segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024
CANCRO DO PULMÃO - SPP: Portugal está no "nível zero" na luta contra o cancro do pulmão... A Sociedade Portuguesa de Pneumologia apela a uma atitude diferente por parte do "novo Governo".
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POR LUSA 12/02/24
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) lamentou esta segunda-feira, 12 de fevereiro, que Portugal esteja no "nível zero" na implantação do rastreio ao cancro do pulmão, bem como na prevenção desta doença, e desejou que "o novo Governo" tenha atitude diferente.
"Neste momento estamos no nível zero. Perdemos uma oportunidade de fazer algo pela prevenção que foi a alteração à lei do tabaco. E agora temos outra notícia que vai tornar muito difícil a execução deste propósito. Vamos ver, depois das eleições, o Governo que for eleito, e ver que atitude toma, mas isto é uma muito má notícia", disse António Morais, em declarações à agência Lusa.
No sábado, o presidente da associação dos Centros de Responsabilidade Integrados (CRI) denunciou que o Governo deixou encerrar em 2023 a linha de financiamento europeia que permitia avançar com rastreios do cancro do pulmão. "Tivemos conhecimento disso numa reunião que a associação teve a pedido da associação de rastreio do cancro do pulmão (...). Não se pode desperdiçar estas linhas de financiamento europeu", disse à Lusa João Varandas Fernandes.
Para António Morais, da SPP, "a confirmar-se esta situação", ela constitui "obviamente um revés porque este é um rastreio previsto e assim serão muitas as dificuldades". "Estamos a falar de um rastreio que tem uma eficácia de redução de 20% da mortalidade. Isto é muito significativo. Este ano temos duas situações que diminuem muito a nossa ação em termos de saúde pública neste contexto. Tivemos uma lei de alteração do tabaco que não chegou a ser aprovada. Foi uma lei que ficou parada dada a dissolução do parlamento. E o rastreio que não avança", disse António Morais.
Sobre a lei do tabaco, o responsável lembrou que a lei "ia ao encontro da prevenção do maior fator de risco do cancro do pulmão". "E agora?", questionou, acrescentando que, "para se ter um programa nacional de rastreio, tem de haver uma avaliação, projetos-piloto, estudos e financiamento".
"Nada disto está feito. E, pelo menos do nosso conhecimento, não há nenhuma comissão para tratar deste objetivo. E perdeu-se o financiamento para arrancarmos com projetos-piloto tendo em vista um programa nacional e neste momento temos um problema de saúde pública, mas não temos nada previsto", concluiu.
A agência Lusa contactou o Ministério da Saúde que, em resposta escrita, referiu que neste tema "não estão em causa constrangimentos de ordem financeira". "Os novos rastreios recomendados pela União Europeia, com uma significativa contribuição de Portugal (rastreio do cancro da próstata com ressonância magnética; rastreio do cancro do estômago em certas comunidades; rastreio de cancro do pulmão em grandes fumadores) dependem da definição de normas técnicas adequadas e da criação de condições organizacionais adequadas", lê-se na resposta da tutela.
Em dezembro de 2022, o ministro Manuel Pizarro anunciou o alargamento do programa de rastreios oncológicos aos cancros do pulmão, da próstata e do estômago, apontando que arrancariam em 2023 com projetos-piloto. Contudo, tal acabou por não acontecer.
Em novembro do ano passado, o alargamento dos programas de rastreio oncológico aos cancros do pulmão, da próstata e do estômago acabou por ser incluído no Orçamento do Estado para 2024.
O cancro do pulmão foi o mais comum no mundo em 2022 e a principal causa de morte por cancro, seguido dos da mama e colorretal, alertou a Organização Mundial de Saúde, num encontro com a imprensa de antevisão ao Dia Mundial do Cancro que se assinalou a 4 de fevereiro.
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Exército ruandês está a utilizar mísseis terra-ar na RD Congo
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POR LUSA 12/02/24
Elementos do exército ruandês que apoiam a rebelião do M23 no leste da República Democrática do Congo (RDCongo) dispararam pelo menos um míssil terra-ar contra um drone de observação das Nações Unidas, segundo um documento interno da organização.
De acordo com o documento confidencial, consultado pela agência France Presse, um "presumível míssil terra-ar das Forças de Defesa do Ruanda (RDF)" visou um drone de observação da ONU na passada terça-feira, sem o atingir, e foi disparado de um veículo blindado numa zona controlada pelo M23.
"Os serviços de informação militares externos franceses confirmam que o veículo blindado WZ551, equipado com um sistema de mísseis terra-ar, é ruandês", acrescenta o documento.
Duas fotografias aéreas, anexadas ao relatório, mostram um veículo blindado de 6 rodas com um radar e um sistema de lançamento de mísseis instalado no tejadilho e foram tiradas a cerca de 70 quilómetros a norte de Goma, no norte do território Rutshuru, pelo drone que foi alvo do míssil.
A Monusco (Missão das Nações Unidas na RDCongo) afirma no documento que não tem conhecimento de "nenhum grupo armado com a formação ou os recursos necessários para operar e manter um sistema móvel de mísseis terra-ar" e aponta para uma "escalada das forças convencionais envolvidas no conflito no leste da RDCongo".
Nem as Nações Unidas nem as FARDC (Forças Armadas da RDCongo) comunicaram até agora este incidente.
O documento refere que "o M23 e o exército ruandês" utilizaram numerosos tipos de armas contra aviões em voo e que possuem igualmente armas antiaéreas e sistemas de defesa aérea portáteis do tipo MANPADS.
Os autores do documento consideram que os novos meios antiaéreos utilizados pelo M23 e pelo exército ruandês "constituem uma ameaça de alto risco para todos os aviões do governo da RDCongo e da Monusco na região".
No final de janeiro, num vídeo publicado num canal pró-M23 no YouTube, Willy Ngoma, porta-voz do movimento rebelde apoiado pelo regime de Paul Kagame, ameaçou a Monusco com represálias, acusando-a de "fornecer informações" aos seus "inimigos" -- as forças da RDCongo -, recolhidas por drones.
No mesmo vídeo, Willy Ngoma mostra o que descreve como os destroços de um drone CH-4 pertencente às FARDC, que afirma ter sido abatido por um caça do M23.
Em 17 de janeiro, os rebeldes anunciaram que dois dos seus comandantes tinham sido mortos num ataque que, segundo fontes de segurança, tinha sido realizado por um drone em Kitshanga, localidade situada a cerca de cinquenta quilómetros a norte de Goma, a capital provincial do Norte do Kivu.
Esta província é, desde o final de 2021, palco de um conflito que opõe a rebelião do M23 ("Movimento 23 de março"), apoiada por unidades do exército ruandês, ao exército congolês e vários grupos armados aliados.
Leia Também: As autoridades da República Democrática do Congo (RDCongo) reforçaram hoje as medidas de segurança em frente às embaixadas e instalações da ONU, alvos de manifestações há vários dias contra o alegado apoio ocidental ao movimento rebelde M23.
Detidos obrigados a empurrar carro da polícia que ficou sem combustível... Vídeo, gravado na Índia, já se tornou viral.
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Notícias ao Minuto 12/02/24
Quatro detidos foram obrigados a empurrar um carro da polícia que ficou sem combustível enquanto os transportava para tribunal, no distrito de Bhagalpur, em Bihar, na Índia.
De acordo com o India.com, os homens, que cometeram o crime de "consumo de álcool", o que é proibido em Bihar, estavam a ser levados para tribunal quando o veículo parou.
Imediatamente, os agentes disseram aos réus para sair e empurrar o carro até um posto de combustível, que estava localizado a 500 metros.
Uma testemunha gravou um vídeo do momento, que aconteceu no dia 4 de fevereiro, e partilhou-o nas redes sociais. Rapidamente, as imagens tornaram-se virais e geraram muita celeuma.
O caso está agora a ser investigado para perceber se houve "abuso de autoridade".
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DEPUTADO SANDJI FATI ACUSA DIRIGENTES DO MADEM DE ENVOLVIMENTO NO CASO 01 DE FEVEREIRO
Por: Tiago Seide O DEMOCRATA 11/02/2024
O presidente da Comissão Política do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) para o setor autónomo de Bissau, Sandji Fati, acusou alguns dirigentes do partido de supostamente estarem envolvidos na tentativa de golpe de Estado contra o atual presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.
“Umaro vai completar 4 anos, e nestes anos teve dois atentados. Morreu? Não! Não morreu, porque Deus não quis. Mas se investigar, notará que alguns de nós estão metidos. Alguns batiam palmas, quando estávamos a ser atacados com balas no Palácio do Governo. Quando falhou, disseram que Umaro inventou. Dizem se não fosse eu, o fulano não poderia ser ministro ou presidente. Esquecem-se que essas pessoas têm mérito para serem o que são” atirou, quando discursava perante os militantes e dirigentes do MADEM-G15 no CE 28.
Embora não tenha referenciado em nenhum momento o seu coordenador, Braima Camará, o também deputado do MADEM atirou que “foi a Cacheu, perdeu. Na sede do PAIGC concorrendo para ser presidente da ANP, perdeu. Em 2019, para ser primeiro-ministro perdeu, e em 2023 perdeu. Então, que peça às pessoas para ajudarem-no a ter conhecimento porque perde. Quem prega divisão, intriga e separatismo, não pode vencer. Só quem não acredita em Deus é que entra nisto”, sublinhando que quem apregoa intrigas, divisão e separatismo, não pode chegar ao poder”.
“As pessoas estão preocupadas com a criação de movimentos para apoiar Sissoco. Ou há má-fé, ou há ignorância. O Nino Vieira, quando estava a apresentar-se como candidato, tinha Movimento ou não? Tinha e chamava-se MIAN. O Malam Bacai Sanhá, tinha ou não? Tinha, chamava-se MAMBAS. Em Portugal, o atual Presidente Marcelo não teve apoios de partidos, mas sim de movimentos. Mas nós sabemos a razão de tudo isto. Sabem que se os movimentos forem criados e ficarem mais fortes, não vão receber dinheiro para meter no bolso. E quando é assim, arranjam problemas” insistiu, afirmando que há momentos em que é obrigado a decidir entre espada e parede.
“Eu, normalmente, nestas circunstâncias fui ensinado a escolher a espada. Os movimentos vão continuar a existir. Não entende sentido de democrata.”, afirmou, sublinhando que a negação de criação de movimentos visa criar condições para exigir dinheiro no futuro para aplicar nos interesses pessoais e defendeu a criação de movimentos de apoio ao segundo mandato de Umaro Sissoco Embaló.
“Ninguém pode-nos tirar o direito de criar um Movimento de apoio à Umaro Sissoco para que só possa ser-lhe dado dinheiro. Isso não pode ser”, afiançou.
Afirmou que chegou a altura em que há, no círculo eleitoral 28, pessoas de Sandji e há as de Ba Quecuto.
“Não tragam o fulano, porque se identifica com Umaro ou se dá bem com Sandji, porque estavam a prepararem-se para o setor autónomo de Bissau. Ninguém quis dizer porquê é que o MADEM perdeu em Bissau. No universo de 20 deputados, obtivemos 4, na base de intrigas. Temos um grupo de pessoas no MADEM que fazem policiamento para ir informar. Queremos que o MADEM seja coeso, se cada um explicar como é que se formou o MADEM não vamos sair daqui. Só juntos, separados não podemos avançar” disse Sandji Fati, atual conselheiro do Presidente da República.
Referindo-se ao Coordenador do MADEM-G15, BraimaCamará, que na semana passada disse que veio para morrer no seu país, reagindo a detenção de dirigentes do partido pelas forças de segurança, Sandji Fati afirmou que as pessoas estão a despedir-se para o suicídio e que aquilo não era necessário.
“Ouviram que não havia autorização para manifestações, nem para concentrações. Mas decidiram desafiar o Estado. Quem quer o Estado não pode desafiar o Estado. Por isso, permitam-me solidarizar-me com o Ministério do Interior e em particular com o Secretário de Estado, José Carlos Macedo, que teve a serenidade de ir até à sede do MADEM G15 para avisar que não deveriam comparecer no aeroporto, porque não se pode impedir uns e deixar outros” explicou, manifestando-se contra assinaturas de alianças entre MADEM-G15 e outras formações políticas.
“Ouvimos as pessoas a falarem de coligações. Mas sabemos que existem, coligações aceitáveis feitas com os partidos com base eleitoral. Não queremos coligações negativas. Os movimentos são para apoiar o segundo mandato do General Umaro Sissoco Embaló. Mais nada. O que queremos é a união, porque a união faz a força. Não podemos estar num partido onde se reconhecem pessoas de Umaro e militantes de Bá Quecuto. E não podemos aceitar isso” avisou Sandji Fati.