quinta-feira, 14 de junho de 2018
RECORRER Á INDISCIPLINA PARA COMBATER A INDISCIPLINA
Por Hotna Cufuk Na Doha
O Nº 1 do Artigo 16º dos Estatutos do PAIGC impõe a obrigatoriedade dos Governos deste Partido submeterem os seus programas de governação à apreciação e aprovação do seu Comité Central, antes de serem apresentados à análise, discussão e votação na Assembleia Nacional. E foi isso mesmo que aconteceu quando o Eng.º Domingos Simões Pereira foi eleito Chefe do Governo e o seu programa fora unanimemente aprovado tanto pelo Comité Central do seu Partido, quanto pelos Deputados que o representavam na Assembleia Nacional.
Entretanto, por força do destino, um ano depois o Governo então liderado pelo Eng.º Domingos Simões Pereira foi demitido pelo Presidente da República e em seu lugar foi nomeado um novo Chefe de Governo (o Dr. Baciro Djá) e empossado um novo elenco governativo, que por sua vez não durou mais de quarenta e oito horas, por ter sido declarado inconstitucional por um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, que exigia a devolução do Poder ao PAIGC, enquanto Partido vencedor das últimas eleições e detentora duma maioria absoluta na Assembleia Nacional.
Por conseguinte, o PAIGC decidiu avançar com a figura do Eng.º Carlos Correia para chefiar o novo Governo. Falando de um novo Governo, estávamos a falar impreterivelmente de um novo ciclo de governação que pressupunha o cumprimento integral dos procedimentos plasmados no supra-mencionado Nº1 do Artigo 16º. Ou seja, para ser vinculativo aos Deputados do PAIGC, antes de ser submetido à Assembleia Nacional, o Programa do novo Governo, agora chefiado pelo Eng.º Carlos Correia, devia ser submetido à uma ampla discussão e aprovação no Comité Central do Partido. Entretanto, foi precisamente neste ponto que a contradição atingiu o seu auge, fazendo detonar a bomba: o Eng.º Domingos Simões Pereira, na qualidade de Presidente do Partido, recusou-se categoricamente a cumprir este procedimento estatutário, alegando que, há um ano atrás, o referido programa já tinha sido aprovado pelos Membros do Comité Central, pelo que não havia necessidade de voltar a fazê-lo, apesar da reconhecida mudança de conjuntura. Neste caso questiona-se o seguinte:
Se há um ano atrás à semelhança do Comité Central, esse mesmo Programa também já tinha sido aprovado na Assembleia Nacional, para quê submetê-lo de novo à apreciação e votação dos Deputados? Não era melhor considera-lo automaticamente aprovado e o Governo automaticamente legalizado?
Não! Porque Domingos Simões Pereira precisava de um pretexto, mesmo que não fosse plausível, para se livrar dos possíveis concorrentes no Partido.
Perante a irredutibilidade do Presidente do PAIGC face à essa decisão, quinze (15) dos seus cinquenta e sete (57) Deputados deixaram claro que se o Programa do Governo fosse apresentado à Assembleia Nacional sem passar pelo Comité Central, estaríamos perante uma flagrante violação dos Estatutos do Partido e que neste caso não esse Programa não os vinculava e eles iriam abster-se no momento da sua votação. E foi literalmente isso que aconteceu: O Programa foi submetido à Assembleia Nacional sem passar pelo Comité Central, os quinze (15) votaram abstenção e o Programa foi chumbado e os 15 Deputados foram expulsos do Partido, que por conseguinte perdeu a sua maioria parlamentar à favor da oposição que agora Governa o País com toda a legitimidade.
Perante este facto, coloca-se a seguinte questão: QUEM FOI O CULPADO DA DRAMÁTICA SITUAÇÃO NO PARTIDO E DA CRISPAÇÃO INSTITUCIONAL QUE HOJE SE VIVE NO PAÍS?
O Eng.º Domingos Simões Pereira tinha começado da pior maneira a sua declarada guerra à indisciplina partidária, revelando-se um exímio violador dos Estatutos e consequentemente o militante mais indisciplinado do PAIGC. Um exemplo disso, foi a forma anti-estatutária, ditatorial e tendenciosa como organizou as Conferências das Secções, das Zonas, dos Sectores e das Regiões, que culminaram com a realização de um Congresso em que ele se apresentou como único candidato à liderança do PAIGC.
Convém sublinhar que a expulsão dos quinze Deputados afectos à Bancada Parlamentar do PAIGC, não tem absolutamente nada a ver com a violação da disciplina partidária. Foi apenas uma flagrante oportunidade devidamente aproveitada pelo Presidente do Partido e seus seguidores, obedecendo à uma sofisticada estratégia que visa salvaguardar os seus interesses através da sumária expulsão de todos os Dirigentes que do seu ponto de vista, constituem uma ameaça muito séria à sua liderança hegemónica.
Um bem-haja à Guiné-Bissau e ao nosso povo!
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quinta-feira, junho 14, 2018
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Greve/Saúde - Doentes queixam-se de falta de assistência no Hospital Simão Mendes
Bissau, 14 Jun 18 (ANG) – Os doentes internados no Hospital Nacional Simão Mendes estão a queixar-se de falta de assistência médica e medicamentosa em resultado da greve de três dias decretada pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG).
Segundo o que apurou o repórter da ANG junto ao maior estabelecimento sanitário do país, os doentes internados afirmam que os serviços mínimos não estão a ser observados de forma a garantir um atendimento aos pacientes.
O repórter constatou que a maioria dos serviços afectos ao Hospital Simão Mendes estavam inoperacionais tendo os pacientes a andarem de um lado para outro a procura de assistência.
Um paciente grávida que não quis identificar, lamentou o que estão a passar devido a greve da UNTG, salientando que muitos doentes estão a abandonar o hospital para procurar outras soluções, uma vez que não há pessoal médico suficiente para atender os doentes.
“Estou desde as primeiras horas da manhã e até agora não fui atendido porque o meu marido não tem possibilidade de levar-me para clinica privada e muitas grávidas estão aqui na mesma situação”, lamentou.
Por outro lado, um casal proveniente do sector de Nhacra cujo filho padecia de febre alta, disse que foram atendidos graças aos serviços dos Médicos sem Fronteira, porque senão o pior poderia acontecer.
O pai da referida criança que igualmente pediu anonimato, afirmou que a greve decretada pela UNTG é uma demostração clara de que os governantes só se interessam do povo no momento das eleições.
O plano de serviço mínimo do Hospital Nacional Simão Mendes, à que ANG teve acesso, prevé que os serviços de Urgência tenha um médico e dois enfermeiros, a Maternidade- uma médica, duas parteiras e um enfermeiro, os Cuidados Intensivos - dois enfermeiros e o Bloco Operatório - dois técnicos.
Os serviços de Primeira e Quarta Medicina, Cirurgia Mulher, Cirurgia Homem, Ortopedia, Orto-traumatologia, Oftalmologia, Nefrologia e Recobro Queimado, RX Banco de Sangue e Pediatria ambos terão um enfermeiro cada para ajudar nos serviços mínimos.
A ANG tentou falar com os enfermeiros chefes sobre o impacto desta paralisação, mas sem sucesso, com a alegação de que só podem falar mediante uma autorização superior.
A segunda vaga de greve decretada pela maior Central Sindical do país termina na próxima quinta-feira, e os grevistas exigências reajuste salarial aos funcionários públicos.
ANG/MSC/ÂC//SG
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quinta-feira, junho 14, 2018
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JUNHO SERÁ MÊS DE FESTA DE N´TURUDO
O Instituto Politécnico Nova Esperança (IPNOVE) promove, nos dias 23 e 24 de Junho corrente, um evento denominado “Festa de N´turudu” para resgatar os valores culturais ameaçados pela extinção. O evento também pretende promover a cultura de N’turudu (mascara) no carnaval nacional para nova geração
O evento de sábado e domingo anunciado durante uma conferência de imprensa que teve como caracter académico e científico agregando a parte cultural como sendo um tronco comum do desenvolvimento intelectual.
Segundo mentor do evento igualmente o presidente da comissão, Valdir da Silva, a iniciativa visa resgatar a cultura guineense como também valorizar património intelectual e cultural.
“O evento não é o carnaval propriamente dito como se faz em Fevereiro mas é uma festa de N´turudu associada a cultura e ao carnaval o que quer dizer que a nossa festa tem um pendor cultural porque acreditamos que a cultura e a ciência como também ensino andam juntos”, explica.
“Nós enquanto uma instituição do ensino superior estamos despostos para valorizar a cultura e na sua promoção para dar outra visão ao aspecto patrimonial, cientifico, cultural e intelectual”, realça Valdir da Silva.
O evento cultural também pretende chamar atenção aos dirigentes do país, sobre o perigo da extinção do N’turudo no panorama cultural e o seu impacto no turismo da Guiné Bissau.
Valdir da Silva fala ainda na preservação e na revivência do espírito de carnaval guineense na moda antiga uma vez que está a desaparecer em detrimento da influência de cultura de outros países.
“Desafiamos aos guineenses para valorizarem uma vez que acreditamos que o carnaval que se faz já não existe e a moda antiga deve ser preservada e revivida pelos guineenses para não copiarem as culturais de outros países”, aconselha.
O Instituto Politécnico "Nova Esperança" inaugurou na capital Bissau, no início deste mês, na rotunda de mãe de água - ao lado da Assembleia Nacional Popular, uma gigante a máscara que motiva às pessoas a darem valor ao carnaval dos anos passados.
Segundo, a comissão organizadora desfilam no evento grupos culturais Netos de Bandim, Iris de Brá, Ballet Nacional assim como as escolas públicas, privadas de Formação e Universidades.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Marcelino Iambi
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quinta-feira, junho 14, 2018
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MINISTRO DO COMERCIO DIZ QUE NÃO EXISTE MILAGRE PARA CASTANHA SER COMPRADA NO PREÇO ANUNCIADO
O ministro do comércio voltou a apelar, esta quarta-feira (13) os camponeses para venderem “o mais rápido possível” as suas castanhas de Caju num preço razoável porque “não há outro milagre a fazer” para que o produto seja comprado no valor anunciado pelo Presidente da República
O apelo de Vicente Fernandes foi feito depois da visita aos diferentes armazéns do estoque de castanha em Bissau assim como em Safim, arredores da capital.
“Não deixem enganados de que haverá milagres. Já choveu e as pessoas que prometeram comprar a castanha a 1000 francos (preço estipulado) até agora não apareceram. Estão a tomar a crédito as castanhas nas mãos dos produtores e não queremos que a situação seja igual do ano passado onde tomaram a castanha nas mãos dos agricultores para depois, no fim, não liquidarem a divida”, adverte.
De acordo ainda com Vicente Fernandes é importante que todos os intervenientes da fileira de Caju abdiquem “daquilo que são os seus direitos” como forma de salvaguardar a presente campanha.
“O governo precisa do dinheiro mas abre as mãos e não cobra taxas para que ninguém sofra amanhã. É melhor que, agora, cada um abdique daquilo que é o seu direito”, sugere o ministro esperançado que no próximo ano a campanha não tenha “influência” política e declarações “que atrapalham o mercado”.
A previsão feita na altura de anúncio do preço pelo chefe do Estado, José Mário Vaz, era de 200 mil toneladas, mas, no entender do presidente de associação do exportadores e importadores, Mamado Iero Djamanca, não será possível atingir a meta divido a fuga da castanha nas fronteiras.
“Será difícil atingir a meta sobretudo as condições criadas n esta aventura de tentar fazer o preço da referência um preço de obrigação ou fixo e isso criou condições de fuga da castanha de Caju na fronteira terrestre. A castanha já saiu desde a altura que as pessoas estavam com a expectativa frustrada dos 1000 francos por quilo. Temos que sustentar a nossa família e não podemos ter Castanha nas casas a espera do preço anunciado que é uma conversa barata”, enfatiza.
De acordo com a informação disponível, o primeiro navio de castanha de Caju saiu esta quarta-feira (13), habitualmente nesta altura saía mais de quatro navios para escoamento da castanha para estrangeiro.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Sigá
radiosolmansi
O apelo de Vicente Fernandes foi feito depois da visita aos diferentes armazéns do estoque de castanha em Bissau assim como em Safim, arredores da capital.
“Não deixem enganados de que haverá milagres. Já choveu e as pessoas que prometeram comprar a castanha a 1000 francos (preço estipulado) até agora não apareceram. Estão a tomar a crédito as castanhas nas mãos dos produtores e não queremos que a situação seja igual do ano passado onde tomaram a castanha nas mãos dos agricultores para depois, no fim, não liquidarem a divida”, adverte.
De acordo ainda com Vicente Fernandes é importante que todos os intervenientes da fileira de Caju abdiquem “daquilo que são os seus direitos” como forma de salvaguardar a presente campanha.
“O governo precisa do dinheiro mas abre as mãos e não cobra taxas para que ninguém sofra amanhã. É melhor que, agora, cada um abdique daquilo que é o seu direito”, sugere o ministro esperançado que no próximo ano a campanha não tenha “influência” política e declarações “que atrapalham o mercado”.
A previsão feita na altura de anúncio do preço pelo chefe do Estado, José Mário Vaz, era de 200 mil toneladas, mas, no entender do presidente de associação do exportadores e importadores, Mamado Iero Djamanca, não será possível atingir a meta divido a fuga da castanha nas fronteiras.
“Será difícil atingir a meta sobretudo as condições criadas n esta aventura de tentar fazer o preço da referência um preço de obrigação ou fixo e isso criou condições de fuga da castanha de Caju na fronteira terrestre. A castanha já saiu desde a altura que as pessoas estavam com a expectativa frustrada dos 1000 francos por quilo. Temos que sustentar a nossa família e não podemos ter Castanha nas casas a espera do preço anunciado que é uma conversa barata”, enfatiza.
De acordo com a informação disponível, o primeiro navio de castanha de Caju saiu esta quarta-feira (13), habitualmente nesta altura saía mais de quatro navios para escoamento da castanha para estrangeiro.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Sigá
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MILITARES REAFIRMAM COMPROMISSO PELA PAZ
O vice-chefe do Estado-maior das Forças Armada, Mamadu Turé, reconhece que depois de quatro (04) décadas da independência mas nada “absolutamente” foi feito porque o país não consegue progredir e os militares asseguram para que não aconteça nada de mal com o enfoque no desenvolvimento nacional
Mamado Turé falava, esta quarta-feira (13), no âmbito do encontro dos responsáveis dos recursos humanos dos diferentes ministérios que estevam reunidos, no Estado-Maior das forças armadas para troca da experiência.
“Agora estamos focados no desenvolvimento nacional porque é a nossa responsabilidade. A paz é assegurada e a tropa existe para assegurar a integridade do país”, garante.
Confrontado a margem do encontro sobre o segundo grupo dos jovens que foram recrutados para o cumprimento do serviço militar obrigatório que ate então não foram chamados, Mamado Turé diz que o governo ainda não deu a luz verde para a formação dos recrutados.
“O segundo grupo não tem mês e nem ano para começarem a formação. Mas estamos a precisar de tropas. O número não corresponde ao limite traçado”, garante.
Entretanto, ainda a margem do encontro de troca de experiência entre os pessoais dos recursos humanos dos diferentes ministérios no Estado-maior das Forças Armada, o ministro da Função Pública, Fernando Gomes, entregou alguns materiais ao Estado-maior “para dar continuidade ao trabalho de recenseamento dos soldados nas forças armadas”.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Sigá
radiosolmansi
Mamado Turé falava, esta quarta-feira (13), no âmbito do encontro dos responsáveis dos recursos humanos dos diferentes ministérios que estevam reunidos, no Estado-Maior das forças armadas para troca da experiência.
“Agora estamos focados no desenvolvimento nacional porque é a nossa responsabilidade. A paz é assegurada e a tropa existe para assegurar a integridade do país”, garante.
Confrontado a margem do encontro sobre o segundo grupo dos jovens que foram recrutados para o cumprimento do serviço militar obrigatório que ate então não foram chamados, Mamado Turé diz que o governo ainda não deu a luz verde para a formação dos recrutados.
“O segundo grupo não tem mês e nem ano para começarem a formação. Mas estamos a precisar de tropas. O número não corresponde ao limite traçado”, garante.
Entretanto, ainda a margem do encontro de troca de experiência entre os pessoais dos recursos humanos dos diferentes ministérios no Estado-maior das Forças Armada, o ministro da Função Pública, Fernando Gomes, entregou alguns materiais ao Estado-maior “para dar continuidade ao trabalho de recenseamento dos soldados nas forças armadas”.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Sigá
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quinta-feira, junho 14, 2018
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ENTREVISTA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA JOSÉ MÁRIO VAZ
O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, vai assinalar no próximo dia 23 de Junho 4 anos na presidência guineense com uma grande entrevista aos órgãos de comunicação social nacional e internacional.
Na entrevista gravada nesta terça-feira, dia 13, e que será publicada na próxima quinta-feira, dia 21, José Mário Vaz respondeu a 26 questões dos jornalistas sobre os grandes pontos que marcaram os seus 4 anos como Chefe de Estado guineense.
José Mário Vaz explica as exonerações dos vários primeiros-ministros, das provas sobre a corrupção de que tanto se falou, o porquê de nunca ter optado pela dissolução do parlamento durante toda a crise política, tráfico de droga, exploração dos recursos naturais, sobre o tão famoso cheque de 500 milhões CFAs para a construção da Avenida Nino Veira.
Durante 1 hora e 45 minutos, o Presidente respondeu a questões ligadas à liberdade de manifestação e de expressão, quando questionado sobre certas manifestações autorizadas e outras não, sobre se se sente responsável pela fraca Campanha da Castanha de Cajú devido ao preço de 1.000 XOF que anunciou. Falou ainda do PAIGC, da dupla que fazia com DSP, da Justiça, entre vários outros assuntos.
A não perder nesta página, na íntegra, na próxima quinta-feira, dia 21, a primeira grande entrevista do Presidente da Guiné-Bissau aos jornalistas.
Devido à limitação do tempo, não foi possível aos jornalistas colocarem mais questões ao Presidente, porém a presidência promete que doravante José Mário Vaz estará disponível a dar entrevistas exclusivas aos órgãos que solicitarem.
Braima Darame
Na entrevista gravada nesta terça-feira, dia 13, e que será publicada na próxima quinta-feira, dia 21, José Mário Vaz respondeu a 26 questões dos jornalistas sobre os grandes pontos que marcaram os seus 4 anos como Chefe de Estado guineense.
José Mário Vaz explica as exonerações dos vários primeiros-ministros, das provas sobre a corrupção de que tanto se falou, o porquê de nunca ter optado pela dissolução do parlamento durante toda a crise política, tráfico de droga, exploração dos recursos naturais, sobre o tão famoso cheque de 500 milhões CFAs para a construção da Avenida Nino Veira.
Durante 1 hora e 45 minutos, o Presidente respondeu a questões ligadas à liberdade de manifestação e de expressão, quando questionado sobre certas manifestações autorizadas e outras não, sobre se se sente responsável pela fraca Campanha da Castanha de Cajú devido ao preço de 1.000 XOF que anunciou. Falou ainda do PAIGC, da dupla que fazia com DSP, da Justiça, entre vários outros assuntos.
A não perder nesta página, na íntegra, na próxima quinta-feira, dia 21, a primeira grande entrevista do Presidente da Guiné-Bissau aos jornalistas.
Devido à limitação do tempo, não foi possível aos jornalistas colocarem mais questões ao Presidente, porém a presidência promete que doravante José Mário Vaz estará disponível a dar entrevistas exclusivas aos órgãos que solicitarem.
Braima Darame
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quinta-feira, junho 14, 2018
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Os deputados da Nação aprovaram, esta quarta-feira, o projecto de ordem do dia com 85 votos a favor, 3 abstenções e um voto contra num universo de 89 dos 102 deputados convocados para esta sessão.
O projecto de ordem do dia agora aprovado figura no primeiro ponto a apresentação, discussão e aprovação do programa do governo nos termos do acordo de Conacri ao contrário que antes figurava no 2º ponto.
Antes da votação, alguns deputados alegaram a pertinência do orçamento da ANP ser discutido e aprovado antes da votação do programa do governo, facto que foi rejeitado pelo deputado de PRS, Bernardo Braima Mané.
Entretanto, a próxima sessão fica marcado para segunda-feira, dia 18 de Junho.
radiosolmansi
Antes da votação, alguns deputados alegaram a pertinência do orçamento da ANP ser discutido e aprovado antes da votação do programa do governo, facto que foi rejeitado pelo deputado de PRS, Bernardo Braima Mané.
Entretanto, a próxima sessão fica marcado para segunda-feira, dia 18 de Junho.
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quinta-feira, junho 14, 2018
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A POLÍTICA SEM DECÊNCIA?
Por Cir Batchicann
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-Será que os sucessivos governos no exercício de funções tiveram um comportamento conforme rege a regra da boa administração da coisa pública?
-O que leva esses governos que, mal tomam posse abrem logo a saga de demissões e nomeações a torto e a direito, sem levar em consideração os esforços levados a cabo pelos demitidos e, nem sequer se preocupam com a qualidade dos seus substitutos. Por outro, suponhamos que os demitidos passam também a desrespeitar as decisões, o que será da nossa democracia?
-E, por que todas as decisões (legal/ilegal) dos governos são acatadas na hora?
-Se um árbitro decide expulsar um jogador (com ou sem necessidade) e esse recusa abandonar o relvado, o que seria do futebol perante esse tipo de comportamento?
-Quando os partidos decidem expulsar os seus dirigentes/militantes (legal/ilegal) e esses recusam abandonar, que tipo de ambiente político teríamos na nossa sociedade?
-Por quê que as deliberações (justas/injustas) dos partidos são respeitadas por parte dos visados?
-Num estado democrático de direito, como/onde se enfrenta uma decisão judicial injusta?
Para que servem os advogados num país 'democrático'?
-O que será do país quando as decisões judiciais tomadas no fórum próprio são postas em causa, onde tudo passa a ser a partir da vontade dos alvos?
Bô para ess - mininus pirciza di transmitidu bons comportamentus!
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-Será que os sucessivos governos no exercício de funções tiveram um comportamento conforme rege a regra da boa administração da coisa pública?
-O que leva esses governos que, mal tomam posse abrem logo a saga de demissões e nomeações a torto e a direito, sem levar em consideração os esforços levados a cabo pelos demitidos e, nem sequer se preocupam com a qualidade dos seus substitutos. Por outro, suponhamos que os demitidos passam também a desrespeitar as decisões, o que será da nossa democracia?
-E, por que todas as decisões (legal/ilegal) dos governos são acatadas na hora?
-Se um árbitro decide expulsar um jogador (com ou sem necessidade) e esse recusa abandonar o relvado, o que seria do futebol perante esse tipo de comportamento?
-Quando os partidos decidem expulsar os seus dirigentes/militantes (legal/ilegal) e esses recusam abandonar, que tipo de ambiente político teríamos na nossa sociedade?
-Por quê que as deliberações (justas/injustas) dos partidos são respeitadas por parte dos visados?
-Num estado democrático de direito, como/onde se enfrenta uma decisão judicial injusta?
Para que servem os advogados num país 'democrático'?
-O que será do país quando as decisões judiciais tomadas no fórum próprio são postas em causa, onde tudo passa a ser a partir da vontade dos alvos?
Bô para ess - mininus pirciza di transmitidu bons comportamentus!
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A propósito da proliferação de partidos políticos na Guiné-Bissau
Por Fernando Casimiro
A Guiné-Bissau tem muitos partidos políticos, porque cada um quer fazer parte do dirigismo de um partido, ambicionando, através do partido que faz parte, um lugar no dirigismo político e governativo do Estado.
Claro que é um direito civil e político de cada cidadão envolver-se activamente na actividade política e por isso, há que respeitar!
Porém, a proliferação de partidos políticos na Guiné-Bissau nada tem a ver com fundamentos ideológicos, nem com a defesa de causas nacionais, e em nome do Interesse Nacional.
A prova disso é a quantidade de partidos políticos que nem sequer têm sede própria, nem conseguem organizar e realizar as suas reuniões, os seus congressos, porquanto, ainda que sejam partidos legalizados pelo Supremo Tribunal de Justiça, não há uma fiscalização rigorosa do STJ tendo em conta os fundamentos constitucionais e legais exigidos para a validação dos mesmos.
Partidos políticos que não têm fontes próprias de rendimento, nem são capazes de criar mecanismos internos de auto-financiamento, pois nem a simples colaboração dos seus militantes, através de pagamentos de quotas contributivas consegue ser uma realidade.
Partidos políticos que vivem ou sobrevivem do quê?
Hoje fala-se na Juventude, em jeito de aliciamento, mas quantos jovens guineenses não criaram desde há alguns anos a esta parte os seus partidos políticos?
Aqueles que hoje estão a manipular (alegando sensibilizar) os jovens para a actividade política nos partidos que criaram depois dos jovens que há muito criaram os seus partidos, por que não aderiram a esses partidos liderados e constituídos por jovens?
Não seria mais sensato que assim fosse, se de facto o despertar para a criação de novos partidos políticos tivesse a Juventude como causa a apoiar, a defender, por um lado e, por outro, a ruptura com o sistema bicéfalo (dos mesmos de sempre) do poder político na Guiné-Bissau?
Os próprios jovens que se precipitam a integrar os novos partidos políticos, fazem-no em nome do quê e com que finalidade, quando poderiam juntar-se aos outros jovens de partidos de gente Jovem?
Simplesmente, a resposta está no facto de cada um querer mandar, dirigir, ou fazer parte do núcleo dirigente de algo novo, pois que, poucos aceitam começar como simples militantes, nos partidos já existentes e onde as estruturas do dirigismo já estão preenchidas.
E assim continuaremos na Guiné-Bissau, com a proliferação de partidos políticos e dos seus protagonistas, com estratégias de interesses que dividem mais do que unem.
A banalização da criação de partidos políticos na Guiné-Bissau demonstra até que ponto os guineenses estão, consciente ou inconscientemente, sedentos do poder e do protagonismo consequente, ignorando cada vez mais, a acentuada divisão social que advém das disputas pelo poder e pelo protagonismo que o envolve.
Já que não há ideologias políticas nos partidos políticos da Guiné-Bissau, ao menos, que se faça da Guiné-Bissau, a IDEOLOGIA de todos os partidos políticos!
Como todos sabem, o meu Partido é a Guiné-Bissau!
Positiva e construtivamente.
Didinho 14.06.2018
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quinta-feira, junho 14, 2018
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Um Mundial de alto risco... até para Putin
Numa fase de tensão nas relações entre Moscovo e o Ocidente, a Rússia joga neste Campeonato do Mundo a sua imagem internacional
Durante as próximas quatro semanas, a Rússia de Putin vai estar sob os olhares do Mundo
As grandes competições desportivas tiveram desde sempre, dos Jogos da Grécia clássica aos Jogos Olímpicos da era moderna ou aos Mundiais ou Europeus de futebol, uma enorme carga simbólica e uma vincada dimensão política.
Há 38 anos, em plena Guerra Fria, o Ocidente reagiu à intervenção soviética no Afeganistão boicotando os Jogos Olímpicos de 1980 em Moscovo - e roubando assim grande parte do brilho a uma ocasião desportiva e política em que a URSS tanto apostara.
Poucas vezes a realização de uma prova desportiva internacional terá, ainda assim, assumido um peso político tão marcado como este Mundial da Rússia. Numa fase de forte crispação nas relações entre a Rússia e o Ocidente estará muito mais em jogo do que a disputa do título mundial de futebol nas próximas quatro semanas na Rússia. Um Mundial bem-sucedido constituirá um momento de afirmação da Rússia no plano internacional.
Eventuais perturbações no decorrer da competição ou incidentes graves poderão estragar a festa e agravar ainda o clima de tensão nas relações entre a Rússia e o Ocidente.
A Rússia jogou recentemente a sua imagem no Mundo noutra grande competição internacional. Os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, em Sochi, deixaram, nesta perspetiva, um balanço mitigado. A preparação dos Jogos ficou marcada por polémicas envolvendo os elevados custos e acusações de corrupção, e o êxito dos atletas russos seria depois manchado pelas acusações de doping. No plano político, os Jogos de Sochi seriam ensombrados pelas críticas internacionais ao regime de Putin e depois pelas incidências da crise na Ucrânia. A chanceler alemã Angela Merkel, o presidente francês François Hollande e outros líderes europeus recusaram-se a marcar presença em Sochi em reação às alegadas perseguições aos homossexuais na Rússia.
Este Mundial 2018 representa assim um formidável desafio para a Rússia em matéria de organização, de segurança e de grande ocasião mediática. Em termos de organização e segurança a Rússia já passou o primeiro teste coma Taça das Confederações do ano passado, mas desta feita o teste tem outras dimensões, quer no plano desportivo quer, sobretudo, em matéria política.
Ameaças de boicote
A tensão política que envolve este Mundial 2018 esteve logo marcada no momento em que, em Dezembro de 2010, foi anunciada a vitória da candidatura russa à organização da prova. As relações entre a Rússia e o Ocidente atravessaram desde então dias atribulados - da crise ucraniana e da anexação russa da Crimeia, em março de 2014, ao apoio russo a Bashar al-Assad, na Síria, ou, mais recentemente, ao caso Skripal -, e a cada crise a ameaça de boicote aflorou nos discursos políticos no Ocidente.
Já em setembro de 2014, em plena crise da Crimeia, a Al Jazeera referia que o vice-primeiro ministro britânico Nick Clegg falava da hipótese do boicote ao Mundial da Rússia como uma "poderosa sanção política e simbólica". E o El País adiantava que a Comissão Europeia chegou a considerar a hipótese de um boicote do Mundial 2018 no quadro das sanções à Rússia pela crise na Ucrânia.
Mais recentemente o caso Skripal, o misterioso episódio do envenenamento de um ex-espião russo no sul de Inglaterra, envenenou as já difíceis relações entre Londres e Moscovo. O Governo de Theresa May denunciou "mão" do Kremlin no caso, a imprensa britânica anunciou que nenhum membro da família real ou do Executivo britânico honraria com a sua presença o Mundial da Rússia. Dias depois a Islândia anunciava que os responsáveis políticos de Reiquejavique não marcariam presença no Mundial.
De acordo com o Daily Mail responsáveis britânicos discutiram mesmo com os aliados europeus a hipótese de um boicote coordenado ao Mundial e terá sido evocada a hipótese de a própria seleção inglesa se recusar a marcar presença na Rússia. Os apelos ao boicote não tiveram porém eco significativo, mas testemunharam uma vez mais a carga política que rodeia desde há muito este Mundial.
O peso das tensões entre a Rússia e o Ocidente confere a alguns momentos deste torneio da Rússia uma carga simbólica muito especial. Será em particular o caso de Kaliningrado, um enclave russo no Báltico, encravado entre os territórios da Polónia e a Lituânia, ambos membros da NATO e da União Europeia. Uma faixa de território fortemente militarizada, sede da esquadra russa do Báltico, e que tem sido, em particular desde a crise da Ucrânia de 2013-2014, palco de uma alta tensão militar entre a Rússia e a NATO. Ao mesmo tempo, Moscovo tem procurado afirmar a modernidade e o desenvolvimento do enclave, transformando Kaliningrado numa zona económica livre que lhe mereceu o epíteto de "Hong Kong da Rússia". Os quatro encontros do Mundial aprazados para o novíssimo estádio Arena Baltika, construído expressamente para a ocasião, decorrerão a poucos quilómetros da fronteira polaca - e do forte dispositivo militar da NATO.
Os fantasmas de Marselha
Outro dos grandes desafios que se coloca às autoridades russas é o da segurança dos adeptos. A questão coloca-se de forma muito particular em relação aos apoiantes da seleção inglesa. Estão ainda presente na memória os violentos confrontos de há dois anos, no Europeu de França, entre adeptos russos e ingleses antes e depois do encontro entre as duas seleções em Marselha. A venda de bilhetes para este Mundial da Rússia em Inglaterra foi significativamente mais baixa do que em anteriores edições.
A Rússia foi obrigada a um esforço particular na prevenção de incidentes entre claques dentro e fora dos estádios. A má fama deixada pelos hooligans russos em Marselha agravou-se ainda nos últimos meses com a repetição de incidentes graves como as manifestações de racismo visando jogadores franceses de origem africana durante um encontro amigável com a Rússia em São Petersburgo. Os adeptos russos já referenciados pelas autoridades, entre eles muitos dos que participaram nos incidentes de Marselha, têm sido obrigados a apresentar-se regularmente à polícia e advertidos contra quaisquer incidentes violentos e alguns obrigados mesmo a assumir compromissos por escrito.
A fama dos hooligans ingleses nada lhes fica a dever. Ainda num recente amigável Holanda-Inglaterra registaram-se incidentes graves provocados pelos seguidores das cores inglesas. As polícias russa e britânica trocaram informações ao longo dos últimos tempos e estudaram ações coordenadas para prevenir a repetição do cenário de Marselha.
As relações tensas entre Londres e Moscovo - e que se refletem por exemplo numa clara diminuição do turismo britânico na Rússia - pesam também na situação dado o frequente envolvimento de expressões nacionalistas na violência das claques.
Sob os olhares do Mundo
Durante as próximas quatro semanas a Rússia de Putin vai estar sob os olhares do Mundo e os holofotes de uma imprensa internacional que os russos tendem a ver como hostil ao país. A juntar às crises internacionais, o regime de Putin tem sido acusado no Ocidente de deriva autocrática, de desrespeito pelas normas democráticas e pelos direitos humanos, de homofobia, ou de perseguição à comunidade LGTB. Praticamente no início do seu quarto mandato à frente dos destinos do Kremlin, é o próprio regime Putin que estará em jogo neste Mundial.
Palco onde estarão concentradas as atenções de todo o Mundo, não deixa de representar uma ocasião particularmente tentadora para as mais diversas manifestações de ordem política e social ou mesmo para incidentes mais graves.
Desacatos mais sérios entre adeptos, manifestações que levem a uma intervenção policial mais musculada bastariam para manchar gravemente a grande ocasião e transformar o Mundial da Rússia num fracasso humilhante para Moscovo e para gerar uma potencial crise política e diplomática. As autoridades russas tomaram igualmente medidas particulares para prevenir a eventual ameaça de um atentado terrorista em plena competição. Situações de grande tensão como a do leste da Ucrânia ou da Síria não deixam igualmente de pesar como uma ameaça potencial ao bom andamento deste Mundial.
dn.pt
As grandes competições desportivas tiveram desde sempre, dos Jogos da Grécia clássica aos Jogos Olímpicos da era moderna ou aos Mundiais ou Europeus de futebol, uma enorme carga simbólica e uma vincada dimensão política.
Há 38 anos, em plena Guerra Fria, o Ocidente reagiu à intervenção soviética no Afeganistão boicotando os Jogos Olímpicos de 1980 em Moscovo - e roubando assim grande parte do brilho a uma ocasião desportiva e política em que a URSS tanto apostara.
Poucas vezes a realização de uma prova desportiva internacional terá, ainda assim, assumido um peso político tão marcado como este Mundial da Rússia. Numa fase de forte crispação nas relações entre a Rússia e o Ocidente estará muito mais em jogo do que a disputa do título mundial de futebol nas próximas quatro semanas na Rússia. Um Mundial bem-sucedido constituirá um momento de afirmação da Rússia no plano internacional.
Eventuais perturbações no decorrer da competição ou incidentes graves poderão estragar a festa e agravar ainda o clima de tensão nas relações entre a Rússia e o Ocidente.
A Rússia jogou recentemente a sua imagem no Mundo noutra grande competição internacional. Os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, em Sochi, deixaram, nesta perspetiva, um balanço mitigado. A preparação dos Jogos ficou marcada por polémicas envolvendo os elevados custos e acusações de corrupção, e o êxito dos atletas russos seria depois manchado pelas acusações de doping. No plano político, os Jogos de Sochi seriam ensombrados pelas críticas internacionais ao regime de Putin e depois pelas incidências da crise na Ucrânia. A chanceler alemã Angela Merkel, o presidente francês François Hollande e outros líderes europeus recusaram-se a marcar presença em Sochi em reação às alegadas perseguições aos homossexuais na Rússia.
Este Mundial 2018 representa assim um formidável desafio para a Rússia em matéria de organização, de segurança e de grande ocasião mediática. Em termos de organização e segurança a Rússia já passou o primeiro teste coma Taça das Confederações do ano passado, mas desta feita o teste tem outras dimensões, quer no plano desportivo quer, sobretudo, em matéria política.
Ameaças de boicote
A tensão política que envolve este Mundial 2018 esteve logo marcada no momento em que, em Dezembro de 2010, foi anunciada a vitória da candidatura russa à organização da prova. As relações entre a Rússia e o Ocidente atravessaram desde então dias atribulados - da crise ucraniana e da anexação russa da Crimeia, em março de 2014, ao apoio russo a Bashar al-Assad, na Síria, ou, mais recentemente, ao caso Skripal -, e a cada crise a ameaça de boicote aflorou nos discursos políticos no Ocidente.
Já em setembro de 2014, em plena crise da Crimeia, a Al Jazeera referia que o vice-primeiro ministro britânico Nick Clegg falava da hipótese do boicote ao Mundial da Rússia como uma "poderosa sanção política e simbólica". E o El País adiantava que a Comissão Europeia chegou a considerar a hipótese de um boicote do Mundial 2018 no quadro das sanções à Rússia pela crise na Ucrânia.
Mais recentemente o caso Skripal, o misterioso episódio do envenenamento de um ex-espião russo no sul de Inglaterra, envenenou as já difíceis relações entre Londres e Moscovo. O Governo de Theresa May denunciou "mão" do Kremlin no caso, a imprensa britânica anunciou que nenhum membro da família real ou do Executivo britânico honraria com a sua presença o Mundial da Rússia. Dias depois a Islândia anunciava que os responsáveis políticos de Reiquejavique não marcariam presença no Mundial.
De acordo com o Daily Mail responsáveis britânicos discutiram mesmo com os aliados europeus a hipótese de um boicote coordenado ao Mundial e terá sido evocada a hipótese de a própria seleção inglesa se recusar a marcar presença na Rússia. Os apelos ao boicote não tiveram porém eco significativo, mas testemunharam uma vez mais a carga política que rodeia desde há muito este Mundial.
O peso das tensões entre a Rússia e o Ocidente confere a alguns momentos deste torneio da Rússia uma carga simbólica muito especial. Será em particular o caso de Kaliningrado, um enclave russo no Báltico, encravado entre os territórios da Polónia e a Lituânia, ambos membros da NATO e da União Europeia. Uma faixa de território fortemente militarizada, sede da esquadra russa do Báltico, e que tem sido, em particular desde a crise da Ucrânia de 2013-2014, palco de uma alta tensão militar entre a Rússia e a NATO. Ao mesmo tempo, Moscovo tem procurado afirmar a modernidade e o desenvolvimento do enclave, transformando Kaliningrado numa zona económica livre que lhe mereceu o epíteto de "Hong Kong da Rússia". Os quatro encontros do Mundial aprazados para o novíssimo estádio Arena Baltika, construído expressamente para a ocasião, decorrerão a poucos quilómetros da fronteira polaca - e do forte dispositivo militar da NATO.
Os fantasmas de Marselha
Outro dos grandes desafios que se coloca às autoridades russas é o da segurança dos adeptos. A questão coloca-se de forma muito particular em relação aos apoiantes da seleção inglesa. Estão ainda presente na memória os violentos confrontos de há dois anos, no Europeu de França, entre adeptos russos e ingleses antes e depois do encontro entre as duas seleções em Marselha. A venda de bilhetes para este Mundial da Rússia em Inglaterra foi significativamente mais baixa do que em anteriores edições.
A Rússia foi obrigada a um esforço particular na prevenção de incidentes entre claques dentro e fora dos estádios. A má fama deixada pelos hooligans russos em Marselha agravou-se ainda nos últimos meses com a repetição de incidentes graves como as manifestações de racismo visando jogadores franceses de origem africana durante um encontro amigável com a Rússia em São Petersburgo. Os adeptos russos já referenciados pelas autoridades, entre eles muitos dos que participaram nos incidentes de Marselha, têm sido obrigados a apresentar-se regularmente à polícia e advertidos contra quaisquer incidentes violentos e alguns obrigados mesmo a assumir compromissos por escrito.
A fama dos hooligans ingleses nada lhes fica a dever. Ainda num recente amigável Holanda-Inglaterra registaram-se incidentes graves provocados pelos seguidores das cores inglesas. As polícias russa e britânica trocaram informações ao longo dos últimos tempos e estudaram ações coordenadas para prevenir a repetição do cenário de Marselha.
As relações tensas entre Londres e Moscovo - e que se refletem por exemplo numa clara diminuição do turismo britânico na Rússia - pesam também na situação dado o frequente envolvimento de expressões nacionalistas na violência das claques.
Sob os olhares do Mundo
Durante as próximas quatro semanas a Rússia de Putin vai estar sob os olhares do Mundo e os holofotes de uma imprensa internacional que os russos tendem a ver como hostil ao país. A juntar às crises internacionais, o regime de Putin tem sido acusado no Ocidente de deriva autocrática, de desrespeito pelas normas democráticas e pelos direitos humanos, de homofobia, ou de perseguição à comunidade LGTB. Praticamente no início do seu quarto mandato à frente dos destinos do Kremlin, é o próprio regime Putin que estará em jogo neste Mundial.
Palco onde estarão concentradas as atenções de todo o Mundo, não deixa de representar uma ocasião particularmente tentadora para as mais diversas manifestações de ordem política e social ou mesmo para incidentes mais graves.
Desacatos mais sérios entre adeptos, manifestações que levem a uma intervenção policial mais musculada bastariam para manchar gravemente a grande ocasião e transformar o Mundial da Rússia num fracasso humilhante para Moscovo e para gerar uma potencial crise política e diplomática. As autoridades russas tomaram igualmente medidas particulares para prevenir a eventual ameaça de um atentado terrorista em plena competição. Situações de grande tensão como a do leste da Ucrânia ou da Síria não deixam igualmente de pesar como uma ameaça potencial ao bom andamento deste Mundial.
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quinta-feira, junho 14, 2018
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Criada Associação Empresarial Portuguesa na Guiné-Bissau
Um grupo de empresários portugueses, a desenvolver atividade na Guiné-Bissau, criaram uma associação empresarial para facilitar a entrada de mais empresas portuguesas, e defender os seus interesses naquele país.
Denominada Associação Empresarial Portuguesa na Guiné-Bissau, a associação tem como principal objetivo "apoiar a atividade empresarial dos seus associados em prol do desenvolvimento e consolidação dos seus projetos" no país, explicou Fernando Machado, presidente da associação.
"Os empresários que chegam provavelmente têm mais a ganhar com esta associação, do que aqueles que já cá estão e têm a sua experiência e conhecimento de mercado. Os que vêm têm tudo a ganhar em colherem a experiência daqueles que já cá estão e não fazerem, às vezes, algumas asneiras que a realidade guineense não perdoa", disse.
A associação, criada no final de 2017 e apresentada oficialmente a 09 de junho, já tem 48 associados radicados na Guiné-Bissau e 12 empresas de média e grande dimensão portuguesa que ainda não estão radicados em Bissau, mas que pretendem expandir a sua atividade para o país.
"A associação dispõe de gabinetes de apoio jurídico. Temos também gabinete de contabilidade e auditoria fiscal para ajudar os empresários, acordos com despachantes para ajudarem os importadores e os exportadores e temos um convénio com um banco local no sentido de estabelecer regras facilitadoras para as suas transações, linhas de crédito e transferências", explicou Fernando Machado.
Questionado sobre se os empresários portugueses estão a procurar mais o mercado guineense, o empresário português disse ter essa "sensação".
"Nós somos procurados para dar esse tipo de aconselhamento o que é francamente entusiasmante. A Guiné-Bissau ainda não se libertou das convulsões políticas por que tem passado, o que afasta também algum dinamismo empresarial necessário, mas sinto que há vontade para virem", afirmou.
Fernando Machado sublinhou que "há um crescendo de empresários portugueses" e que os números oficiais o demonstram.
Segundo dados preliminares divulgados pelo Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia, com base numa análise ao comércio externo entre os dois países, as exportações de Portugal para a Guiné-Bissau aumentaram em 2017 14,8%, com um saldo positivo na Balança Comercial de 83,7 milhões de euros.
Gasóleo, gasolina e jet-fuel foram os produtos mais exportados de Portugal para a Guiné-Bissau, representando um total de 41,7% das exportações, durante aquele período de tempo.
O segundo grupo com maiores exportações foi o Agroalimentar, com 26,4%, com destaque para a cerveja, vinho e outras bebidas alcoólicas, leite e lacticínios, gorduras e óleos, carnes, preparados à base de cereais e de frutos e produtos hortícolas.
Sublinhando que os empresários portugueses têm de olhar para a Guiné-Bissau na perspetiva de um mercado com 300 milhões de consumidores, já que o país pertence à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Fernando Machado destacou também a facilidade de "exportação de capitais" no país, que é praticamente livre.
"Um dos aspetos mais importantes para os empresários portugueses resulta da paridade fixa entre o franco cfa [franco da África Central] com o euro, e a liberdade de capitais que toda esta zona financeira. É uma característica que não é comum a todos os países africanos, sobretudo Angola e Moçambique", disse.
Por Lusa
Denominada Associação Empresarial Portuguesa na Guiné-Bissau, a associação tem como principal objetivo "apoiar a atividade empresarial dos seus associados em prol do desenvolvimento e consolidação dos seus projetos" no país, explicou Fernando Machado, presidente da associação.
"Os empresários que chegam provavelmente têm mais a ganhar com esta associação, do que aqueles que já cá estão e têm a sua experiência e conhecimento de mercado. Os que vêm têm tudo a ganhar em colherem a experiência daqueles que já cá estão e não fazerem, às vezes, algumas asneiras que a realidade guineense não perdoa", disse.
A associação, criada no final de 2017 e apresentada oficialmente a 09 de junho, já tem 48 associados radicados na Guiné-Bissau e 12 empresas de média e grande dimensão portuguesa que ainda não estão radicados em Bissau, mas que pretendem expandir a sua atividade para o país.
"A associação dispõe de gabinetes de apoio jurídico. Temos também gabinete de contabilidade e auditoria fiscal para ajudar os empresários, acordos com despachantes para ajudarem os importadores e os exportadores e temos um convénio com um banco local no sentido de estabelecer regras facilitadoras para as suas transações, linhas de crédito e transferências", explicou Fernando Machado.
Questionado sobre se os empresários portugueses estão a procurar mais o mercado guineense, o empresário português disse ter essa "sensação".
"Nós somos procurados para dar esse tipo de aconselhamento o que é francamente entusiasmante. A Guiné-Bissau ainda não se libertou das convulsões políticas por que tem passado, o que afasta também algum dinamismo empresarial necessário, mas sinto que há vontade para virem", afirmou.
Fernando Machado sublinhou que "há um crescendo de empresários portugueses" e que os números oficiais o demonstram.
Segundo dados preliminares divulgados pelo Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia, com base numa análise ao comércio externo entre os dois países, as exportações de Portugal para a Guiné-Bissau aumentaram em 2017 14,8%, com um saldo positivo na Balança Comercial de 83,7 milhões de euros.
Gasóleo, gasolina e jet-fuel foram os produtos mais exportados de Portugal para a Guiné-Bissau, representando um total de 41,7% das exportações, durante aquele período de tempo.
O segundo grupo com maiores exportações foi o Agroalimentar, com 26,4%, com destaque para a cerveja, vinho e outras bebidas alcoólicas, leite e lacticínios, gorduras e óleos, carnes, preparados à base de cereais e de frutos e produtos hortícolas.
Sublinhando que os empresários portugueses têm de olhar para a Guiné-Bissau na perspetiva de um mercado com 300 milhões de consumidores, já que o país pertence à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Fernando Machado destacou também a facilidade de "exportação de capitais" no país, que é praticamente livre.
"Um dos aspetos mais importantes para os empresários portugueses resulta da paridade fixa entre o franco cfa [franco da África Central] com o euro, e a liberdade de capitais que toda esta zona financeira. É uma característica que não é comum a todos os países africanos, sobretudo Angola e Moçambique", disse.
Por Lusa
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quinta-feira, junho 14, 2018
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Estudos confirmam que a Preguiça é genética. Se você é preguiçoso, a culpa é dos seus pais...
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quinta-feira, junho 14, 2018
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África cresce menos de 4% por ano até 2024 - Consultora ISA
"Nos 15 anos entre 2000 e 2014, a economia africana como um todo cresceu quase 6% ao ano, com o crescimento a ser alicerçado nos preços altos das matérias-primas e pelo grande aumento do investimento estrangeiro, principalmente da China e de outras grandes economias asiáticas", escrevem os analistas.
Com o título 'Está o tempo a esgotar-se para a economia africana?", o relatório a que a Lusa teve acesso diz que, "no entanto, as taxas de crescimento em grande parte da região caíram de forma dramática nos últimos anos, com a taxa média geral a cair para apenas 2,5% por ano nos últimos três anos, ficando apenas um pouco acima da taxa de crescimento da população".
Num dos gráficos apresentados no documento, a ISA diz que houve vários fatores que levaram aos problemas económicos recentes, "alguns dos quais foram culpa da região, e outros o resultado de fatores externos que a falta de diversificação económica tornou impossível de evitar".
Em primeiro lugar e mais importante, escrevem os analistas, "os preços altos das matérias-primas que permitiram o aumento das taxas de crescimento no princípio da década acabaram em 2014, e mantiveram-se relativamente baixos desde então".
Como a maioria dos países africanos estava dependente de uma ou duas matérias-primas para garantir quase todas as exportações, "esta queda nos preços teve um impacto devastador nas suas economias", vinca a ISA, notando que "em nenhum local isto é mais evidente que nos maiores produtores de petróleo, como a Nigéria ou Angola, onde as taxas de crescimento económico caíram de forma dramática, acompanhando o preço do petróleo nos últimos anos".
Além destas dificuldades, a ISA salienta que "a instabilidade política continua generalizada na região, tornando muito difícil atrair o tipo de investimento estrangeiro que é necessário para garantir indústrias e serviços capazes de exportar para o exterior, além das matérias-primas básicas".
Por Lusa
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quinta-feira, junho 14, 2018
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DORES MUSCULARES - Ficar dorido dois dias depois de treinar, é suposto?
Muitos sentem as consequências do treino 48 horas após o esforço praticado. Saiba o porquê desta resposta tardia e prolongada.
Quem nunca mudou de plano de treino, voltou ao ginásio depois das férias ou ‘abusou’ na intensidade do treino para no dia seguinte mal se conseguia sentir ou levantar os braços?
É comum, e não é propriamente mau, significa que houve esforço, durante o qual as fibras musculares se partiram e, ao se recomporem, geram uma sensação de dor, por inflamação, explica a Women’s Health UK. Igualmente comum é sentir-se esta mesma dor durante dois dias após o treino, algo a que se dá o nome de dor muscular de início tardio.
Como esclarece Jordan Menzi, autor do livro ‘The Exercise Cure’ (‘O exercício da cura’), tal processo de inflamação leva entre quatro a cinco dias. Durante as primeiras 24 horas, o processo começa de forma suave, sendo apenas em alguns casos que os músculos mais sentem tal recuperação.
“Sempre que desafia os seus músculos a mais trabalho mecânico, maior a quantidade de dor muscular de início tardio” refere o especialista. Por isso, não há um tipo de exercício mais propício a este tipo de dor, que surge sempre que sai da rotina e leva o corpo ao próximo dia. É contudo em exercícios na zona posterior do corpo que mais dor sente, caso treine ainda com dor muscular, porque esta é a zona mais propícia a micro traumas nas fibras musculares.
Se é inevitável? Não. Mas há formas de suavizar o impacto desta resposta natural do corpo humano a começar pela hidratação já que, quanto mais hidratados estiverem os músculos, mais facilmente o oxigénio chega a todo o corpo. Exercícios como ciclismo (de pouca intensidade) ou yoga ajudam também à recuperação muscular, por obrigarem o corpo ao movimento mas sem esforço.
POR MARIANA BOTELHO
NAOM
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É comum, e não é propriamente mau, significa que houve esforço, durante o qual as fibras musculares se partiram e, ao se recomporem, geram uma sensação de dor, por inflamação, explica a Women’s Health UK. Igualmente comum é sentir-se esta mesma dor durante dois dias após o treino, algo a que se dá o nome de dor muscular de início tardio.
Como esclarece Jordan Menzi, autor do livro ‘The Exercise Cure’ (‘O exercício da cura’), tal processo de inflamação leva entre quatro a cinco dias. Durante as primeiras 24 horas, o processo começa de forma suave, sendo apenas em alguns casos que os músculos mais sentem tal recuperação.
“Sempre que desafia os seus músculos a mais trabalho mecânico, maior a quantidade de dor muscular de início tardio” refere o especialista. Por isso, não há um tipo de exercício mais propício a este tipo de dor, que surge sempre que sai da rotina e leva o corpo ao próximo dia. É contudo em exercícios na zona posterior do corpo que mais dor sente, caso treine ainda com dor muscular, porque esta é a zona mais propícia a micro traumas nas fibras musculares.
Se é inevitável? Não. Mas há formas de suavizar o impacto desta resposta natural do corpo humano a começar pela hidratação já que, quanto mais hidratados estiverem os músculos, mais facilmente o oxigénio chega a todo o corpo. Exercícios como ciclismo (de pouca intensidade) ou yoga ajudam também à recuperação muscular, por obrigarem o corpo ao movimento mas sem esforço.
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quinta-feira, junho 14, 2018
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A FORÇA DA RAZÃO 1 - OS “15” E A DISCIPLINA PARTIDÁRIA
O reconhecido esforço milenar do homem em estabelecer regras que lhe permitam viver de forma organizada, independentemente do tipo, da forma e do carácter da sociedade em que estiver inserido, assim como do grau do desenvolvimento dessa mesma sociedade, tem uma explicação óbvia: A SOCIEDADE ORGANIZADA, FUNCIONA!
Por outras palavras, o sucesso dos povos na edificação social, acaba por ser directamente proporcional a sua capacidade e disponibilidade de estabelecer e cumprir de forma voluntária e intransigente Leis e Regras de interacção e convivência social, que visam antes de mais, a observância dos Direitos e Deveres individuais e colectivos, baseados no respeito, na tolerância face às ideias, opiniões e opções não necessariamente coincidentes e na assunção de responsabilidades cívica e moral face às opções tomadas e aos demais valores aplicáveis, atribuindo assim uma maior eficácia ao desempenho colectivo, com base na previsibilidade do comportamento individual.
Sendo um dos Países potencialmente mais ricos do Continente africano, com uma população relativamente pequena (estimada em menos de dois milhões de habitantes), a Guiné-Bissau debate-se com uma situação de extrema pobreza, mormente explicada pela sua desorganização estrutural e a caoticidade do funcionamento das suas Instituições em todos os níveis, dando origem à fenómenos tão constrangedores do progresso e desenvolvimento socioeconómico, como a corrupção generalizada, o suborno quase institucionalizado, o enriquecimento ilícito, a delapidação do erário público em benefício pessoal, familiar e corporativo, o amiguismo, o tribalismo, o regionalismo, devidamente protegidos pela maldita impunidade que ameaça as nossas conquistas históricas e condena ao fracasso todo o nosso esforço de afirmação nacional.
Nesta ordem de ideias, é de aplaudir todo e qualquer esforço tendente a inverter esta vergonhosa situação, que mina a dignidade do nosso povo, coloca em risco a estabilidade social, o princípio de solidariedade entre indivíduos que naturalmente partilham o mesmo espaço de convivência, a segurança do Estado e a própria soberania nacional, reconhecendo que, à semelhança dos outros Países, as perspectivas dum desenvolvimento sustentado na Guiné-Bissau, passam impreterível e prioritariamente pela impecabilidade da organização e do funcionamento das componentes estruturais da sua sociedade.
Em todo o Mundo existem Partidos Políticos, que no fundo, são organizações de Massas, integrados por indivíduos que se propõem organizar segundo determinados conceitos e que lutam pela conquista do Poder Politico, que lhes atribui a prerrogativa de gerir os destinos das respectivas Nações, durante um período de tempo rigorosamente estabelecido nas respectivas Constituições. São estes Partidos que mediante os seus programas, assumem as tarefas de propor o modelo de organização social que melhor se enquadra nas tradições histórico-culturais dos seus povos e incrementar o desenvolvimento, com base nas potencialidades nacionais existentes, nas ferramentas realmente disponíveis, tendo em conta as realidades de um Mundo em constante progresso. Sendo que a excelência da organização destes Partidos acaba por reflectir no grau de organização das sociedades que representam.
É nessa perspectiva que o estado de precariedade prevalecente na Guiné-Bissau é objectivamente considerado um reflexo da desorganização interna do PAIGC, o maior Partido Político do País, que desde a independência tem praticamente estabelecido o monopólio do Poder, sem conseguir no entanto acompanhar a dinâmica da evolução política e ideológica mundial, perdendo-se no imenso turbilhão de acontecimentos provocados pela desintegração da antiga União Soviética.
Fortemente fustigado por lutas intestinais, que prometem se tornar cada vez mais intensas, à medida que se aprofunda o fosso da miséria no País e o exercício político se consagra como tábua de salvação ou simplesmente como meio mais acessível e apetecível de participar na partilha ilícita do pouco que ainda resta da “riqueza nacional”. Ao longo dos 45 anos do seu turbulento reinado, caracterizado essencialmente por graves violações dos Direitos Humanos, torturas, assassinatos, corrupção, saque, abuso do poder e demais formas do aviltamento da consciência social e moral do homem, o PAIGC nunca se dignou propor ao seu povo um projecto consistente de luta pela sua emancipação, pela sua dignificação e inserção no contexto das Nações livres e progressistas do mundo.
Neste contexto, seria absurdo não reconhecer no PAIGC e nos seus sobressaltos o fulcro dos males que afectam a Guiné-Bissau. Por isso, quando a actual Direcção do Partido de Amílcar Cabral decidiu pôr ordem em casa, proclamando a luta pela estrita observância da disciplina partidária como uma das suas prioridades, foi entusiasticamente saudado tanto pelos seus militantes, como pelo povo em geral, na esperança de que não seria mais uma mera e pomposa declaração de boas intenções do Presidente do Partido, mas que na realidade era desta que o PAIGC deixaria de ser um pesadelo para o nosso Povo e um entrave à estabilidade e ao progresso socioeconómico do nosso País (desde a implantação do sistema multipartidário na Guiné-Bissau, que nenhum Governo conseguiu cumprir o seu mandato, em virtude das clivagens que fustigam o PAIGC e acabam por abranger toda a sociedade).
Entretanto, restava saber de que ferramentas dispunha o Presidente do Partido e qual a sua eficácia, para levar à cabo uma tarefa tão almejada, mas que pela sua complexidade e caducidade, exigia uma atitude prudente com base numa minuciosa analise das causas geradoras da indisciplina partidária e zelar para que em nenhum momento essa definição (disciplina partidária) fosse confundida com o direito inalienável dos militantes se organizarem em sensibilidades cujos ideais não se antagonizam com a linha mestra das orientações definidas pelo Partido e evitar que a fórmula encontrada para a combater engendre polémicas e problemas ainda maiores, deixando transparecer que estamos perante uma caça às bruxas.
RECORRER Á INDISCIPLINA PARA COMBATER A INDISCIPLINA
O Nº 1 do Artigo 16º dos Estatutos do PAIGC impõe a obrigatoriedade dos Governos deste Partido submeterem os seus programas de governação à apreciação e aprovação do seu Comité Central, antes de serem apresentados à análise, discussão e votação na Assembleia Nacional. E foi isso mesmo que aconteceu quando o Eng.º Domingos Simões Pereira foi eleito Chefe do Governo e o seu programa fora unanimemente aprovado tanto pelo Comité Central do seu Partido, quanto pelos Deputados que o representavam na Assembleia Nacional.
Entretanto, por força do destino, um ano depois o Governo então liderado pelo Eng.º Domingos Simões Pereira foi demitido pelo Presidente da República e em seu lugar foi nomeado um novo Chefe de Governo (o Dr. Baciro Djá) e empossado um novo elenco governativo, que por sua vez não durou mais de quarenta e oito horas, por ter sido declarado inconstitucional por um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, que exigia a devolução do Poder ao PAIGC, enquanto Partido vencedor das últimas eleições e detentora duma maioria absoluta na Assembleia Nacional.
Por conseguinte, o PAIGC decidiu avançar com a figura do Eng.º Carlos Correia para chefiar o novo Governo. Falando de um novo Governo, estávamos a falar impreterivelmente de um novo ciclo de governação que pressupunha o cumprimento integral dos procedimentos plasmados no supra-mencionado Nº1 do Artigo 16º. Ou seja, para ser vinculativo aos Deputados do PAIGC, antes de ser submetido à Assembleia Nacional, o Programa do novo Governo, agora chefiado pelo Eng.º Carlos Correia, devia ser submetido à uma ampla discussão e aprovação no Comité Central do Partido. Entretanto, foi precisamente neste ponto que a contradição atingiu o seu auge, fazendo detonar a bomba: o Eng.º Domingos Simões Pereira, na qualidade de Presidente do Partido, recusou-se categoricamente a cumprir este procedimento estatutário, alegando que, há um ano atrás, o referido programa já tinha sido aprovado pelos Membros do Comité Central, pelo que não havia necessidade de voltar a fazê-lo, apesar da reconhecida mudança de conjuntura. Neste caso questiona-se o seguinte:
Se há um ano atrás à semelhança do Comité Central, esse mesmo Programa também já tinha sido aprovado na Assembleia Nacional, para quê submetê-lo de novo à apreciação e votação dos Deputados? Não era melhor considera-lo automaticamente aprovado e o Governo automaticamente legalizado?
Não! Porque Domingos Simões Pereira precisava de um pretexto, mesmo que não fosse plausível, para se livrar dos possíveis concorrentes no Partido.
Perante a irredutibilidade do Presidente do PAIGC face à essa decisão, quinze (15) dos seus cinquenta e sete (57) Deputados deixaram claro que se o Programa do Governo fosse apresentado à Assembleia Nacional sem passar pelo Comité Central, estaríamos perante uma flagrante violação dos Estatutos do Partido e que neste caso não esse Programa não os vinculava e eles iriam abster-se no momento da sua votação. E foi literalmente isso que aconteceu: O Programa foi submetido à Assembleia Nacional sem passar pelo Comité Central, os quinze (15) votaram abstenção e o Programa foi chumbado e os 15 Deputados foram expulsos do Partido, que por conseguinte perdeu a sua maioria parlamentar à favor da oposição que agora Governa o País com toda a legitimidade.
Perante este facto, coloca-se a seguinte questão: QUEM FOI O CULPADO DA DRAMÁTICA SITUAÇÃO NO PARTIDO E DA CRISPAÇÃO INSTITUCIONAL QUE HOJE SE VIVE NO PAÍS?
O Eng.º Domingos Simões Pereira tinha começado da pior maneira a sua declarada guerra à indisciplina partidária, revelando-se um exímio violador dos Estatutos e consequentemente o militante mais indisciplinado do PAIGC. Um exemplo disso, foi a forma anti-estatutária, ditatorial e tendenciosa como organizou as Conferências das Secções, das Zonas, dos Sectores e das Regiões, que culminaram com a realização de um Congresso em que ele se apresentou como único candidato à liderança do PAIGC.
Convém sublinhar que a expulsão dos quinze Deputados afectos à Bancada Parlamentar do PAIGC, não tem absolutamente nada a ver com a violação da disciplina partidária. Foi apenas uma flagrante oportunidade devidamente aproveitada pelo Presidente do Partido e seus seguidores, obedecendo à uma sofisticada estratégia que visa salvaguardar os seus interesses através da sumária expulsão de todos os Dirigentes que do seu ponto de vista, constituem uma ameaça muito séria à sua liderança hegemónica.
Um bem-haja à Guiné-Bissau e ao nosso povo!
EDP – Mantenhas de Portugal para o quatro cantos do Mundo!
Fonte: dokainternacionaldenunciante
Por outras palavras, o sucesso dos povos na edificação social, acaba por ser directamente proporcional a sua capacidade e disponibilidade de estabelecer e cumprir de forma voluntária e intransigente Leis e Regras de interacção e convivência social, que visam antes de mais, a observância dos Direitos e Deveres individuais e colectivos, baseados no respeito, na tolerância face às ideias, opiniões e opções não necessariamente coincidentes e na assunção de responsabilidades cívica e moral face às opções tomadas e aos demais valores aplicáveis, atribuindo assim uma maior eficácia ao desempenho colectivo, com base na previsibilidade do comportamento individual.
Sendo um dos Países potencialmente mais ricos do Continente africano, com uma população relativamente pequena (estimada em menos de dois milhões de habitantes), a Guiné-Bissau debate-se com uma situação de extrema pobreza, mormente explicada pela sua desorganização estrutural e a caoticidade do funcionamento das suas Instituições em todos os níveis, dando origem à fenómenos tão constrangedores do progresso e desenvolvimento socioeconómico, como a corrupção generalizada, o suborno quase institucionalizado, o enriquecimento ilícito, a delapidação do erário público em benefício pessoal, familiar e corporativo, o amiguismo, o tribalismo, o regionalismo, devidamente protegidos pela maldita impunidade que ameaça as nossas conquistas históricas e condena ao fracasso todo o nosso esforço de afirmação nacional.
Nesta ordem de ideias, é de aplaudir todo e qualquer esforço tendente a inverter esta vergonhosa situação, que mina a dignidade do nosso povo, coloca em risco a estabilidade social, o princípio de solidariedade entre indivíduos que naturalmente partilham o mesmo espaço de convivência, a segurança do Estado e a própria soberania nacional, reconhecendo que, à semelhança dos outros Países, as perspectivas dum desenvolvimento sustentado na Guiné-Bissau, passam impreterível e prioritariamente pela impecabilidade da organização e do funcionamento das componentes estruturais da sua sociedade.
Em todo o Mundo existem Partidos Políticos, que no fundo, são organizações de Massas, integrados por indivíduos que se propõem organizar segundo determinados conceitos e que lutam pela conquista do Poder Politico, que lhes atribui a prerrogativa de gerir os destinos das respectivas Nações, durante um período de tempo rigorosamente estabelecido nas respectivas Constituições. São estes Partidos que mediante os seus programas, assumem as tarefas de propor o modelo de organização social que melhor se enquadra nas tradições histórico-culturais dos seus povos e incrementar o desenvolvimento, com base nas potencialidades nacionais existentes, nas ferramentas realmente disponíveis, tendo em conta as realidades de um Mundo em constante progresso. Sendo que a excelência da organização destes Partidos acaba por reflectir no grau de organização das sociedades que representam.
É nessa perspectiva que o estado de precariedade prevalecente na Guiné-Bissau é objectivamente considerado um reflexo da desorganização interna do PAIGC, o maior Partido Político do País, que desde a independência tem praticamente estabelecido o monopólio do Poder, sem conseguir no entanto acompanhar a dinâmica da evolução política e ideológica mundial, perdendo-se no imenso turbilhão de acontecimentos provocados pela desintegração da antiga União Soviética.
Fortemente fustigado por lutas intestinais, que prometem se tornar cada vez mais intensas, à medida que se aprofunda o fosso da miséria no País e o exercício político se consagra como tábua de salvação ou simplesmente como meio mais acessível e apetecível de participar na partilha ilícita do pouco que ainda resta da “riqueza nacional”. Ao longo dos 45 anos do seu turbulento reinado, caracterizado essencialmente por graves violações dos Direitos Humanos, torturas, assassinatos, corrupção, saque, abuso do poder e demais formas do aviltamento da consciência social e moral do homem, o PAIGC nunca se dignou propor ao seu povo um projecto consistente de luta pela sua emancipação, pela sua dignificação e inserção no contexto das Nações livres e progressistas do mundo.
Neste contexto, seria absurdo não reconhecer no PAIGC e nos seus sobressaltos o fulcro dos males que afectam a Guiné-Bissau. Por isso, quando a actual Direcção do Partido de Amílcar Cabral decidiu pôr ordem em casa, proclamando a luta pela estrita observância da disciplina partidária como uma das suas prioridades, foi entusiasticamente saudado tanto pelos seus militantes, como pelo povo em geral, na esperança de que não seria mais uma mera e pomposa declaração de boas intenções do Presidente do Partido, mas que na realidade era desta que o PAIGC deixaria de ser um pesadelo para o nosso Povo e um entrave à estabilidade e ao progresso socioeconómico do nosso País (desde a implantação do sistema multipartidário na Guiné-Bissau, que nenhum Governo conseguiu cumprir o seu mandato, em virtude das clivagens que fustigam o PAIGC e acabam por abranger toda a sociedade).
Entretanto, restava saber de que ferramentas dispunha o Presidente do Partido e qual a sua eficácia, para levar à cabo uma tarefa tão almejada, mas que pela sua complexidade e caducidade, exigia uma atitude prudente com base numa minuciosa analise das causas geradoras da indisciplina partidária e zelar para que em nenhum momento essa definição (disciplina partidária) fosse confundida com o direito inalienável dos militantes se organizarem em sensibilidades cujos ideais não se antagonizam com a linha mestra das orientações definidas pelo Partido e evitar que a fórmula encontrada para a combater engendre polémicas e problemas ainda maiores, deixando transparecer que estamos perante uma caça às bruxas.
RECORRER Á INDISCIPLINA PARA COMBATER A INDISCIPLINA
O Nº 1 do Artigo 16º dos Estatutos do PAIGC impõe a obrigatoriedade dos Governos deste Partido submeterem os seus programas de governação à apreciação e aprovação do seu Comité Central, antes de serem apresentados à análise, discussão e votação na Assembleia Nacional. E foi isso mesmo que aconteceu quando o Eng.º Domingos Simões Pereira foi eleito Chefe do Governo e o seu programa fora unanimemente aprovado tanto pelo Comité Central do seu Partido, quanto pelos Deputados que o representavam na Assembleia Nacional.
Entretanto, por força do destino, um ano depois o Governo então liderado pelo Eng.º Domingos Simões Pereira foi demitido pelo Presidente da República e em seu lugar foi nomeado um novo Chefe de Governo (o Dr. Baciro Djá) e empossado um novo elenco governativo, que por sua vez não durou mais de quarenta e oito horas, por ter sido declarado inconstitucional por um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, que exigia a devolução do Poder ao PAIGC, enquanto Partido vencedor das últimas eleições e detentora duma maioria absoluta na Assembleia Nacional.
Por conseguinte, o PAIGC decidiu avançar com a figura do Eng.º Carlos Correia para chefiar o novo Governo. Falando de um novo Governo, estávamos a falar impreterivelmente de um novo ciclo de governação que pressupunha o cumprimento integral dos procedimentos plasmados no supra-mencionado Nº1 do Artigo 16º. Ou seja, para ser vinculativo aos Deputados do PAIGC, antes de ser submetido à Assembleia Nacional, o Programa do novo Governo, agora chefiado pelo Eng.º Carlos Correia, devia ser submetido à uma ampla discussão e aprovação no Comité Central do Partido. Entretanto, foi precisamente neste ponto que a contradição atingiu o seu auge, fazendo detonar a bomba: o Eng.º Domingos Simões Pereira, na qualidade de Presidente do Partido, recusou-se categoricamente a cumprir este procedimento estatutário, alegando que, há um ano atrás, o referido programa já tinha sido aprovado pelos Membros do Comité Central, pelo que não havia necessidade de voltar a fazê-lo, apesar da reconhecida mudança de conjuntura. Neste caso questiona-se o seguinte:
Se há um ano atrás à semelhança do Comité Central, esse mesmo Programa também já tinha sido aprovado na Assembleia Nacional, para quê submetê-lo de novo à apreciação e votação dos Deputados? Não era melhor considera-lo automaticamente aprovado e o Governo automaticamente legalizado?
Não! Porque Domingos Simões Pereira precisava de um pretexto, mesmo que não fosse plausível, para se livrar dos possíveis concorrentes no Partido.
Perante a irredutibilidade do Presidente do PAIGC face à essa decisão, quinze (15) dos seus cinquenta e sete (57) Deputados deixaram claro que se o Programa do Governo fosse apresentado à Assembleia Nacional sem passar pelo Comité Central, estaríamos perante uma flagrante violação dos Estatutos do Partido e que neste caso não esse Programa não os vinculava e eles iriam abster-se no momento da sua votação. E foi literalmente isso que aconteceu: O Programa foi submetido à Assembleia Nacional sem passar pelo Comité Central, os quinze (15) votaram abstenção e o Programa foi chumbado e os 15 Deputados foram expulsos do Partido, que por conseguinte perdeu a sua maioria parlamentar à favor da oposição que agora Governa o País com toda a legitimidade.
Perante este facto, coloca-se a seguinte questão: QUEM FOI O CULPADO DA DRAMÁTICA SITUAÇÃO NO PARTIDO E DA CRISPAÇÃO INSTITUCIONAL QUE HOJE SE VIVE NO PAÍS?
O Eng.º Domingos Simões Pereira tinha começado da pior maneira a sua declarada guerra à indisciplina partidária, revelando-se um exímio violador dos Estatutos e consequentemente o militante mais indisciplinado do PAIGC. Um exemplo disso, foi a forma anti-estatutária, ditatorial e tendenciosa como organizou as Conferências das Secções, das Zonas, dos Sectores e das Regiões, que culminaram com a realização de um Congresso em que ele se apresentou como único candidato à liderança do PAIGC.
Convém sublinhar que a expulsão dos quinze Deputados afectos à Bancada Parlamentar do PAIGC, não tem absolutamente nada a ver com a violação da disciplina partidária. Foi apenas uma flagrante oportunidade devidamente aproveitada pelo Presidente do Partido e seus seguidores, obedecendo à uma sofisticada estratégia que visa salvaguardar os seus interesses através da sumária expulsão de todos os Dirigentes que do seu ponto de vista, constituem uma ameaça muito séria à sua liderança hegemónica.
Um bem-haja à Guiné-Bissau e ao nosso povo!
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quinta-feira, junho 14, 2018
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O teste de gravidez mostra agora a cara do responsável!! 😃😃😃
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