domingo, 13 de abril de 2025

O líder da junta militar do Gabão, Brice Oligui Nguema, à frente do país desde o golpe de Estado de 2023, venceu as eleições presidenciais de sábado, recolhendo mais de 90% dos votos, segundo dados provisórios hoje divulgados

Por LUSA   13/04/2025

Dados provisórios dão presidência do Gabão a Brice Oligui Nguema

O líder da junta militar do Gabão, Brice Oligui Nguema, à frente do país desde o golpe de Estado de 2023, venceu as eleições presidenciais de sábado, recolhendo mais de 90% dos votos, segundo dados provisórios hoje divulgados.

Os resultados provisórios foram hoje divulgados pelo ministro do Interior, Hermann Immongault, em conferência de imprensa na capital, Libreville, noticia a Efe.

Oligui Nguema recolheu 90,35% dos votos, ficando à frente do segundo classificado, o antigo primeiro-ministro Alain-Claude Bilie-By-Nze, que reuniu 3,02% dos votos. Os outros seis candidatos não ultrapassaram a barreira do 1%.

As eleições formalizam constitucionalmente o fim da dinastia Bongo, que estava no poder desde 1967.

Independente da França em 1960, o Gabão passou a ser governado desde 1967 pela família Bongo: primeiro por Omar Bongo (1967-2009) e depois pelo filho, Ali Bongo (2009-2023).

O brigadeiro-general Brice Oligui Nguema chega ao poder depois de liderar golpe que derruba o primo, Ali Bongo, em 30 de agosto de 2023, no mesmo dia em que foram anunciados os resultados oficiais das eleições presidenciais.

Os militares justificaram o derrube de Ali Bongo com a manipulação e falta de credibilidade do escrutínio, e Oligui Nguema, em vez de apelar a uma análise independente da contagem dos votos para reconhecer o vencedor legítimo, decidiu nomear-se a si próprio como Presidente de transição.

A missão de observação eleitoral da União Africana é liderada pelo antigo primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, e integra 50 observadores de 24 Estados-membros da organização continental, designadamente dos lusófonos Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.

Apesar da riqueza petrolífera de que dispõe e do rendimento 'per capita' de 9 mil dólares (cerca de 8 mil euros), um dos mais elevados de África, a taxa de desemprego é de 30% e, segundo a ONU, 44,7% da população vive abaixo do limiar de pobreza.

Depois das denúncias de maus tratos: GOVERNO ANUNCIA A EMISSÃO DE PASSAPORTES AOS CIDADÃOS GUINEENSES NA DIÁSPORA

 Por: Filomeno Sambú   O DEMOCRATA

O diretor-geral das Comunidades, Luís Mendes, anunciou na terça-feira 08 de abril de 2025, que já foram dadas as orientações para a emissão de passaportes para todos os cidadãos guineenses na diáspora, África e Europa, tendo tranquilizado a   comunidade guineense na Líbia que nos últimos tempos, tem manifestado preocupação em relação à falta de documentos de que a situação que têm denunciado será ultrapassada.

Em entrevista à Rádio Popular e ao jornal O Democrata para anunciar as medidas das autoridades nacionais face à situação dos guineenses na Líbia e na Mauritânia, Luís Mendes afirmou que uma equipa do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional já se encontra neste momento numa cidade da Gâmbia e tudo indica que, num horizonte temporal muito curto, estará na Líbia para atender as necessidades da comunidade guineense neste país magrebino.

“Temos acompanhado atentamente as preocupações e as mensagens de apelo deixadas pelas comunidades guineenses na Líbia e na Mauritânia. Quero encorajá-los e dizer-lhes que a situação está a normalizar-se aos poucos. Neste momento, temos uma equipa de emissão de passaportes que se encontra na Gâmbia. Depois da Gâmbia, a delegação seguirá a viagem para a Mauritânia, onde o demissionário Secretário de Estado esteve em visita de uma semana e manteve vários encontros com a comunidade guineense”, anunciou.

Segundo  Luís Mendes, depois da Gâmbia, a missão regressa a Bissau para preparar nova deslocação à Trípoli, Líbia, Congo e outros países onde os emigrantes guineenses apresentam os mesmos problemas, por ter havido já orientações expressas do governo, com a anuência do Presidente da República,  para emitir documentos a todos os cidadãos, ou seja, a todas as comunidades emigradas guineenses na diáspora, tanto na Europa quanto na África, antes das eleições simultâneas(presidenciais e legislativas antecipadas).

LUÍS MENDES RECONHECE A SITUAÇÃO CRÍTICA DOS EMIGRANTES GUINEENSE NA LÍBIA E PEDE CALMA

Embora reconheça que os emigrantes guineenses na Líbia estejam numa situação de aflição, Luís Mendes pediu calma aos concidadãos guineenses nesse país e que aguardem as diligências das autoridades nacionais, tendo afirmando que a promessa feita pelo chefe de Estado em 2024 relativamente a resolução dos problemas que estão a enfrentar está a ser seguida pelas autoridades guineenses

Os emigrantes guineenses na Líbia criticaram a passividade do governo guineense no concernente ao subsídio de reintegração da Organização Internacional de Migração (OIM) a que os imigrantes deportados têm direito.

Em reação, o diretor-geral das Comunidades admitiu ter trocado correspondências com a OIM, no âmbito das interações de rotina e esclareceu que o dinheiro não é entregue aos emigrantes deportados mediante um projeto e uma fatura para justificar as despesas ou como pretendem utilizar o dinheiro, não em mãos.

“Às vezes são aconselhados a trabalharem em grupos de dois ou três elementos para terem mais rendimentos. Temos um exemplo concreto de um dos deportados que tem uma oficina de serralharia no Bairro d’Ajuda. Os orçamentos não são os mesmos. Por exemplo, se um retornado de 2025 falhar ou não conseguir ter acesso a esse fundo de reintegração, significa que no próximo orçamento pode não ser a mesma fatia”, esclareceu, para de seguida afirmar que talvez os guineenses não tenham beneficiado desse privilégio, devido à demora do próprio processo.

Luís Mendes disse ter recebido, este ano, 2025, uma correspondência da OIM assinada pelo seu coordenador residente a informá-lo que a verba tinha sido cortada pelo governo dos Estados Unidos da América e disse que apenas soube dessa situação quando pediu a assistência da OIM para repatriar os guineenses que se encontram no Congo numa situação de irregularidade, por ser uma entidade que dá apoio em colaboração com o governo ao departamento dos emigrantes e “ foi assim que aconteceu na Líbia, na Tunísia, no Níger  e em vários outros países”.

De acordo com o diretor-geral das Comunidades, neste momento há registos de várias situações relacionadas com os emigrantes guineenses no Congo, no Côte-d´Ivoir, no Paquistão, na Rússia e que a direção-geral das comunidades, enviou uma correspondência a solicitar fundos de apoio, mas a OIM informou que foi cortado pelos Estados Unidos da América que o dotava de meios, na sequência das medidas adotas pela administração Trump.   

COMUNIDADE GUINEENSE NA LÍBIA QUER A EMISSÃO DE DOCUMENTOS COM A MÁXIMA URGÊNCIA

O presidente da Comunidade guineense na Líbia, Ussumane Sané, exigiu das autoridades a emissão, com máxima urgência, de documentos aos guineenses na Líbia e criticou o que considerou a “passividade” do governo guineense em relação ao subsídio de reintegração da Organização Internacional de Migração a que os imigrantes deportados têm direito que, segundo o diretor-geral das Comunidades, foi cortado pelos Estados Unidos da América.

Ussumane Sané recordou que o subsídio é um fundo internacional, não do tesouro público guineense e que todos os emigrantes do mundo beneficiam dele para a sua reintegração, razão pela qual o assunto tinha que ser esclarecido aos emigrantes, por não se tratar de uma situação de apenas de 2025, mas de há vários anos.

Segundo Ussumane Sané, um dos maiores problemas que enfrentam na Líbia prende-se com a falta de documentos.

“Quando o presidente esteve de visita à Líbia a 26 de fevereiro de 2024, prometeu-nos que enviaria uma equipa para resolver os problemas relacionados com a documentação, mas até ao momento não vimos nenhum sinal. Se se tratasse de um deputado ou um membro do governo, diríamos que talvez tivesse esquecido, mas o Presidente da República…”  

Ussumane Sané, que lida com os imigrantes neste país desde 1992, revelou que as atuais autoridades senegalesas, depois de assumirem as rédeas de governação, desencadearam uma operação à Líbia e num espaço de apenas um mês emitiram passaportes e outros documentos a todos os imigrantes senegaleses na Líbia.

Lamentou, neste particular, que tenham recebido promessas da primeira figura do país há um ano sem que tenha feito algo para resolver a sua situação e revelou ter visitado uma prisão nova de sete compartimentos em Trípoli, Líbia, onde estão detidos três guineenses, um da região de Gabú e dois de Oio.

“Estão numa situação deplorável. Tenho feito diligências e acredito que as minhas relações com o diretor deste centro podem influenciar a sua libertação, mas não posso retornar uma pessoa que não quer voltar para o seu país, porque arcará com as futuras consequências, caso cometam outras infrações, sou eu”, lamentou, para de seguida descrever a situação de um dos detidos, Siradjo Baldé, região de Gabú,  detido  a caminho de Trípoli há  mais de 4 meses, como a  mais crítica situação, por estar incontactável como resto da família, não  tem contacto e ele [Ussumane Sané] nem sequer conhece ninguém com quem possa estabelecer contactos a partir de  Bissau para identificar a sua família.

“Deixou na Guiné-Bissau duas esposas e seis filhos. Neste momento, está incomunicável. Se tivesse alguma documentação teria facilitado as diligências e talvez encontrássemos meio caminho para tirá-lo da prisão e aconselhá-lo a voltar para o país, mas sem documentos todos estamos cegos e cada um está por conta própria, Deus dará”, lamentou em voz crítica à situação que enfrentam.

Aconselhou, neste sentido, os emigrantes retornados a recolherem directamente para as suas aldeias e começar a traçar outros horizontes com menos riscos.   

EMIGRANTES GUINEENSES NA MAURITÂNIA DENUNCIAM DETENÇÕES E DEPORTAÇÕES ILEGAIS

Na sequência de falta de documentos e de informações sobre a situação dos emigrantes guineenses, tem havido várias denúncias relativamente à situação desumana que enfrentam na diáspora, sobretudo na diáspora africana. Por exemplo, os guineenses na Mauritânia têm denunciado, nos últimos tempos, detenções e deportações ilegais.

Os emigrantes guineenses na Mauritânia queixam-se de estar a ser vítimas de detenções e deportações nos últimos dias, por alegada falta de documentação, denunciaram hoje à Lusa dois membros da comunidade guineense naquele país.

 Aladje Tcham e Augusta da Silva disseram à Lusa, em entrevista telefónica, que os emigrantes guineenses na Mauritânia “receiam sair de casa” e que muitos deixaram de ir trabalhar ou mandar os filhos para a escola, “com medo de serem deportados”.

Tcham é um conhecido membro da associação dos emigrantes guineenses na Mauritânia e nos últimos dias tem sido o elo daqueles que foram deportados para países como o Senegal ou o Mali.

As autoridades mauritanas justificam a operação com alegada falta de documentação em dia, nomeadamente o Cartão de Residência, referiu Aladje Tcham.

“A polícia da Mauritânia apanha qualquer emigrante na rua e pede-lhe esse Cartão de Residência. Se a pessoa não tiver, é imediatamente detida e levada para a fronteira do Senegal ou do Mali, deportada”, afirmou Aladje Tcham.

A maioria de guineenses do sexo masculino emigrantes na Mauritânia trabalha na construção civil, mas nas últimas três semanas, quase ninguém tem ido trabalhar, explicou Tcham, corroborado por Augusta da Silva.

Tcham destacou que 90% dos emigrantes guineenses na Mauritânia estão com passaporte fora de prazo de validade, o que dificulta na obtenção do Cartão de Residência, cujo processo agora envolve “muita burocracia”.

“O Cartão de Residência antigamente era feito com 50 mil francos CFA [76 euros], mas era só levar o passaporte ou bilhete de identidade, mas agora pedem o passaporte válido, a seguir pedem o visto de entrada na Mauritânia, depois pedem o certificado de casamento, depois pedem a fatura da eletricidade, a seguir pedem ainda fatura das telecomunicações”, contou Tcham.

Se o emigrante apresentar toda esta documentação, as autoridades da Mauritânia pedem-lhe que traga dois cidadãos nacionais que possam comprovar que vive e trabalha legalmente no país, reforçou Tcham.

“Caso contrário, a pessoa é imediatamente detida e deportada”, enfatizou. Aladje Tcham apelou às autoridades guineenses para mandarem uma equipa de técnicos para a renovação dos passaportes dos emigrantes na Mauritânia, “como fazem nos outros países”.

Fonte da secretaria de Estado das Comunidades, na tutela do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, disse à Lusa que o secretário de Estado, Nelson Pereira, deslocou-se, na terça-feira, à Mauritânia para se inteirar da situação.

Aladje Tcham disse ter sido informado pela embaixada do país da chegada do responsável político guineense, mas lamentou que aquele se encontre primeiro com as autoridades mauritanas quando antes, devia encontrar-secom os emigrantes.

“Assim ele não vai saber de concreto o que estamos a passar aqui”, considerou.

A maioria das mulheres guineenses emigrantes na Mauritânia são lavadeiras, cozinheiras ou empregadas domésticas.

Augusta da Silva, lavadeira, disse à Lusa que muitas mulheres foram apanhadas no mercado e levadas para parte incerta.

“Apanham as mulheres até no mercado, levam-nas para a polícia e de lá não se sabe para onde”, lamentou Augusta da Silva, que vive e trabalha na Mauritânia há um ano.

Augusta da Silva deixou um apelo ao Governo guineense: “Pedimos ao nosso Estado que mande para cá a máquina de tirar passaporte, porque não temos como ir até à Guiné para tirar o passaporte”.

Donald Trump voltou ao UFC... e não foi sozinho. Levou a neta e filho de Musk... Presidente norte-americano foi ovacionado na chegada ao evento.

© MANDEL NGAN/AFP via Getty Images   Notícias ao Minuto  13/04/2025 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a participar, no sábado, num evento do UFC, na Florida, e foi ovacionado de pé. 

À chegada, Trump apertou a mão a alguns apoiantes e, mais tarde, viria mesmo a dizer que a forma como foi recebido no Kaseya Center, em Miami, foi uma "grande honra". 

@Crowd Goes Wild As Trump Enters UFC Fight 314 Alongside Granddaughter Kai, Byron Donalds, And More

"Diz que estamos a fazer um bom trabalho. Se não estivéssemos a fazer um bom trabalho, receberíamos o contrário", disse aos jornalistas que o acompanhavam a bordo do Air Force One, no regresso a casa, para Palm Beach, segundo cita a AP. 

Mas, Trump não foi sozinho. Fez-se acompanhar da neta Kai Trump, que disse que o evento foi "incrível" e ao seu lado esteve também Elon Musk, que levou o filho X Æ A-Xii, já bem conhecido na Casa Branca. 

Note-se que Trump é amigo próximo do presidente do UFC, Dana White, e considera os fãs do desporto parte da sua base política.

Também estiveram presentes no evento vários membros da administração Trump, incluindo o secretário da Saúde, Robert F. Kennedy Jr., o diretor do FBI, Kash Patel, a Diretora da Inteligência Nacional dos Estados Unidos, Tulsi Gabbard, e o secretário de Estado, Marco Rubio.


Leia Também: Jovem de 17 anos assassinou pais como parte de plano para matar Trump

EUA: Jovem de 17 anos assassinou pais como parte de plano para matar Trump... Nikita Casap, de 17 anos, foi detido em março e acusado de dois crimes de homicídio qualificado e dois crimes de ocultação de cadáver.

© MANDEL NGAN/AFP via Getty Images   Notícias ao Minuto  13/04/2025 

O jovem de Waukesha, no estado norte-americano do Wisconsin, que assassinou o padrasto e a mãe, no passado mês de março, terá cometido os crimes como parte de um plano para matar o presidente Donald Trump e derrubar o governo dos Estados Unidos. 

A informação foi confirmada pelo FBI em documentos judiciais. Segundo cita a ABC News, o objetivo era "obter os meios financeiros e a autonomia necessários" para assassinar Trump. 

Nikita Casap, de 17 anos, foi detido em março e acusado de dois crimes de homicídio qualificado e dois crimes de ocultação de cadáver. Enfrenta ainda acusações de roubo e apropriação indevida de identidade. 

Agora, os documentos judiciais mostram que os investigadores estão a investigar acusações federais que incluem conspiração, assassinato presidencial e uso de armas de destruição maciça.

De realçar que o padrasto do menor, Donald Mayer, de 51 anos, e a mãe, Tatiana Casap, de 35, foram encontrados mortos dentro de casa, em 1 de março. Na altura, as autoridades encontraram, no telemóvel do jovem, material relacionado com 'A Ordem dos Nove Ângulos', descrita como "uma rede de indivíduos com opiniões extremistas de motivação racial neonazi". 

O FBI analisou também documentos alegadamente escritos pelo menor, que apelam ao assassinato de Trump e ao início de uma revolução para "salvar a raça branca". Estes documentos incluem imagens de Adolf Hitler.

"Esteve em contacto com outras partes sobre o seu plano para matar o presidente e derrubar o governo dos Estados Unidos. E pagou, pelo menos em parte, um drone e explosivos para serem usados como arma de destruição maciça para cometer um ataque", disseram os investigadores do FBI. 

Casap deverá comparecer em tribunal no dia 7 de maio.


Leia Também: Casa Branca afirma que Trump em "excelente saúde cognitiva e física"

Mensagem do Presidente do PAIGC, da Coligação PAI-Terra Ranka e da ANP, Camarada Domingos Simões Pereira, sobre a situação sociopolítica na Guiné - Bissau.

 

 PAIGC 2023

O sexo não deve ser doloroso. Eis o que fazer se for

Por  Cnnportugal.iol.pt, 13/04/2025

Embora muitas mulheres tenham relações sexuais dolorosas ao longo da vida, há formas de receber apoio de profissionais de saúde ou do parceiro

CNN - Quando Nicole começou a sentir dores durante o ato sexual, há quase uma década, estava determinada a encontrar uma solução. 

Depois de consultar vários especialistas, foi-lhe diagnosticada hipoplasia labial, uma condição em que os seus lábios exteriores estavam apenas parcialmente formados. Após a cirurgia para corrigir o problema, encontrou um alívio significativo e manteve-se relativamente livre de dores, incorporando o ioga na sua rotina para ajudar ainda mais a sua cura. 

Mas a dor voltou seis anos mais tarde, desta vez durante a fase inicial da penetração. 

A californiana de 33 anos luta há três anos para receber um diagnóstico formal, uma vez que a origem do seu mal-estar continua por esclarecer. Por questões de privacidade, pediu que fosse utilizado apenas o seu primeiro nome. 

"Dizem-me muito 'provavelmente é ansiedade ou está relacionado com a saúde mental'", afirma. "É dececionante porque fiz muitos progressos e agora sinto que estou a ser posta de lado." 

A experiência de Nicole com relações sexuais dolorosas não é única. De acordo com o Faculdade Americana de Obstetras e Ginecologistas, cerca de 3 em cada 4 mulheres terão relações sexuais dolorosas em algum momento das suas vidas, quer se trate de um problema temporário ou de longo prazo. 

"O sexo nunca deve ser doloroso", afirma Eva Dillon, terapeuta sexual sediada em Nova Iorque. "É algo que as mulheres nunca deveriam ter de suportar". 

O que causa a dor durante a relação sexual? 

As relações sexuais dolorosas podem ser causadas por vários problemas comuns. 

As mulheres que sentem dor pélvica ou dor com a atividade sexual, exames ginecológicos ou utilização de tampões podem ter os músculos do pavimento pélvico tensos. 

A condição pode aumentar a tensão e causar dor, explica Anna Falter, fisioterapeuta especializada em terapia do pavimento pélvico na Cleveland Clinic, por email. 

A dor pélvica também pode estar ligada a tensões noutras áreas do corpo, incluindo o pescoço, a zona lombar e as ancas - problemas que podem não parecer imediatamente ligados ao desconforto sexual. O stress, as cirurgias anteriores, as experiências traumáticas ou mesmo a tensão muscular inconsciente também podem contribuir para esta dor. 

Além disso, as alterações hormonais, como a diminuição dos níveis de estrogénio durante a menopausa ou no pós-parto, especialmente durante a amamentação, podem levar à secura vaginal, o que pode tornar as relações sexuais desconfortáveis ou dolorosas. 

Obter tratamento 

Para as mulheres que sofrem de tensão nos músculos do pavimento pélvico, a fisioterapia do pavimento pélvico é muitas vezes uma opção de tratamento eficaz para reduzir a dor e evitar que os músculos se tornem demasiado tensos no futuro, afirma Falter. 

Uma técnica comummente utilizada na fisioterapia do pavimento pélvico é a terapia dos pontos de gatilho, que envolve a aplicação de pressão nos músculos tensos para os ajudar a relaxar. Um fisioterapeuta do pavimento pélvico pode executar este método por via vaginal, utilizando um dedo enluvado e lubrificado para direcionar e massajar áreas específicas de tensão ou pontos de gatilho, explicou Falter. 

As doentes também podem aprender a libertar os pontos de gatilho em casa, utilizando os seus próprios dedos, um parceiro, uma varinha pélvica ou dilatadores vaginais para ajudar a relaxar os músculos internos. 

Falter também referiu que os parceiros podem participar em sessões de terapia do pavimento pélvico, onde podem aprender estratégias para apoiar o seu parceiro se ambas as partes se sentirem confortáveis. 

Outra abordagem são os exercícios de alongamento do pavimento pélvico, que diferem dos exercícios de Kegel, mais conhecidos, explicou Falter. O alongamento envolve o relaxamento dos músculos do pavimento pélvico, muitas vezes associado à respiração diafragmática, em que o doente inspira profundamente, permitindo que o abdómen, a caixa torácica e o pavimento pélvico relaxem. 

Este movimento é mais difícil, pelo que Falter recomenda procurar ajuda de um fisioterapeuta do pavimento pélvico para garantir que está a utilizar a forma correta. 

A fisioterapeuta aconselha também as mulheres a observarem o seu corpo ao longo do dia, especialmente durante atividades como escovar os dentes ou sentar-se no sofá, para verificar se não estão a tensionar inconscientemente os músculos pélvicos. 

Certas posturas de ioga e alongamentos, como a postura da criança, o alongamento em borboleta e o agachamento profundo podem ajudar a libertar a tensão pélvica. 

Ainda assim, é bom lembrar que procurar tratamento individualizado é sempre a melhor abordagem, considerou Falter. 

Apoiar um parceiro que sofre com dores

Se o seu parceiro estiver a sentir dores durante o ato sexual, há medidas que pode tomar para lhe proporcionar conforto e apoio. 

Mais importante ainda, se houver alguma dor durante o ato sexual, é crucial parar imediatamente. Continuar apesar do desconforto pode criar associações negativas entre sexo e dor, tornando os encontros futuros ainda mais difíceis. 

"No final de qualquer encontro sexual, queremos ser capazes de olhar para a próxima vez com antecipação e prazer", explicou Dillon. "E, se o sexo for doloroso, pode começar a temer a próxima vez, e isso cria um ciclo, o que não se quer." 

A comunicação também é fundamental e é importante que ambos os parceiros sejam abertos e compreensivos em relação à dor e ao percurso do tratamento, especialmente se surgir vergonha ou sentimentos de inadequação. 

"Pode ser útil se o parceiro dedicar algum tempo a aprender sobre o que o outro está a sentir, bem como sobre as estratégias de tratamento em que está a trabalhar, para que o possa apoiar e encorajar ao longo da jornada de tratamento", disse Falter. 

Para os casais que estão temporariamente impossibilitados de ter relações sexuais, existem ainda muitas formas de se manterem ligados fisicamente. Dillon recomenda que se experimente o outercourse - atividades sexuais não penetrativas, como a estimulação manual ou o sexo oral - para manter a intimidade e o prazer. 

Se as relações sexuais ou outras formas de atividade sexual estiverem fora de questão, gestos simples como um beijo significativo ou abraços carinhosos podem reforçar a ligação emocional entre os parceiros. 

"Estas (formas de toque) são muito importantes para nós", afirma Dillon. "Dizem ao nosso sistema nervoso que estamos seguros e que não estamos sozinhos". 

A intimidade física continua a ser importante 

Apesar da falta de um diagnóstico claro, Nicole não desistiu do seu desejo de ter uma relação íntima satisfatória. Juntamente com o seu parceiro, ela tomou o assunto nas suas próprias mãos, explorando soluções alternativas. 

"Tenho tendência para me sentir muito frustrada com o meu corpo e com as dores, uma vez que não quero ter estes problemas", revelou Nicole por email. "A intimidade física pode ser uma parte muito importante de uma relação e, por vezes, sinto que estou a perder isso." 

Nicole e o namorado encontraram formas criativas de manter a intimidade sem relações sexuais ou penetração. Também incorporaram terapias para o pavimento pélvico na rotina, o que ajudou a aliviar alguma da dor durante os momentos íntimos. Mas isso não significa que ela viva sem desilusões. 

"Houve muita educação que teve de ser feita, o que pode não ser tão divertido e sexy quando as coisas são novas", conta. "No final, acabou por nos aproximar e criar uma ligação mais emocional íntima desde o início, uma vez que tivemos de ter estas conversas menos divertidas e bastante técnicas." 

A Ordem dos Advogados da Guiné Bissau tomou conhecimento da invasão e violação da residência do Presidente da LGDH, Dr. BUBACAR TURE, por homens fardados, na sequência da suposta declaração proferida a propósito da precariedade da situação dos doentes sujeitos a tratamentos de hemodiálise no país, tendo-se introduzido no interior da residência e efetuado busca sem habilitação e nem autorização judicial.

Por  LGDH - Liga Guineense dos Direitos Humanos

𝐍𝐎𝐓𝐀 𝐃𝐄 𝐑𝐄𝐏𝐔́𝐃𝐈𝐎 𝐄 𝐃𝐄 𝐒𝐎𝐋𝐈𝐃𝐀𝐑𝐈𝐄𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐀𝐎 𝐃𝐑. 𝐁𝐔𝐁𝐀𝐂𝐀𝐑 𝐓𝐔𝐑𝐄, 𝐏𝐑𝐄𝐒𝐈𝐃𝐄𝐍𝐓𝐄 𝐃𝐀 𝐋𝐈𝐆𝐀 𝐆𝐔𝐈𝐍𝐄𝐄𝐍𝐒𝐄 𝐃𝐎𝐒 𝐃𝐈𝐑𝐄𝐈𝐓𝐎𝐒 𝐇𝐔𝐌𝐀𝐍𝐎𝐒 - 𝐋𝐆𝐃𝐇‼️

A Ordem dos Advogados da Guiné Bissau tomou conhecimento da invasão e violação da residência do Presidente da LGDH, Dr. BUBACAR TURE, por homens fardados, na sequência da suposta declaração proferida a propósito da precariedade da situação dos doentes sujeitos a tratamentos de hemodiálise no país, tendo-se introduzido no interior da residência e efetuado busca sem habilitação e nem autorização judicial.

Entretanto, independentemente da verossimilhança de veridicidade ou não da declaração do Presidente da LGDH, aliás que o próprio desafia e interpela os jornalistas para a investigar e confirmar - abstraindo-se de qualquer ilação conclusiva, nada justifique a invasão a casa, com único propósito de intimidar e ameaçar o Presidente e sua família.

Assim, a OAGB, em nome dos inabaláveis Advogados comprometidos com a justiça e defesa do Estado de Direito justo e plural, manifesta:

1.  Veemente repúdio à perseguição contra o Presidente da LGDH, Dr. BUBACAR TURE, em virtude de prolação sobre a precariedade do tratamento dos pacientes de hemodiálise no país;

2. Tal conduta consubstancia graves intimidações e atropelos ao papel e missão primordial da LGDH enquanto observatório e parceiro incontornável do Estado no cumprimento das injunções dos direitos humanos plasmados nos instrumentos jurídicos internacionais, supranacional e transpostos para a nossa lei magna, v.g., artigo 24 e ss da CRGB;

3. Razão pela qual manifestamos de forma incondicional e integral nossa solidariedade a LGDH, na pessoa do seu Presidente DR. BUBACAR TURE, e concomitantemente condenamos e repudiamos qualquer tipo de violência e ameaça ao Presidente da LGDH e sua família, encorajando-o a prosseguir a sua missão em defesa dos sacrossantos valores universais, inalienáveis, irrenunciáveis e imprescritíveis dos direitos humanos dos cidadãos, e exortando a imediata cessação de perseguição e garantia da segurança à integridade do Presidente Dr. BUBACAR TURE;

4. Por fim, lembramos que, desde sua criação há quase 34 anos, a LGDH tem assumido de forma destemida, visceral e transversal aos tempos e regimes em vigor o seu papel histórico na sociedade guineense, em defesa dos direitos humanos, tendo-se posicionado sempre ao lado das vítimas, da justiça e do Estado de Direito, quer denunciando, repudiando e pressionando a cessação de violações dos direitos, liberdades, garantias fundamentais, direitos económicos e sociais dos cidadãos, violências, detenções ou prisões arbitrárias, e quer oferecendo todo conforto e apoio às vítimas, de base ao topo, dos simples cidadãos ao outrora governante e integrante na classe castrense, cujos direitos humanos violados pelas próprias instituições do Estado.

Portanto, nenhum Estado logrará existência, paz e desenvolvimento, senão respeitar e pontuar as suas acções e se posicionar sempre a favor dos valores defendidos pelos direitos humanos, pela justiça e pelo Estado de Direito democrático, justo e plural, sem exclusão.

Juntos somos + fortes.

Bissau, 12 de abril de 2025.

A Ordem dos Advogados da Guiné Bissau 

O Bastonário 

A Direção Nacional 

A Comissão dos Direitos humanos

Brasil: Cidadão senegalês abatido pela polícia em São Paulo que deixa uma companheira brasileira, grávida de sete meses.

No Brasil, a morte de um vendedor ambulante senegalês, abatido a tiro pela polícia no passado sábado, em São Paulo, provocou reacções políticas no Senegal e voltou a evidenciar o agravamento da violência policial, particularmente no estado de São Paulo. 

Ngagne Mbaye, de 34 anos, vivia no Brasil há mais de oito anos e deixa uma companheira brasileira, grávida de sete meses.  

"Ultrapassa limites da decência". Europa e EUA reagem a ataque a Sumy

Por LUSA   13/04/2025

Os Estados Unidos consideraram hoje que o ataque russo à cidade ucraniana de Sumy, que causou pelo menos 32 mortos e 80 feridos, "ultrapassa os limites da decência" e "é inaceitável".

"O ataque das forças russas a alvos civis em Sumy ultrapassa os limites da decência. Como antigo oficial militar, sei o que são ataques direcionados e isto é inaceitável", escreveu o enviado dos Estados Unidos para a Ucrânia, Keith Kellogg, na rede social X, citado pela AFP.

No mesmo sentido, vários líderes e governos europeus manifestaram-se chocados com o ataque com mísseis balísticos que a Rússia lançou esta manhã contra a cidade de Sumy, no nordeste da Ucrânia.

"Toda a gente sabe que só a Rússia queria esta guerra. Hoje, é claro que é a Rússia sozinha que escolhe prossegui-la", escreveu o Presidente Francês, Emmanuel Macron, também numa mensagem na rede social X.

Segundo Macron, "são necessárias medidas fortes para impor um cessar-fogo à Rússia", e "a França está a trabalhar incansavelmente neste sentido, com os seus parceiros".

Também o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, já se manifestou contra o ataque a Sumy, afirmando estar "chocado com os horríveis ataques".

"Estou chocado com os horríveis ataques da Rússia contra civis em Sumy e os meus pensamentos estão com as vítimas e os seus entes queridos", escreveu o líder trabalhista, igualmente na rede social X, citado pela AFP.

Segundo escreveu Starmer, "este último ataque assassino é uma recordação brutal do banho de sangue perpetrado por Putin", que apelou mais uma vez à Rússia para que aceite um cessar-fogo "total e imediato".

O chanceler alemão, Olaf Scholz, considerou, numa declaração divulgada pelo Governo alemão, que "estes ataques russos demonstram a extensão da alegada vontade da Rússia em alcançar a paz", defendendo que "esta guerra tem de acabar e a Rússia tem de aceitar finalmente um cessar-fogo abrangente".

"As imagens do centro de Sumy, onde os mísseis russos mataram civis inocentes no Domingo de Ramos, são terríveis", afirmou Olaf Scholz.

A Itália, pela voz da primeira-ministra Giorgia Meloni condenou o ataque russo a Sumy: "Neste dia santo de Domingo de Ramos, um novo ataque russo horrível e cobarde teve lugar em Sumy, mais uma vez fazendo vítimas civis inocentes, incluindo, infelizmente, crianças".

"Condeno veementemente esta violência inaceitável, que contradiz qualquer verdadeiro empenhamento na paz (...). Continuaremos a trabalhar para pôr termo a esta barbárie", escreveu Meloni no Whatsapp, citada pela AFP.

O primeiro-ministro português, Luis Montenegro, condenou igualmente aquele ataque russo, que considerou ser "intolerável".

"Os ataques russos à cidade de Sumy são intoleráveis. Toda a solidariedade para com as vítimas e com o Presidente Zelensky. A Rússia continua em violação flagrante do direito internacional. Portugal está ao lado da Ucrânia e do lado do cessar-fogo proposto pelos EUA", escreveu Luis Montenegro numa publicação na rede social X.

Horas antes, o Governo português já tinha condenado aquele ataque russo numa publicação na conta oficial do Gabinete do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, na rede social X.

"O Governo português condena o terrível ataque russo a Sumy, que fez dezenas de vítimas. Apresenta pêsames às famílias e ao povo ucraniano. Insta a Federação Russa a abster-se de todas as hostilidades e a aceitar o cessar-fogo já aceite pela Ucrânia", declarou o Governo de Portugal.

Um ataque de mísseis russos realizado hoje de manhã no centro de Sumy, no nordeste da Ucrânia, matou pelo menos, 31 pessoas, incluindo duas crianças, e causou 84 feridos, segundo um balanço publicado pelos serviços de emergência ucranianos.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu, entretanto, uma "resposta forte do mundo" ao ataque a Sumy numa publicação na rede social Telegram.

"Precisamos de uma resposta forte do mundo. América, Europa, todos os que querem que esta guerra e estas mortes terminem. A Rússia quer exatamente este tipo de terror e está a arrastar esta guerra", sublinhou o chefe de Estado ucraniano.


Leia Também: Governo português condena "terrível ataque" russo à cidade de Sumy



Angola registou 12 óbitos e 245 novos casos de cólera, nas últimas 24 horas, ultrapassando os 12 mil casos, com um total de 465 mortes, desde o início do surto, em janeiro passado, divulgou o Ministério da Saúde.

 

Por LUSA   13/04/2025

Angola ultrapassa 12 mil casos de cólera desde o início do surto

Angola registou 12 óbitos e 245 novos casos de cólera, nas últimas 24 horas, ultrapassando os 12 mil casos, com um total de 465 mortes, desde o início do surto, em janeiro passado, divulgou o Ministério da Saúde.

De acordo com os dados disponibilizados até sexta-feira, 11 províncias das 17 afetadas registaram novas infeções, com Benguela a liderar a lista de casos, com 97 dos 245 casos.

Relativamente aos óbitos, Benguela também somou o maior número de mortes nas últimas 24 horas, com nove das 12 pessoas falecidas.

Com as novas infeções e mortes reportadas até sexta-feira, Angola registou, nos últimos três meses, 12.193 casos e 465 óbitos.

Nas últimas 24 horas, 172 pessoas receberam alta, estando internadas 1.181 outras com cólera.

O surto de cólera, com os primeiros casos registados em Luanda, capital de Angola, foi declarado pelas autoridades angolanas a 07 de janeiro deste ano.

Os Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, estão a exigir o controlo de um importante gasoduto que transporta gás russo através da Ucrânia para a Europa. Esta exigência faz parte de um pacote mais alargado de negociações com Kiev sobre o acesso a minerais e outros recursos naturais ucranianos, segundo escreve o “The Guardian”.

Por  Sicnoticias    13/04/2025

Trump exige controlo de importante gasoduto que leva gás russo para a Europa

Presidente dos Estados Unidos quer que Kiev ceda uma importante infraestrutura estratégica como moeda de troca pelo apoio militar prestado no passado.

Trump exige controlo de importante gasoduto que leva gás russo para a Europa

Os Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, estão a exigir o controlo de um importante gasoduto que transporta gás russo através da Ucrânia para a Europa. Esta exigência faz parte de um pacote mais alargado de negociações com Kiev sobre o acesso a minerais e outros recursos naturais ucranianos, segundo escreve o “The Guardian”.

Donald Trump quer que a Ucrânia entregue os seus recursos naturais como moeda de troca pelas armas que foram enviadas pela anterior administração de Joe Biden.

Nesse sentido, o Presidente norte-americano exige que a Corporação Financeira Internacional para o Desenvolvimento do governo dos EUA assuma o controlo do gasoduto de gás natural, que se estende entre a cidade de Sudzha, no oeste da Rússia, à cidade ucraniana de Uzhhorod, numa distância de cerca de 1,2 mil quilómetros.

Volodymyr Landa, um economista sénior do Centro de Estratégia Económica, um grupo de analistas de Kiev, disse ao jornal britânico que os norte-americanos queriam “tudo o que pudessem” e que as suas exigências intimidatórias de “tipo colonial” dificilmente seriam aceites pela Ucrânia.

As conversações entre as duas potências têm sido cada vez mais acrimoniosas, segundo fontes citadas pela agência Reuters.

Recorde-se que, no ano passado, o Presidente ucraniano Volodymiyr Zelensky propôs dar aos Estados Unidos a possibilidade de acesso ao sector mineral da Ucrânia, em troca de proteção face à Rússia, com o envio de armas norte-americanas.

Trump, por sua vez, recusou dar garantias de segurança à Ucrânia, mas manteve o interesse na sua oferta inicial. “O acordo deve ser benéfico tanto para os Estados Unidos como para a Ucrânia”, respondeu Zelensky, na passada quinta-feira.

Ataque russo causou "muitos mortos". Rússia acusa Kyiv de violar acordo

Por LUSA13/04/2025

Um autarca ucraniano denunciou este domingo que um ataque russo causou "muitos mortos" no nordeste da Ucrânia, ao mesmo tempo que a Rússia acusa Kiev de violar as "tréguas energéticas" por ter lançado vários mísseis, no sábado, contra regiões russas.

"Muitos mortos hoje após um ataque de mísseis", denunciou o presidente da Câmara de Soumy, no nordeste da Ucrânia, Artem Kobzar, nas redes sociais e citado pela AFP, acrescentando que "o inimigo voltou a atingir civis".

Também esta manhã, Moscovo acusou as autoridades ucranianas de terem lançado um ataque com mísseis sobre território ucraniano, no sábado.

Segundo a agência Efe, que cita o Ministério da Defesa russo, as defesas antiaéreas abateram no sábado 13 drones ucranianos: 12 drones foram abatidos na região de Rostov e um em Belgorod.

De acordo com as autoridades russas, não foram registadas vítimas naqueles ataques.

A Rússia garantiu que tem informado os Estados Unidos de todas as violações da trégua energética por parte da Ucrânia.

Em comunicado, Moscovo acusou Kiev de "continuar com os ataques unilaterais contra as infraestruturas energéticas russas, violando os acordos russo-americanos", que estabelecerem um cessar-fogo por um período de 30 dias a partir de 18 de março.

Segundo as autoridades russas, a Ucrânia já violou o acordo mais de 60 vezes.

No dia 18 de março, o Presidente russo, Vladimir Putin, aceitou a proposta do Presidente dos EUA, Donald Trump, de uma moratória de 30 dias sobre os ataques as infraestruturas energéticas, à qual o Presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, aderiu uma semana depois.

No entanto, desde o início daquela moratória que Kiev e Moscovo trocam acusações de violação do acordo, embora o Kremlin afirme repetidamente que as forças armadas russas estão a cumprir integralmente a ordem do Presidente de não atacar as infraestruturas energéticas ucranianas.

Obras de Reabilitação nas Ruas da Cidade de Bafata: Régulo de Cosara Mamadu Nenê Balde agradece o PR General Umaro Sissoco Embalo pelo trabalho para requalificar a cidade natalícia do Fundador da Nacionalidades Guineense e Cabo-verdiana, Amílcar Lopes Cabral.

 

O presidente norte-americano expressou no sábado otimismo no que diz respeito às relações entre a Ucrânia e a Rússia, apesar de os ataques de ambos os lados prosseguirem.

Por LUSA 

"Relação entre a Ucrânia e a Rússia pode estar a correr bem", diz Trump

O presidente norte-americano expressou no sábado otimismo no que diz respeito às relações entre a Ucrânia e a Rússia, apesar de os ataques de ambos os lados prosseguirem.

"Penso que a relação entre a Ucrânia e a Rússia pode estar a correr bem. E eles vão descobrir isso em breve. Chega a um ponto em que é preciso aguentar ou calar-se. Veremos o que acontece, mas acho que está a correr bem", explicou Donald Trump à comunicação social a bordo do Air Force One, o avião presidencial dos EUA.

"Temos muitos conflitos a decorrer em todo o mundo e penso que em breve vamos ter boas notícias sobre alguns desses conflitos", afirmou, enquanto viajava da residência de Mar-a-Lago, na Florida, para Miami, para assistir a um combate de artes marciais mistas.

As declarações de Trump surgem depois de o enviado especial dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff, ter tido uma longa reunião com o Presidente russo, Vladimir Putin, na cidade russa de São Petersburgo, na sexta-feira.

Pouco antes da reunião, Witkoff instou a Rússia a tomar medidas para pôr termo às hostilidades na Ucrânia, com o objetivo de levar as duas partes a assinar um acordo de paz.

Nos últimos dias, Kyiv e Moscovo têm denunciado repetidamente os ataques, e a Rússia poderá abandonar a trégua energética acordada com a Ucrânia a 16 de abril, devido ao que o Kremlin considera serem constantes violações da moratória por parte de Kyiv.

Na sexta-feira, o Presidente norte-americano manifestou frustração com a falta de progressos entre a Ucrânia e a Rússia, disse a porta-voz da Casa Branca.

"O presidente foi muito claro ao expressar a contínua frustração com ambos os lados deste conflito e quer ver o fim da guerra", declarou a porta-voz em conferência de imprensa.

Equador decreta estado de emergência devido ao aumento da criminalidade e violência

 SIC Notícias

A medida, que suspende alguns direitos e permite a intervenção militar, foi decretada na véspera da segunda volta das eleições presidenciais e estará em vigor por 60 dias. O país enfrenta uma escalada de violência, com a taxa de homicídios a aumentar significativamente nos últimos anos.

O Equador declarou este sábado o estado de emergência em sete das suas 24 províncias, bem como na capital Quito e nas prisões, para responder ao aumento da violência relacionada com o tráfico de droga.

O estado de emergência foi decretado na véspera da segunda volta das eleições presidenciais, num país onde é cometido um homicídio por hora, segundo dados oficiais.

O estado de emergência estará em vigor por 60 dias em Quito, nas prisões do país e nas províncias de Guayas - cuja capital Guayaquil é uma das cidades mais afetadas pela violência - Los Ríos, Manabí, Santa Elena e El Oro, na costa do Pacífico.

São igualmente abrangidas as províncias amazónicas de Orellana e Sucumbíos, bem como a cidade mineira de Camilo Ponce Enríquez.

Recolher noturno em vários municípios

A medida suspende os direitos à inviolabilidade do domicílio e da correspondência, a liberdade de reunião e impõe um recolher obrigatório noturno em vários municípios. Também permite a intervenção do exército nas vias públicas.

O Presidente do país, Daniel Noboa, no poder desde novembro de 2023, impôs o estado de emergência em resposta ao "aumento da violência, da prática de crimes e da intensidade da perpetração de atos ilegais por grupos armados organizados", de acordo com o decreto.

Situado entre a Colômbia e o Peru, o Equador viu a taxa de homicídios aumentar de seis por 100.000 habitantes em 2018 para 38 em 2024, após um recorde de 47 em 2023.

Início de 2025, o mais sangrento desde que há registos

O Equador registou a maior taxa de mortes violentas da América Latina no ano passado, de acordo com o grupo especializado Insight Crime. O início de 2025 foi o mais sangrento desde que há registos, com mais de 1.500 homicídios registados em janeiro e fevereiro.

"O governo está a enfrentar um nível de violência de tal intensidade que ultrapassou os limites de controlo" das forças de segurança, refere ainda o decreto, acrescentando que 120 pessoas foram mortas entre 7 de março e 8 de abril.

Na sexta-feira, o Equador restringiu a entrada de estrangeiros nas suas fronteiras terrestres com a Colômbia e o Peru, os maiores produtores de cocaína do mundo, para garantir a segurança da segunda volta das eleições presidenciais.

Em janeiro de 2024, Daniel Noboa declarou o estado de emergência durante os 90 dias permitidos por lei para fazer face ao que designou por "conflito armado interno" desencadeado pelos bandos. Desde então, o estado de emergência tem sido reintroduzido ocasionalmente em algumas províncias.

A segunda volta das eleições presidenciais de domingo opõe Daniel Noboa à candidata de esquerda Luisa González.