quarta-feira, 1 de agosto de 2018

MADEM-G15 SOBRE LEVANTAMENTO DAS SANÇÕES




Braima Darame


MULHERES - Milhares manifestam-se contra violência de género na África do Sul

Milhares de mulheres protestaram hoje contra a violência de género em marchas e protestos em várias cidades da África do Sul, país onde uma em cada cinco mulheres tem sido afetada por este crime, segundo dados oficiais.


Sob o tema 'Total Shutdown' ('Paragem total'), as mulheres sul-africanas foram hoje chamadas a interromperem as suas atividades e a juntarem-se para aumentar a conscientização sobre os altos índices de violência contra a mulher, contra a criança e contra a comunidade LGBTI [lésbicas, gays, transexuais, bissexuais e intersexuais].

Nas grandes cidades, como a Cidade do Cabo, Durban ou Pretória, as marchas foram muito concorridas.

Os participantes, vestidos de preto e vermelho, empunhavam cartazes com frases como "Meu corpo, não a sua cena do crime", "Não, não" ou "Os direitos das mulheres são direitos humanos".

Por trás do movimento estão várias associações civis locais, que também pediram protestos contra as mulheres nos países vizinhos.

A iniciativa foi apoiada por sindicatos e organizações não-governamentais internacionais, como a Oxfam e a Amnistia Internacional.

De acordo com os meios de comunicação sul-africanos, uma mulher morre a cada oito horas na África do Sul por causa da violência de género e, de acordo com estatísticas do Governo, uma em cada cinco diz já ter sofrido este tipo de violência durante a sua vida - de acordo com um estudo publicado em 2017 e com dados de 2016).

Além disso, e segundo dados da polícia, na África do Sul são registadas anualmente cerca de 40.000 violações, a grande maioria denunciadas por mulheres.

Estes números levam a agência governamental Statistics South Africa a estimar que 1,4 em cada mil mulheres foram violadas, colocando o país com uma das maiores taxas deste tipo de crime no mundo.

Por Lusa

TRÁFICO SEXUAL - Índia: Crianças injetadas com hormonas para serem exploradas sexualmente

Onze crianças foram resgatadas de um bordel. Oito pessoas foram detidas e admitiram que as crianças, algumas com menos de sete anos, foram injetadas com hormonas para parecerem mais velhas.

A polícia indiana está a investigar a alegada injeção de hormonas em crianças utilizadas no tráfico sexual de menores.

Esta informação surge depois de oito pessoas terem sido detidas no estado de Telangana, e de 11 crianças, quatro delas menos de sete anos, terem sido resgatadas de um bordel, noticia o Times of India.

De acordo com as autoridades indianas, os traficantes confessaram que injetaram hormonas nas crianças, com o objetivo de estas aparentarem ser mais velhas do que o que realmente são.

As autoridades procuram agora os médicos que forneceram as hormonas aos traficantes. De acordo com o mesmo jornal indiano, os médicos receberiam cerca de 25 mil rupias indianas (cerca de 313 euros) por cada injeção.

Segundo várias organizações de defesa dos direitos humanos, cerca de 20 milhões de mulheres e crianças são prostituídas na Índia, sendo que 16 milhões destas são vítimas de tráfico sexual.

Por NAOM

REDE DE GESTÃO ELEITORAL DE ÁFRICA OCIDENTAL (RESAO) AVALIA CONDIÇÕES TÉCNICAS DE CNE


O secretariado Executivo da Comissão Nacional de Eleições -CNE reuniu-se hoje, 01 de agosto de 2018, com a missão técnica da rede de Estruturas de Gestão Eleitoral na África Ocidental (RESAO), chefiada pelo presidente da Comissão Nacional Eleitoral da Nigéria, Mahmood Yakubu, o também presidente da rede, para a avaliação dos aspectos jurídicos e operacionais do processo eleitoral e identificar as necessidades das partes interessadas nacional e, em particular, da CNE com vista a um eventual apoio às eleições de 18 de Novembro deste ano.

Nesta sessão de trabalho, o presidente da CNE da Guiné-Bissau, José Pedro Sambú (2º vice-presidente desta Rede) e Secretária Executiva adjunta – Felisberta Moura Vaz, foram recenseados e receberam, ambos, seus cartões, com base na amostra de KITS do recenseamento eleitoral e simulação efetuada pela missão.

Integram ainda à delegação: Emmanuel Tiando, 1º Vice–presidente da rede e presidente da CNE do Binin; Newtor Ahimed Barry, tesoureiro e presidente da CNE de Burkina Faso; Maria de Rosário Gonçalves, Presidente da CNE de Cabo Verde e Francis Gabriel Oke, do secretariado permanente da organização ( RESAO).


 






Cne Guiné Bissau

Amadou Oumar Ba é o novo Representante Residente do Banco Mundial para a Guiné-Bissau


Amadou Oumar Ba, de nacionalidade mauritana, foi nomeado Representante Residente do Banco Mundial para a Guiné-Bissau.

Especialista Sénior em Agropecuária, Amadou Oumar Ba entrou no Banco em 2001 em Nouakchott. Tendo ocupado antes vários cargos na GTZ, a agência alemã de cooperação, a instituição de desenvolvimento rural do Governo da Mauritânia, onde coordenou diferentes departamentos e programas, e também como Diretor da OXFAM GB na Mauritânia.

Trabalhou no escritório do Banco Mundial da Mauritânia, e posteriormente em diferentes países da África Ocidental antes de se mudar para Washington em 2006. Desde 2009, Amadou Oumar Ba estava em Kinshasa e Brazzaville, com a pasta da Agricultura do Banco Mundial da República Democrática do Congo e na República Centro-Africana.

Amadou Oumar Ba tem um mestrado em agricultura pela Universidade de Kassel na Alemanha.

A sua nomeação entra em vigor a partir deste quarta-feira 1 de agosto de 2018.

Fonte: e-global.pt

Lançado em Bissau dispositivo de apoio ao financiamento às pequenas e médias empresas

O Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) lançou hoje em Bissau um dispositivo de apoio ao financiamento de pequenas e médias empresas que se deparam com dificuldades no acesso ao crédito, segundo as conclusões do próprio banco.


De acordo com o BCEAO, banco que cobre os oito países da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), entre os quais a Guiné-Bissau, apesar de as pequenas e médias empresas (PME) representarem "80 a 90% do total de empresas recenseadas" na união, a sua contribuição para o desenvolvimento da economia e criação da riqueza "é ainda limitada".

As dificuldades no acesso ao crédito, constituem-se como fator determinante para aquela realidade, reconhece Tiemoko Koné, presidente do BCEAO, na sua mensagem, lida hoje por um colaborador do banco, em Bissau, durante a cerimónia de apresentação pública do "dispositivo PME".

Vicente Fernandes, ministro do Comércio, Turismo e Artesanato guineense, que representou o Governo no ato, saudou a iniciativa do banco central dos Estados da África Ocidental e afirmou que o dispositivo vai ao encontro de um conjunto de reformas em curso no setor financeiro do país.

Já Rómulo Pires, presidente da associação de profissionais de bancos comerciais e instituições financeiras da Guiné-Bissau, lamentou a situação de informalidade da maior parte das empresas e disse ser este o motivo para o entrave na concessão do crédito.

O líder da associação dos cinco bancos comerciais existentes na Guiné-Bissau, espera que o "dispositivo PME" vai ajudar a capacitar as empresas, ajudá-los a ter planos de negócios, a terem uma contabilidade organizada e ainda a apresentarem, periodicamente, as suas contas.

A partir daqueles elementos, os bancos saberão avaliar melhor os riscos antes de conceder ou não o crédito, assinalou Rómulo Pires.

Mas para que o dispositivo ora lançado possa ter eficácia, Pires adiantou ser necessário a colaboração do Estado, nomeadamente dando celeridade à justiça no momento de execução de ordens do tribunal perante o incumprimento de dividas, promovendo a reforma fiscal, para evitar a sobrecarga às empresas formalizadas e ainda, reforçando a bancarização das operações financeiras no país.

dn.pt/lusa

Nigéria disponível para emprestar equipamentos eleitorais à Guiné-Bissau

O presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau, José Pedro Sambú, disse hoje que a Nigéria está disponível para emprestar equipamentos do recenseamento eleitoral, caso o Governo de Bissau o solicite.

Pedro Sambú recebeu hoje o seu homologo nigeriano, Mahmood Yakubu, que se encontra de visita a Bissau, na qualidade de presidente da rede das estruturas de gestão eleitoral nos países da Africa Ocidental (Resao).

Yakubu, que se fez acompanhar de técnicos eleitorais nigerianos, está em Bissau para avaliar aspetos operacionais do processo eleitoral guineense, em particular a nível da CNE local, e identificar os apoios que os parceiros sub-regionais poderão emprestar à Guiné-Bissau.

De acordo com o presidente da CNE guineense, caso o Governo avance com um pedido, a resposta da estrutura eleitoral da Nigéria será "satisfatória e pronta".

A delegação liderada por Mahmood Yakubu apresentou às estruturas eleitorais guineenses um modelo de 'kits' do recenseamento (equipamentos de recolha de dados biométricos de potenciais eleitores) que a Nigéria poderia colocar à disposição de Bissau "num tempo recorde", observou José Pedro Sambú.

"Enquanto órgão gestor das eleições, pedimos aos nossos parceiros para virem apoiar o processo. Cabe ao Governo, depois desta apresentação, decidir se vai ou não pedir apoio à Nigéria", enfatizou o presidente da CNE guineense.

O modelo de 'kits' apresentado pelos nigerianos "corresponde ao adotado pelo Governo e ainda à lei eleitoral", defendeu Pedro Sambú, confiante de que a solução será rapidamente encontrada quanto à questão de equipamentos para o registo de potenciais eleitores.

O primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, disse, na semana passada, que as eleições legislativas, marcadas para 18 de novembro, vão ter lugar na data anunciada pelo chefe do Estado, mas lamentou "a persistência de dificuldades" em relação ao orçamento para cobrir as despesas do ato e ainda a falta de equipamento de registo de potenciais eleitores.

Aristides Gomes anunciou que o Governo estava a estudar "vários cenários" para ultrapassar as dificuldades técnicas para o recenseamento, nomeadamente o empréstimo de 'kits' de países como Portugal, Timor-Leste ou Nigéria, bem como o aluguer a uma empresa internacional especializada na matéria.

De regresso na terça-feira de uma cimeira de líderes da África Ocidental, o presidente guineense, José Mário Vaz, anunciou ter recebido garantias dos seus pares da sub-região em como o dinheiro que faltava arranjar para cobrir o orçamento das eleições de 18 de novembro, cerca de três milhões de euros, vai ser disponibilizado.

O Governo marcou o recenseamento de potenciais eleitores para o período entre 23 de agosto e 23 de setembro.

À margem da visita da delegação da Resao, o presidente da CNE guineense aproveitou para apresentar publicamente o modelo do cartão do eleitor a ser proposto ao Governo.

Por DN

Últimas horas! - Ja é oficial Supremo tribunal de justiça da Guiné-Bissau acaba de legalizar MADEM G-15


O Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau aprovou o processo de legalização do Movimento de Alternância Democrática ( MADEM-G15), informa uma fonte partidária.

MADEM-G15, um espaço político constituído por dissidentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) é liderado por Braima Camará.

Braima Camará vai ter a coadjuvá-lo seis vice-presidentes, entre os quais, Umaro Sissoco Embaló, antigo primeiro-ministro guineense, que será a quarta figura do movimento, cujos documentos de legalização foram aprovados formalmente no Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

Além da coordenação nacional, o MADEM ainda conta com um conselho nacional (órgão deliberativo máximo entre congressos) composto por 415 membros efetivos e 61 suplentes, uma comissão política nacional integrada por 115 membros efetivos e 17 suplentes e um conselho de direito composto por nove membros.

Entre outras estruturas, o novo movimento vai contar com organizações da juventude, das mulheres e da diáspora.

Segundo os estatutos, o MADEM "assume a forma legal de partido político", quem tem como divisa "Unidade, Justiça e Progresso".


Também de acordo com os estatutos do movimento, o coordenador é o cabeça de lista às eleições legislativas e em caso de vitória eleitoral será ele o primeiro-ministro ou caso o movimento for convidado a indigitar aquela figura.


 

Fonte: Joelson Da Silva Silva, / dokainternacionaldenuncianteBraima Darame

Domingos Simões Pereira - ACEITAR E COMPREENDER CEDEAO!

Fonte: Domingos Simões Pereira

O anúncio do levantamento das sanções impostas aos desordeiros, está a merecer comparável reação à sua imposição, por parte dos mesmos protagonistas. À euforia dessa “grande vitória” se sucedem proclamações individuais sobre quem conseguiu a proeza. Ou seja, gente que apontava o dedo a outrem por serem responsáveis pela imposição das sanções, agora se proclamam heróis por as conseguir levantar. Que pequenez e que pobreza de espírito!

Nós, compreendemos e saudamos esta decisão da CEDEAO.

Depois da última missão da CEDEAO dedicada à avaliação dos preparativos para as eleições, assumindo a importância desse ato para o regresso à normalidade governativa, a CEDEAO precisava afastar as nuvens que se queria formar, em como estivesse a beneficiar um dos lados da contenda. Por isso, avaliou os propósitos das sanções e, tendo constatado que no essencial se teria cumprido os compromissos (não se afasta a possibilidade de algum presidente ter tido mais estímulos que outros, até porque há negociações em curso) avança-se para o levantamento formal das sanções, assim permitindo que todos participem do jogo, em condições de igualdade de circunstâncias e oportunidades.

Agora, nos parece evidente que as atenções se centram em dois aspetos, esses sim importantes: que a data de 18 de novembro seja respeitado e; que não haja nenhuma perturbação e tentativa de interferência, estranha ao processo e às regras (sob pena de sanções mais gravosas e com o marco de reincidência).

Todos (os guineenses) estamos atentos, e a CEDEAO também. Aliás e as NU, tal como a UA, a CPLP e a EU.

Que se lance o jogo porque os árbitros estão a postos!

Boa sorte Guiné,

Viva o PAIGC!

DECISÃO DA CEDEAO - FINAL

Communiqué final à l'issue du 53ème sommet de la CEDEAO


La 53ième session de la Conférence de Chefs d’Etat et de Gouvernement de la CEDEAO est arrivée à son terme et sanctionnée par un communiqué final lu par le ministre togolais des Affaires Étrangères. En plus des importantes décisions prises pour la résolution de la situation politique au Togo, les Chefs d’Etat ont félicité leur pair, SEM Faure GNASSINGBE pour son leadership et son ouverture pendant son mandat.

Fonte: Présidence Togolaise

Sumo natural com larvas na Padaria Portuguesa. E já não é 'novidade'

A denúncia foi feita recentemente nas redes sociais. Uma cliente da Padaria Portuguesa reparou, depois de “beber meio sumo”, que estava “repleto de larvas”. Uma queixa que não é nova. Já em 2016, outra cliente fez o mesmo reparo.


Foi através de uma publicação na rede social Facebook que uma cliente relatou o que se passou no passado dia 27 de julho na Padaria Portuguesa da Rua João XXI, em Lisboa. Fê-lo depois de “passar bastante tempo a tentar ligar” para os serviços e respectiva loja, mas sem sucesso.

A verdade é que, foi buscar o pequeno-almoço à loja acima referida e conta: “Depois de beber meio sumo, reparo que o meu sumo vinha repleto de larvas!!!!”

Tentou de seguida alerta a loja para que “não servirem mais sumos” e procedessem “à limpeza da máquina e verificação das laranjas”, mas não conseguiu chegar à fala com ninguém.

Um episódio de descreve como “inadmissível e vergonhoso”.

Notícias ao MinutoImagem do sumo publicada nas redes sociais© Facebook

Reagindo a esta publicação, a Padaria Portuguesa respondeu à cliente pedindo "imensa desculpa pela situação", agradecendo "o alerta" e assegurando que seriam tomadas "as medidas necessárias para garantir que o sucedido não se volta a repetir".

Mas parece que o sumo de laranja com larvas não é uma ‘novidade’ recente na Padaria Portuguesa. No Portal da Queixa encontramos uma outra cliente a denunciar em agosto de 2016 que comprou também o menu de pequeno-almoço, que inclui o dito sumo natural, e que o que lhe serviram “estava cheio de larvas vivas”.

Conta ainda esta cliente que “o gerente [da loja] nem se dignou a fazer a devolução em dinheiro”. Uma queixa que, sublinhe-se, continua a aguardar resposta.

O Notícias ao Minuto está a tentar contactar a Padaria Portuguesa para procurar uma justificação para o sucedido, mas até ao momento sem sucesso.

NAOM

Guiné-Bissau acolhe próxima reunião do Comité de Ministros da ASECNA

Próxima reunião do Comité de Ministros da Agência para a Segurança à Navegação Aérea em África e Madagáscar (ASECNA), vai ser realizada em Bissau em Março de 2019.


De acordo com uma nota à imprensa do Ministério dos Transportes e Comunicações, a decisão saiu da 62ª Reunião do Comité de Ministros da área realizada no passado dia 27 , em Lomé (Togo).

A nota informa ainda que, para além dessa reunião da ASECNA , no encontro de Bissau serão tomadas, entre outras, as  decisões  de encorajar os Estados membros a aderirem o Projecto de Mercado Único dos Transportes Aéreos Africanos (MUTAA), a manutenção das taxas aeronáuticas em todos os países membros, bem como a aprovação do Quadro institucional da Comissão de Verificação de Segurança.

Ainda nessa reunião de Togo foi decidida  a integração dos aeroportos de São-Pedro, da Costa de Marfim e Mongo Moien, da Guiné Equatorial na lista dos Aeroportos Comunitários, a partir de Janeiro de 2019, e a provação do Processo Verbal da 61ª Reunião de Comité de Ministros tida em Antananarivo/Madagáscar ,em Julho de 2017.

A guiné-Bissau foi representada na reunião de Lomé, pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Mamadu Jaquité, acompanhado do Presidente do Conselho de Administração da Agência da Aviação Civil da Guiné-Bissau .

O Togo preside actualmente  o Comité de Ministros da  Agência responsável para a Segurança à Navegação Aérea em África e Madagáscar, presidência que passará para Guiné-Bissau no próximo,  após a realização da  63ª reunião que terá lugar em Bissau.

interlusofona.info

Génesis e Etimologia da Etnia Balanta


“Os balantas constituíram até recentemente o grupo étnico maioritário na Guiné-Bissau (24 % da população) […]. Existem várias versões e lendas sobre a origem dos Balantas. Pélissier defende firmemente que os Balantas são da origem sudanesa. Ele acredita que a ramificação brassa da Guiné-Bissau aprendeu as técnicas da rizicultura inundada ao chegarem às margens dos estuários da costa e, provavelmente, aprendendo com as populações anteriores estabelecidas nas margens dos “Rios do Sul”. (…). 

Esta tese não está em conformidade com as tradições orais de diversos grupos étnicos da região sobre a origem dos Balantas. Trata-se de uma origem que ainda é confusa. Existem várias versões históricas. De acordo com a sua própria tradição oral, assim como a dos Mandigas, os Balantas seriam Soninkés provenientes do Manden no século XIII com o lendário Sundiata Keita, aquando do seu retiro em Cabu. É então que uma parte dos guerreiros, cansados das guerras sangrentas conduzidas pelo seu chefe, optam por estabelecer em Cabu. Este grupo pertence à ramificação dos Mané, foi denominado Balanto. No final do século XV, o chefe fula vindo de Macina, denominado Koli Tenguela, tê-los-ia empurrado para a costa. Na verdade, outra versão afirma que os Balantas faziam parte do exército deste mesmo Koli Tanguela. Cansados das expedições impostas pelo seu conquistador Fula, eles teriam recusado segui-lo e teriam vindo instalar-se perto da aldeia de Bigéne (Guiné-Bissau). Finalmente, outra lenda descreve os Balantas como antigos cativos dos Fulas de Fouta Djallon, que vieram para a Guiné-Bissau para se entregarem à agricultura e à colheita de produtos florestais. Achando o país agradável, eles ter-se-iam recusado a voltar ao Fouta. A própria origem da palavra Balanta é controversa. De acordo com os Mandigas ou Malinkés, etimologicamente, o termo Balanto significa “aquele que se recusa; um renegado”: balan = “recusa”. Daí Balantakunda “entre aqueles que recusaram”. Para uns, é a recusa de seguir os exércitos de Koli Tenguela ou de deixar o seu país de adopção. Para outros, é a recusa de se converter ao Islão. 

A etnia Balanta é composta por cinco subgrupos: (1) os Balanta-Mané são aqueles que sofreram a influência dos Mandigas ou que foram “mandinguizados”; (2) Mansoancas –  habitantes de Mansoa –  de acordo com João Ameal, os Mansoancas ou Cunantes resultariam de um cruzamento entre os Oincas [d`Oio+nKa] e os Balantas Fora; (3) os Balantas brabo (bravos) ou de dentro – Brabo ou Bravo significa bravo, selvagem. Os Portugueses chamaram-nos desta maneira porque eles eram hostis a qualquer contacto; (4) Os Balantas manso ou de fora – Balanta manso significa dócil, pacifico. Este nome resulta do facto que este grupo era mais permeável aos contactos com os Portugueses. No entanto, o sucessor do Governador Biker, Alfredo Cardoso Soveral Martins [Julho 1903-Abril 1904] escreve a respeito dos Balantas que estes estão divididos em duas categorias para a administração: os mansos e os bravos. «Os mansos são aqueles que nos desprezam, e os bravos são aqueles que nos odeiam; (5) os Balantas Naga”. 

(Tcherno Djaló, in O Mestiço e o Poder [Identidades, Dominações e Resistências na Guiné-Bissau], Veja, 2012, Lisboa, p. 45 e 46). 

Postado por  Térsio Vieira          
  
Marcadores: Citação, Guiné-Bissau, Guineenses, História, Identidade, Pensamentos, Povo 

as-verdades.blogspot.com

Ontem 31 de julho do ano em curso, numa das salas do Ministério da Energia, Industria e Recursos Naturais (MEIRN), foram empossados os novos membros da Petroguin, nomeados na última reunião do conselho de Ministros!

Tratam-se dos senhores Dr Augusto Menjur, nomeado para exercer o cargo de Diretor Geral da empresa, o Sr. Mário dos Reis Pires, nomeado em comissão de serviço para exercer o cargo de presidente de conselho de Administração da empresa e o Sr. Engenheiro Augusto Poquena, nomeado em comissão do serviço para exercer o cargo de representante do governo na companhia de logistica dos combustivéis, numa cerimónia simples, presidido pelo Secretário Geral do Ministério Dr Claudio Indafa!!

Fonte: Vasco Crufe

Cimeira de Lomé: JOMAV ANUNCIA O LEVANTAMENTO DE SANÇÕES AOS POLÍTICOS GUINEENSES PELA CEDEAO

O Presidente da República, José Mário Vaz, anunciou na noite desta terça-feira, 31 de julho 2018, o levantamento de sanções a figuras políticas guineenses, personalidades civis e altos titulares de órgãos públicos pela Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental (CEDEAO).

O levantamento das sanções aplicadas às personalidades políticas a 05 de fevereiro do ano em curso, que na altura estariam a dificultar a implementação do “Acordo de Conacri” assinado em outubro de 2016 com o objetivo de acabar com a crise política e parlamentar, foi decidido pelos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO durante a 53ª Cimeira realizado em Lomé, capital do Togo, que tinha como agenda a revisão dos relatórios, com foco em discussões sobre a moeda única que a organização pretende criar bem como a situação política da Guiné-Bissau e do Togo.

À sua chegada ao aeroporto internacional Osvaldo Vieira, José Mário Vaz explicou à imprensa que já não havia sancionados na Guiné-Bissau e que as sanções já teriam sido levantadas.

“Não foi fácil, foi um trabalho de todos os guineenses! Todo o resultado que conseguimos foi a partir do primeiro-ministro do consenso e do governo de inclusão que depois permitiu a reabertura da Assembleia Nacional Popular, fechada há três anos. Isso permitiu a nomeação, discussão e aprovação dos membros da Comissão Nacional de Eleições, como também a apresentação e a aprovação do Orçamento Geral de Estado”, referiu o Chefe de Estado guineense.

Assegurou que conseguiu-se colocar novamente a imagem do país num outro plano, advertindo que “é importante não nos deixarmos cair na tentação de criar imagens negativas ao ponto de voltarmos a onde saímos”.

Sobre as eleições legislativas, José Mário Vaz disse que o gap de cinco milhões de dólares norte-americano para o fecho de orçamento das eleições de 18 de novembro foi coberto pela União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA) e pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

“A UEMOA vai dar uma contribuição de um (1) milhão de dólares e a CEDEAO vai fechar o gap com 1.5 milhões de dólares. É verdade que esse dinheiro é para fechar, mas não consegue fechar na totalidade porque há muitos trabalhos a fazer durante o processo eleitoral”, informou o Presidente da República, que entretanto, aproveitou a ocasião para apelar aos guineenses para irem se recensear, de forma a poderem votar.

Confira a lista de políticos que a CEDEAO tinha sancionado:

1 – Braima Camará, Coordenador do Grupo de deputados dissidentes do PAIGC (Grupo 15); 2 – Rui Diã de Sousa, (Grupo 15)3 – Soares Sambú, (Grupo 15); 4 – Abel da Silva Gomes, (Grupo 15); 5 – Manuel Irénio Nascimento Lopes (Grupo 15); 6 – Eduardo Mamadu Baldé, (Grupo 15).

A nível do Partido da Renovação Social (PRS), seis (06) altos dirigentes foram sancionados, entre os quais: 7 – Florentino Mendes Pereira, Secretário-geral do partido; 8 – Orlando Mendes Viegas, 4º vice-Presidente do PRS; 9 – Certório Biote, Líder da Bancada Parlamentar do PRS; 10 – Domingos Quadé, alto dirigente do PRS; 11 – Carlitos Barai, alto dirigente do PRS; 12 – Domingos Malu, alto dirigente do PRS; 13 – António Sedja Man, antigo Procurador-Geral da República (dirigente do PRS); 14 – Bacari Biai, atual Procurador-Geral da República; 15 – Botche Candé, militante do PAIGC suspenso; 16 – Émerson Goudjabi Vaz (filho mais velho do Chefe de Estado da Guiné-Bissau); 17 – Victor Mandinga, Ministro e ex-dirigente PCD, expulsa do partido; 18 – Fernando Vaz, Presidente de UPG (Ministro do Turismo, do governo demitido) e 19 – Maria Aurora Arissa Sano, Grupo 15. 

Por: Assana Sambú

Foto: AS

odemocratagb

JORNALISTAS CAPACITADOS NA MATÉRIA DAS ELEIÇÕES


Profissionais da comunicação social da Guiné-Bissau foram capacitados, esta terça-feira (31), num seminário de formação, sobre o papel da comunicação social no processo eleitoral

A formação de algumas horas, que decorreu em Bissau e orado por um especialista em comunicação de Portugal, visa apetrechar os profissionais da comunicação social de mecanismos para poderem informar com rigor, isenção e coragem durante o processo eleitoral que se avizinha.

Rui Infaca, secretário-geral do ministério da comunicação social, em representação do ministro da tutela, diz o seminário vem na sequência da preocupação em relação a realização das eleições legislativas de 18 de Novembro próximo.

“Aos jornalistas da Guiné, queremos facultar capacidade de terem mais mecanismos e ferramentas para terem mais interacção com a população e poderem comunicar eficazmente transmitindo aquilo que é espacial para que a nossa população estar, de facto, a altura de poder corresponder respondendo assim ao objectivo comum que é a realização de uma eleição justa e transparente”, explica.

Indira Correia Baldé, presidente do Sindicato Nacional dos Jornalistas e Tecnicos da Comunicação Social (SINJOTECS), pede os jornalistas para serem implacáveis durante o processo de recenseamento que começa a 23 de Agosto próximo.

“A todos os jornalistas e órgãos de comunicação social da Guiné-Bissau peço a observância dos princípios éticos e deontológicos na abordagem dos assuntos eleitorais”, exorta.

Entretanto, a líder do SINJOTECS, Indira correia Balde, pede o ministério da comunicação social para assumir as rédeas das negociações dos sindicatos dos órgãos públicos que reivindica melhores condições.

“A equipa negocial do executivo manifesta-se incapaz em solucionar o problema”, sustenta.

Durante a formação dos profissionais da comunicação social guineense falou-se também na necessidade de, durante o processo eleitoral, observância do código deontológico e que a comunicação social é o quarto poder quando é isenta e quando tem condições necessárias para informar.

Aos jornalistas foram apelados o bom senso, rigor, coragem e humildade durante o exercício que passa por não dar informações falsas e não passar informações sem apurar a fonte e ouvir a parte acusada. 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos

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