sexta-feira, 20 de janeiro de 2023
GUERRA NA UCRÂNIA: Países Baixos confirmam envio do sistema de mísseis Patriot a Kyiv
POR LUSA 20/01/23
O governo neerlandês confirmou hoje que vai entregar à Ucrânia peças do sistema de defesa antiaérea Patriot, numa altura em que os países ocidentais estão a aumentar a entrega de armas a Kyiv.
"Trata-se de dois lançadores e de mísseis", realçou o Ministério da Defesa neerlandês em comunicado, confirmando a intenção manifestada pelo primeiro-ministro Mark Rutte, durante uma conferência de imprensa com o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington, na terça-feira.
O apoio resulta de um "projeto de colaboração com os Estados Unidos e a Alemanha", que diz respeito à "entrega conjunta de sistemas de defesa antiaérea Patriot à Ucrânia", especificou o governo neerlandês.
"Esta cooperação resulta do apelo urgente do Presidente ucraniano [Volodymyr] Zelensky" que "deseja meios de defesa aérea para que o seu país se possa defender dos contínuos ataques com mísseis e drones às cidades ucranianas", segundo a mesma fonte.
Os Países Baixos também vão assumir o treino de soldados ucranianos e fornecer 100 veículos com armas antiaéreas compradas à República Checa.
Os Estados Unidos anunciaram no final de dezembro o fornecimento de um sistema de defesa antiaérea Patriot para a Ucrânia, durante a visita de Zelensky a Washington. Berlim também se comprometeu a fornecer um desses sistemas em 05 de janeiro.
Os neerlandeses também anunciaram que se juntaram a um "grupo de países, incluindo a Alemanha", que estudam as possibilidades de fornecer tanques pesados a Kiev, incluindo treino.
Os aliados de Kyiv não chegaram hoje a acordo sobre a entrega de tanques pesados, durante a reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia em Ramstein, na Alemanha, apesar das pressões sobre o governo do chanceler Olaf Scholz, para que Berlim dê 'luz verde' para a cedência dos tanques de guerra Leopard 2, de fabrico alemão.
O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, não descartou o envio, mas indicou que não existe um parecer unânime sobre o destacamento de tanques Leopard 2, de fabrico alemão, que Kiev afirma precisar para combater as forças russas na região de Donbass (leste da Ucrânia), confirmaram fontes diplomáticas à agência noticiosa espanhola Europa Press.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.031 civis mortos e 11.327 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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Dia dos heróis nacionais: SISSOCO CONSIDERA “BAGUNÇA” A DEPOSIÇÃO DE COROAS DE FLORES POR PARTE DE PARTIDOS POLÍTICOS
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, considerou uma “bagunça” as iniciativas de diferentes formações políticas que depositaram coroas de flores em homenagem aos heróis nacionais no Mausoléu Amílcar Cabral, tendo afirmado que doravante “nenhum partido político depositará coroas de flores na Fortaleza São João de Amura, enquanto estiver em funções como Chefe de Estado da Guiné-Bissau”.
Embaló fez estas ccrítica esta sexta-feira, 20 de janeiro de 2023, em declarações aos jornalistas depois da tradicional cerimónia de deposição de coroas de flores no mausoléu Amílcar Cabral e nas campas de outros combatentes da liberdade da pátria, nas instalações da fortaleza de São João de Amura, assinalando o dia dos heróis nacionais.
O chefe de Estado fez-se acompanhar pelo ministro da defesa e dos combatentes, Marciano Silva Barbeiro, pelosmembros do seu gabinete, tendo sido recebidos pelo chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, General Biague Na N’Tan, e pelos chefes de diferentes ramos do exército guineense.
Embaló assegurou que o ato de deposição de coroa de flores nesta data é exclusivamente do Estado. Acrescentou que depois da independência, o PAIGC nunca confundiu o Estado com o partido, razão pela qual entregou a arma e bandeira à nação guineense.
“Este é o último ano da desordem e bagunça. Será colocado um ponto final no Mausoléu Amílcar Cabral. A partir de hoje, enquanto Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, o ato da deposição de coroas de flores é reservado unicamente ao Estado. Todos os partidos vêm depositar coroa de flores, porque viram o PAIGC, o MADEM G-15 e o PRS fazer esse ato.
Para evitar essa bagunçada, doravante o ato será reservado apenas ao Estado que é a entidade exclusiva para homenagear os heróis nacionais da Guiné-Bissau. Os partidos políticos podem fazer essas homenagens nas suas sedes”, advertiu.
O chefe de Estado revelou que há um projeto de transformar o aquartelamento de São José de Amura em Museu Nacional, que permitirá aos cidadãos e partidos políticos depositarem coroas de flores nas campas dos heróis nacionais. Frisou que, enquanto o espaço continuar a albergar o Estado-Maior General das Forças Armadas, será reservado para a dignidade de Estado.
Questionado sobre o que deve ser feito para acabar com males que ocorreram no país nos últimos 50 anos, respondeu que a Guiné-Bissau é um país que passou por uma luta de libertação, razão pela qual a cultura de violência reinou durante algum tempo devido amomentos políticos conturbados e menos felizes vividos.
Acrescentou que os males vieram dos partidos políticos, sublinhando que “os tais males foram protagonizados por pessoas que diziam ser democratas, o que o leva, por vezes, a questionar, se vale a pena continuar a fazer eleições no país”.
“Desde 1994, José Mário Vaz é o único Presidente da República que terminou o mandato no país, graças aos homens das forças armada. Quero contar-vos um segredo que nunca tiveram a oportunidade de ouvir. Existem algumas pessoas na esfera pública guineense pertencentes aos partidos políticos, que nem podem imaginar, que foram à casa de Biaguê Na N’Tan, pedindo-lhe para promover um golpe de estado contra o José Mário Vaz. Vejam a gravidade da situação do país que temos”, revelou.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
EUA vão definir grupo Wagner como "organização criminosa transnacional"... Novas sanções serão ainda anunciadas na próxima semana, disse John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
© Reuters
Notícias ao Minuto 20/01/23
Os Estados Unidos vão aumentar a parada nas sanções ao grupo paramilitar Wagner, que passará a considerar, oficialmente, uma "organização criminosa transnacional".
O anúncio foi feito pelo porta-voz do conselho de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby. Novas sanções serão ainda anunciadas na próxima semana, disse.
Declarar o grupo Wagner uma organização criminosa transnacional significa o congelamento dos ativos que o grupo tem nos Estados Unidos, banindo também os cidadãos norte-americanos de fornecer fundos, bens ou serviços ao grupo.
Trata-se de uma medida que "reconhecerá a ameaça transcontinental que o grupo Wagner representa, inclusive por meio do seu padrão contínuo de atividade criminosa grave", disse a Reuters, citando um alto funcionário dos EUA.
"Com estas medidas, e mais por vir, a nossa mensagem para qualquer empresa que esteja a pensar fornecer apoio ao grupo Wagner é esta: trata-se de uma organização criminosa que está a cometer atrocidades generalizadas e abusos dos direitos humanos, e trabalharemos incansavelmente para identificar, interromper, expor e colocar na mira aqueles que o auxiliam", terá dito o mesmo.
No mês passado, a Casa Branca acusou o Grupo Wagner de receber um carregamento de armas da Coreia do Norte, para ajudar a fortalecer as forças russas na Ucrânia.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 17 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da ONU. A entidade confirmou ainda que já morreram, pelo menos, 7.031 civis, tendo 11.327 ficado feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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EUA: Rússia abrandou crescimento da economia africana e aumentar fome
© Reuters
POR LUSA 20/01/23
A secretária norte-americana do Tesouro, Janet Yellen acusou hoje em Dacar a invasão russa da Ucrânia de abrandar o crescimento em África e de empurrar milhões de africanos para a pobreza e fome.
"A agressão bárbara da Rússia contra o seu vizinho está a ser sentida especialmente em África e pelo seu povo", afirmou Yellen, que iniciou na capital senegalesa uma visita de 10 dias a três países africanos -- Senegal, Zâmbia e África do Sul.
"A guerra da Rússia e a militarização dos alimentos exacerbaram a insegurança alimentar e causaram sofrimentos incalculáveis", disse a secretária do Tesouro, num discurso proferido na Delegação Geral para o Empreendedorismo Rápido de Mulheres e Jovens (DER/FJ) no Senegal.
Para Yellen, "os ventos contrários da economia mundial causados pelas ações de um homem - Presidente [Vladimir] Putin - estão a criar um lastro desnecessário na economia africana".
A secretária do Tesouro recordou a colaboração entre os Estados Unidos da América e os líderes africanos para "mitigar os danos causados pela Rússia", que fez com que Washington destinasse cerca de 13 mil milhões de dólares (cerca de 12 mil milhões de euros) em 2022 para ajuda de emergência e assistência alimentar.
A norte-americana destacou ainda o trabalho do seu país para desbloquear as exportações de alimentos ucranianos na Iniciativa Cereais do Mar Negro, nomeadamente destinadas ao continente africano.
Entretanto, afirmou que se está "a estabelecer uma parceria estratégica entre os Estados Unidos e África em matéria de segurança alimentar".
"Esta parceria irá responder às necessidades a curto prazo de mais de 300 milhões de africanos afetados pela crise alimentar e também ajudará a construir sistemas alimentares resilientes e sustentáveis a longo prazo", sublinhou.
Yellen aludiu igualmente à forma como a guerra na Ucrânia ameaçou a segurança energética em todo o mundo, e salientou a importância da estratégia de limitar o preço do petróleo bruto russo para estabilizar os preços da energia nos mercados internacionais e reduzir as receitas da Rússia.
"Embora esta política esteja na fase inicial de implementação, o Tesouro [norte-americano] estima que pode poupar aos 17 maiores países importadores líquidos de petróleo em África cerca de 6 mil milhões de dólares anuais", estimou, encorajando mais países a utilizarem o limite de preços para negociar descontos mais significativos com a Rússia.
A secretária do Tesouro anunciou em Dacar a intenção dos EUA de expandirem o comércio e o investimento em África, de forma "mutuamente benéfica".
"Estamos a procurar uma maior integração económica com África, porque acreditamos que é do nosso interesse económico", disse.
"A nossa liderança nas indústrias do futuro depende da nossa parceria com África", acrescentou, referindo-se a setores como o das "energias limpas, veículos elétricos e tecnologia de ponta".
Nos últimos dois anos, os EUA ajudaram a facilitar mais de 800 acordos comerciais e de investimento em 47 países africanos, sublinhou Yellen, numa alusão aos programas desenvolvidos no âmbito da U.S. Development Finance Corp. e da Millennium Challenge Corp, destinados à promoção da integração económica, ajudando empresas e investidores americanos e africanos a identificar novos parceiros e oportunidades de crescimento.
Janet Yellen recordou ainda que os Estados Unidos têm vindo a proporcionar há mais de duas décadas ao Senegal e a outros países da África subsaariana o acesso ao mercado norte-americano com isenção de direitos aduaneiros para milhares de produtos.
"Mas sabemos que a expansão do comércio para fora do continente não é suficiente, os produtos e inovações africanos devem ser tornados mais acessíveis aos próprios africanos", defendeu a governante, sublinhando o apoio de Washington à Área de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA, na sigla em inglês), que entrou em vigor em maio de 2019, e visa criar um mercado único de bens e serviços para 55 países num processo que decorrerá em várias fases.
Antes de viajar para África, Yellen reuniu-se na quarta-feira com o seu homólogo chinês, Liu He, na Suíça, como parte de um esforço para aliviar as tensões entre os EUA e a superpotência asiática, mas a estratégia da Casa Branca para a África subsaariana tem passado por expressar preocupações sobre o envolvimento da China no continente.
África detém 30% dos minerais mais importantes à satisfação das necessidades do mundo moderno, incluindo 40% da produção de ouro à escala mundial, até 90% de crómio e platina, e tem as maiores reservas de cobalto, diamantes, platina e urânio do mundo, de acordo com Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
A agenda da secretária de Estado para hoje inclui uma reunião com a ministra senegalesa da Economia, Oulimata Sarr, conversações com jovens empresárias, e termina o dia num jantar na residência do Presidente senegalês, Macky Sall.
Yellen é o primeiro funcionário do governo norte-americano a visitar o continente desde que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou durante a Cimeira de Líderes EUA-África, realizada em dezembro, que planeia visitar África ainda este ano, assim como a vice-presidente, Kamala Harris, a primeira-dama, Jill Biden, e vários secretários da Administração em Washington.
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PRESIDENTE DA REPÚBLICA E COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS, GENERAL ÚMARO SISSOCO EMBALÓ, DEPOSITOU HOJE, DIA DOS HERÓIS NACIONAIS, COROAS DE FLORES NO MAUSOLÉU AMILCAR CABRAL NO FORTE D'AMURA.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA, COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS, PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA CEDEAO E PRESIDENTE DA ALIANÇA DOS LIDERES AFRICANOS CONTRA A MALÁRIA (ALMA) RECEBEU EM AUDIÊNCIA A SECRETÁRIA EXECUTIVA DESTA ORGANIZAÇÃO.
O Chefe de Estado guineense, General Úmaro Sissoco Embaló recebeu esta manhã a Senhora Juy Phumaphi, Secretária Executiva da ALMA, numa audiência que serviu essencialmente para expôr de forma detalhada ao actual Presidente a situação financeira desta organização e do seu Plano de Trabalho à luz dos seus objectivos e prioridades.
Esteve igualmente presente nesta audiência o Ministro guineense da Saúdo, Dionisio Cumba.
Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló
PASSPORT POWER RANK: PASSAPORTE GUINEENSE 79° NO RANKING MUNDIAL
Por: Laércia Valeriana Insali CAP-GB
Permanentemente a Arton Capital’s Passport Index divulga dados dos passaportes mais poderosos do mundo, onde este índice tem como base dados da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA).
Guinée-Bissau ganhou dois lugares, relativamente ao ano passado, onde ocupava a posição 81, varios fatores contribuem para esses feitos, mas também aliado ao introdução da nova gama de passaportes nacional.
Neste ano o passaporte guineense está na posição 79, onde pode-se entrar com ele em 26 países, sem pedir visto. Está é a melhor classificação de sempre da Guiné-Bissau.
O ranking inclui 199 passaportes e 227 destinos de viagem diferentes, de acordo com a informação divulgada.
Trata-se de um índice que é atualizado permanentemente e é considerado uma “ferramenta de referência padrão” tanto para cidadãos como para países, permitindo avaliar a classificação de um determinado passaporte.
No topo do ranking está o Japão e a Singapura, com acesso a 193 e 192 destinos, respetivamente, seguidos da Correia do Sul e Alemanha e da Coreia do Norte.
Presidente da República faz condecorações no âmbito das comemorações de 20 de Janeiro
Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló