voltou a comprometer-se a "devolver todos os corpos restantes" dos reféns.

Israel acusa o Hamas de violar o acordo de cessar-fogo que entrou em vigor em 10 de outubro, o qual previa o retorno de todos os reféns, vivos e mortos, antes da manhã de segunda-feira.


Hungria está preparada para receber encontro entre Trump e Putin... O primeiro-ministro da Hungria, o ultranacionalista Viktor Orbán, assegurou hoje que o seu Governo está preparado para organizar em Budapeste um encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o seu homólogo russo, Vladímir Putin.

© Getty Images   Lusa    16/10/2025

"A reunião prevista entre os presidentes dos EUA e da Rússia é uma grande notícia para os amantes da paz de todo o mundo. Estamos preparados!", afirmou Orbán numa breve mensagem na rede social X, minutos depois de Trump ter informado que, numa conversa telefónica mantida hoje com Putin, ambos os mandatários acordaram reunir-se em Budapeste, sem especificar uma data. 

"O presidente Putin e eu reunimo-nos num local acordado, Budapeste, Hungria, para ver se podemos pôr fim a esta guerra ignominiosa entre a Rússia e a Ucrânia", manifestou Trump na sua rede social, Truth Social.

Poucos momentos depois, Orbán publicou nas redes sociais outro breve comunicado em que informa que já falou com Trump sobre a organização do encontro.

"Acabei de falar por telefone com o presidente DonaldTrump. Os preparativos para a cimeira de paz entre os Estados Unidos e a Rússia estão em andamento. A Hungria é a ilha da PAZ!", escreveu o mandatário ultranacionalista.

O encontro entre Trump e Putin será o segundo entre ambos os líderes durante o segundo mandato do americano, após a cimeira realizada no passado dia 15 de agosto no Alasca.

Orbán é um aliado próximo tanto de Trump como de Putin e vários ministros do seu Governo já tinham proposto Budapeste como possível sede das negociações entre os dois líderes.

O presidente americano fez o seu anúncio depois de uma conversa telefónica hoje com Putin, que qualificou como "muito produtiva", um dia antes de receber na Casa Branca o presidente ucraniano, Volodímir Zelenski.

Trump acrescentou que esta sexta-feira se reunirá na Sala Oval com Zelenski e adiantou que ambos falarão sobre a conversa que manteve com Putin "e sobre muito mais".

O presidente dos EUA acrescentou que acredita "firmemente" que o sucesso das negociações para conseguir um cessar-fogo na Faixa de Gaza contribuirá para o diálogo com vista a pôr fim à guerra iniciada com a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Washington sugeriu esta semana a possibilidade de entregar mísseis Tomahawk à Ucrânia, algo que tem sido interpretado como uma nova viragem na estratégia da Casa Branca para aumentar a pressão sobre Putin.

Moscovo advertiu hoje que o fornecimento de Tomahawks a Kiev representaria um "novo nível de escalada".

A Rússia rejeitou até agora qualquer cessar-fogo prolongado e exige, para pôr fim ao conflito, que a Ucrânia lhe ceda quatro regiões - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - além da península da Crimeia anexada em 2014, e renuncie para sempre a aderir à NATO.


Leia Também: Trump revela que encontro com Putin será "dentro de duas semanas"

Donald Trump revelou que o seu encontro com Vladimir Putin, em Budapeste, na Hungria, irá decorrer "dentro de duas semanas" e explicou que terá reuniões separadas com o presidente da Rússia e da Ucrânia porque "eles os dois não se dão muito bem".


Candidatura da COLIDE-GB rejeitada em todos os círculos eleitorais para as legislativas de 2025 O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) notificou oficialmente a Convergência Nacional para a Liberdade e o Desenvolvimento (COLIDE-GB) sobre a rejeição da sua candidatura em todos os círculos eleitorais onde se apresentou para as Eleições Legislativas de 23 de novembro de 2025.

A notificação foi emitida no âmbito do Processo nº 10/2025 - P.E., conforme o mandado de notificação assinado pelo Venerando Juiz Conselheiro e Presidente do STJ, Dr. Arafam Mané, datado de 15 de outubro de 2025.
De acordo com o documento, a decisão consta da lista definitiva de candidaturas publicada na mesma data. O partido foi notificado através do seu mandatário, Nosolino J. S. Mendonça, a quem foi entregue uma cópia do despacho.
A decisão marca a exclusão formal da COLIDE-GB da disputa eleitoral legislativa marcada para novembro.
Radio TV Bantaba

“PAI TERRA-RANKA”: ... A Estratégia de Destruição do PAIGC

1. Enquadramento

Desde o Congresso de Cacheu, o PAIGC entrou num ciclo de contradições internas e de perda progressiva da sua identidade política. Em vez de promover a reconciliação e o reencontro entre os seus militantes e simpatizantes, o novo líder optou por uma estratégia de hostilização sistemática contra todos os que ousaram divergir da sua linha pessoal de comando. Essa opção resultou na desagregação do partido e na erosão do seu prestígio histórico.

Nas primeiras eleições sob a sua liderança, o PAIGC perdeu dez mandatos parlamentares. A reação a essa derrota não foi uma autocrítica nem uma reestruturação interna, mas sim a criação da coligação “PAI TERRA-RANKA”, integrando formações sem expressão eleitoral significativa — como a União para a Mudança (UM), com 1 deputado, e o PCD, também com 1 deputado, além do MDG/PSD e outros grupos sem representação efetiva.

A grande interrogação que se impõe é simples: o que ganha o PAIGC com esta coligação?

Além de ter perdido representação parlamentar, o partido renunciou à chefia do Governo, preferindo um chamado “governo de inclusão”, e refugiou-se num discurso de vitimização permanente. O líder em questão, que já foi aliado de quase todas as forças políticas do país, acusa todos de falta de lealdade e de seriedade — esquecendo-se de que foi a sua conduta que abriu as portas à fragmentação do partido.

2. Uma trajetória de divisão e decadência

Foi sob esta liderança que nasceu o MADEM-G15, formado por dissidentes do PAIGC fartos da perseguição interna e da ausência de diálogo. Mais recentemente, surgiu também o PTG, composto por novos descontentes.

A pergunta impõe-se: que vitórias políticas ou institucionais obteve o PAIGC sob esta liderança? Nenhuma. Pelo contrário, o partido perdeu identidade, aliados, representação e credibilidade.

A coligação “PAI TERRA-RANKA” é, na verdade, um projeto político bem disfarçado de dissolução do PAIGC. Basta observar a atual composição do seu “Presidium”, onde figuram elementos estranhos ao partido, incluindo um vice-presidente que, em 1994, enquanto porta-voz do PCD, atacou duramente o PAIGC. A direção da comunicação está nas mãos de um ex-militante da UM. Como pode o partido que libertou a Nação entregar os seus destinos a quem sempre o combateu?

Tudo indica que “PAI TERRA-RANKA” é um mecanismo de morte lenta do PAIGC.

3. Gestão ruinosa e manipulação financeira

Em 2014, o PAIGC regressou ao poder com menos dez mandatos do que no ciclo anterior. Ainda assim, o governo decidiu, contra as recomendações do FMI, proceder à chamada “operação de resgate” dos devedores do BAO e do BDU, num montante de 34 mil milhões de francos CFA, sob o pretexto de “redinamizar o empresariado nacional”.

Na prática, tratou-se de uma manobra para satisfazer o apetite de empresários ligados ao crédito malparado, muitos deles próximos da elite partidária.

Em 2019, o governo de Aristides Gomes, sob o patrocínio político de DSP, contraiu novas dívidas junto de colaboradores dos setores sociais, incluindo a Educação, em plena campanha eleitoral — num claro desvio de finalidade, que terminou na derrota do próprio DSP nas presidenciais que o opunham a Umaro Sissoco Embaló.

Mais recentemente, em 2023, em apenas três meses de governação, sob a orientação direta do mesmo líder, realizou-se um segundo resgate no valor de 6 mil milhões de francos CFA, sem auditoria nem transparência, como confirmou o próprio ministro das Finanças, Suleimane Seide.

O episódio evidenciou uma aliança entre interesses financeiros obscuros e o chefe partidário, que se comportou mais como advogado dos beneficiários do “Resgate II” do que como Presidente da Assembleia Nacional Popular. O resultado foi devastador: mais um escândalo económico-financeiro e a queda do Governo.

4. A coligação como instrumento de destruição

Perante esta sucessão de fracassos e erros estratégicos, impõe-se uma reflexão profunda: por que razão insiste o DSP na manutenção da coligação PAI TERRA-RANKA?

Tudo leva a crer que o verdadeiro objetivo dessa estrutura não é fortalecer o PAIGC, mas neutralizá-lo, diluindo a sua identidade numa plataforma artificial e sem alma.

As suas estratégias têm-se revelado desastrosas — derrotas eleitorais sucessivas, divisões internas irreparáveis, perda de confiança entre militantes e aliados. O PAIGC, sob esta direção, perdeu a capacidade de liderar o país e de dialogar com as instituições da República.

Chega, portanto, o momento de perguntar:

> “Para que serve uma liderança que não consegue conservar o poder, unir os seus militantes nem assegurar o prestígio do partido fundado por Amílcar Cabral?”

A história julgará severamente quem, por ambição pessoal e egocentrismo político, transformou o símbolo da libertação nacional num instrumento de declínio e desagregação.

Alamuta Djata   

Susana 16 de outubro de 2025

Homi garandi Said Raïs tchiga terra.

 Abel Djassi

STJ EXCLUI MILITANTES DA APU-PDGB DA LISTA DA COLIGAÇÃO PLATAFORMA REPUBLICANA

Por: Tiago Seide  Jornal Odemocrata  16/10/2025 

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidiu excluir os militantes da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) da lista da Coligação Plataforma Republicana “Nô Kumpu Guiné” para as eleições legislativas de 23 de novembro.

“Pelo exposto, defere-se a reclamação ora deduzida, delibera-se expurgar da lista admitida da Coligação Plataforma Republicana ‘Nô Kumpu Guiné’ o nome de todos os militantes da formação política Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB)”, lê-se na deliberação do STJ.

Segundo apurou O Democrata, entre os militantes da APU-PDGB incluídos na lista da coligação Repubk constavam o presidente do partido, Nuno Gomes Nabiam (CE 5), Samuel Denis (CE 1), Agostinho Copte (CE 19) e Juelma Cubala (CE 25). 

A decisão surge na sequência de uma reclamação apresentada pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que contestou a presença de membros da APU-PDGB na coligação “Nô Kumpu Guiné”, alegando violação da lei eleitoral e da lei-quadro dos partidos políticos.

Segundo o PAIGC, os candidatos de um partido que desistiu de concorrer às eleições não podem integrar listas de coligação, a menos que renunciem à militância anterior e se filiem numa das formações integrantes da coligação.

Sobre os fundamentos da decisão, o STJ reconhece que, embora a lei eleitoral permita que as listas de partidos ou coligações incluam cidadãos não inscritos, essa norma deve ser interpretada à luz da atual configuração legal, que já aboliu a figura do “deputado independente”.

Citando o artigo 130.º da Lei Eleitoral, os juízes conselheiros sublinham que, uma vez legalizado o convénio político entre os partidos que integram a Coligação “Nô Kumpu Guiné”, só os militantes dessas formações podem integrar a lista de candidatura, insistindo que a inclusão de militantes da APU-PDGB, partido que não é signatário do convénio político, constitui, assim, uma irregularidade.

“De acordo com o disposto no artigo 130.º da Lei Eleitoral, só podem integrar a lista da candidatura os militantes das formações políticas signatárias do convénio político, e não outras, como sucede com a integração de alguns militantes da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB)”, refere o acórdão assinado pelos juízes-conselheiros Arafam Mané (presidente), João Mendes Pereira, Aimadú Sauané, Átila Djawara Moreira Ferreira, Pansau Natcharé e Carmém Isaura Batista Lobo.

Apesar disso, o documento do STJ ressalta que a lei eleitoral não exige a mudança formal de militância partidária como requisito para a candidatura, desde que não haja conflito de múltiplas candidaturas.


Ucrânia acusa Coreia do Norte de participar em operações de drones... As Forças Armadas ucranianas acusaram hoje a Coreia do Norte de colaborar com a Rússia em operações de reconhecimento com drones a partir da região russa de Kursk, junto à fronteira.

Por LUSA 

O Estado-Maior ucraniano afirmou ter detetado comunicações e um vídeo que mostra operadores norte-coreanos a ajustar um destes dispositivos, de acordo com um comunicado.

"As forças de ocupação russas continuam a envolver tropas norte-coreanas em operações de combate devido à crítica falta de pessoal e ao fracasso da sua ofensiva em Sumi", acrescentou.

Kiev disse que estes militares estrangeiros participam em missões de recolha de informações e de ajustamento de disparos de artilharia, funções consideradas essenciais para os ataques russos.

"As Forças Armadas da Ucrânia estão a documentar todas as provas da participação de formações estrangeiras na agressão armada e reservam-se o direito de neutralizar qualquer colaborador de Moscovo", avançou o Estado-Maior.

A presença de tropas norte-coreanas na Rússia tem vindo a ser noticiada desde 2024, quando Pyongyang enviou contingentes para apoiar Moscovo na defesa da região de Kursk, alvo de incursões ucranianas no verão desse ano.

As autoridades russas têm mantido silêncio sobre a cooperação militar com a Coreia do Norte, mas fontes dos serviços de informações sul-coreanos estimaram que centenas de soldados norte-coreanos terão morrido em operações de combate no território russo.

África. FMI avisa que financiamento com bancos locais traz "novos riscos"... O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou hoje para "novos riscos" que os países africanos enfrentam por estarem a endividar-se cada vez mais junto da banca nacional, retirando margem para o financiamento da atividade empresarial local.

Por LUSA 

"Os encargos com o serviço da dívida aumentaram, reduzindo o espaço outrora disponível para despesas prioritárias em prol do desenvolvimento; o crescente recurso a financiamento interno oneroso está a aprofundar a relação entre os bancos e as entidades soberanas, gerando novos riscos", lê-se no relatório sobre as Perspetivas Económicas Regionais para a África subsaariana.

No documento, hoje divulgado no âmbito dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, que decorrem em Washington, o FMI salienta que os bancos africanos são os que detêm mais dívida soberana dos países onde operam, "e estão a aumentar mais rapidamente na África Subsariana do que no resto do mundo".

O perigo, apontam, é a criação de um círculo vicioso: "A deterioração da qualidade creditícia do Estado compromete a solidez do setor bancário, o que pode reduzir a disponibilidade já limitada de crédito privado, afetar o crescimento económico, e também levar a possíveis resgates a bancos, desencadear saídas de capitais e gerar pressões no mercado cambial.

Todos estes fatores podem, por sua vez, agravar os desafios orçamentais, sustentam os economistas do FMI.

O recurso ao financiamento local foi a solução encontrada nos últimos anos pelos governos africanos, que ficaram arredados dos mercados internacionais de capitais no seguimento da pandemia, devido ao aumento das taxas de juro, a que se junta também a redução da ajuda internacional ao desenvolvimento.

A melhor solução, defende a instituição financeira internacional, é recorrer a financiamento concessional, isto é, com grandes prazos de pagamento e baixas taxas de juro, e garantir, em qualquer caso, a proteção dos serviços essenciais, como a saúde, educação e ação humanitária.

Em entrevista à Lusa, o chefe adjunto na divisão de estudos regionais do departamento africano do FMI, António David, admitiu que "a transição para uma parte maior de financiamento no mercado doméstico traz vantagens", entre as quais estão a proteção da exposição cambial, mas considera que os perigos parecem ser maiores que as vantagens.

"A dívida doméstica tende a ser mais cara, com juros mais elevados e tem alguns efeitos negativos do ponto de vista macroeconómico, como a redução da disponibilidade de crédito para o setor privado, o que impacta o crescimento e o desenvolvimento económicos, e traz riscos cambiais, porque quando há uma desvalorização cambial, a dívida automaticamente aumenta", disse António David, que é um dos principais autores do relatório do FMI.

Questionado sobre a razão de isto acontecer, tendo em conta as desvantagens, o economista explicou que "muitos (Estados africanos) não têm acesso ao mercado internacional de Eurobonds".

"Há menos de 20 países africanos que conseguem aceder, podem ter empréstimos diretos, ou sindicâncias [empréstimos de vários bancos em conjunto], mas são em número limitado, e por isso recorrem ao financiamento doméstico", referiu.

Mais de 9 mil estrangeiros notificados para deixar o país no 1.º semestre... Mais de nove mil estrangeiros foram notificados, durante o primeiro semestre de 2025, para abandonar Portugal, segundo dados divulgados hoje pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).

Por LUSA 

De acordo com o Relatório de Migrações e Asilo 2024, divulgado hoje na página da AIMA, foram emitidas 9.268 notificações para abandono voluntário no primeiro semestre de 2025. 

Apesar de o relatório se referir a 2024, a AIMA decidiu incluir os dados referentes ao primeiro semestre de 2025 tendo em conta "o relevo da variação de tendência verificada".

Isto porque, até ao final de 2024, registaram-se apenas 446 notificações, sendo que o relatório explica que só este ano foi possível começar a recuperação da aplicação do regime de retorno, devido a dificuldades decorrentes do processo de extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e do modo de implementação do mecanismo de manifestação de interesse.

Em maio, o Governo confirmou que a AIMA tinha recusado 18 mil pedidos de autorização de residência de cidadãos estrangeiros, que seriam notificados, até ao final do ano, para abandonar o país voluntariamente em 20 dias.

Quanto aos processos de afastamento coercivo, foram instaurados 195 processos até ao final de 2024, visando maioritariamente cidadãos oriundos do Brasil (31), Argélia (20), Marrocos (19) e Índia (14).

A AIMA contabiliza ainda 352 pedidos de apoio para retorno voluntário, tendo sido efetivamente apoiados 161 cidadãos estrangeiros, 149 dos quais de nacionalidade brasileira.

Face a 2023, aumentou em 183% o número de processos de contraordenação instaurados, registando-se 3.470 processos, dos quais 1.871 por falta de declaração de entrada e 884 por permanência ilegal.

O número de cidadãos estrangeiros a residir em Portugal quadruplicou em sete anos, com cerca de 1,5 milhões registados no final de 2024.

O relatório divulgado hoje faz ainda o balanço da atividade da Estrutura de Missão para a Recuperação de Processos Pendentes na AIMA que, ao longo de um ano, contactou mais de 900 mil cidadãos estrangeiros e realizou mais de 600 mil atendimentos.

Foram ainda analisados mais de 480 mil registos criminais, decididos 490 mil processos e emitidos mais de 230 mil cartões de residência.


Leia Também: Estrangeiros a viver cá quadriplicaram em sete anos (1,5 milhões em 2024)

O número de cidadãos estrangeiros a residir em Portugal quadruplicou em sete anos, com cerca de 1,5 milhões registados no final de 2024, segundo dados da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).



Diretor do Centro Integrado de Transporte (Quipux-Bissau ), Gnassingue Wellez Cabral, explicou esta quarta feira 15/10/2025, aos proprietários das viaturas os procedimentos para obtenção da chapa de matrícula de viatura no prazo de 72 dias horas através do centro integrado.

 Gnassingue Wellez Cabral falava numa entrevista exclusiva concedida a Rádio TV Bantaba, na qual disse que depois dos proprietários preencherem todas as formalidades requisitadas no processo de obtenção da chapa de matrícula tem 72 duas horas para receber a sua chapa de matrícula.

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Após a vigília realizada pelo direção do sindicato de base do Hospital Nacional Simão Mendes, o diretor da instituição, Vito José Enrique Mendes Pereira, prestou declarações à imprensa sobre o assunto.

 

Os mandatários judiciais da Coligação PAI TERRA RANKA realizaram esta quinta-feira uma conferência de imprensa para se pronunciarem sobre a candidatura da coligação às próximas eleições legislativas, bem como para esclarecerem a situação relativa à candidatura de Domingos Simões Pereira, apresentada em nome do PAIGC, às eleições presidenciais.



Famílias de reféns pedem que se adie cessar-fogo em Gaza até entrega de corpos

Sicnoticias  16/10/2025

O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, confirmou na quarta-feira à noite que os caixões de dois reféns foram entregues pela Cruz Vermelha às forças israelitas na Faixa de Gaza.

O Fórum das Famílias de Reféns pediu, esta quinta-feira, ao Governo israelita para adiar a implementação do acordo de cessar-fogo em Gaza até que o Hamas entregue os corpos dos 19 reféns ainda nas mãos do grupo islamita.

O Fórum exigiu, em comunicado divulgado esta quinta-feira que "o Governo [de Israel] cesse imediatamente a implementação de quaisquer outras medidas do acordo enquanto o Hamas continuar a violar abertamente as suas obrigações em relação à devolução de todos os reféns e dos restos mortais das vítimas".

"O Hamas é obrigado a devolver todos os reféns mortos"

Na quarta-feira, o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, avisou que o Exército poderia retomar a sua ofensiva na Faixa de Gaza, após o movimento islamita ter referido que não conseguiu localizar os corpos de mais nenhum refém.

"Se o Hamas se recusar a respeitar o acordo, Israel, em coordenação com os Estados Unidos, retomará os combates e trabalhará para a derrota total do Hamas", disse.

Katz reagia ao anúncio do grupo islamita palestiniano de que tinha entregado todos os restos mortais de reféns a que teve acesso.

Para o ministro, isto é uma violação do acordo de cessar-fogo, que estipula que "o Hamas é obrigado a devolver todos os reféns mortos que mantém em seu poder".

O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, confirmou na quarta-feira à noite que os caixões de dois reféns foram entregues pela Cruz Vermelha às forças israelitas na Faixa de Gaza.

O Hamas entregou até agora os 20 reféns vivos e 10 cadáveres, um dos quais não correspondia a nenhum dos 28 reféns mortos.

O grupo islamita garante que cumpriu o seu "compromisso com o acordo" e disse que já entregou todos os prisioneiros israelitas vivos sob a sua custódia, bem como os corpos a que teve acesso.

"Quanto aos restantes corpos, são necessários grandes esforços e equipamento especial para a sua recuperação e extração", acrescentou o Hamas num comunicado divulgado nos seus canais oficiais.

Há ainda 19 corpos de reféns israelitas por entregar, em troca de pelo menos 360 corpos de residentes de Gaza mortos durante a ofensiva, 90 dos quais já foram devolvidos pelo Exército de Israel, conforme estipulado no acordo.

O cessar-fogo previa a entrega de todos os reféns, vivos e mortos, até à data limite, que expirou na segunda-feira.

Mas, segundo o acordo, se tal não acontecesse, o Hamas deveria partilhar informações sobre os reféns falecidos e tentar entregá-los o mais rapidamente possível.

Em troca dos reféns devolvidos pelo Hamas, 1.968 prisioneiros palestinianos foram também libertados na segunda-feira, incluindo muitos condenados por ataques mortais contra Israel, bem como 1.700 palestinianos presos por alegadas "razões de segurança", desde o início da guerra, em outubro de 2023.

O Presidente dos Estados Unidos também exigiu ao Hamas a devolução dos corpos dos reféns, após ter sido o principal impulsionador do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, negociado ao longo de vários dias em Sharm el-Sheikh, no Egito, com a mediação de delegações egípcias, cataris e turcas.

Direção do Sindicato de Base do Hospital Nacional Simão Mendes realizou, esta quinta-feira, uma vigília em frente ao centro hospitalar, com o objetivo de expor as situações anormais que se verificam no maior hospital do país.