sexta-feira, 8 de setembro de 2023
Conheça cinco setores prioritários do Comércio de Serviços da Guiné-Bissau revistos no âmbito da ZLECAf_
Bissau e Banjul apontam passos para dinamizar as tradicionais relações de amizade e cooperação entre os dois países. O Ministro do Comércio João HANDEM Jr. recebeu hoje o seu homólogo da Gâmbia, BABUBACAR DJOUF, para traçar estratégias de implementação do Acordo de Cooperação Comercial.
ONU preocupada com deterioração da situação após recentes ataques no Mali
© iStock
POR LUSA 08/09/23
A ONU manifestou hoje a sua preocupação com a deterioração da situação no norte do Mali, onde um ataque sem precedentes atribuído a extremistas contra um barco, no rio Níger, matou dezenas de civis na quinta-feira.
Os terroristas voltaram hoje a cometer um atentado suicida contra um acampamento do exército em Gao, um dia depois de um duplo ataque contra o barco de passageiros que navegava no grande rio africano e contra uma posição militar.
Pelo menos 64 pessoas - 49 civis e 15 militares - foram mortas no duplo atentado de quinta-feira no setor de Bamba, entre Timbuktu e Gao, mas os representantes locais afirmaram à Agência France Presse (AFP) que o número de mortos é, de facto, muito superior.
Não foi divulgada qualquer informação oficial sobre as vítimas do ataque de hoje, que, segundo testemunhas, foi perpetrado com carros armadilhados.
As operações de quinta-feira e de hoje contra instalações militares foram reivindicadas pelo Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM), uma aliança afiliada à Al-Qaida.
Esta violência ilustra a pressão crescente exercida pelos grupos armados sobre o Estado no norte do país nas últimas semanas.
"Estamos certamente muito preocupados", afirmou Faran Haq, porta-voz adjunto do secretário-geral da ONU, em Nova Iorque.
"Este é mais um sinal de que todas as forças no terreno têm de fazer muito mais para proteger as pessoas, uma vez que a nossa missão termina em breve a sua retirada, de acordo com o seu mandato", acrescentou.
Está a ocorrer uma reconfiguração da segurança no norte do Mali, após a saída da força francesa em 2022 e a partida em curso da missão da ONU (MINUSMA), ambas afastadas pela junta que tomou o poder pela força em 2020.
A MINUSMA condenou hoje, através das redes sociais, o "ato criminoso" cometido no ataque à embarcação.
Pais e encarregados da educação querem melhoria no sistema do ensino guineense.
Estas declarações foram prestadas pelo presidente da mesma organização momentos depois do encontro com o Ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica Braima Sanha.
Direção da UNTG continua a ser disputada entre a ala de Laureano da Costa e a de Júlio Mendonça.
MALI: Acampamento militar no Mali alvo de atentado suicida
© FLORENT VERGNES/AFP via Getty Images
POR LUSA 08/09/23
Um acampamento do exército maliano em Gao, no nordeste do país, foi hoje alvo de um atentado suicida, numa altura em que o norte do Mali tem sofrido ataques terroristas com mais frequência, disse o exército nas redes sociais.
O atentado ocorreu um dia depois de um duplo ataque atribuído a terroristas, que mataram pelo menos 64 civis e soldados no norte do país.
O exército, através das suas redes sociais, referiu-se a um "ataque "complexo" na zona do aeroporto, o que indica o envolvimento de diferentes meios, mas não deu qualquer informação sobre o número de vítimas do atentado de hoje.
Um funcionário do aeroporto foi contactado pela agência noticiosa France-Press (AFP) e relatou um ataque com dois veículos-bomba, acompanhado de tiros. O aeroporto foi encerrado, segundo a fonte citada pela AFP.
Tal como o ataque de quinta-feira, a uma posição militar em Bamba, mais a oeste, o atentado foi reivindicado pelo Grupo de Apoio aos Islão e aos Muçulmanos (GSIM, na sigla em francês), uma aliança afiliada à Al-Qaeda, informou a SITE, uma organização não-governamental (ONG) americana especializada na monitorização de grupos radicais.
As autoridades decretaram três dias de luto nacional a partir de hoje, devido à violência que ocorreu nos últimos dias.
A pressão dos grupos armados sobre o Estado no norte do país tem aumentado nas últimas semanas, aumentando os receios face à violência crescente num país que vive em tumultos desde 2012 e onde o acesso a informações fiáveis é dificultado por fatores como a distância, comunicações deficientes, silêncio das autoridades, segundo a AFP.
O norte do país está a ser disputado por grupos terroristas entre si e contra o exército do Mali e grupos armados tuaregues contra milicianos e contra o exército nacional.
Vastas zonas da região de Gao, onde ocorreram estes últimos ataques, caíram sob o controlo do Estado Islâmico.
Foi a partir do norte, com as insurreições independentistas e salafistas de 2012, que começou a turbulência em que o Mali ainda está mergulhado e que se estendeu aos vizinhos Burkina Faso e Níger, e que matou milhares de pessoas.
Em 2015, os independentistas assinaram um acordo de paz com o Governo maliano, enquanto os extremistas continuaram a combater.
Está em curso uma reconfiguração da segurança no norte, após a partida da força anti-terrorista francesa em 2022 e a partida em curso da missão da ONU (MINUSMA).
Leia Também: Pelo menos 49 civis mortos em ataque no nordeste do Mali
Eleições russas nas áreas ocupadas "não têm fundamento jurídico", diz ONU
© Reuters
POR LUSA 08/09/23
A Organização das Nações Unidas (ONU) manifestou hoje "preocupação" com os relatos de que a Rússia está a realizar eleições em áreas ocupadas da Ucrânia e sublinhou que este sufrágio "não tem fundamento jurídico".
A posição da ONU foi apresentada pelo secretário-geral adjunto para a Europa, Ásia Central e Américas, Miroslav Jenca, numa reunião do Conselho de Segurança agendada para discutir a situação no território ucraniano, nomeadamente as eleições locais que a Rússia está a realizar nas regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson.
"Estamos preocupados com os relatos de que a Federação Russa realiza as chamadas eleições em áreas da Ucrânia atualmente sob controlo militar russo. Estas chamadas eleições nas áreas ocupadas da Ucrânia não têm fundamento jurídico", disse o representante da ONU.
Jenca citou ainda o secretário-geral da ONU, António Guterres, que declarou que "qualquer anexação do território de um Estado por outro Estado resultante da ameaça ou uso da força é uma violação dos princípios da Carta [das Nações Unidas] e do direito internacional".
Leia Também: Os dez primeiros tanques Leopard 1, prometidos à Ucrânia pela Dinamarca, a Alemanha e os Países Baixos em fevereiro, chegaram a território ucraniano, anunciou hoje o exército dinamarquês, indicando que mais se seguirão.
Podolyak exclui mediação do Papa na guerra após afirmações "pró-russas"... "O Papa não pode desempenhar um papel de mediação, porque é pró-russo e não é credível",...
© SERGEI SUPINSKY/AFP via Getty Images
POR LUSA 08/09/23
O principal conselheiro da Presidência ucraniana considerou hoje que o Papa Francisco não pode mediar o conflito na Ucrânia por ser "pró-russo", após o pontífice ter mencionado a "Grande Mãe Rússia" e a respetiva herança cultural durante um discurso.
No passado mês de agosto, num discurso dirigido a jovens católicos russos, Francisco enalteceu a herança da "Grande Mãe Rússia".
"Nunca esqueçais essa grande herança. Vós sois os herdeiros da grande mãe Rússia, segui em frente com ela", afirmou na ocasião.
Estes comentários do Papa, que mais tarde insistiu serem estritamente culturais, irritaram Kyiv, que acusou Francisco de legitimar as iniciativas imperialistas passadas e presentes de Moscovo.
Durante uma polémica entrevista a Oksana Kharkovska da estação televisiva ucraniana Canal 24 -- divulgada pelo 'site' noticioso do Vaticano Il Sismógrafo - Mykhailo Podolyak, principal conselheiro do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que o pontífice não pode desempenhar um papel num processo de mediação após tais comentários.
"O Papa não pode desempenhar um papel de mediação, porque é pró-russo e não é credível", afirmou o conselheiro.
Perante tal situação, Podolyak disse que Kyiv exclui a possibilidade de mediação do Vaticano para solucionar o conflito militar no território ucraniano.
Na mesma entrevista, Podolyak também insinuou a existência de investimentos russos no Instituto para as Obras de Religião (IOR), mais conhecido como o Banco do Vaticano.
Na passada segunda-feira, a bordo do avião papal e no regresso a Roma após uma visita à Mongólia, Francisco justificou que não elogiou o imperialismo russo, mas exortou "a conservar a herança" e "a transmissão da cultura russa".
"Num diálogo com jovens russos emiti no final uma mensagem que repito sempre: que cuidem da sua herança. É o mesmo que digo em todos os lugares, a necessidade de diálogo entre avós e netos. Esta era a mensagem", esclareceu na ocasião.
O Papa acrescentou que se referiu à "Grande Rússia" para sublinhar a sua mensagem, porque "a herança russa é muito boa e muito bela e basta pensar no campo da literatura, da música, até chegar ao escritor Fiodor Dostoievski" que aborda o humanismo.
Francisco reconheceu que a terceira parte da sua alocução, na qual reiterou o discurso da herança, "talvez não tenha sido muito feliz", mas indicou que "não era uma referência ao plano geográfico mas antes cultural".
"Disse-o porque foi o que estudei no colégio", acrescentou.
"Queria dizer que têm de herdar a sua cultura, que não se pode comprar num outro lugar, e que a cultura russa é belíssima e profunda e não ficará congelada apesar de a Rússia ter registado momentos obscuros", sublinhou.
O Papa frisou ainda que não pensava em "imperialismo", pelo facto de "existirem imperialismos que querem impor a sua própria ideologia e quando a cultura é destilada e se transforma em ideologia que se converte em veneno".
As palavras do Papa foram na ocasião criticadas pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Oleg Nikolenko, ao considerar que defendiam o "imperialismo russo".
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 por Moscovo no território ucraniano - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
AMNISTIA INTERNACIONAL: Arábia Saudita executou pelo menos 100 pessoas em 2023, denuncia AI
© Reprodução
POR LUSA 08/09/23
A Amnistia Internacional (AI) denunciou hoje que a Arábia Saudita executou em 2023 pelo menos 100 pessoas e acusou Riade de "continuar com uma onda implacável de assassínios", apesar das promessas de limitar o uso da pena capital.
"Em contraste com as repetidas promessas da Arábia Saudita de limitar o recurso à pena de morte, as autoridades sauditas já executaram 100 pessoas este ano, revelando o seu arrepiante desrespeito pelo direito à vida", afirmou, num comunicado, a diretora da AI para o Médio Oriente e Norte de África, Heba Morayef.
A organização de promoção e defesa dos direitos humanos afirmou que a contagem se baseia em informações publicadas pela agência noticiosa oficial saudita SPA e advertiu que "o número real de execuções pode ser mais elevado".
Esta nova vaga de execuções "suscita sérios receios quanto à vida" dos condenados à morte por crimes cometidos antes da maioridade, algo que, referiu a AI, "as organizações não-governamentais têm vindo a denunciar constantemente".
Morayef afirmou que a Amnistia Internacional tem documentado um grande número de sentenças de morte "por qualquer razão", desde publicações críticas nas redes sociais a crimes relacionados com drogas.
Várias organizações de defesa dos direitos humanos referem que a taxa de execuções no país árabe quase duplicou desde que o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman chegou ao poder, há sete anos, durante os quais a pena de morte foi aplicada a mais de mil pessoas.
Em 2022, a Arábia Saudita executou um total de 196 pessoas, 81 delas num único dia, o maior número de execuções no país em 30 anos, segundo a AI.
Leia Também: Papel da China no comércio internacional contra meta de reduzir dependência
Uma empresa de tecnologia de Boston criou uma mão robótica capaz de executar linguagem gestual. Destinada a utilizadores surdos-cegos, a mão traduz texto online em linguagem gestual tátil. Os criadores afirmam que a mão tem potencial para abrir um mundo de conteúdos online para os utilizadores surdos-cegos.
Arrancou esta sexta-feira (08-09) no Centro de Saúde de Gabú, a vacina contra raiva, depois da vaga de ataque do cão a cerca de duas dezenas de pessoas. A operação de vacinação foi possível com apoio e intervenção do Governo Regional de Gabú.
Veja Também:
Kyiv denuncia "eleições ilegais" nas regiões ocupadas pela Rússia
© Getty Images
POR LUSA 08/09/23
A Ucrânia denunciou hoje as eleições russas a decorrer nos territórios ucranianos ocupados como ilegais por violarem a soberania do país, e avisou que "não terão quaisquer consequências jurídicas".
A Rússia elege entre hoje e domingo 21 governadores e 20 parlamentos regionais, numa votação já iniciada em algumas zonas do país e que engloba a península ucraniana da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014.
Moscovo alargou a votação deste ano às regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, anexadas em setembro de 2022, apesar da guerra em curso e de as suas forças não as controlarem na totalidade.
"As ações da Rússia violam gravemente a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, as leis ucranianas e as normas do direito internacional, em particular a Carta das Nações Unidas", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano.
Para Kyiv, "as pseudo-eleições da Rússia nos territórios temporariamente ocupados são inúteis".
"Não terão quaisquer consequências jurídicas e não conduzirão a uma alteração do estatuto dos territórios ucranianos capturados pelo exército russo", afirmou o ministério chefiado por Dmytro Kuleba.
O ministério considerou que "ao organizar eleições fictícias nas regiões ucranianas e na Crimeia, o Kremlin [presidência russa] continua a deslegitimar o sistema jurídico russo".
A diplomacia ucraniana apelou à comunidade internacional para que "condene as ações inúteis e arbitrárias da Rússia".
Apelou também para que a comunidade internacional "não reconheça a legitimidade de qualquer 'administração' criada em resultado destas eleições ilegais, bem como de quaisquer decisões por ela tomadas".
"Os envolvidos nestas pseudo-eleições, incluindo os dirigentes russos, os representantes das administrações de ocupação e as estruturas eleitorais, devem ser levados à justiça", defendeu o ministério de Kuleba.
"Trabalharemos para a imposição de novas sanções internacionais contra eles", acrescentou.
A realização das eleições foi condenada hoje pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), organização de que a Rússia e a Ucrânia fazem parte.
A OSCE disse que as eleições "não terão qualquer validade ao abrigo do direito internacional" e que a sua realização "viola a integridade territorial e a soberania da Ucrânia".
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, descreveu as eleições como um "exercício de propaganda" e reiterou que Washington nunca reconhecerá as pretensões de Moscovo "a qualquer território soberano da Ucrânia".
Avisou que todas as pessoas que apoiem "as eleições fraudulentas da Rússia na Ucrânia, inclusive atuando como os chamados 'observadores internacionais', podem estar sujeitas a sanções e restrições de vistos".
Em resposta, a embaixada russa em Washington afirmou que as observações de Blinken equivaliam a uma interferência nos assuntos internos da Rússia, segundo a agência espanhola Europa Press.
"As autoridades norte-americanas não abandonam o velho hábito de se imiscuírem nos assuntos internos de outros países. Consideram-se autorizadas a fazer recomendações e avisos sobre a condução de campanhas eleitorais no estrangeiro", disse a embaixada.
Leia Também: Eleições russas em territórios ocupados "não terão qualquer validade"
PR Umaro Sissoco Embaló preside a cerimônia de entrega donativos para o Ministério da Saúde, 09 viaturas, 02 câmaras mortuárias, 12 Raio X, 11 motorizadas e 30 tendas adquiridas pela OMS com fundo do BAD, no quadro de combate da pandemia da Covid-19.
Consultor em Economia e Gestão Mamadu Serifo Balde disse está quinta-feira que é ineficaz a parceria do Setor Privado Guineense para com Estado, e aponta os políticos como maiores protogonistas das empresas que funcionam nas mochilas.
Oleksii Reznikov garantiu que Putin quer a "destruição da Ucrânia" e que não se contentará apenas com a cedência de alguns territórios como alguns sugerem fazer.
© Dmytro Larin /Global Images Ukraine via Getty Images
Notícias ao Minuto 08/09/23
Ucrânia. Ex-ministro pede "união e coragem" para evitar III Grande Guerra
Oleksii Reznikov garantiu que Putin quer a "destruição da Ucrânia" e que não se contentará apenas com a cedência de alguns territórios como alguns sugerem fazer.
O antigo ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, garantiu, em entrevista ao The Guardian, que as negociações com Moscovo não trarão paz e que Vladimir Putin continua determinado a destruir completamente a Ucrânia e a "anexar" os cidadãos ucranianos à Rússia.
Segundo o ex-governante ucraniano, qualquer "acordo" com o Kremlin é inútil, uma vez que "a Rússia exige o reconhecimento dos territórios ocupados da Ucrânia como seus em troca do fim da guerra apenas com um objetivo: ganhar algum tempo para reagrupar-se e 'finalmente resolver a questão ucraniana' utilizando novos recursos".
"A Rússia não reconhece a existência da Ucrânia e do povo ucraniano. O seu objetivo é destruir o Estado ucraniano e anexar os ucranianos", defendeu.
Na mesma entrevista, Oleksii Reznikov, que foi afastado do cargo, no domingo, pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, comparou os apelos à Ucrânia para fazer concessões territoriais às exigências internacionais de 1938 para que a Checoslováquia entregasse os Sudetos à Alemanha Nazi. O que acabou por acontecer.
"Sabemos pela história que isso não impediu Hitler. O Terceiro Reich ficou com o controlo total do que restava da Checoslováquia, incluindo o seu arsenal militar. As ações de Putin seguem um padrão semelhante", recordou, acrescentando que, se ninguém parar o presidente da Rússia, as suas ambições não vão ficar pela Ucrânia.
“Deixar a Rússia obter os recursos da Ucrânia só aumentará as ambições do Kremlin e levará a uma nova grande guerra na Europa Oriental, que envolverá inevitavelmente a NATO, como todos os riscos daí inerentes", atirou.
Para Rexnikov, que segundo o The Guardian pode vir a tornar-se embaixador da Ucrânia no Reino Unido, "a receita para a vitória" é clara. Inclui a restauração das fronteiras da Ucrânia, a retirada das tropas russas e a "punição dos criminosos de guerra". E para evitar "agressões semelhantes no futuro", defendeu ainda, é necessário integrar a Ucrânia em pactos de segurança e fazer "emendas ao direito internacional".
"Peço união, coragem e uma ação consolidada. Essa é a única maneira de salvamos o mundo da catástrofe de uma Terceira Guerra Mundial", concluiu.
Leia Também: Musk negou pedido de Kyiv e "como resultado, crianças estão a morrer"
Cuba detém 17 pessoas ligadas a rede russa que recrutava para a guerra
© Lusa
POR LUSA 08/09/23
Cuba deteve 17 pessoas na sequência do desmantelamento de uma rede que recrutava mercenários para lutar pela Rússia na Ucrânia, informaram na quinta-feira meios de comunicação oficiais.
Três pessoas "pertenciam ao esquema de recrutamento dentro da ilha" e as restantes confessaram "ter aderido à operação por decisão individual e voluntária, em troca de residência no país eurasiático e de uma remuneração monetária substancial".
As autoridades cubanas garantiram, com base em confissões dos detidos e na interceção de comunicações, que a rede era dirigida "desde o exterior" e que os organizadores procuravam "indivíduos com antecedentes criminais, provenientes de famílias disfuncionais".
Embora não tenham sido revelados os alegados crimes pelos quais os detidos estão a ser investigados, o novo código penal estabelece "severas sanções para este tipo de crimes" que se enquadram entre o tráfico, o tráfico de seres humanos e a angariação para grupos mercenários, de acordo com o Cubadebate.
O portal de notícias acrescentou que o líder do departamento de supervisão da direção de processos penais da Procuradoria-Geral de Cuba, José Luis Reyes Blanco, explicou que "nas investigações será determinado o crime imputável a cada caso, em correspondência com as ações e a vontade dos envolvidos".
A publicação acrescentou que "atualmente continuam as investigações sobre estes acontecimentos que são prejudiciais à segurança nacional, alheios aos valores do povo cubano".
O governo de Cuba anunciou na segunda-feira o desmantelamento de uma rede de tráfico de pessoas, com sede na Rússia, que recrutava cubanos para lutar como mercenários na guerra na Ucrânia.
O Ministério do Interior "detetou e está a trabalhar para neutralizar e desmantelar uma rede de tráfico de seres humanos que opera a partir da Rússia para recrutar cidadãos cubanos aí radicados, incluindo alguns de Cuba", referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros da ilha, num comunicado.
"Cuba não faz parte do conflito armado na Ucrânia", sublinhou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, assegurando que Cuba "está a agir e agirá energicamente" contra quem "participe em qualquer forma de tráfico de seres humanos com o objetivo de recrutamento (...) para que os cidadãos cubanos possam usar armas contra qualquer país".
Neste sentido, sublinha-se que as autoridades da ilha "neutralizaram tentativas desta natureza e foram iniciados processos penais contra pessoas envolvidas nestas atividades".
O ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Bruno Rodríguez, defendeu ainda que Cuba tem uma "posição histórica firme e clara contra" os grupos mercenários e desempenha "um papel ativo nas Nações Unidas em repúdio desta prática".
O governo cubano e os meios de comunicação oficiais têm feito eco da retórica de Moscovo quando se referem à invasão da Ucrânia pela Rússia, mas nas Nações Unidas optaram em várias ocasiões por se abster em vez de apoiar as posições do Kremlin.
Leia Também: Os Estados Unidos afirmaram quinta-feira que, apesar das críticas russas, não existem provas de que as munições de urânio empobrecido, que vão ser entregues à Ucrânia, causem cancro.
MNE russo acusa EUA de tentar isolar Moscovo e travar China
© TCHANDROU NITANGA/AFP via Getty Images
POR LUSA 07/09/23
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, denunciou na quinta-feira, no Bangladesh, a estratégia dos Estados Unidos na região do Indo-Pacífico, que, no seu entender, tem como objetivo "travar a China e isolar a Rússia".
"Apesar da pressão exercida sobre o Bangladesh pelos Estados Unidos e os seus aliados, os nossos amigos do Bangladesh orientam a sua política externa exclusivamente pelos seus interesses nacionais", declarou Lavrov ao lado do seu homólogo A.K. Abdul Momen.
As forças de segurança do Bangladesh têm sido acusadas de execuções extrajudiciais e os direitos da oposição têm sido limitados, segundo várias organizações internacionais.
"Podemos ver claramente que os Estados Unidos e os seus aliados estão a tentar defender os seus interesses na região através da chamada estratégia do Indo-Pacífico: o seu objetivo é claramente impedir a China e isolar a Rússia na região", acrescentou.
O ministro, que se deslocou ao Bangladesh antes da cimeira do G20 na Índia, na qual o Presidente russo não vai participar, afirmou que Moscovo e Daca concordaram em intensificar as suas relações.
O Bangladesh está a construir a sua primeira central nuclear com a ajuda da Rússia, um projeto no valor de pouco mais de 12 mil milhões de dólares, 90% dos quais financiados por um empréstimo de Moscovo.
No entanto, o projeto e o seu financiamento têm sido dificultados pelas sanções ocidentais contra a Rússia, devido à guerra que esta lançou contra a Ucrânia em fevereiro de 2022, alegam os promotores.