quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Mudanças no Governo português suspendem assinatura de protocolo com Guiné-Bissau

A assinatura de um acordo na área da comunicação social entre os governos guineense e português ficou em suspenso depois das substituições no executivo de António Costa, disse, em entrevista à Lusa, o ministro da Comunicação Social da Guiné-Bissau.

O acordo, segundo o ministro Victor Gomes Pereira, consagrava um “intercâmbio que se podia fazer à volta da formação dos nossos jornalistas” e “alguns aspetos técnicos que referem, nomeadamente, os centros emissores” da RTP.

No entender de Victor Gomes Pereira, há necessidade de atualizar o acordo em vigor entre os dois países, com 21 anos.

“O Estado guineense tem um acordo com a autoridades portuguesas a nível do audiovisual. Dada a caducidade do mesmo acordo, que data de 1997, de há um ano a esta parte que estamos a negociar com o Ministério da Cultura, RTP e RDP no sentido de incluir ou excluir alguns pontos” disse o ministro, em Lisboa, admitindo que nos moldes atuais “já não fazem muito sentido”.

A assinatura do protocolo estava prevista para dia 16 de outubro, mas a substituição de Luís Filipe Castro Mendes, como ministro da Cultura, suspendeu a concretização do acordo.

“Infelizmente, dado aquilo que é o conhecimento que tive posteriormente, já em solo português, de que teria havido um acerto no Governo, e essa mesma pessoa já não é ministro da Cultura”.

Victor Gomes Pereira lamentou a situação e disse que irá agora dialogar com a nova responsável pela pasta da Cultura portuguesa, Graça Fonseca.

O ministro, que também é porta-voz do segundo maior partido do país, o Partido para a Renovação Social (PRS), reforçou a ideia de iniciar a transmissão dos canais públicos guineenses em Portugal.

“Gostaríamos de ter acesso aos meios tecnológicos que permitissem aos nossos emigrantes terem acesso às nossas emissões, tanto rádios como televisões públicas”, afirmou.

Victor Gomes Pereira espera uma nova ronda negocial, agora sob a tutela da nova ministra da Cultura, Graça Fonseca.

“Teremos de acertar uma nova data. E espero que desta vez seja em Bissau”, concluiu o ministro.

Entre julho e o início de novembro de 2017, as transmissões da RTP e da RDP estiveram suspensas na Guiné-Bissau, com Victor Gomes Pereira a justificar, na altura, a decisão com o caducar do acordo em vigor desde 1997.

24.sapo.pt

Jornalista saudita foi desmembrado ainda vivo no consulado de Istambul

Jornalista da AL Jazeera revela que Jamal Khashoggi foi drogado e cortado em sete minutos. Imprensa turca fala em tortura e decapitação.


Os relatos não coincidem no detalhes, mas uma coisa é certa: a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul foi extremamente violenta, com contornos a raiar o sadismo. 

O jornal turco Yeni Safak cita fontes policias turcas para dizer que Khashoggi, um crítico do regime do seu país e que vivia há vários anos na Turquia, foi torturado mal entrou no consulado, a 2 de outubro. O jornalista tinha ido ali tratar de assuntos burocráticos, relacionados com o casamento que estava prestes a contrair com uma mulher turca. 

Logo à chegada, foi atacado por elementos do grupo de 15 pessoas que vieram da Arábia Saudita para o intercetar. O jornal turco diz que Khashoggi foi interrogado sob tortura, com os dedos a serem cortados. Terá morrido quando lhe cortaram a cabeça. Tudo isto na presença do Cônsul-Geral em Istambul e outros diplomatas. 

A imprensa turca dá conta de que existe uma gravação áudio do que se passou no consulado, realizada pelos serviços secretos turcos, mas não há confirmação oficial. 

Desmembrado ainda vivo 


Uma outra versão do crime é relatada pelo canal de TV Al Jazeera, do Qatar. O jornalista Abdel Azim Mohamed também cita fontes policias turcas para dizer que Khashoggi foi drogado mal entrou no consulado. Segundo o relato, entrou então em cena Salah Tabiqi, diretor do Instituto de  Patologia Forense da Arábia Saudita, que integrava a tal comitiva de 15 pessoas. 

Tabiqi começou então a desmembrar Khashoggi quando este ainda estava vivo. E aconselhou os presente a ouvirem música, para atenuar o ambiente de terror. Segundo a versão da Al Jazeera, a operação durou apenas sete minutos e corpo foi levado, em vários pedaços espalhados por diferentes malas, da representação diplomática. 

Polícia turca investiga 

A Polícia turca fez esta terça-feira buscas no consulado e outros locais e terá encontrado indícios do crime. 

A CNN dá conta de que a Arábia Saudita se prepara para admitir que o jornalista morreu no consulado, mas defendendo que se tratou de uma morte "acidental". O caso está a provocar uma grave crise diplomática, que envolve vários países. 

Ligações perigosas ao prícipe herdeiro da Arábia Saudita 

Grande parte do esquadrão de 15 elementos que as autoridades turcas acreditam ser reponsável pelo desaparecimento do jornalista saudita dissidente Jamal Khashoggi está relacionado, de forma mais ou menos directa, com o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman. 

Nove dos membros dessa equipa, segundo o New York Times, são pessoas próximas do monarca que realmente lidera a Casa de Saud, tendo um deles feito parte do séquito durante as visitas de MBS, como é conhecido, a Espanha, França e EUA. O jornal norte-americano conseguiu confirmar de forma independente que esses nove elementos trabalharam para os serviços de segurança sauditas, o exército ou departamentos ministeriais. 

Um dos elementos do alegado esquadrão é Maher Abdulaziz Mutreb, um diplomata que trabalhou na embaixada de Londres, em 2007, e que fez parte da comitiva que visitou Europa e EUA. Outros três elementos, de acordo com o mesmo jornal, foram vinculados à equipa de segurança de bin Salman, enquanto outro dos suspeitos, Salah Tabiqi, é um especialista forense que ocupa um importante cargo no Ministério do Interior. Segundo o New Tork Times, este elemento só poderia actuar perante a ordem de alto dirigente ou governante saudita.

cmjornal.pt/mundo 

TERMINA GREVE DE TRANSPORTES NA GUINÉ-BISSAU

O Governo da Guiné-Bissau e a Federação das Associações dos Motoristas e Transportadores chegaram à um acordo hoje para a suspensão da greve de trasnportes no país. O acordo foi alcançado depois da assinatura de um memorando de entendimento entre as dua partes.


Bissau On-line

DSP ACUSA PRESIDENTE VAZ DE VIOLAR A LEI E PRS ADVERTE NÃO ACEITAR ADIAMENTO DAS ELEIÇÕES

A ministra da Administração Territorial anunciou hoje em Bissau, o alargamento da data do fim do recenseamento eleitoral.  

A governante falava a imprensa após a reunião de caráter informativa sobre o processo em causa, tido entre o Governo, partidos com assento parlamentar e grupo de “P-5”. 

Ester Dias Fernandes assegurou que o recenseamento em curso irá decorrer durante 60 dias, isto de acordo com a lei eleitoral, “para que haja maior abrangimento dos cidadãos recenseados.” 

O representante do PRS, chamou atenção que o seu partido não vai aceitar o adiamento das eleições na data prevista.

Jorge Malu deixa claro que, PRS só vai às eleições quando maior parte dos eleitores recenseados:

“Nós não vamos aceitar adiamento do prazo do dia 18. Nós só vamos às eleições em condições se a maior parte dos eleitores já recenseados,” avisou Malu.  

Domingos Simões Pereira (DSP), presidente do PAIGC acusou o Presidente da República de “violar de forma criminal o artigo 5º da lei eleitoral, ao não permitir o princípio da liberdade, transparência e igualdade dos tratamentos.” 

DSP vai ainda mais longe em afirmar que, José Mário Vaz está na pré-campanha eleitoral:

“ Presidente da República escolhe esse período para campanha de distribuição de arroz que serve de base, para invocar um partido politico em concreto, e transformar esse partido político no motivo da sua campanha.”

Presidente do PAIGC disse ainda que, a TGB abdicou-se do seu serviço em promover atos de soberania, como a realização de eleições. Estando agora, a ser utilizada como elemento de propaganda para convocar a sociedade ao bloqueio do processo.

Notabanca; 17.10.2018

PARTIDOS EXTRAPARLAMENTARES ACUSAM A COMUNIDADE INTERNACIONAL DE FAVORECER O PAIGC

O porta-voz de Plataforma de cinco de partidos políticos sem assento parlamentar, igualmente líder do Movimento Democrático Guineense (MDG), Silvestre Alves, acusou ontem, 17 de Outubro 2018, a Comunidade Internacional de “tentar resolver sempre o problema do país de forma errada”, favorecendo o Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

“A comunidade internacional, no seu conjunto, continua a sonhar com ‘Dom Sebastião’ o que é uma falácia”, avançou.

A acusação foi feita depois da apresentação do memorando dos cincos partidos sem assento parlamentar, nomeada- mente, a Resistência da Guiné-Bissau/ Movimento Bafatá (RGB), Manifesto do Povo, Movimento Democrático Guineense (MDG), Partido Africano para a Liberdade Organização e Progresso e o Partido Democrático para o Desenvolvimento.

Silvestre Alves explicou que a comunidade internacional, na tentativa de criar estabilidade na Guiné-Bissau, sempre “tem apostado num governo do PAIGC”, mas segundo ele, este partido “nunca conseguiu encontrar uma solução aos problemas do país”.

“Aparentemente a comunidade internacional continua a apostar no mesmo cavalo, mesmo sabendo que ou tendo a consciência que não é possível ter eleições a 18 de novem- bro”, sublinha Silvestre Alves.

O político acusa igualmente o Presidente República José Mário Vaz e o PAIGC e o seu líder (Domingos Simões Pereira) de criarem a crise política. No entendimento de porta-voz da Plataforma, Domingos Simões Pereira podia afastar-se do PAIGC e criar o seu próprio partido, evitando assim “a cíclica instabilidade”.

A plataforma dos cincos partidos sem assento parlamentar defende, no entanto, a promoção de medidas que possam salvaguardar e garantir a transparência e uma boa administração do processo eleitoral por parte do Presidente da Republica, José Mário Vaz.

Os cincos partidos apelam à adoção de compromissos que reforcem a confiança na gestão do processo eleitoral, como também propõem a instituição de uma comissão de segui- mento representativa dos agrupamentos partidários para acompanhar, mediante parecer prévio e obrigatório, as decisões da Comissão Nacional das Eleições (CNE) e o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE).

Por: Epifânia Mendonça
OdemocrataGB