Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló
domingo, 29 de agosto de 2021
O Presidente da República, recebeu hoje em audiência, membros do governo e alto comissariado para um balanço sobre a implementação do Decreto do Governo tendo em conta a terceira vaga da pandemia com medidas mais restritivas, em vigor no país desde o dia 27 de Agosto.
ALGUÉM ME PERGUNTOU "POR QUE VOCÊ ESTÁ TÃO DESAPONTADO E IRRITADO COM A ALTO COMISSARIADA DE COVID 19?"
ALGUÉM ME PERGUNTOU "POR QUE VOCÊ ESTÁ TÃO DESAPONTADO E IRRITADO COM A ALTO COMISSARIADA DE COVID 19?"
A minha resposta foi simples:
BROTHERMAN, Eu sou um HUSTLER, não tenho um salário mensal gordo no governo ou qualquer cargo no governo onde posso saquear o dinheiro dos contribuintes.
Eu sou como aquelas mulheres comuns vendedoras de legumes no mercado de Bandin que cruzam a fronteira do Senegal para comprar legumes para abastecer o nosso mercado e sustentar suas famílias, eu sou como aqueles motoristas de caminhão, taxistas e motoristas de Toca Toca que trabalham incansavelmente dia a dia sob um pesado sistema de tributação para colocar a comida na barriga de seus filhos...
BROTHERMAN, por favor, faça as contas, você será capaz de entender porque eu estou "GOD DAMN MAD AND FRUSTRATED...
Covid-19 : ALTA COMISSÁRIA RECONHECE QUE MEDIDAS DE RESTRIÇÕES TÊM IMPACTOS NEGATIVOS NA VIDA DE POPULAÇÃO
A alta comissária para a Covid-19, Magda Robalo, reconheceu que as medidas adotadas no Decreto de Estado de calamidade à saúde pública ” não são fáceis e que têm impacto negativo” nas suas vidas. Contudo, pediu “compreensão e paciência, por parte da população guineense”.
Em um áudio divulgado pelo gabinete de comunicação e relações públicas da Presidência da República, no âmbito de uma reunião que o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, manteve hoje, 29 de agosto de 2021, com a Alta Comissária, Magda Robalo, o vice-primeiro ministro, Soares Sambú, o ministro do interior, Botche Candé, O ministro da função pública, Tomane Baldé, o secretário de Estado do orçamento, Ilídio Vieira Té e o Presidente da câmara municipal de Bissau, Luís Enchama, Magda Robalo afirmou que a situação da Covid-19 na Guiné Bissau está “demasiado grave” associada ainda ao surgimento da variante Delta, lembrando que a terceira vaga da doença é “muito pior de que as duas primeiras vagas”.
“Se a população recordar em março do ano passado, houve o confinamento total, os mercados abrem num período de tempo mais curto do que esse período que está a ser registado. Todos os locais de aglomeração foram fechados. Hoje, temos uma situação de Covid-19 pior do que aquele período” disse, insistindo que as medidas que tomaram “não são desproporcionais, pelo contrário são medidas necessárias para controlar a situação”.
A alta comissária informou que, neste momento, há 40 pessoas internadas pela covid-19 e a capacidade de internamento e de tratamento de casos da Covid-19 no país é “pequena”.
“Importamos o oxigénio frequentemente do Senegal, porque a nossa capacidade de produção é baixa e temos, neste momento, o número de mortes a multiplicar a cada semana. A curva continua a subir e a taxa de positividade é grande. Significa dizer que, por causa da variante Delta, uma pessoa infeta hoje muitas pessoas” insistiu e voltou a pedir “compreensão, paciência e aderência às medidas decretadas”.
Lembrou também que o sistema sanitário do país é frágil e que essas medidas são para proteger a vida de cada guineense e são também para proteger a saúde de cada guineense.
O ministro do Interior, Botche Candé, garantiu que as forças de segurança vão ser “muito rigorosas” no cumprimento das medidas de restrições impostas pelo Estado de calamidade à saúde pública.
“Prefiro ser insultado, como está a acontecer, para salvar vidas. Mesmo com insultos, vamos continuar a exigir o cumprimento das medidas” disse, apelando à compreensão de todos os cidadãos.
Por: Tiago Seide
Guineenses contestam recolher obrigatório e questionam utilização de fundos
O recolher obrigatório foi imposto na Guiné-Bissau na sexta-feira. http://gabu-melhor.webnode.pt/
Texto por: Aliu Candé RFI 29/08/2021
As críticas e ataques contra o Alto-Comissariado para o Combate à Covid-19 subiram de tom nos últimos dias na sequência da declaração de estado de calamidade, reforçado pelo recolher obrigatório que paralisou praticamente o país.
Em conferência de imprensa, o Espaço de Concertação, que agrupa várias organizações da sociedade civil, lançou duras críticas ao Governo e exigem que o Alto-Comissariado para Covid-19 apresente contas de gestão dos fundos destinados ao combate da covid-19.
Para além de condenar a decisão do governo de imposição do recolher obrigatório, que consideram inconstitucional, estes representantes dos empresários e da sociedade civil guineenses, exigem uma auditoria aos fundos doados no âmbito de combate a covid-19.
"É incompreensivel a impermeabilidade do Alto Comissariado para a covid-19 na Guiné-Bissau, cujas decisões só se aplicam aos cidadãos comuns", disse Abubacar Ture, vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos e Porta-voz do Espaço de Concertação.
Em reacção, a Alta Comissária contra a covid-19, Magda Nely Robalo, diz que o Alto Comissariado tem livros abertos a qualquer auditoria e, desafia à sociedade civil a organizar um fórum público sobre o assunto.
"Tem havido muita especulação, muita calúnia relativamente à minha pessoa, nomeadamente aos materiais, equipamentos e fundos que são doados pelos parceiros. Qualquer auditoria, interna ou externa, é bem vinda", reforçou Magda Nely Robalo.
Críticas e respostas do Alto Comissariado para COVID-19 numa altura em que o país procura travar a propagação da covid-19, cumprindo o terceiro dos 15 dias de recolher obrigatório.
NO COMMENT ...29 de agosto de 2021
O Estado de Calamidade e seus contornos. Algumas questões:
Por Sumaila da Guiné
O Estado de Calamidade e seus contornos. Algumas questões:
- As ligações entre Bissau e o resto do país estão interditadas. Qual a solução do governo para a mitigação das dificuldades a enfrentar pela maioria da população do interior do país já que depende em muitos casos do comércio informal dessas rotas que se ligam a Bissau (exemplo de bidaras de tomate de Bula) e de remessas que vão de Bissau a diferentes localidades do interior?
- Os mercados encerram-se às 14h59 e não são abertos nos fins de semana. As contribuições e impostos aplicados aos operadores dos mercados e seus derivados (retalhistas) serão os mesmos que os que são pagos em situação normal? Qual a solução para as bideras de produtos especificamente vendidos entre as 13h às 15h30 (exemplo das que fazem almoço para os operadores da Fera di Bande)? É mandá-las simplesmente para casa e ponto?
- A Polícia de "Ordem Pública" está sensibilizada para o facto de serem autorizados os serviços de TAKE AWAY para bares e restaurantes? Esta excepção é aplicada a biberas de sandes/futi nos becos espalhados por todo o país? Por que não estender essa excepção para além das 18h?
- As viagens de membros do governo e PR serão restringidas ao absolutamente essencial e número dos seus acompanhantes limitados? Ou estes são imunes à Covid-19?
Sem contar que o decreto é ilegal e que chegamos à variante Delta, aumentamos número de infectados e mortes sobretudo porque quem governa foi quem mais desobedeceu as medidas impostas pelas entidades sanitárias, estamos mais uma vez perante restrições desproporcionais ao contexto da nossa sobrevivência e, consequentemente, agravamento das dificuldades em que uma população essencialmente dependente do comércio informal já se encontrava. Irresponsabilidade!
A realização do VI Congresso Ordinário do PRS está condenada pela situação pandémica_COVID-19 e pelas restrições decorrentes do Estado da Calamidade.
A decisão de reiterar a suspensão dos trabalhos programados foi anunciada em comunicado da COC-VI Congresso após encontro entre os pré-candidatos à presidência do PRS e o secretariado-geral do PARTIDO.
Fonte: Aliu Cande
TRANSPORTES PÚBLICO CATÉM KU RECOLHER OBRIGATÓRIO, MAS CARROS PRIVADOS NA CIRCULA
EMPREENDEDOR GUINEENSE CONSIDERA A GUINÉ-BISSAU UM “LABORATÓRIO DE TESTES DE OPORTUNIDADES”
Fonte: odemocratagb.com
[ENTREVISTA agosto_2021] O engenheiro informático Adulai Bari considerou a Guiné-Bissau “um laboratório de testes de oportunidades”, onde o empreendedorismo e a inovação tecnológica têm mais espaço, para cada um aproveitar-se de cadeias de valores de que o país dispõe.
O também co-fundador, em 2015, do Innovalab, a primeira incubadora guineense de projetos, enfatizou que o empreendedorismo e a inovação tecnológica são o “motor de desenvolvimento” do mundo, e que a Guiné-Bissau não deve ser uma exceção.
Por isso, disse que é “extremante importante” desenvolver este setor no país, criando novos empreendedores e empresários.
“A Guiné-Bissau é um país de oportunidades. O empreendedorismo e a inovação tecnológica têm mais espaço. A Guiné-Bissau tem potencialidades e oportunidades, em termos de agricultura, turismo, serviços tecnológicos e financeiros. Cada um pode aproveitar-se de cadeias de valores de que o país dispõe”, precisou.
Mas para que isso aconteça, sugeriu o engenheiro informático, “é preciso que haja a estabilidade político-governativa” e que o governo “seja capaz de criar políticas económicas” não só para facilitar o mercado, criando impostos adequados ao contexto socioeconómico do país, mas também criando os mecanismos de financiamento e de acompanhamento dos empreendedores.
ADULAI BARI DEFENDE A CRIAÇÃO DE FUNDOS DE RISCO E DE INVESTIMENTO PARA OS EMPREENDEDORES GUINEENSES
Em entrevista ao jornal O Democrata, Adulai Bari defendeu que o governo crie fundos de risco e de investimento para os empreendedores guineenses, adiantando que há pessoas que têm ideias, mas falta-lhes o financiamento e o acompanhamento para estruturar ideias do negócio.
Afirmou que a Guiné-Bissau é o único país do mundo que não tem um fundo de risco para financiar novas ideias dos empreendedores, lembrando que, no país, os bancos não financiam as ideias.
Para o também vencedor do prémio Live Innovation Impact Grant Program, na Expo Mundial 2020 de Dubai, a política de acompanhar novas ideias dos empreendedores faz parte de uma política visionária do desenvolvimento do país, tendo lamentado que o país ainda não tenha apostado no setor do empreendedorismo.
Frisou na mesma entrevista que o empreendedorismo tem vantagens, sobretudo no que concerne ao desenvolvimento económico, à criação de emprego e à redução de delinquência e banditismo.
Para Adulai Bari, o empreendedorismo e a inovação podem ser praticados por qualquer cidadão. Contudo, disse que é preciso ter “coragem e dedicação”, porque, no contexto guineense, o mercado é “difícil e complicado”, com dificuldades em termos financeiros e técnicos.
“Se noutros países é preciso ter um ou dois anos para desenvolver um negócio e começar a ver os resultados, aqui precisamos de três, quatro ou cinco anos. Portanto, precisamos fazer o triplo do esforço que os empreendedores fazem lá fora “afirmou, aconselhando que é preciso dedicar-se, ter fé e saber onde se quer chegar.
Neste particular, Bari lembrou que o InnovaLab organizou mais de 40 eventos para refletir sobre o ecossistema do empreendedorismo e inovação, nomeadamente, formação, informação, networking e exposições facilitando o acesso às tecnologias, aos recursos, aos treinamentos e às redes locais e internacionais de partes interessadas, com o intuito de conscientizar e aumentar o potencial empreendedor guineense.
Dados da InnovaLab apontam para cerca de 6 mil jovens beneficiários diretos e que já foram criados 300 empregos diretos.
O jovem empreendedor disse que tem um projeto de inclusão digital que já levou a energia eléctrica às cidades de Bafatá, no leste do país, e de Canchungo, no norte, a 100 famílias, 50 em cada região, permitindo a população, no interior do país, ter acesso à eletricidade nesta primeira fase e, posteriormente, pensa expandi-lo para os países da África, nomeadamente, a Guiné- Conakry, a Sarra-Leoa, o Senegal e a Libéria, detalhando que se trata de dois kits de baterias solares de baixo custo, nomeadamente Ubuntu Casa 1, com a capacidade para ligar em casa 4 lâmpadas, uma rádio e um telemóvel e que fornece energia durante 8 horas com o custo de cento e cinquenta mil (150.000) francos CFA, e Ubuntu Casa 2 com a capacidade para ligar em casa 5 lâmpadas, um televisor e dois telemóveis e que fornece energia durante 8 horas com o custo de quatrocentos mil (400.000) francos CFA, que poderão ser pagos em prestações mensais.
Adulai Bari anunciou para breve, a instalação de quiosques solares em Bafafá e em Canchungo que vão servir para a manutenção dos kits de casa 1 e 2 e serviços de transferência de dinheiro.
Quanto às parcerias, Adulai Bari explicou que a sua empresa [Innovalab] tem parcerias com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Banco Mundial, e com as Embaixadas da Alemanha e dos Estados Unidos.
“A nível interno, temos uma parceria com o Alto Comissariado para a Covid- 19, através da qual desenvolvemos uma plataforma para os testes de Covid -19 e estamos a trabalhar para extensão da plataforma para gerir o processo de vacinação em curso, para evitar a aglomeração de pessoas nos centros e postos de saúde montados para a vacinação. E com o Ministério da saúde, temos um acordo e estamos a trabalhar para criar um sistema integrado, que irá cadastrar o histórico clínico das pessoas nos hospitais do país. A fase piloto será no Hospital Nacional Simão Mendes”, explicou.
Por: Tiago Seide
Foto: Marcelo Na Ritche