segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

“A COMUNIDADE INTERNACIONAL JÁ ABANDONOU A GUINÉ”, JÚLIO MENDONÇA

Por Rádio Jovem | fev 21, 2022 

A Guiné-Bissau continua a gerir as consequências da tentativa de desestabilização ocorrida no dia 1 de Fevereiro. Enquanto isso, continuam por resolver os problemas dos funcionários públicos, nomeadamente da classe docente e do sector da saúde, que têm efetuado largos meses de greve para receberem os seus salários em atraso sem conseguirem uma resposta positiva por parte dos seus interlocutores.

Ao esboçar um quadro pouco otimista da situação do seu país, Júlio Mendonça, secretário-geral da central sindical UNTG – União Nacional Dos Trabalhadores Da Guiné, dá conta de “elevadíssimos níveis de corrupção”, considera que “os políticos não estão interessados no bem-estar do povo” e que, por outro lado, “a comunidade internacional abandonou a Guiné-Bissau”.

“Durante um ano, fizemos greve no sentido de persuadir o executivo de mudar a forma de governar o país, priorizar a boa gestão da coisa pública e consequentemente criar condições para que o servidor público seja dignificado. Mas infelizmente isto não aconteceu. Pior do que tudo, assistimos a diferentes formas ou elevadíssimos níveis de corrupção no país. 

O governo ficou impotente, não conseguiu tão pouco reajustar os salários ou controlar o preço dos produtos no mercado. Obviamente que todo o mundo descontente. Percebemos claramente que os políticos não estão nem aí na criação do bem-estar do povo, estão mais preocupados em angariar riqueza na base da corrupção, aproveitar o erário público para os seus interesses pessoais e partidários. Quem paga por isso é o povo e o trabalhador, razão pela qual a UNTG está muito distante das querelas políticas e não tem nenhuma ligação com partidos políticos. O nosso objectivo é claro: conquistar a dignidade do trabalhador guineense”.

Relativamente às condições económicas do país, neste momento nota-se que se deposita alguma esperança no empréstimo a ser avalizado pelo FMI.

“O FMI já fez variadíssimos empréstimos à Guiné-Bissau e isso nunca surtiu efeito a nível social. O dinheiro que não é utilizado para resolver sociais, nem para resolver os problemas fundamentais do país no que diz respeito à educação e à saúde. Esse dinheiro é desviado para compras de imóveis na Europa, construções imobiliárias na Guiné, criação de empresas fictícias… Enfim, esse dinheiro é desviado pelos governantes. 

Não é preciso ser ‘expert’ para perceber que este é um dos países mais pobres do mundo. Mas com esses biliões, como é que se aplica esse dinheiro? Então, para nós, isso não será grande novidade, não há nenhuma expectativa disso, porque a prática é a mesma, desvio, corrupção. Vão emprestar o dinheiro e fazem a gestão à maneira que quiserem. Vemos os hospitais onde não se consegue detectar alguma coisa lá porque não têm laboratório, não têm nada. Agora fizeram investimento no Hospital Simão Mendes que é o maior hospital do país. É só pintura. Isso não interessa ninguém. Mas não foram criadas condições para que os médicos prestem um serviço de melhor qualidade, não dignificaram os médicos. Não foram capacitados, não têm material de diagnóstico, não têm nada. Então estão a fazer o quê? É uma brincadeira apenas. Fizeram tudo para manter o povo na escuridão. Foi negado ao povo a escola porque não criaram condições para que todo o mundo tenha acesso à escola. Quase 60 ou 70% da população é analfabeta. Não percebem isto. Os que tiveram oportunidade de ir à escola, muito caíram na corrupção, porque cada um luta para sobreviver. Enquanto representantes dos trabalhadores, só podemos lamentar, porque aquele dinheiro não será utilizado devidamente. É evidente que o povo guineense anda agora a pedir socorro mas percebemos que a comunidade internacional já abandonou a Guiné, porque há um silêncio absoluto”, disse o sindicalista.

Fonte: RFI

Putin já assinou declaração que reconhece independência de separatistas

© Lusa

Notícias ao Minuto  21/02/22 

Presidente russo já assinou decretos que reconhecem a República Popular de Donetsk e a República Popular de Luhansk.

O presidente russo já assinou os decretos que reconhecem como Repúblicas Populares as até agora regiões separatistas de Donetsk e Luhansk na Ucrânia.

A decisão foi oficializada hoje numa cerimónia transmitida pela televisão estatal.  Putin instou ainda o parlamento a assinar os tratados que permitirão o apoio militar de Moscovo a estas autoproclamadas repúblicas.

"Considero necessário tomar esta decisão que estava pensada há muito tempo, de reconhecer imediatamente a independência da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk", referiu o chefe de Estado russo.

Putin pediu também ao parlamento russo para "aprovar esta decisão" para, em seguida, "ratificar os acordos de amizade e de ajuda mútua a estas repúblicas", o que permitirá a Moscovo, por exemplo, enviar apoio militar aos dois territórios pró-russos do Donbass ucraniano. 

No seu discurso, o presidente concluiu ainda: "Ao anunciar as decisões tomadas hoje, estou confiante no apoio dos cidadãos da Rússia e de todas as forças patrióticas do país".

Vladimir Putin já tinha anunciado, horas antes, que iria decidir hoje sobre o reconhecimento da independência das regiões separatistas pró-Rússia do leste da Ucrânia, apesar das ameaças de retaliação por parte dos países ocidentais, se o Presidente russo tomasse essa decisão.

Esta decisão pode levar a União Europeia a tomar medidas. Recorde-se que Josep Borrell já tinha referido isso mesmo no seu discurso desta tarde. 

"Se houver anexação, haverá sanções, e se houver reconhecimento [da independência], porei as sanções em cima da mesa dos ministros europeus", precisou o Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança.


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O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse hoje que a decisão da Rússia em reconhecer a independência dos territórios separatistas no Dunbass ucraniano "é uma violação da integridade territorial e da soberania da Ucrânia".


O secretário-geral da ONU - Organização das Nações Unidas, António Guterres, vai cancelar uma viagem prevista à República Democrática do Congo (RDC) devido à escalada das tensões em torno na Ucrânia, informou hoje a organização.


EUA lançam sanções devido ao reconhecimento de regiões separatistas pela Rússia

A PRESENTE CRISE MILITAR NA GUINÉ-BISSAU, DE PONTO DE VISTA ADMINISTRATIVO.

Dr. Tibna Sambe Nauana, Administrativista Público, e Economista Social. 

Fonte: Fambé Mário  Bissau, 20.02.2022 

A paz e a estabilidade, são condições supremas para governabilidade de um país, mas não são feitas por porções mágicas ou por milagres. Elas são semeadas, regadas, cuidadas com todas as letras, para no final, se colher, seus frutos. Segundo Santos, 1997, p. 342, governabilidade são “condições sistêmicas e institucionais sob as quais se dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de governo, as relações entre os Poderes, o sistema de intermediação de interesses”. Segundo Luciano Martins, o termo governabilidade, "refere-se à arquitetura institucional, distinto, portanto, de governança, basicamente ligada à performance dos atores e sua capacidade no exercício da autoridade política" (Santos, 1997, p. 342). Nesta essência, Diniz, apresenta três dimensões envolvidas no conceito de governabilidade: 

1 - Capacidade do governo para identificar problemas críticos e formular políticas adequadas ao seu enfrentamento; 

2 - Capacidade governamental de mobilizar os meios e recursos necessários à execução dessas políticas, bem como à sua implementação, e; 

3 - Capacidade liderança do Estado. 

Quando o governante não tomar em consideração estes elementos, corre o risco de falhar.  Seu governo se assenta em terreno oco e, funciona sem foco. No nosso caso, existem elementos que, para governante que "não quer se esforçar", pode usar para justificar, a sua falta de performance - As constantes quedas dos governos, que o país tem vivido, falta de fundos, não desbloqueamentos de verbas pelo Ministério das Finanças, não retorno das percentagens devidos aos Departamentos governamentais que produzem receitas, entre outros- Sim, são verdades irrefutáveis, mas, de antemão, o tal governante, já sabia que tinha por frente, estes desafios, mas, aceitou entrar no governo. Aliás, é a capacidade de elaborar estratégias de ultrapassar estas barreiras que fazem bons governantes. 

No que concerne ao primeiro ponto trazido pelo autor, pode se fazer esta questão - Alguma vez, um governo encomendou algum estudo sobre as causas da crise de governação na Guiné Bissau, e, se o fez, qual foi uso que fez do referenciado estudoɁ

Um estudo foi feito pela ONG, "Voz de Paz", quanto as causas de constantes instabilidades na Guiné-Bissau. Esta auscultação foi feita em todo o território nacional, e foi coordenada pelo Professor Doutor Fafali Koudawo. Os inqueridos foram feitos aos representantes de todas as faixas da sociedade Guineense, desde a castrense, político, juventude, mulheres. Tanto assim que, os seus resultados não poderiam ser outra coisa, senão, concludentes. Entretanto, parece que foi simplesmente, ignorado pelas autoridades nacionais. Se calhar, o trabalho, até, poderia servir de ponto de referência, para se encomendar um outro, "mais completo". Tal papel seria realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), perfeitamente, sem qualquer intermitência de erro. Lamentavelmente, o INEP, tem sido muito subutilizado pelo Governo, mas que, entretanto, está recheado de quadros à altura das missões, com atestam outros estudos realizados no passado. certamente que, o estudo recomendaria os caminhos que deveriam ser andados para obtenção de um impacto sociopolítico que refletiria positivamente na governança, e na estabilização definitiva do país.    

Mesmo sem estudos, houve acontecimentos que ocorreram na Guine Bissau e que deixou muita gente magoada, recalcada, ressentida, odiosa, desconfiada, incrédula, vigilante, inútil, e muito mais. O mais grave é que tais situações – o caso 17 de outubro; sucessivos golpes de Estados; guerra civil; assassinatos de figuras públicas, do cientista Guineense, e dos políticos, prisões arbitrárias, torturas aos inocentes, a lentidão da Justiça, e, entre outros – mexeram com o tecido étnico da Guiné-Bissau, quebrando o espirito de unidade nacional, colocando outros em situações de pobreza extrema, e dependência permanente. ainda, tais males, quebrou o espirito " guinendadi", que este lindo país vem desfrutando ao longo da sua história.  Estas feridas precisam ser curadas. logo, pode se concluir os problemas que atual executivo vem se confrontando neste momento, não são de hoje. Se diligências atempadas não forem tomadas, e as raízes da atual crise precisam ser cortadas. Precisa se valorizar o valor e as éticas cultural, profissional, acadêmica e cientifica.  

Qualquer governante deve recordar sempre que, governar, significa servir, então, uma vez que alguém decidir assumir as rédeas do poder, deve estar à altura de cumprir estes preceitos. Ciente desta noção, Martin Luther King, disse certa vez, "...Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para que o melhor fosse feito..." Isso demonstra o engajamento e devoto total deste grande líder mundial, no que tange a governabilidade.

Isso também tem a ver com a relegação ao segundo plano do Instituto da Defesa Nacional (IDN). talvez que porque os sucessivos titulares do Ministério da defesa, não enxergaram claramente os objetivos e Missão do IDN. Normalmente, um IDN estuda, acompanha, desenvolve e investiga todas as componentes civis que ameaçam a Defesa e a Segurança Nacional, enquanto as Forças Armadas se centralizam suas atenções na parte militar. um IDN promove e reforça as relações entre civis e militares. Um oficial na reserva de Portugal chegou de considera-lo de "...instituição de referência, de saber, de discussão esclarecida e, sobretudo, como ‘plataforma giratória’ da temática da Defesa Nacional, agregando os contributos de figuras dos diferentes quadrantes políticos, académicos, económicos e sociais..." a defesa neste caso, deve ser vista na sua forma transversal, incluindo outros domínios da vida nacional: Segurança, saúde, educação, agricultura, floresta, pesca, recursos naturais, entre outros.   Por que, não aproveitar o exemplo de Portugal, onde o IDN:   

• Promove e reforça as relações civis-militares e valoriza os quadros das Forças Armadas, da Administração Pública, dos setores público, privado e cooperativo, através do estudo, divulgação e debate dos grandes temas nacionais e internacionais no domínio da segurança e defesa; Contribui para a sensibilização da sociedade para as questões da segurança e defesa, em especial no que respeita à consciência dos valores fundamentais que lhe são inerentes;

• Fomenta a investigação nos domínios das relações internacionais e da segurança e defesa;

• Coopera com organismos congéneres internacionais.

Na Guine Bissau, a questão da segurança e defesa continuam a ser tabus, e guardados a sete chaves, mesmo os assuntos que precisam ser debatidos vastamente. outra das questões tratadas pelo Instituto, é a formação/ capacitação. Nesta área, são ministrados: (i) Curso de Defesa Nacional; Curso de Gestão Civil de Crises; (iii) Seminário de Segurança e Defesa para juventudes partidárias; (iv) curso de Defesa para Jovens, e; (v) Curso de Segurança e Defesa para jornalistas. Destes cursos, coloca-se se a seguinte questão, se jovens provenientes das diferentes formações politicas tivessem alguma formação nas matérias de segurança e defesa, estariam a suportar qualquer revolta contra o estadoɁ mas se por acaso se envolverem, quem seria o culpadoɁ a mesma questão pode ser colocada a respeito dos jornalistas, e se tivessem, não estariam a divulgar pelas mídias as informações relevantes e capazes de mudar a mentalidades das pessoas, e não estariam a organizar debates radiofônicos, com impactos inimagináveis. Continua....na próxima edição. 

Estas são as minhas primeiras contribuições, quanto ao apelo feito pelo grupo Nova Geração - Fambe Presidente, prometo voltar para terminar o meu raciocínio quanto ao presente tema.

Dr Tibna Sambe Nauana, Administrativista Público, e Economista Social. 

Bissau, 20.02.2022

PROJETO GERAÇÃO NOVA

Presidente Erdogan chega Bissau! É um lufado de ar fresco

Por Estamos a Trabalhar

Uma visita de grande Standing e que põe a prova as conquistas diplomata que tem sido evidenciado ao longo de tempo! Aliás, essa visita tem uma dose a mais do oportunidade, visando o desconforto político que levou o país e ser riscado no quadro negro dos países de alto risco, a medida que a estabilidade política que se viveu desde instalação da atual governo e do presidente da república que, foi beliscado no dia 1 do corrente mês 

Visita do líder máximo de uma das potências a nível da Europa é um lufado de ar fresco e serve indubitavelmente para refazer os bons resultados que, a tentativa do golpe quase botou a perder. Sempre é bom ter um hóspede ou uma visita de tamanha importância para imagem de país

Tentativa de golpe de Estado: Porta-voz do Governo defende que o Estado guineense é capaz de fazer inquéritos de forma “isenta, justa e transparente”

Bissau, 21 Fev 22 (ANG) – O ministro do Turismo e Artesanato e Porta-voz do Governo afirmou que o Estado da Guiné-Bissau é capaz de fazer um inquérito “isento, justo e transparente ”, sobre a tentativa de golpe de Estado ocorrida à 01 de Fevereiro.

Em entrevista exclusiva concedida hoje à Agência de Notícias da Guiné(ANG), Fernando Vaz questiona sobre em que país de ouviu dizer que peritos internacionais foram envolvidos nos inquéritos sobre um golpe de Estado ocorrido nesse país.

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, Domingos Simões Pereira, defendeu recentemente a presença de peritos internacionais no inquérito “ao que realmente se passou” no ataque ao Palácio do Governo.

Em entrevista à Agência Lusa e à RFI, Domingos Simões Pereira(DSP) sugeriu a presença de elementos da DEA, agência norte-americana de combate ao tráfico de droga, e da Polícia Judiciária portuguesa, salientando que aquelas entidades sempre apoiaram as autoridades do país no combate ao narcotráfico.

Referindo-se à decisão da CEDEAO de enviar uma força de apoio à estabilização da Guiné-Bissau, que enfrente a oposição de vários partidos políticos, o Porta Voz do Governo diz que foi o líder do PAIGC quem defendeu, na altura, a vinda ao país das Forças da CEDEAO mas que hoje ele se insurgiu contra o regresso dessa Força ao país.

Fernando Vaz sublinhou que, na altura foi uma forma que o DSP encontrou para procurar um sítio para segurar.

Perguntado sobre em que pé se encontra os trabalhos de investigações sobre a tentativa de golpe de Estado, por parte da Comissão Interministerial criada para o efeito, volvidos 21 dias, aquele responsável, disse que, infelizmente, essa Comissão ainda não pronunciou nada, mas que  os trabalhos estão em curso.

“Eu na qualidade de Porta Voz do Governo, não estou em condições, com os trabalhos ainda em curso, para avanaçar com qualquer informação que poderá posteriomente não vir a confirmar-se. Portanto, vamos dar mais algum tempo para que a Comissão termine os trabalhos e posteriormente tornar público os resultados”, disse.

Instado a dizer  o que está a motivar tanta demora no processo, de investigação da tentativa de golpe de Estado, o Porta Voz do Governo disse dever-se ao facto de muitos suspeitos ainda estão se encontrarem à monte, acrescentando que, um processo do género só termina  quando todos os suspeitos forem auscultados e escurtinadas todas as situações para que amanhã não se diga que a Comissão não fez o trabalho como deve ser.

Questionado sobre alegado envolvimento de alguns políticos na tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro, Fernando Vaz disse que, até agora nenhum político foi preso.

“Não costumo comentar suposições e aquilo que se fala nos bastidores e redes sociais. Vamos esperar pela Comissão de Inquérito e se houver políticos envolvidos têm que ser presos como qualquer um, seja ele militar, civil  ou não”, frisou.

Confrontado com a situação de a Comissão de Inquérito ainda não concluir os trabalhos e mas se fala, nos bastidores, das detenções de alguns militares e civis suspeitos de envolvidos na tentativa de golpe de Estado, Fernando Vaz respondeu que isso é  sinónimo de que a Comissão está a trabalhar.

“Não houvesse as detenções é porque não houve tentativa de golpe de Estado. Há pessoas implicadas e outras em fuga, portanto existem outros presos para se prosseguirem com os trabalhos”, disse.

No dia 01 de Fevereiro, homens armados atacaram o Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam, e provocaram oito mortos.

ANG/ÂC//SG

Como Shincheonji a Igreja de Jesus cresceu na Europa em uma Era de Pandemia e Ceticismo Religioso

 Em 18 de fevereiro, a “Conferência de Imprensa na Europa de Shincheonji Igreja de Jesus” foi realizada online com representantes da mídia e denominações cristãs de 48 países europeus. Este evento foi outra rodada de conferências anteriormente realizadas nas Filipinas, Estados Unidos e África. A conferência foi realizada com perguntas de líderes da Igreja e jornalistas na Europa e explicações do presidente Man Hee Lee da Shincheonji Igreja de Jesus.

Em resposta à questão da tendência de declínio da população cristã nos países europeus, o presidente Lee destacou que as igrejas de hoje não fornecem explicações suficientes sobre as palavras da Bíblia que se relacionam intimamente com a vida cotidiana de indivíduos e comunidades. No geral, ele disse aos participantes que as profecias detalhadas da Bíblia foram escritas como sinais que vêm a ocorrer no futuro e testemunhar o cumprimento das profecias levou ao aumento dos membros da Igreja Shincheonji de Jesus na Europa. 

Sobre o mistério do número “666” escrito no livro do Apocalipse (capítulo 13) que deixou séculos de argumentos e interpretações, o presidente Lee explicou de acordo com a Bíblia que “666” não é sobre o COVID-19, mas uma parábola sobre o rei Salomão, representando uma pessoa que trai a Deus no momento do Apocalipse. Ele disse ainda que “todo o livro do Apocalipse está escrito em parábolas”, assim, ele pode ser entendido “quando o que é profetizado (em parábolas) é cumprido na realidade física”. 

Depois dos jornalistas, um líder da Igreja perguntou como o presidente Lee veio a entender o ano, mês, dia e hora específicos em Apocalipse 9 as palavras proféticas. “É porque eu vi no local onde o evento aconteceu. Eu lhe digo o que vi e ouvi”, respondeu.

“Fiquei muito impressionado que o presidente Lee testemunhou sem sequer olhar para o livro do Apocalipse. E em relação a certos eventos, como a sexta trombeta, novamente havia uma data. Como ele sabia essa data com tanta precisão, até com o tempo?” disse Samuel Kabo, pastor da Igreja Evangélica Reformada de Alès, na França.

Um funcionário de Shincheonji Igreja de Jesus na Europa disse: “A pandemia do COVID-19 trouxe doenças, desastres e dificuldades em todo o mundo, além de limitar as atividades religiosas. O presidente Lee destaca que é mais importante interagir uns com os outros além das religiões e denominações. Esperamos que este evento sirva como uma oportunidade para restaurar o cristianismo na Europa”.

GUINÉ-BISSAU: Médicos guineenses recebem especialistas portugueses para formação

© Lusa

Por LUSA  21/02/22 

Trinta médicos guineenses iniciam este mês uma formação prática em várias especialidades ministradas por clínicos portugueses que irão estar presentes nos hospitais guineenses de S. José em Bôr, Simão Mendes e Cumura em Bissau, durante quatro meses.

A iniciativa, que conta com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, prevê que estes médicos guineenses -- cerca de 8% dos existentes no país, um dos países africanos com mais carências na área da saúde -- recebam formação nas áreas de anestesiologia, cirurgia geral, cirurgia ginecológica e medicina interna, contando com a parceria técnica e científica da Escola de Medicina da Universidade do Minho.

Esta primeira formação no terreno, que avança ainda este mês, será assegurada por médicos portugueses provenientes de seis instituições de saúde portuguesas: Hospital de Braga; Centro Hospitalar do Médio Ave; Centro Hospitalar Tondela-Viseu; Centro Hospitalar Universitário S. João do Porto; Hospital Nossa Sra. da Oliveira, de Guimarães e Unidade Local de Saúde do Alto Minho.

A formação em contexto hospitalar tem a duração de oito meses e é intercalada com um estágio de três meses em Portugal, "promovendo a adequação do ensino à realidade vivida no dia a dia na Guiné-Bissau, sem deixar de colocar os médicos em contacto com novas técnicas e outras realidades clínicas", segundo um comunicado da Fundação Calouste Gulbenkian.

"Apesar de não conferir grau nem título de especialista, este projeto reforça a capacidade local de formação contínua e reconhece a competência dos clínicos guineenses, abrindo portas a futuras formações de especialização, numa articulação com a Ordem dos Médicos da Guiné-Bissau e o Ministério da Saúde Pública da Guiné-Bissau", prossegue a nota.

Em 2021, a componente teórica da formação decorreu online, durante quatro meses, nas áreas da língua portuguesa e informática médica.

Os médicos beneficiários desta formação são apoiados por dois projetos, o "IANDA - reforço de saúde da Guiné-Bissau", que engloba 24 médicos das áreas de anestesiologia, cirurgia geral e cirurgia ginecológica e é financiado pela União Europeia, cofinanciado e gerido pelo Camões IP, com o cofinanciamento da Fundação Gulbenkian, responsável pela sua implementação, e o projeto de Formação Médica Avançada em Medicina Interna, que engloba seis médicos e é um projeto do Camões IP e da Fundação Calouste Gulbenkian, contando ambos com a parceria técnica e científica da Escola de Medicina da Universidade do Minho.

Em 2017, a Guiné-Bissau contava com 1,27 médicos para cada 10 mil habitantes, enquanto na região subsaariana de África a média é de 2,09 médicos para 10 mil habitantes, de acordo com dados avançados pela fundação.

Para uma Guiné 🇬🇼 melhor!

Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional

"Há uma luta para controlar o poder dentro do poder na Guiné-Bissau"

Fodé Mané é um jurista que estudou em Lisboa (mestrado) e em Coimbra (doutoramento).© LEONARDO NEGRÃO/GLOBAL IMAGENS

César Avó DN.pt 20 Fevereiro 2022 

Fodé Mané, presidente da rede de defensores dos direitos humanos, não crê que tenha havido uma tentativa de golpe de estado no dia 1 de fevereiro. O antigo reitor da Universidade Amílcar Cabral aponta para o narcotráfico e para o apoio do Senegal no endurecimento do regime.

Qual a sua leitura dos acontecimentos de dia 1?

A minha leitura baseou-se nas declarações de Umaro [Sissoco Embaló, presidente da Guiné-Bissau], quando disse que foi um grupo isolado, ligado ao narcotráfico. Porque se fosse um golpe de estado ia aparecer alguém que ia encabeçar e tentar convencer as pessoas. Eu fazia essa leitura há muito tempo, de que a divergência no seio do partido que apoia Umaro [Madem G-15], principalmente entre ele e Braima Camará, tinha a ver com a luta dos gangues. Esses gangues querem influência e quando têm influência afastam o outro grupo. Cada um quer ter muita influência, com a eliminação dos próximos de Braima e a ascensão dos próximos de Umaro. E o Braima Camará, que agora está em Portugal, foi quem fez este monstro político. Aquando do consulado do Jomav [José Mário Vaz, presidente até 2020] tinha todos os poderes, demitia o governo, nomeava o fulano tal, enviava dinheiro vivo para Lisboa, e perdeu essa influência com o Umaro. Os traficantes quando vão atacar não é para matar à primeira, atacam para fazer terror e conseguir uma exigência. Para mim é difícil falar de golpe de estado, já tivemos aqui, e agora recentes à volta, sabemos como se faz. E as pessoas acusadas são pessoas ligadas ao narcotráfico. Para mim não está em causa a sucessão do poder, está em causa o domínio de uma determinada fação de negócio ilícito. Os traficantes não lutam para ter o poder, mas para terem controlo dos que têm poder. É uma luta para controlar melhor o poder dentro do próprio poder, e que está a ser aproveitada para silenciar outras vozes, na qual o Senegal, devido ao seu próprio interesse, está a patrocinar. Neste momento qual é o interesse da comunidade internacional para ter uma força [militar]? Para fazer a interposição entre quem? Para substituir as nossas forças armadas? Ou para, como algumas pessoas estão a supor, garantir que o acordo de exploração de petróleo seja irreversível? O Senegal teve duas experiências na Guiné de que não saiu bem e tem uma rebelião na parte sul. A estratégia do Senegal é influenciar a CEDEAO e o seu presidente é neste momento líder da União Africana, que na questão da Guiné vai estar silenciada.

Macky Sall é amigo de Umaro Sissoco Embaló.

Não é só amigo, é cônsul, ele é que o dirige. Até acordos para apoios a Umaro foram assinados com o apadrinhamento de Macky Sall, no Senegal. As pessoas dizem que eles têm o sonho de uma aliança polar, de tentar que um grupo étnico, o fula, controle a zona.

Isso é crível?

Tem muitos adeptos, mas não é possível que vá avante, não é possível exercer o poder em nome de um grupo étnico. Mesmo o Umaro conseguiu o apoio dos muçulmanos, não só dos fulas, mas também dos balantas por causa do PRS do Nuno Nabiam. Não é por acaso que só com cinco deputados ficou primeiro-ministro.

Essas dissensões interétnicas não são racismo?

É uma espécie de racismo. Qual é o fundamento? Que uma etnia é superior à outra, só que aí está a sua fragilidade. Dentro dos próprios grupos há hierarquização, há os descendentes de escravos, outros da nobreza. É um aproveitamento político sem pernas para andar no caso da Guiné. Hoje é difícil sermos puros, por assim dizer. Por exemplo, sou da etnia biafada, que é menos de 3% da população. A minha mulher é da etnia nalu. Digo que existe tribalismo e racismo mas não com força para vencer.

Até porque na Guiné-Bissau existem muitas etnias.

Estima-se em cerca de 30. A questão étnica não funciona. E veio a questão religiosa, nós sabemos que à corrente tradicional islâmica surgiram outras e entram em confronto com as formas tradicionais, mas há várias correntes e nenhuma tem o domínio sobre as outras. Essa composição sociológica é garantia de coesão.

"As pessoas dizem que Embaló e Sall têm o sonho de tentar que um grupo étnico, o fula, controle a zona. Mas não é possível exercer o poder em nome de um grupo étnico."

Vê alguma ligação entre o 1 de fevereiro e o ataque à Rádio Capital, dias depois?

Há uma ligação clara: depois de 1 de fevereiro intensificou-se a segurança, mas havia especulação quanto ao que aconteceu. Para o governo era uma tentativa de golpe de estado, para outras pessoas não, e havia uma contradição com o que Umaro Sissoco Embaló tem dito. Então as pessoas estiveram a questionar, estamos perante o quê? Ajuste de contas do narcotráfico, como disse o presidente, se foi um grupo de descontentes que quer assumir o poder, se é uma manobra de tentar endurecer, como aconteceu na Turquia depois daquela tentativa de golpe que Erdogan aproveitou. Era na Rádio Capital que as pessoas tinham voz. Os comentários de Rui Landim tinham muita audiência, especialmente na nossa diáspora. Entendeu-se que enquanto esta rádio mantinha esta linha editorial, que era a de dar o que as autoridades dizem, mas depois ouvir outras pessoas, tinha de ser atacada. Não temos dúvidas. Primeiro, porque antes houve ameaças; segundo, os comentários que fizeram depois; e no dia seguinte, nos comunicados oficiais não se menciona a Rádio Capital. E na comunidade internacional ninguém se solidarizou com a rádio, só com o governo.

Há um ano queixou-se do aumento da violência sobre os defensores dos direitos humanos. Quem são estas pessoas e que violência têm sofrido?

Os defensores fazem parte de instituições como a Liga Guineense dos Direitos Humanos. Depois há as pessoas que são sensíveis às questões de direitos humanos, que constantemente intervêm. E também aqueles que intervêm em áreas setoriais, achamos que estão a defender os direitos humanos. Por exemplo, o direito à educação, direito à saúde, direitos das mulheres, direitos dos trabalhadores. Temos a rede nacional de defesa dos defensores e a partir de 2020, com a instalação do atual regime, que coincidiu com a pandemia mundial, o poder político tinha um problema de legitimação, porque não havia uma decisão sobre as eleições do Supremo Tribunal, e um grande setor das forças armadas estava reticente. Como forma de consolidar o poder decretou-se o estado de emergência, sem que haja condições no país. Depois aumentou-se o recrutamento das forças de segurança de forma desorganizada e começou a haver muitas perseguições. Nós, ativistas, estivemos atentos a denunciar as situações.

Que situações?

Por exemplo, o Estado não fornece máscaras e no início da pandemia custavam entre 750 e 1000 francos CFA. Um quilo de arroz custa 400 francos CFA. Poucos tinham aquela possibilidade e depois havia exército a bater nas pessoas na rua. Mais tarde passou-se para o estado de sítio, em que a partir das 20.00 ninguém podia estar nas ruas. Houve muçulmanos que estavam a rezar na rua e que foram espancados. Outro caso: os professores têm o estatuto da carreira docente aprovado em 2011, que não está a ser aplicado. Em contrapartida, os titulares de órgãos públicos, por ex. Quem ganhava 150 mil francos CFA passou para 2 milhões. Foi aí que começaram os protestos e houve adesão maciça dos professores. Como não são hábeis em lidar com esta situação, cortaram os salários a esses professores que estão a reivindicar legitimamente, porque a nossa lei prevê o direito à greve.

Um mistério com três semanas, três suspeitos e explicações diferentes

A justiça está a fazer o seu trabalho, garante o PM guineense. Até lá continuam as dúvidas.

Ao fim de três semanas do ataque ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau, que se saldou na morte de oito pessoas (uma delas atacante), as dúvidas permanecem para lá das vítimas e dos vidros estilhaçados e buracos causados por bazucas. Quem foram os autores do tiroteio que durou cinco horas? Qual o seu objetivo? Quem são os mandantes? E por que razão os militares e a força especial da polícia não interveio, deixando a guarda presidencial a tentar retomar o palácio sozinha?

Segundo o presidente Umaro Sissoco Embaló, que naquele dia presidia ao conselho de ministros, como é seu hábito, quem levou a cabo o ataque foram "assassinos financiados pela máfia da droga", sem ligação às forças armadas, e o móbil era o de matá-lo para impedir a sua luta contra o narcotráfico. Dias depois, o chefe de estado designou três condenados por tráfico de drogas nos Estados Unidos como responsáveis pelo ataque, que considerou também ser uma tentativa de golpe de estado. Os suspeitos são o antigo contra-almirante José Américo Bubo Na Tchuto, Tchamy Yala e Papis Djemé, que já cumpriram pena de prisão e foram deportados para a Guiné. Na semana passada terão sido detidos.

Já o porta-voz do governo apresentou uma versão diferente. Fernando Vaz, que também é ministro do Turismo, responsabilizou um "grupo de militares e paramilitares", o qual teria como objetivo "a decapitação do Estado guineense, com recurso a pessoas envolvidas no narcotráfico e contratação de mercenários, rebeldes de Casamansa".

O primeiro-ministro Nuno Nabiam, que revelou os pormenores da fuga dos ministros em entrevista à Radio France Internacional (RFI) - e que passou por terem de saltar o portão das traseiras do palácio - preferiu não entrar em acusações. "Há muita especulação. Não gosto de me pronunciar sem ter factos. Tudo está sob investigação. Há pessoas que foram detidas porque há uma ligação à volta de tudo isto. Há suspeitas. Estamos à espera que a justiça faça o seu trabalho", disse à RFI. "É verdade que o presidente falou disto, relacionou os factos com a atividade do narcotráfico e também falou-se na possibilidade de ser um golpe orquestrado ou de um ato terrorista", disse ainda.

Dias depois, a Rádio Capital foi alvo de um ataque por pessoas armadas: o equipamento ficou destruído e sete pessoas ficaram feridas, entre elas a jornalista e ativista Maimuna Bari, que devido à gravidade dos ferimentos teve de ser transportada para Lisboa. Também foi atacada a casa do comentador daquela estação Rui Landim.

Por fim, o chefe das Forças Armadas Biagué Na Ntan, regressado ao país depois de tratamento médico em Espanha, deu "diretivas de comando" a todos os militares para iniciarem ações de busca para encontrar os autores do ataque. Perante os comandantes militares, o general considerou "uma vergonha" que os militares "não tenham feito nada, não tenham perseguido" os autores dos ataques ao Palácio do Governo. E disse que iria receber uma delegação da CEDEAO para saber a sua posição sobre o envio de uma força militar.

cesar.avo@dn.pt

OPERAÇÃO EM CURSO PÁ PRINDI ANTÔNIO N’DJAI ??? ...Gervasio Silva Lopes

Fonte: Gervasio Silva Lopes 

Presidente da Turquia visita Bissau quarta-feira.

RTB/DS  20/02/2022

O Presidente Recep Tayyip Erdogan assinará três acordos com a Guiné-Bissau, nos domínios dos Transportes, Comunicação e Defesa, avança fontes do Ministério guineense dos Negócios Estrangeiros.

O Presidente Erdogan entregará um apoio em matérias e medicamentos ao hospital nacional Simão Mendes.

PR Guiné Bissau, Umaro Sissoco Embaló e Presidente Recep Tayyip Erdogan da Turquia.

Recep Erdogan prestará igualmente solidariedade ao seu homólogo Umaro Sissoco Embaló na sequência da tentativa de golpe de Estado 1 Fevereiro.

A Turquia, através da sua Agência de Cooperação tem desenvolvido na Guiné-Bissau várias acções nos setores da Educação, Saúde e Agricultura.

Segundo dados do Governo Turco, as exportações da Turquia para a Guiné-Bissau,, foram de 1,7 milhões de dólares em 2020 e aumentaram para 2,9 milhões de dólares no ano passado.

O Presidente Erdogan visita Bissau no âmbito de um périplo que lhe conduzirá ao Senegal e à República Democrática do Congo, para alimentar os negócios e, contribuir para a abertura de novos mercados às empresas turcas que operam no sector agrícola e para aumentar o volume de comércio neste domínio.

Pevê-se a assinatura de acordos, como Acordo de Cooperação na Área de Exportação de Hortaliças e Frutas, Acordo de Cooperação na Área de Exportação de Produtos de Amendoim e Memorando de Entendimento sobre Fornecimento de Equipamentos Agrícolas Motorizados.

A Associação dos Exportadores de Cereais, Leguminosas, Oleaginosas e Produtos da Anatólia Central (OAIB), considera muito importante a visão de Erdogan de se abrir para a África.

Destacou que a companhia aérea de bandeira nacional Turkish Airlines (THY) permite que os exportadores cheguem a todos os pontos da África e que isso representa uma grande contribuição para a Turquia, tanto política quanto economicamente.

O presidente do conselho da Associação dos Exportadores de Frutas e Legumes Frescos do Mediterrâneo explicou que o setor turco de frutas e legumes frescos exporta principalmente maçãs, cenouras, uvas, chá, feijão, tâmaras e laranjas para o Senegal.

De acordo com os dados da Assembleia de Exportadores da Turquia (TIM), as exportações de produtos agrícolas da Turquia para o Senegal totalizaram 88,1 milhões de dólares em 2021, com um aumento de aproximadamente 30% em relação ao ano anterior, sendo os principais itens de contribuição os cereais, leguminosas, oleaginosas com US$ 59,7 milhões. Seguiram-se os móveis, papel e produtos florestais com US$ 20,4 milhões e agricultura e produtos de origem animal com US$ 5,9 milhões.

As exportações de frutas e hortaliças, que estão entre os principais itens para os quais se espera um acordo, totalizaram US$ 1,2 milhão e as exportações de frutas e verduras frescas totalizaram US$ 211 mil no ano passado.

A exportação de produtos agrícolas da Turquia para a RDC valeu US$ 27,6 milhões no ano passado. Em 2020, esse valor foi de US$ 34,7 milhões. Grãos, leguminosas, oleaginosas e produtos tiveram a maior participação nas exportações, com US$ 16,7 milhões.