domingo, 7 de dezembro de 2025

Exército ucraniano recupera controlo de aldeia em Dnipropetrovsk... O Exército ucraniano disse hoje que recuperou o controlo da aldeia de Tikhe, na região central de Dnipropetrovsk, território que a Rússia anunciou ter capturado no dia 21 de novembro deste ano.

Por LUSA 

A 67.ª Brigada Mecanizada do Exército da Ucrânia reportou a libertação de Tikhe através de uma publicação na sua página de Facebook, em que afirma que os soldados conseguiram expulsar o inimigo da aldeia e "limpá-la dos invasores", graças às suas ações "coordenadas e precisas", bem como à sua "corajosa execução".

Em 21 de novembro, os russos tinham anunciado a captura de Tikhe e Vidradne, na região de Dnipropetrovsk.

Por outro lado, a plataforma de análise ucraniana DeepState noticiou hoje que as forças russas avançaram para perto de duas localidades nas regiões de Donetsk e Zaporijia.

Essas localidades são a aldeia de Yampil, no distrito de Kramatorsk, e a povoação de Solodke, no distrito de Polohi.

Segundo o Estado-Maior do Exército ucraniano, no sábado ocorreram 161 confrontos diretos, com a maior parte concentrada na frente de Pokrovsk, em Donetsk, onde os russos lançaram 45 ataques.

A Rússia anunciou a captura de Pokrovsk na passada terça-feira, mas, de acordo com o Comando Leste do Exército ucraniano, as forças de Kiev continuam entrincheiradas dentro da cidade, onde realizam operações de busca e assalto para "eliminar os soldados inimigos".

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou hoje a captura da cidade de Rivne (Rovnoye, em russo), na região de Donetsk, e afirmou que as forças russas estão a "expulsar as forças inimigas" da cidade de Hrishine, a cerca de cinco quilómetros a noroeste de Pokrovsk.

União Africana e CEDEAO condenam golpe de Estado falhado no Benim... A União Africana (UA) e a Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) condenaram hoje a tentativa de golpe de Estado no Benim, classificando-a como uma "subversão da vontade do povo beninense".

Por LUSA 

O presidente da Comissão da UA, Mahmoud Ali Youssouf, condenou a tentativa de golpe no Benim, sublinhando que "qualquer forma de interferência militar em processos políticos constitui uma grave violação dos princípios e valores fundamentais" do bloco.

Em comunicado, lembrou que os quadros normativos da UA "rejeitam categoricamente" a intervenção militar na governação e afirmam a primazia da ordem constitucional e da legitimidade democrática "como pilares da paz e da estabilidade no continente".

Youssouf apelou aos envolvidos para que cessem "imediatamente todas as ações ilegais", respeitem a Constituição e regressem às suas funções legítimas.

Manifestou ainda preocupação com a proliferação de golpes na região, alertando que tais ações minam a estabilidade continental e corroem a confiança dos cidadãos nas instituições públicas.

O responsável reiterou a "tolerância zero" da UA para mudanças inconstitucionais de governo e expressou apoio ao Presidente o Benim, Patrice Talon, e ao povo beninense.

A CEDEAO também condenou "veementemente este ato inconstitucional", classificando-o como "subversão da vontade do povo beninense", e elogiou o governo e as Forças Armadas por restabelecerem a ordem.

O organismo prometeu apoiar o Benim na defesa da Constituição e da integridade territorial.

Patrice Talon, de 67 anos, empresário conhecido como o "Rei do Algodão", cumpre o segundo mandato iniciado em 2021 e já anunciou que não se recandidatará em 2026, conforme a Constituição do Benim.

O ministro da Economia e Finanças, Romuald Wadagni, foi designado candidato presidencial pela coligação governamental.

O candidato da oposição, Renaud Agbodjo, foi rejeitado pela comissão eleitoral, que alegou falta de patrocinadores suficientes.

O ministro do Interior, Alassane Seidou, confirmou que "um pequeno grupo de soldados organizou um motim para desestabilizar o Estado", mas destacou que as Forças Armadas "mantiveram-se republicanas" e frustraram a manobra.

Horas antes, militares rebeldes tinham anunciado na televisão pública a criação do Comité Militar para a Refundação (CMR), liderado pelo tenente-coronel Pascal Tigri, declarando a destituição de Talon, o encerramento das fronteiras e a dissolução da Constituição.

Não há notícias oficiais sobre o presidente Patrice Talon desde que foram ouvidos tiros nos arredores da residência presidencial.

O sinal da televisão estatal e da rádio pública foram cortados após o anúncio militar.

A Guarda Republicana, porém, retomou o controlo da estação e neutralizou os insurgentes.

Após a independência da França, em 1960, este país da África Ocidental sofreu vários golpes de Estado, sobretudo nas décadas a seguir à independência.

Desde 1991, o país tem estado politicamente estável após duas décadas de governo do marxista-leninista Mathieu Kérékou.

Em janeiro, dois associados de Talon foram condenados a 20 anos de prisão por uma suposta conspiração para um golpe de Estado, em 2024.

No mês passado, o poder legislativo do país prolongou o mandato presidencial de cinco para sete anos, mantendo o limite de dois mandatos.

O aparente golpe que o ministro do Interior afirma ter sido "frustrado" é o mais recente de uma série de insurreições que abalaram a África Ocidental.

O último data de novembro, na Guiné-Bissau, onde um grupo de militares tomou o poder, destituindo o Presidente Umaro Sissoco Embaló, suspendendo os resultados das eleições de 23 de novembro e empossando o general Horta Inta-A como presidente de transição por um ano.


Leia Também: Bélgica condena tentativa de golpe Estado no Benim e pede "respeito"

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Bélgica, Maxime Prévot, condenou hoje a tentativa de golpe de Estado no Benim e apelou ao "respeito pelo processo democrático" antes das eleições presidenciais de 2026.


Treze militares detidos após tentativa de golpe de Estado no Benin... Pelo menos 13 militares foram hoje detidos na cidade de Cotonou, no Benim, após uma tentativa de golpe de Estado frustrada, de acordo com fontes do Exército.

Por LUSA 

"Todos os detidos são militares, incluindo um que já tinha sido expulso do serviço", indicou uma fonte militar à agência France-Presse (AFP).

Entre eles estão responsáveis pela operação, embora o tenente-coronel Pascal Tigri, apontado como líder, e outro membro tenham conseguido fugir.

O grupo tinha invadido a sede da Rádio e Televisão do Benim (RTB) na madrugada de hoje, anunciando a destituição do Presidente, Patrice Talon.

A ação foi rapidamente neutralizada pela Guarda Republicana, que retomou o controlo do edifício e repôs a ordem.

Um grupo de soldados surgiu hoje na televisão estatal do Benim a anunciar a dissolução do Governo num aparente golpe de Estado.

O grupo, que se autointitulou Comité Militar para a Refundação, anunciou hoje a remoção do presidente e de todas as instituições estatais.

Patrice Talon está no poder desde 2016 e deveria sair em abril, após as eleições presidenciais.

O candidato escolhido pelo partido de Talon, o ex-ministro das Finanças Romuald Wadagni, era dado como favorito e o candidato da oposição Renaud Agbodjo tinha sido rejeitado pela comissão eleitoral por não ter apoios suficientes.

No mês passado, o país alargou os mandatos presidenciais de cinco para sete anos, mantendo um limite máximo de dois mandatos.

Este é o mais recente golpe militar na África Ocidental, depois de, na semana passada, um grupo de militares tomar o poder na Guiné-Bissau, destituindo o Presidente Umaro Sissoco Embaló, suspendendo os resultados das eleições de 23 de novembro e empossando o general Horta Inta-A como presidente de transição por um ano.

Um grupo de cidadãos livres, que se apresenta como um movimento pela estabilidade e entendimento nacional, realizou neste domingo (07/12) uma conferência de imprensa.

Durante a declaração aos jornalistas, o porta-voz do grupo, Atanásio Manessim, defendeu a necessidade de serem criadas condições para o regresso de Umaro Sissoco Embaló ao país.

COMUNICADO À IMPRENSA

 Ministério da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social

O Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social tomou conhecimento da circulação, nas redes sociais, em particular na plataforma Facebook, de mensagens que incitam os servidores públicos à não comparência ao trabalho, sob a forma de desobediência civil e boicote.

O Ministério da Administração Pública informa que tais práticas são contrárias aos princípios de serviço público, violam a legislação em vigor e comprometem seriamente o normal funcionamento das instituições de Estado, bem como a prestação dos serviços essenciais à população.

Reafirmamos que todo servidor público está legalmente obrigado ao cumprimento do seu dever de assiduidade e responsabilidade funcional. Qualquer ausência injustificada ao local de trabalho será devidamente registada e tratada nos termos da lei aplicável, incluindo a abertura de procedimentos disciplinares quando necessário.

O Ministério da Administração Pública apela sentido de responsabilidade, ética e profissionalismo de todos os servidores públicos, desencorajando firmemente qualquer forma de adesão a práticas que atentem contra a ordem administrativa e o interesse público.

Reiteramos o compromisso de Estado em defender o diálogo institucional como o único caminho legítimo para a resolução de quaisquer reivindicações no seio da Administração Pública.

GABINETE DA MINISTRA

Guiné-Bissau: Guarda Nacional intercepta piroga com 103 emigrantes clandestinos

Uma piroga com 103 emigrantes clandestinos africanos de diferentes nacionalidades foi intercetada e apreendida pelo Destacamento Marítimo de Bissau, da Brigada Costeira (BC) da Guarda Nacional (GN), na madrugada de 07 de dezembro do ano em curso, no Porto de Bandim, em Bissau.

Os ocupantes da piroga, 47 cidadãos do Mali, 26 senegaleses, 21 cidadãos da Guiné-Bissau e 09 Conacri-guineenses, são condidatos a emigração irregular para a Europa, concretamente as Ilhas de Canárias, em Espanha, se encontram sob custódia da GN, dentre os quais se encontram 09 crianças de idades compreendidas de cinco a dezassete anos e 02 mulheres senegalesas.

Fonte: GN

Tentativa de golpe no Benin frustrada por tropas legalistas, diz ministro do Interior

Por cinetotal.com.br - 7 Dezembro 2025

Tentativa de golpe no Benin frustrada por tropas legalistas, diz ministro do Interior

Paul Njie, Thomas Naadi, repórteres da BBC África e Lucy Fleming BTV Os soldados apareceram na TV estatal na manhã de domingo para dizer que estavam suspendendo a constituição O ministro do Interior do Benin apareceu na TV nacional para anunciar que uma tentativa de golpe no país da África Ocidental foi frustrada.

 Anteriormente, um grupo de soldados, liderado pelo tenente-coronel Pascal Tigri, fez uma transmissão dizendo que haviam deposto o presidente Patrice Talon e suspendido a constituição. A embaixada no Benin disse que foram relatados tiros perto da residência do presidente na principal cidade de Cotonou, que é a sede do governo.

 Testemunhas oculares disseram à BBC que ouviram tiros e alguns jornalistas que trabalhavam para a emissora estatal foram mantidos reféns. Desde então, um conselheiro presidencial disse à BBC que o presidente está seguro e na embaixada francesa.”Na manhã de domingo, 7 de dezembro de 2025, um pequeno grupo de soldados lançou um motim com o objetivo de desestabilizar o estado e suas instituições”, disse o ministro do Interior, Alassane Seidou. “Diante desta situação, as forças armadas beninenses e sua liderança, fiéis ao seu juramento, permaneceram comprometidos com a república. 

A sua resposta permitiu-lhes manter o controlo da situação e frustrar a tentativa”, disse ele. “O governo, portanto, insta a população a realizar as suas actividades normalmente.” Os países mais pobres do mundo.As embaixadas da França e da Rússia instaram os seus cidadãos a permanecerem em casa para sua segurança.

O conselho da embaixada dos EUA foi manter-se longe de Cotonou, especialmente da área em torno do complexo presidencial. Os soldados que lideraram a tentativa de golpe justificaram as suas ações criticando a gestão do país pelo Presidente Talon.”O exército compromete-se solenemente a dar ao povo beninense a esperança de uma era verdadeiramente nova, onde prevaleçam a fraternidade, a justiça e o trabalho”, dizia um comunicado lido por um dos soldados.

Talon, que tem 67 anos e é considerado um aliado próximo do Ocidente, deve renunciar no próximo ano após completar seu segundo mandato, com eleições marcadas para abril. Um empresário conhecido como o “rei do algodão”, ele chegou ao poder pela primeira vez em uma eleição em 2016. 

Ele prometeu não concorrer a um terceiro mandato e apoiou o ministro das Finanças Romuald Wadagni como seu sucessor. 

Talon foi elogiado por apoiadores por supervisionar o desenvolvimento econômico, mas seu governo também foi alvo de críticas por suprimindo vozes dissidentes. Em outubro, a comissão eleitoral proibiu o principal candidato da oposição de concorrer, alegando que ele não tinha patrocinadores suficientes. 

No mês passado, várias emendas constitucionais foram aprovadas pelos deputados, incluindo a criação de uma segunda câmara parlamentar, o Senado. Os mandatos dos funcionários eleitos foram estendidos de cinco para sete anos, mas o limite presidencial de dois mandatos permaneceu em vigor. 

O presidente da AFPP, Patrice Talon, um empresário conhecido como o “rei do algodão”, disse que pretende renunciar no próximo ano, após dois mandatos Esta tentativa de golpe no Benim ocorre pouco mais de uma semana depois de Umaro Sissoco Embaló ter sido deposto como presidente na vizinha Guiné-Bissau. 

Ecowas deveria formar seu próprio grupo, a Aliança dos Estados do Sahel. De acordo com a BBC Monitoring, a notícia da tentativa de golpe foi saudada por vários relatos de influenciadores pró-Rússia nas redes sociais.

Declaração da CEDEAO sobre a situação na República do Benin... 07 de dezembro de 2025.

 

ECOWAS 

Soldados anunciam golpe de Estado no Benin... Um grupo de soldados surgiu hoje na televisão estatal do Benin a anunciar a dissolução do Governo num aparente golpe de Estado, noticia a agência Associated Press.

Por LUSA 

O grupo, que se autointitulou Comité Militar para a Refundação, anunciou hoje a remoção do presidente e de todas as instituições estatais.

O Presidente, Patrice Talon, está no poder desde 2016 e deveria sair em abril, após as eleições presidenciais.

O candidato escolhido pelo partido de Talon, o ex-ministro das Finanças Romuald Wadagni, era dado como favorito e o candidato da oposição Renaud Agbodjo tinha sido rejeitado pela comissão eleitoral por não ter apoios suficientes.

No mês passado, o país alargou os mandatos presidenciais de cinco para sete anos, mantendo um limite máximo de dois mandatos.

Este é o mais recente golpe militar na África Ocidental, depois de, na semana passada, um grupo de militares tomar o poder na Guiné-Bissau, destituindo o Presidente Umaro Sissoco Embaló, suspendendo os resultados das eleições de 23 de novembro e empossando o general Horta Inta-A como presidente de transição por um ano.

Astrónomos descobrem uma das maiores estruturas giratórias do Universo... Cientistas identificaram uma das maiores estruturas rotativas alguma vez detetadas no Universo, uma cadeia de galáxias inserida num filamento cósmico giratório a 140 milhões de anos-luz de distância da Terra.

Uma figura que ilustra a rotação do hidrogénio neutro (à direita) em galáxias localizadas num filamento extenso (ao centro), onde as galáxias exibem um movimento rotacional coerente que traça a teia cósmica de grande escala (à esquerda).Lyla Jung   SIC Notícias/Lusa

Cientistas identificaram uma das maiores estruturas rotativas alguma vez detetadas no Universo, uma cadeia de galáxias inserida num filamento cósmico giratório a 140 milhões de anos-luz de distância da Terra.

A descoberta, descrita na publicação científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, pode dar "novas e valiosas informações sobre como as galáxias se formaram no Universo primitivo", salienta em comunicado a universidade britânica de Oxford, que liderou a investigação.

"Este filamento é um registo fóssil dos fluxos cósmicos. Ajuda-nos a compreender como as galáxias adquirem a sua rotação e crescem ao longo do tempo", afirmou, citada no comunicado, uma das autoras do trabalho, Madalina Tudorache.

Os filamentos cósmicos são as maiores estruturas conhecidas do Universo: vastas formações filiformes de galáxias e matéria escura que constituem uma estrutura cósmica.

"Filamentos próximos, contendo muitas galáxias a girarem na mesma direção, e onde toda a estrutura parece estar a girar, são sistemas ideais para explorar a forma como as galáxias adquiriram a rotação e o gás que possuem hoje", adianta a Universidade de Oxford.

Os investigadores detetaram 14 galáxias próximas ricas em hidrogénio e dispostas numa linha fina e alongada.

A estrutura está localizada dentro de um filamento cósmico muito maior que contém mais de 280 galáxias.

Muitas destas galáxias parecem estar a girar na mesma direção que o filamento, o que sugere que "as estruturas cósmicas podem influenciar a rotação das galáxias com mais intensidade ou durante um período mais longo do que se pensava anteriormente".

Segundo os autores do estudo, "as galáxias de ambos os lados da espinha dorsal do filamento estão a mover-se em direções opostas", indiciando que toda a estrutura está a girar.

O filamento cósmico giratório "parece ser uma estrutura jovem e relativamente estável" e o seu elevado número de galáxias ricas em hidrogénio, gás essencial para a formação de estrelas, "pode fornecer informações sobre os estágios iniciais ou em curso da evolução" das galáxias.

Japão diz que responderá "com calma" a incidente com caças chineses... O ministro da Defesa japonês, Shinjiro Koizumi, garantiu hoje que o seu país responderá "com calma" ao incidente ocorrido este sábado, no qual caças chineses utilizaram o radar contra dois aviões de combate japoneses a sudeste de Okinawa.

Por LUSA 

"Responderemos com determinação e calma para manter a paz e a estabilidade na região", disse o ministro numa conferência de imprensa, em que participou com o homólogo australiano, Richard Marles, depois de uma reunião entre ambos em Tóquio.

Marles, por sua vez, classificou o incidente como "extremamente preocupante" e garantiu que trabalhará com o Japão para tomar medidas.

Horas antes, Koizumi tinha denunciado dois incidentes separados em que caças chineses bloquearam os respetivos radares de forma intermitente contra caças japoneses enquanto sobrevoavam "águas internacionais a sudeste da ilha de Okinawa".

"Um caça J-15 lançado do porta-aviões da marinha chinesa Liaoning ligou intermitentemente o seu radar" para visar um caça japonês F-15 que veio interceptá-lo, indicou, por outro lado, o ministério japonês da Defesa num comunicado.

Um incidente semelhante, envolvendo outro avião chinês proveniente do Liaoning e também outro avião japonês, ocorreu cerca de duas horas mais tarde, acrescentou o ministério, denunciando "um ato perigoso que excede o necessário para a segurança dos voos".

Tóquio enviou a Pequim "um protesto enérgico" após os incidentes em causa, que não causaram vítimas nem danos, disse Koizumi na primeira conferência de imprensa.

O radar num caça de combate é utilizado tanto para localizar objetos como para apontar mísseis. O "bloqueio" é a ação pela qual o radar de um avião militar deixa de simplesmente varrer o céu e começa a seguir um alvo específico, com o objetivo de obter uma solução de tiro. Os caças modernos dispõem de sistemas que permitem detectar quando são alvos desse procedimento, sendo que os pilotos não têm como saber quais são as intenções do outro caça.

Segundo o Ministério da Defesa japonês, citado pelo diário nipónico Mainichi, os caças japoneses estavam fora do espaço aéreo chinês quando visados pelos caças chineses, e que não havia motivo para o "bloqueio" dos radores de forma intermitente se o objetivo fosse simplesmente localizar a sua posição.

O "bloqueio" é a ação pela qual o radar de um avião militar deixa de simplesmente varrer o céu e começa a seguir um alvo específico, com o objetivo de obter uma solução de tiro. Os caças modernos dispõem de sistemas que permitem detectar quando são alvos desse procedimento.

As relações entre Pequim e Tóquio ficaram particularmente tensas desde que a nova primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, sugeriu em novembro em declarações no Parlamento que seu país poderia intervir militarmente em caso de um ataque da China a Taiwan, cuja soberania é reivindicada por Pequim.

Pequim protestou com veemência, a várias vozes, e respondeu com medidas de pressão económica e cultural, incluindo avisos de viagem ao Japão, a proibição da importação de produtos japoneses, entre outras.

Desde então, ocorreram vários incidentes envolvendo navios japoneses e chineses no Mar da China Oriental, perto das ilhas Senkaku --- chamadas Diaoyu pelos chineses --- administradas por Tóquio, mas reivindicadas por Pequim.


Leia Também: Japão acusa aviação chinesa de atos hostis perto de Okinawa

O Japão acusa a aviação chinesa de atos hostis perto de Okinawa. Segundo o ministro da Defesa do Japão, aviões militares chineses bloquearam os radares de caças japoneses, um incidente que ele classificou como "perigoso e extremamente lamentável".

Opositor venezuelano morreu na prisão por ataque cardíaco, diz governo... O ex-governador do estado de Nueva Esparta, Alfredo Díaz, considerado prisioneiro político pela oposição, morreu na prisão vítima de ataque cardíaco, confirmou o Governo venezuelano.

Por LUSA 

O Governo venezuelano confirmou no sábado que o ex-governador do estado de Nueva Esparta, Alfredo Díaz, considerado prisioneiro político pela oposição, morreu na prisão vítima de ataque cardíaco, como anunciado antes por várias ONGs e partidos políticos.

O Ministério do Serviço Penitenciário da Venezuela emitiu um comunicado em que precisou que este sábado, aproximadamente às 06:33 hora local (10:33 TMG), Díaz manifestou "sintomas compatíveis com um enfarte do miocárdio", pelo que foi "auxiliado pelos seus companheiros de recinto" e "imediatamente" atendido na emergência, onde lhe prestaram "cuidados médicos primários".

Devido ao seu estado, segundo o ministério, foi transferido para o Hospital Universitário de Caracas, onde foi internado e "faleceu minutos depois" de tentarem estabilizá-lo.

Díaz "estava a ser processado, com plena garantia dos seus direitos, de acordo com o ordenamento jurídico e o respeito pelos direitos humanos e a sua defesa jurídica. Isso é evidente através de vídeos e registos correspondentes", afirmou ainda o ministério.

Antes desde comunicado, os líderes da oposição María Corina Machado e Edmundo González Urrutia sublinharam que esta morte revela um "padrão sustentado de repressão estatal" e denunciaram que já são sete os presos políticos que morreram na prisão após as eleições presidenciais de 28 de julho de 2024.

Machado e González Urrutia precisaram num comunicado conjunto, partilhado nas redes sociais, que as "circunstâncias" destas sete mortes "incluem a negação de cuidados médicos, condições desumanas, isolamento e torturas, tratamentos cruéis, desumanos e degradantes".

Concretamente, em relação a Díaz, sublinharam que a sua integridade e vida eram "responsabilidade exclusiva daqueles que o mantinham arbitrariamente sequestrado" em El Helicoide, como é conhecida a sede do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) em Caracas, e, portanto, acrescentaram, "não pode ser tratado como uma morte comum".

González Urrutia sustentou ainda na rede social no X que Díaz "deveria ter recebido os cuidados médicos de que necessitava, tal como tantos presos políticos a quem é negado um direito básico que deve ser garantido sem exceções".

Ex-governador --- ativista do partido opositor Ação Democrática e também ex-vereador e ex-prefeito ---, Díaz foi detido em novembro de 2024, num contexto de crise política após as eleições presidenciais daquele ano, nas quais a maior coligação da oposição denunciou como fraudulento o resultado que deu a reeleição ao Presidente Nicolás Maduro.

Díaz questionou a falta de publicação dos resultados detalhados das eleições presidenciais e denunciou, dias antes de sua detenção, a crise elétrica que Nova Esparta viveu em novembro, que o governo atribuiu a ataques da oposição.


Leia Também: Opositor venezuelano Alfredo Díaz morreu na prisão

O Foro Penal, organização não governamental (ONG) que documenta detenções de presos políticos na Venezuela, anunciou hoje a morte na prisão, sob custódia do Estado, de mais um opositor político, o ex-governador do estado de Nueva Esparta, Alfredo Díaz.