quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Zelensky diz estar pronto para deixar cargo de Presidente da Ucrânia após fim da guerra

Por Sicnoticias 

Volodymir Zelensky diz ainda estar pronto para o encontro com Putin em qualquer lugar, exceto Moscovo. Na linha da frente, a Rússia diz ter atacado uma subestação elétrica militar, enquanto Kiev garante ter atingido alvos estratégicos importantes. 

Zelensky diz que está pronto para deixar a Presidência assim que a guerra terminar. Enquanto isso, com os Estados Unidos cada vez mais próximos da Ucrânia, com Donald Trump a voltar a sublinhar a frustração com Putin, com quem está "muito desiludido". 

Na Sala Olval, após o encontro com Erdogan, Presidente da Turquia, esta quinta-feira, Trump elogiou a neutralidade de Ancara e insistiu que o país pode juntar Zelensky e Putin à mesa de negociações. 

O Kremlin estranha a mudança de tom, mas por enquanto continua a ver em Washington um aliado. 

Do lado ucraniano, Volodymir Zelensky diz estar pronto para o encontro com Putin em qualquer lugar, exceto Moscovo. 

Garante estar igualmente pronto para deixar o cargo assim que a guerra terminar. 

Na linha da frente, a Rússia diz ter atacado uma subestação elétrica militar, enquanto Kiev garante ter atingido alvos estratégicos importantes. 

Entre destruição e resistência há imagens improváveis: em Kharkiv, soldados ucranianos usaram um robô terrestre para resgatar um gato. 


"Haveria guerra". Embaixador faz aviso sobre abate de aviões russos ... Embaixador da Rússia em França defendeu que "haveria guerra" se os países da NATO abatessem aviões russos que violassem o seu espaço aéreo. A medida já foi defendida por Trump e Rutte.

Por LUSA 

O embaixador da Rússia em França, Alexey Meshkov, alertou, esta quinta-feira, que "haveria guerra" se a NATO abatesse aviões russos que violassem o espaço aéreo dos países-membros da aliança transatlântica. 

"Haveria guerra. Que mais poderia haver?", disse Meshkov à rádio RTL, após ter sido questionado sobre uma possível resposta da Rússia.

"Vários aviões violam o nosso espaço aéreo, acidentalmente e não acidentalmente. Ninguém os abate", defendeu o embaixador.

Meskov afirmou ainda que não há "nenhuma prova material" que comprove o envolvimento da Rússia em incidentes drones na Europa.

"Em primeiro lugar, não estamos a brincar com ninguém. Em segundo lugar, depois de o Ocidente nos ter enganado tantas vezes, acreditamos apenas nos factos concretos", atirou. 

A posição do embaixador russo em França surge após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter considerado, na terça-feira, que os países da NATO devem abater os aviões russos que violam o seu espaço aéreo. 

"Sim", respondeu Trump após ter sido questionado por jornalistas sobre essa possibilidade, no início de um encontro com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, à margem da Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque.

Já esta quinta-feira, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, apoiou a ideia de Trump. "Se for necessário. Então, concordo totalmente com o presidente Trump. Se for necessário", declarou Rutte em entrevista ao programa ‘Fox & Friends’, da Fox News.

A Rússia tem negado qualquer responsabilidade sobre as incursões de drones, mas a NATO alertou Moscovo na terça-feira de que a "escalada" deve parar e assegurou que estava pronta para se defender, por todos os meios.

Ao longo dos últimos dias, a Dinamarca teve de fechar vários aeroportos que foram sobrevoados por drones de origem desconhecida.

Esta quinta-feira, a polícia local disse carecer ainda de informações suficientes para determinar a autoria dos incidentes, mas confirmou estar a investigar os movimentos de várias embarcações, incluindo um navio de guerra russo.

Também este mês, a Polónia, a Roménia e a Estónia denunciaram a violação do seu espaço aéreo por aeronaves russas.

Na noite de 09 para 10 de setembro, cerca de doze drones entraram no espaço aéreo da Polónia e aviões caça nacionais abateram três deles, o que é um primeiro evento incidente deste género na história da Aliança (NATO) desde a sua criação, em 1949.

Os incidentes vão ser discutidos na sexta-feira numa reunião da Comissão Europeia com países da União Europeia (UE) na linha da frente na guerra da Ucrânia, anunciou hoje a porta-voz para a Soberania Tecnológica, Thomas Regnier.

Participam na reunião os sete países na linha da frente - Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, Finlândia, Roménia e Bulgária -, bem como Eslováquia, Dinamarca e Ucrânia pela experiência prática contra drones russos.


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A polícia dinamarquesa informou hoje carecer ainda de informações suficientes para determinar a autoria dos incidentes com drones em vários aeroportos, mas confirmou estar a investigar os movimentos de várias embarcações, incluindo um navio de guerra russo.


Tomada de posse dos novos presidentes das Comissões Regionais de Eleições (CRE), responsáveis pela organização e supervisão do processo eleitoral em cada região do país.

Merz muda posição e apoia uso de bens congelados russos... O chanceler alemão, Friedrich Merz, mudou de posição e apoia agora o uso dos bens congelados russos para financiar o esforço de guerra da Ucrânia, em relação ao qual se mostrara relutante.

© Jens Büttner/picture alliance via Getty Images    Lusa  25/09/2025

Num artigo hoje publicado no diário internacional em língua inglesa Financial Times, Merz argumentou que a medida poderá desbloquear um empréstimo de 140.000 milhões de euros a Kiev e demonstrar "perseverança" contra a agressão russa. 

Segundo o chefe do Governo alemão, a União Europeia (UE) poderá disponibilizar à Ucrânia um empréstimo sem juros, "sem interferir nos direitos de propriedade" e que "só seria reembolsado depois de a Rússia ter compensado a Ucrânia pelos danos causados durante esta guerra", iniciada em fevereiro de 2022 com a invasão russa do país vizinho.

Numa acentuada rutura com o ceticismo anterior de Berlim em relação ao uso de ativos russos apreendidos, Merz afirmou que tal empréstimo deverá servir para financiar equipamento militar e não para cobrir o orçamento geral da Ucrânia.

"Um programa tão abrangente deve também ajudar a fortalecer e expandir a indústria europeia de defesa", escreveu.

Os Governos da UE decidiriam, na sua opinião, as aquisições em conjunto com Kiev.

E o empréstimo seria inicialmente garantido pelos Estados-membros, antes de ser patrocinado com dinheiro do próximo orçamento plurianual da UE.

Defendeu igualmente que tal mecanismo deveria ser aprovado por uma "larga maioria" dos Estados-membros da UE, numa velada alusão a um possível veto de países como a Hungria.

No seu artigo, o político conservador alemão considerou que o bloco comunitário europeu deve encontrar um mecanismo legal para utilizar os bens congelados russos, porque é necessário "aumentar de forma sistemática e maciça os custos da agressão russa" para o Kremlin.

Berlim já anteriormente havia expressado preocupação com as implicações que o uso dos ativos russos congelados - quase 200 mil milhões de euros na UE - poderia ter, do ponto de vista jurídico.

A reviravolta de Merz, que governa a maior economia europeia e o país europeu que mais apoio financeiro e militar prestou à Ucrânia, ocorre no momento em que a Comissão Europeia analisa opções para aproveitar os 194 mil milhões de euros em bens russos retidos na Euroclear, no banco estatal de depósitos da Bélgica.

A presidência dinamarquesa do Conselho da UE espera que a proposta detalhada da Comissão seja apresentada em outubro.

A UE já utiliza os juros gerados pelos bens congelados para financiar empréstimos à Ucrânia acordados no âmbito do G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo, constituído por: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, embora a UE também esteja representada), num total de 45 mil milhões de euros, dos quais o bloco comunitário contribuirá com cerca de 18 mil milhões, graças a esses rendimentos (entre 2,5 e 3 mil milhões por ano), mas até agora não quis confiscar o dinheiro propriamente dito.

O contexto desta mudança na posição de Berlim prende-se também com o facto de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter reduzido o apoio norte-americano a Kiev e resistir em impor novas sanções a Moscovo.

"Agora, defendo a mobilização de recursos financeiros numa escala que garanta a resistência militar da Ucrânia durante vários anos", escreveu Merz no Financial Times.

Hoje, numa conferência de imprensa na cidade de Weimar, no leste da Alemanha, o chanceler sublinhou também que os países aliados não permitirão que continuem a ocorrer violações do espaço aéreo com caças e drones (aeronaves não-tripuladas) russos, como as efetuadas nos últimos dias e semanas pela Rússia.

Merz classificou-os como "incidentes que devem ser levados muito a sério", referindo-se à entrada de um avião de combate russo no espaço aéreo da Estónia, na sexta-feira passada, e a outros acontecimentos semelhantes.

"Repetidamente, há violações do espaço aéreo, há sobrevoos, há voos de drones, há tentativas de vigilância", enumerou, acrescentando que, no fim de semana passado, pediu ao seu ministro da Defesa, Boris Pistorius, que se coordenasse com a NATO (Organização do Tratado do Atântico-Norte, bloco de defesa ocidental) e, sobretudo, com os homólogos da Polónia, França e Reino Unido sobre uma possível reação.

"Não permitiremos que estas intrusões continuem a ocorrer e tomaremos todas as medidas necessárias para ter uma dissuasão eficaz também contra estas violações do espaço aéreo, contra estas intrusões do Exército, para as impedir", afirmou o chefe do Governo alemão.

Esta semana, por duas vezes, vários aeroportos dinamarqueses tiveram de suspender o tráfego aéreo ao detetar a presença de drones, cuja ligação à Rússia as autoridades não afirmaram explicitamente, embora tenham dado a entender as suas suspeitas quanto a tal.

Na quarta-feira, Pistorius afirmou no Bundestag (câmara baixa do parlamento alemão) que um caça russo sobrevoou recentemente uma fragata alemã no mar Báltico, no que classificou como uma tentativa de provocação por parte de Moscovo.

O ministro da Defesa alemão indicou que, nas últimas semanas, a Europa experimentou "repetidamente como a guerra e a situação de ameaça são reais" para o continente, mas instou os Estados europeus a "não caírem" nas provocações que atribuiu ao Presidente russo, Vladimir Putin.

"Putin quer provocar os Estados-membros da NATO e quer identificar, expor e explorar os seus supostos pontos fracos", sustentou Pistorius, reiterando mais uma vez que a resposta dos aliados deve ser firme e unida, mas também contida.


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A Comissão Europeia anunciou hoje que vai atribuir mais 40 milhões de euros em ajuda humanitária ao Iémen para fazer face ao agravamento da crise neste país do Médio Oriente.


Israel diz "estar pronto" para intercetar flotilha rumo a Gaza... Israel assegurou hoje que a Marinha está preparada para intercetar a Flotilha Global Sumud, composta por cerca de 50 navios que pretendem romper o bloqueio imposto a Gaza.

© Lusa   25/09/2025 

"A Marinha está bem preparada para defender as fronteiras do Estado de Israel, tal como já fazemos em terra e no ar. Estamos prontos", afirmou o porta-voz militar, brigadeiro-general Effie Defrin, numa conferência de imprensa.

Segundo Defrin, a flotilha é financiada por representantes do movimento islamita palestiniano Hamas na Europa.

"Temos provas disso. Todos os que apoiam esta iniciativa estão, na verdade, a apoiar os assassinos de 07 de outubro", disse o porta-voz, numa referência ao ataque lançado pelo Hamas contra Israel em 2023.

O porta-voz israelita reiterou ainda o apelo do Ministério dos Negócios Estrangeiros para que qualquer ajuda humanitária seja enviada por canais aceites, através de portos israelitas ou de países vizinhos.

A flotilha denunciou na quarta-feira ter sido alvo de "explosões intimidatórias", ao largo da Grécia, que atribuiu a Israel.

A ONU e a União Europeia condenaram na quarta-feira os "ataques" noturnos ao largo da Grécia contra a flotilha. Itália e Espanha anunciaram o envio de navios para prestar assistência às embarcações, caso necessário.

A flotilha pretende alcançar a Faixa de Gaza para "quebrar o bloqueio israelita" e levar ajuda humanitária ao enclave palestiniano, após duas tentativas em junho e julho, frustradas por Israel.

A Flotilha Global Sumud é composta por cerca de 50 navios com ativistas, políticos, jornalistas e médicos de mais de 40 nacionalidades, incluindo três portugueses: a deputada Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício.

O Bloco de Esquerda (BE) pediu hoje uma audiência urgente com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, para debater a proteção diplomática da flotilha.

A guerra em Gaza, que dura há quase dois anos e que já causou a morte a mais de 65.000 palestinianos, foi desencadeada pelo ataque do movimento islamita palestiniano Hamas contra Israel, a 07 de outubro de 2023.

Em agosto, a ONU declarou o estado de fome no território palestiniano, sujeito a um rigoroso bloqueio por parte de Israel desde o início do conflito.


Trump critica e ONU responde: Está pronta para cooperar com transparência... A ONU está "pronta para cooperar com total transparência" com as autoridades norte-americanas para responder às repetidas reclamações feitas pelo Presidente Donald Trump durante a sua breve passagem pela sede da organização, em Nova Iorque, na terça-feira.

Por  LUSA   25/09/2025 

Numa breve declaração emitida na noite de quarta-feira, o gabinete do secretário-geral da ONU explicou que António Guterres recebeu uma mensagem da Missão Permanente dos Estados Unidos (EUA) "sobre os acontecimentos ocorridos durante a visita do Presidente Trump à sede das Nações Unidas", no dia 23 de setembro, quando o líder discursou no debate geral da 80.ª sessão Assembleia-Geral.

"O secretário-geral informou a Missão Permanente dos EUA que já tinha ordenado uma investigação completa e comunicou que a  ONU está pronta para cooperar com total transparência com as autoridades americanas sobre este assunto para determinar a causa dos incidentes mencionados pelos Estados Unidos", concluiu o comunicado assinado pelo porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric.

Já Donald Trump afirmou, na sua plataforma Truth Social, que os três incidentes em causa --- problemas de funcionamento numa das escadas rolantes do edifício, no teleponto e no sistema de áudio da sala da Assembleia-Geral - "não foram uma coincidência, mas uma tripla sabotagem na ONU".

"Não foi uma coincidência, mas uma tripla sabotagem na ONU. Eles deveriam ter vergonha de si mesmos. Estou a enviar uma carta ao secretário-geral e a exigir uma investigação imediata", escreveu o chefe de Estado norte-americano.

O mau funcionamento da escada rolante, que foi resolvido em questão de minutos, foi agravado por problemas com o teleponto durante os momentos iniciais do discurso de Trump perante a Assembleia-Geral e por supostas deficiências do sistema áudio na sala - que já tinham sido relatadas no dia anterior.

"Não um, não dois, mas até três eventos sinistros! (...) Não é de admirar que a ONU não tenha conseguido fazer o trabalho para o qual foi criada", acusou Donald Trump.

A par destas declarações, o líder norte-americano já tinha lançado um duro ataque à ONU durante a sua intervenção na Assembleia-Geral.

Na terça-feira, Trump usou parte do seu discurso de 55 minutos para atacar a organização internacional em todas as frentes: a sua ineficiência, incapacidade de acabar com as guerras, "mentiras" sobre as mudanças climáticas e a sua suposta promoção da imigração ilegal.

Contudo, esses ataques não impediram Donald Trump de se reunir posteriormente com António Guterres e declarar que o seu país apoia "100%" a ONU, palavras que agora são questionadas à luz de tudo o que se seguiu.

Desde que regressou à Casa Branca para cumprir um segundo mandato presidencial, em janeiro passado, Trump tem assumido posições que têm distanciado cada vez mais os Estados Unidos da organização multilateral: abandonou os acordos climáticos de Paris, retirou-se da Organização Mundial da Saúde e da UNESCO, congelou o financiamento para cooperação internacional e marginalizou explicitamente a ONU nos seus esforços para acabar com as sete guerras que alega ter resolvido sozinho.

Junta-se a isto a ausência de contactos com o secretário-geral da ONU, com quem não havia sequer falado por telefone desde que regressou à Casa Branca.


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O Presidente dos Estados Unidos exigiu esta quarta-feira que a ONU abra imediatamente uma "investigação" após a "tripla sabotagem" do qual afirma ter sido vítima na terça-feira, dia do seu discurso na Assembleia Geral da organização.


EUA: Defesa convoca reunião inédita com centenas de generais e almirantes... O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth [na foto], convocou para a próxima semana uma reunião inédita com centenas de generais e almirantes destacados em todo o mundo, noticiou hoje o jornal The Washington Post.

Por LUSA 

A diretiva, emitida no início desta semana, apanhou de surpresa a hierarquia militar norte-americana e gerou preocupação entre oficiais de alta patente.

"As pessoas estão muito preocupadas. Não fazem ideia do que isto significa", disse uma das fontes citadas pelo diário.

Em comunicado, o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, confirmou apenas que Hegseth irá reunir-se com a liderança militar na próxima terça-feira, mas sem adiantar detalhes sobre a agenda.

O encontro terá lugar na base do Corpo de Fuzileiros Navais em Quantico, Virgínia, a cerca de 60 quilómetros de Washington.

A convocatória aplica-se a todos os oficiais superiores com patente de general de brigada ou equivalente na Marinha, bem como aos respetivos conselheiros.

De acordo com o The Washington Post, a reunião inclui comandantes destacados em zonas de conflito e áreas de interesse estratégico como o Médio Oriente, a Ásia-Pacífico e a Europa, mas não abrange oficiais de Estado-Maior.

Atualmente, os EUA contam com cerca de 800 generais e almirantes em funções, dentro do país e em dezenas de outros países.

A reunião ocorre dias antes de 01 de outubro, data em que o Governo federal poderá enfrentar uma paralisação parcial caso democratas e republicanos não cheguem a acordo sobre o orçamento provisório e coincide também com a escalada de tensões entre Washington e Caracas, depois de os EUA terem acusado a Venezuela de liderar operações de tráfico de droga.

A convocatória de Hegseth surge ainda no contexto das recentes mudanças no Pentágono, que passou a designar-se Departamento de Guerra, após decisão do Governo do Presidente Donald Trump, que não foi no entanto submetida ao Congresso.

O secretário anunciou também planos para reduzir em 20% o número de oficiais de alta patente e para proceder a exonerações sem justa causa.

Na semana passada, o Pentágono comunicou uma nova regra para os jornalistas: apenas terão acesso às instalações se aceitarem previamente não publicar determinadas informações, medida considerada sem precedentes e que dá ao departamento um controlo alargado sobre os conteúdos divulgados.

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, discursou hoje na 80.ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, reafirmando o compromisso da Guiné-Bissau com a paz, o multilateralismo e a solidariedade global.

Na sua intervenção, o Chefe de Estado expressou total apoio ao Secretário-Geral António Guterres, sublinhou a necessidade de uma ordem internacional mais justa e anunciou a realização das eleições gerais a 23 de Novembro, assegurando que o processo será livre, transparente e credível. 

 Saudou ainda a “Iniciativa das Nações Unidas 80” e destacou a presidência da CPLP assumida pela Guiné-Bissau para o biénio 2025-2027.  

Na conclusão do seu discurso, apelou ao fim do embargo económico, comercial e financeiro contra Cuba, em nome da justiça, da solidariedade e do respeito pelo direito internacional.

ONU pede a Guiné-Conacri que garanta participação plena nas eleições... O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos apelou hoje às autoridades da Guiné-Conacri que assegurem a todos os eleitores, candidatos e partidos políticos elegíveis a possibilidade de participar nas eleições presidenciais e legislativas de dezembro.

Por LUSA 

Após a votação de um referendo para uma nova Constituição, que se realizou na Guiné-Conacri em 21 de setembro, Volker Türk declarou que o Governo transitório desta nação da África Ocidental deve garantir que o processo de restabelecimento da ordem democrática seja conduzido de forma a que os direitos humanos sejam respeitados. 

Por isso, na sua opinião, "as autoridades militares na Guiné-Conacri devem, antes de mais, levantar as inaceitáveis proibições a partidos políticos e meios de comunicação social".

Em comunicado, a agência da ONU para a defesa dos direitos humanos afirmou as autoridades de transição proibiram a participação de três dos principais partidos da oposição antes do referendo de domingo, impedindo as respetivas campanhas. E que suspenderam igualmente vários órgãos de comunicação social, entre os quais o Guineematin, presseinvestigation.com, West Africa TV, Sweet FM, Espace FM, Sabari FM e Sab TV.

Para o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, estas proibições são somente as mais recentes "de uma ofensiva mais ampla contra os direitos fundamentais na Guiné-Conacri desde o golpe de Estado de setembro de 2021".

Desde maio de 2022, as autoridades de transição mantêm uma proibição generalizada de reuniões políticas e manifestações pacíficas, alegando motivos de segurança, contextualizou.

Por outro lado, as detenções arbitrárias e os desaparecimentos forçados também parecem estar a aumentar, lamentou.

A agência da ONU frisou ainda ter conhecimento de pelo menos dez pessoas "cujo paradeiro continua desconhecido após terem sido detidas pelas forças de segurança".

"Há receios de que estas pessoas, incluindo o escritor e ativista Oumar Sylla, conhecido como Foniké Mengué, bem como o antigo secretário-geral do Ministério das Minas Saadou Nimaga e o jornalista Habib Marouane Camara possam ter sido vítimas de desaparecimento forçado, numa violação do direito internacional dos direitos humanos", reiterou.

No meio desta conjuntura, Türk apelou às autoridades de transição que libertem todas as pessoas detidas arbitrariamente e as sujeitas a desaparecimento forçado, e que assegurem investigações eficazes, independentes e imparciais sobre as mesmas.

Por fim, com o aproximar do 16.º aniversário do massacre de pelo menos 156 apoiantes da oposição pelas forças de segurança e militares no Estádio de Conacri, em 28 de setembro de 2009, o Alto Comissário renovou o apelo para que as autoridades de transição tomem mais medidas no sentido de garantir responsabilização, verdade, justiça, reparações e garantias de não repetição, em conformidade com o direito internacional dos direitos humanos.


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Cerca de 6,7 milhões de cidadãos da Guiné-Conacri votam hoje um novo projeto constitucional, que poderá abrir portas, ainda este ano, às primeiras eleições presidenciais e legislativas desde o Golpe de Estado de 2021.


Abbas insiste que Hamas não terá qualquer papel num futuro governo... O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, insistiu hoje na ideia de que o Hamas não terá qualquer papel num futuro governo e que a Faixa de Gaza estará sempre subordinada às autoridades palestinianas.

Por LUSA 

"Apesar de tudo o que os palestinianos estão a sofrer, rejeitamos o que o Hamas levou a cabo a 07 de outubro. [...] Continuaremos a defender que a Faixa de Gaza faz parte integrante do Estado da Palestina e estamos totalmente disponíveis paria assumir a responsabilidade pelo Governo e pela segurança do país", sublinhou Abbas.

"O Hamas não terá qualquer papel na governação. O Hamas e outras fações terão de entregar as armas à Autoridade Palestiniana como parte da construção de um Estado, com uma só lei e uma única força de segurança legal. Reiteramos que não queremos um Estado armado", acrescentou.

Abbas também acusou o grupo islamita Hamas (Movimento de Resistência Islâmica) por ter levado a cabo o ataque de 07 de outubro de 2023, "atacando e matando civis e feito reféns", ações que, prosseguiu, "não representam o povo palestiniano nem a sua justa luta pela sua liberdade".

Enquanto Israel e os Estados Unidos consideram que a nova vaga de reconhecimento de um Estado palestiniano é uma recompensa ao Hamas, Abbas afirmou que o movimento responsável pelos ataques de 07 de outubro "não terá qualquer papel na governação".

"O Hamas e as outras fações terão de entregar as suas armas à Autoridade Palestiniana", sublinhou o dirigente, forçado a falar por vídeo na Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, depois de ter visto o seu visto recusado pelos Estados Unidos.

"Rejeitamos o que o Hamas fez a 07 de outubro, que não representa o povo palestiniano nem a sua justa luta pela liberdade e independência", insistiu acrescentou.


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O movimento islamita palestiniano Hamas criticou hoje o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, por "apoiar as exigências da ocupação fascista relativas ao desarmamento" do grupo.


Chega não aceita nova lei de estrangeiros e quer alterar reagrupamento familiar... O presidente do Chega avisou hoje o Governo que não vai aceitar a nova versão da lei que regula a entrada de estrangeiros em Portugal, anunciando que o partido apresentará propostas de alteração para restringir o reagrupamento familiar.

Por LUSA 

Em declarações aos jornalistas no parlamento, André Ventura afirmou, sem especificar um sentido de voto, que o "Chega não vai aceitar" a nova versão do diploma que regula a entrada de estrangeiros em Portugal apresentada esta quarta-feira pelo Governo, criticando o executivo por não manter a posição em matérias como o reagrupamento familiar, a defesa das fronteiras ou a expulsão de imigrantes.

O líder do Chega adiantou que, por não concordar com a versão atual, o partido vai propor alterações no sentido de "restringir o reagrupamento familiar" por entender que o "país não pode continuar a receber pessoas indiscriminadamente" e insistirá também no reforço dos meios da nova Unidade de Estrangeiros e Fronteiras (UNEF).

Ventura reiterou as críticas ao facto de o Chega não ter sido ouvido na elaboração da nova versão da lei de estrangeiros, apontando ao executivo uma atitude "arrogante" e acusando o Governo de mentir por ter afirmado que "articulou as coisas com o Chega quando não o fez".

André Ventura acrescentou ainda que Luís Montenegro "está à vontade" se "gosta de esbarrar no parlamento sozinho e gosta de fazer número de vitimização", depois de sublinhar que o executivo não tem maioria absoluta e lembrar o peso do Chega no atual parlamento.

"Se há uma lei que é articulada entre os dois partidos e chega ao Presidente da República e é vetada, o normal é que haja uma nova articulação entre os partidos para que a lei tenha uma nova versão. Quer dizer, se há um dos interlocutores que acha que pode meter a lei sozinha, então o Chega também podia ter colocado um projeto de lei sozinho sobre os estrangeiros e não o fez", criticou.

André Ventura disse também que a postura do executivo nesta matéria "não é um bom começo" para as negociações do Orçamento do Estado para 2026, afirmando que o Governo não pode assumir esta atitude para depois acusar os outros partidos de provocar a queda do Governo ou novas eleições.

"Tem aqui um partido que desde o início disse, estamos dispostos a ser interlocutores desde que sejamos respeitados, desde que sejam tidas em conta as posições dos eleitores que votaram em nós e considerados os nossos eleitores. Acho que isso é o mínimo que se exige a um partido político. Se não quer isso, muito bem, tem o Partido Socialista para se tentar entender", afirmou.

A Assembleia da República vai reapreciar na próxima terça-feira, em plenário, na generalidade, especialidade e votação final global, as novas propostas de alteração à lei de estrangeiros, depois de este diploma ter chumbado no Tribunal Constitucional.

A nova proposta de alteração à lei de estrangeiros, hoje anunciada pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, entre outras mudanças que visam a sua conformidade com a Constituição da República, mantém o prazo de dois anos de residência válida para pedir o reagrupamento familiar, mas admite várias exceções, incluindo para cônjuges.


Leia Também: De "mais digna" a "nuvem negra", as reações à nova lei dos estrangeiros

O ministro da Presidência apresentou na quarta-feira o novo documento que regula a entrada de estrangeiros em Portugal e as reações ao mesmo não tardaram, assim como uma acessa troca de palavras entre o líder do Chega, André Ventura, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro.


Eleições: GOVERNO DEFENDE DIGITALIZAÇÃO DO PROCESSO ELEITORAL PARA REFORÇAR TRANSPARÊNCIA E REDUZIR CUSTOS

Por RSM 25 09 2025

 O Governo da Iniciativa Presidencial reafirma a necessidade de digitalizar o processo eleitoral como forma de conferir maior credibilidade às eleições presidenciais e legislativas de 23 de novembro.  

A posição foi apresentada, esta quinta-feira, pelo ministro da Administração Territorial, Aristides Ocante da Silva, durante a abertura do Seminário Internacional sobre o Ciclo do Processo Eleitoral na Era Digital, realizado em Bissau.  

Segundo o governante, para além de garantir maior transparência, a digitalização permitirá uma significativa redução de custos, tendo em conta que a organização das eleições tem representado encargos elevados para o Estado. 

 “As eleições têm custado muito porque não acompanhamos as novas tecnologias de informação e comunicação, que são ao mesmo tempo baratas, eficientes, justas, livres e transparentes. Por isso, devemos avançar para a era digital”, afirmou Aristides Ocante da Silva.  

Também o presidente interino da Comissão Nacional de Eleições (CNE), M'Pabi Cabi, sublinhou a importância da introdução do sistema digital, lembrando que os métodos tradicionais têm causado dificuldades, sobretudo no anúncio atempado dos resultados eleitorais. 

 “Este sistema trará muitas vantagens, desde a coordenação até à divulgação rápida dos resultados, como acontece noutros países do mundo. Na Guiné-Bissau, temos esperado três a quatro dias para conhecer os resultados, o que alimenta especulações”, lamentou o responsável da CNE.  

Importa referir que o país prepara-se para as eleições legislativas e presidenciais de 23 de novembro, tendo terminado esta quinta-feira o prazo para a entrega das candidaturas no Supremo Tribunal de Justiça.  

Comunicado de Conselho de Ministros

Declaração do Edmundo Mendes Mandatário de João Bernardo Vieira, Após a entrega oficial da candidatura no Supremo Tribunal da Justiça para às eleições presidenciais de 23 de novembro.

Colide G-B apresenta ex-Presidente da República José Mário Vaz como seu candidato às eleições presidenciais de 23 de Novembro

Bissau, 25 Set 25 (ANG) – O Partido da Convergência para Liberdade e Desenvolvimento (Colide G-B), apresentou hoje o ex-Presidente da República José Mário Vaz como seu candidato as eleições presidenciais de 23 de Novembro do ano em curso.

O anúncio foi feito pelo Presidente do Colide G-B, Juliano Fernandes, na qual afirma que, mais uma vez os guineenses são convocados para escolherem os seus legítimos representantes numas eleições simultâneas agendadas para o dia 23 de Novembro do ano 2025.
Fernandes lamentou que, nos últimos anos as eleições legislativas não foram marcadas em resultado da conclusão da legislatura, mas em virtude de dissolução da Assembleia Nacional Popular (ANP), e consequente demissão de Governos eleitos democraticamente, tendo esses atos contrários ao estabelecido na Constituição da República, culminando invariavelmente com nomeações de Governos de iniciativas presidenciais contra a lei.

“Esta interpretação subjetivista do poder e das normas constitucionais provocou a subalternização de todos os  órgãos da soberania ao comando de um único homem ou órgão, além de ter contribuído para a promoção de conduta e atitudes violadores dos direitos fundamentais dos cidadãos, através de restrições de liberdades “,disse.

Segundo ele, foi na base destas considerações e pressupostos que o Colide G-B lançou a candidatura para as eleições legislativas e do José Mário Vaz vulgo “Jomav”, como seu candidato as próximas presidenciais.

Aquele político realçou que, perante as dificuldades que punham em causa a legalidade constitucionais do país o seu partido, propôs a materialização do diálogo inclusivo visando construção de pontes o que não foi escutado infelizmente.

Por seu turno, José Mário Vaz agradeceu o Presidente e dirigentes do Colide pelo apoio a sua candidatura as próximas eleições presidenciais.

“Hoje, o último dia da entrega de candidaturas no Supremo Tribunal de Justiça e na qualidade de cidadão em pleno gozo dos meus direitos previstos na Constituição da República e nas demais leis, formalizei a minha intenção em concorrer as eleições presidenciais deste ano”, disse Jomav.

Disse que, é do conhecimento de todos, que disputou com muito orgulho o segundo mandato nas eleições de 2019, com objetivo de consolidar os ganhos obtidos nos primeiros cinco anos, mas como o poder é do povo e este entendeu que chegou a hora de colocar na cadeira presidencial um outro cidadão para dirigir os destinos do país.

Mário Vaz enalteceu que os cinco anos dele como Presidente da República, foram marcados de inicio duma nova era de acalmia, de sucesso, de liberdade, de paz social, de tranquilidade interna e de respeito pelo próximo ,realçando que lutou pela igualdade entre todos sem cidadãos de primeira ,sem distinção entre interior ou cidade.

Jomav como também é conhecido adiantou que os guineenses são todos irmãos e devem ser tratados da mesma forma, promovendo o princípio de igualdade, realçando que a Guiné-Bissau tem de ser de todos e para todos.

“Sendo o poder do povo, venho novamente a esta eleições com o objectivo de concluir a obra inacabada  iniciada durante os cinco anos do meu mandato, uma vez que saí da presidência com a consciência tranquila e em paz comigo mesmo", salientou.

O politico disse que foi isso que lhe deu paz do espirito e a honra de servir a sua terra, realçando que está de volta como filho da Guiné-Bissau ,disponível e pronto para continuar a servir a honrar as lutas, sacrifícios e sonhos do povo.

Mário Vaz afirma ser voz dos agricultores, pescadores, dos empresários, dos trabalhadores, dos jovens e das mulheres, sobretudo das vendedeiras.

Declaração do Primeiro-Ministro após reunião do Conselho de Ministros

 

Sob orientação do Ministro dos Transportes, Eng. Marciano Silva Barbeiro, o Secretário-Geral do Ministério, Eng. Marcelino Pedro Mendes Pereira, recebeu em audiência, nesta quinta-feira, uma delegação da Agência para a Segurança da Navegação Aérea em África e Madagáscar (ASECNA).

Por Ministério dos Transportes. Bissau, 25 de Setembro de 2025

O encontro teve como objetivo reforçar a cooperação entre o Governo da Guiné-Bissau e a ASECNA no domínio da aviação civil e da segurança aérea. Durante a audiência, foram abordados assuntos estratégicos ligados à modernização das infraestruturas aeronáuticas e ao fortalecimento da parceria institucional.

O Ministério dos Transportes reafirma o seu compromisso em trabalhar em conjunto com organismos regionais e internacionais, visando garantir maior segurança, eficiência e qualidade nos serviços de transporte aéreo no país.


Comunicado final de STJ


Supremo Tribunal de Justiça (STJ) deu, esta manhã, uma conferência de imprensa para explicar que o indeferimento se deve, em grande parte, à falta de inscrição do Convénio Político da coligação “Plataforma Aliança Inclusiva – PAI TERRA RANKA”, apresentada pelos partidos Movimento Democrático Guineense (MDG), Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Partido da Convergência Democrática (PCD), Partido Social Democrata (PSD) e União para a Mudança (UM).

Com   TV-VOZDOPOVO  25.09.2025

Afinal, a PAI TERRA RANKA não tinha feito a inscrição do Convénio Político da coligação.

O  Supremo Tribunal de Justiça (STJ) deu, esta manhã, uma conferência de imprensa para explicar que o indeferimento se deve, em grande parte, à falta de inscrição do Convénio Político da coligação “Plataforma Aliança Inclusiva – PAI TERRA RANKA”, apresentada pelos partidos Movimento Democrático Guineense (MDG), Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Partido da Convergência Democrática (PCD), Partido Social Democrata (PSD) e União para a Mudança (UM).

A decisão, tornada pública em conferência de imprensa pelo porta-voz dos Tribunais, Juiz Desembargador Mamadú Embaló, foi tomada na sessão plenária de 23 de setembro de 2025 e fundamenta-se na impossibilidade objetiva de apreciação dentro do prazo legalmente estabelecido pela Lei Eleitoral.

O Supremo Tribunal lembra que, de acordo com a lei, a inscrição do Convénio Político da coligação deve obrigatoriamente anteceder a entrega da candidatura. Ou seja, sem a inscrição validada, a candidatura da coligação não poderia ser formalizada.

Contudo, o pedido da coligação PAI TERRA RANKA deu entrada apenas no dia 19 de setembro de 2025, deixando apenas três dias úteis (22, 23 e 25 de setembro) para a sua apreciação. Esse período não permitiu ao plenário verificar e, caso necessário, notificar os signatários de eventuais irregularidades dentro do prazo de 72 horas previsto na lei.

Assim, explica o porta-voz, o plenário teria de deliberar fora do prazo limite de 25 de setembro, o que implicaria não só a não legalização do convénio político da coligação, como também a impossibilidade de apresentar a respetiva candidatura dentro do período estabelecido pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Apesar do indeferimento da inscrição do convénio, o STJ ressalva que os partidos signatários mantêm a possibilidade de concorrer individualmente às eleições gerais de 23 de novembro de 2025, desde que respeitem o prazo legal para a entrega das candidaturas, que termina hoje, 25 de setembro de 2025.

Trump pede investigação por "tripla sabotagem" durante discurso na Assembleia Geral da ONU... Para Donald Trump aconteceram "três eventos muito sinistros" durante o seu tempo nas Nações Unidas, na terça-feira, e adianta que os Serviços Secretos norte-americano irão investigar aqueles problemas.

Por SIC Notícias Com Lusa

O Presidente dos Estados Unidos exigiu esta quarta-feira que a ONU abra imediatamente uma "investigação" após a "tripla sabotagem" do qual afirma ter sido vítima na terça-feira, dia do seu discurso na Assembleia Geral da organização.

Numa longa mensagem na sua rede Truth Social Donald Trump descreve uma falha na escada rolante à sua chegada, depois outra no teleponto e um problema de sonorização durante a sua intervenção.

"Não foi uma coincidência, foi uma tripla sabotagem na ONU. Deveriam ter vergonha. Estou a enviar uma cópia desta carta ao Secretário-Geral (das Nações Unidas) e exijo uma investigação imediata", afirmou.

Para Donald Trump foram "três eventos muito sinistros" durante o seu tempo nas Nações Unidas na terça-feira e adianta que os Serviços Secretos norte-americano irão investigar aqueles problemas.

O Presidente dos Estados Unidos estava a participar na Assembleia Geral da ONU, onde fez um discurso criticando a organização por ter desperdiçado o seu potencial.

As críticas aos aliados dos EUA na Europa

Também criticou os aliados dos EUA na Europa, pela forma como têm tratado a guerra russa na Ucrânia e pela sua aceitação de imigrantes, enquanto disse a outros líderes mundiais que as suas nações estavam "a caminho do inferno".

Trump indicou que estava de mau humor na ONU devido a um trio de contratempos que sugeriu serem parte de uma conspiração contra ele.

Primeiro, o elevador teve uma "paragem brusca" com Trump e a sua comitiva dentro, um evento que Trump chamou de "absoluta sabotagem".

"Stephane Dujarric, o porta-voz da ONU, disse que um videógrafo da delegação dos EUA, que correu à frente de Trump, pode ter "inadvertidamente" desencadeado a situação, ativando o mecanismo de paragem no topo da escada rolante.

"As pessoas que fizeram isso deveriam ser presas", disse Trump no Truth Social.

Teleponto ficou "totalmente escuro"

Em segundo lugar, Trump especificou que o seu teleponto ficou "totalmente escuro" durante o seu discurso na ONU.

  O problema com essa acusação é que a Casa Branca era a responsável pela operação do teleponto para o presidente, segundo um oficial da ONU, que falou sob condição de anonimato, devido à sensibilidade da questão.

Em terceiro lugar, Trump refere que o som estava desligado na ONU enquanto falava e que as pessoas só conseguiam ouvir as suas declarações se tivessem intérpretes a falar em auriculares.

 O Chefe de Estado norte-americano sublinha que a sua esposa, Melania, lhe disse que não conseguia ouvir o que ele disse.

"Isto não foi uma coincidência, foi uma tripla sabotagem", concluiu Trump.

Líbano avisa ayatollah iraniano que Governo é a única autoridade do país... O Líbano avisou hoje o líder supremo iraniano que o Governo legítimo é a única autoridade permanente no país do Médio Oriente, após o ayatollah Ali Khamenei ter instado o Presidente libanês a não subestimar o grupo xiita Hezbollah.

Por LUSA 

"Em resposta às declarações do líder supremo da República Islâmica do Irão sobre o Hezbollah, gostaríamos de sublinhar que a única autoridade duradoura no Líbano é o Governo legítimo e as suas decisões vinculativas", vincou o ministro dos Negócios Estrangeiros libanês, Youssef Rajji, na sua conta na rede social X.

"A principal [das decisões] é a resolução adotada em 05 de agosto, que exige que as armas sejam confinadas ao Estado e que a soberania estatal seja exercida em todo o território libanês", acrescentou Rajji, em referência à decisão do Governo de desarmar o Hezbollah, grupo aliado do Irão.

O chefe da diplomacia libanesa reiterou que o Exército é a "única" instituição de segurança reconhecida e a principal defensora do Líbano.

Esta posição foi divulgada depois de Khamenei ter afirmado, na terça-feira, que a história do movimento xiita libanês continua e que "o Hezbollah não deve ser subestimado nem a sua grande riqueza negligenciada", na véspera do primeiro aniversário da morte do seu líder histórico, Hassan Nasrallah.

"Hasan Nasrallah foi um grande trunfo para o mundo islâmico. Ele desapareceu, mas a riqueza que criou permanece", sublinhou a mais alta autoridade política e religiosa da República Islâmica durante um discurso.

Teerão ajuda a financiar e a armar o movimento xiita, que o Governo libanês procura desarmar para limitar a posse de armas exclusivamente ao Estado após a recente guerra com Israel.

O ayatollah Ali Khamenei garantiu também na terça-feira que o Irão não cederá a pressões para abandonar o enriquecimento de urânio, um importante ponto de atrito com os países ocidentais.

O líder supremo iraniano reiterou que o Irão "não precisa de armas nucleares" e optou por "não as possuir".

Segundo a Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), o Irão é o único país sem armas nucleares a enriquecer urânio a um nível elevado (60%), próximo do limiar de 90% necessário para produzir uma bomba e muito acima do limite de 3,67% fixado pelo acordo de 2015.

DMC (ANC) // RBF

Lusa/Fim

Mortes anuais por cancro no mundo podem chegar a 18,6 milhões em 2050... As mortes anuais por cancro no mundo podem chegar a 18,6 milhões em 2050, um aumento de quase 75%, devido principalmente ao crescimento e envelhecimento da população, segundo um estudo hoje divulgado.

Por LUSA 

A nova análise do Global Burden of Disease Study Cancer Collaborators, publicada na revista científica The Lancet, inclui dados de 204 países e territórios sobre 47 tipos ou grupos de cancro.

O estudo alerta para "um rápido aumento no número global de casos e mortes por cancro entre 1990 e 2023, apesar dos avanços no tratamento do cancro e dos esforços para combater os fatores de risco do cancro" neste período.

Segundo os autores, "sem ações urgentes e financiamento direcionado", prevê-se que 30,5 milhões de pessoas recebam um novo diagnóstico de cancro (mais 61% do que em 2024), e 18,6 milhões morram de cancro em 2050 (quase mais 75%), com mais de metade dos novos casos e dois terços das mortes a ocorrerem em países de baixo e médio rendimento.

"Embora o número total de casos e mortes por cancro deva aumentar substancialmente de 2024 a 2050, é encorajador que, quando as taxas globais de casos e mortalidade são ajustadas para levar em conta as diferenças de idade, não se preveja um aumento", sugerindo que "a maior parte do aumento nos casos e mortes será devido ao crescimento populacional e ao envelhecimento da população".

No entanto, essa melhoria ainda está longe de cumprir a Meta de Desenvolvimento Sustentável da ONU de reduzir em um terço, até 2030, a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis, incluindo o cancro.

"O cancro continua a ser um importante contribuinte para a carga de doenças a nível global e o nosso estudo destaca como se prevê que cresça substancialmente nas próximas décadas, com um crescimento desproporcional em países com recursos limitados", afirma a autora principal, Lisa Force, do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) da Universidade de Washington, EUA, citada em comunicado.

A investigadora realça que, "apesar da clara necessidade de ação, as políticas de controlo do cancro e a sua implementação continuam a não ser prioritárias na saúde global e não há financiamento suficiente para enfrentar este desafio em muitos contextos".

"Garantir resultados equitativos no tratamento do cancro a nível global exigirá maiores esforços para reduzir as disparidades na prestação de serviços de saúde, tais como o acesso a diagnósticos precisos e oportunos, tratamento de qualidade e cuidados de apoio", defende.

Globalmente, o número de novos casos de cancro mais do que duplicou desde 1990, chegando a 18,5 milhões em 2023, enquanto o número de mortes por cancro aumentou 74%, para 10,4 milhões (excluindo cancros de pele não melanoma), com a maioria dos casos a ocorrer em países de baixo e médio rendimento.

"Embora as taxas globais de mortalidade por cancro (quando ajustadas por idade) tenham diminuído, esse não é o caso em alguns países de médio e baixo rendimento, onde as taxas, assim como os números, estão a aumentar", sublinha o estudo.

Entre 1990 e 2023, o Líbano teve o maior aumento percentual nas taxas de incidência (162,2%) e mortalidade (80%) padronizadas por idade, enquanto os Emirados Árabes Unidos tiveram a maior diminuição na incidência (-56%) e o Cazaquistão teve a maior redução nas taxas de mortalidade padronizadas por idade (-58,2%).

No caso de Portugal, a taxa de incidência padronizada por idade era de 276,4 por 100 mil habitantes em 1990, tendo subido para 352,7 em 2023 (+27,6%), enquanto a taxa de mortalidade baixou de 162,5 para 124,3 (-23,6%).

O estudo estima que 4,3 milhões (42%) das 10,4 milhões de mortes por cancro estimadas para 2023 foram atribuíveis a 44 fatores de risco modificáveis, como tabagismo, dieta pouco saudável ou níveis elevados de açúcar no sangue.

Os investigadores recomendam que a prevenção do cancro seja integrada nas políticas de saúde pública, sobretudo em países de baixo e médio rendimento, onde o impacto projetado é maior.

"Estas novas estimativas e previsões podem apoiar os governos e a comunidade global de saúde no desenvolvimento de políticas e ações baseadas em dados para melhorar o controlo do cancro e os resultados em todo o mundo", defende Lisa Force.

Apesar de utilizar os melhores dados disponíveis, o estudo reconhece limitações, como a escassez de dados de qualidade, particularmente em países com recursos limitados.

Alerta ainda que as estimativas atuais podem subestimar o real impacto do cancro, por não incluírem doenças infecciosas ligadas a tumores em países de baixo rendimento, como o Helicobacter pylori ou Schistosoma haematobium.

Também não consideram os efeitos da pandemia de Covid-19, de conflitos recentes ou de eventuais "descobertas revolucionárias" que podem alterar a trajetória do peso da doença a longo prazo.


Leia Também: Cancro da próstata. Fator que muitos homens ignoram pode salvar vidas

Chefe do Estado-Maior israelita apela a rebelião anti-Hamas em Gaza... O chefe do Estado-Maior israelita, Eyal Zamir, apelou hoje, numa visita ao sul da Cidade de Gaza, para que aos residentes desta se rebelem contra o movimento islamita Hamas, "responsável pelo seu sofrimento".

Por LUSA 

"A pelo aos residentes de Gaza: levantem-se e rompam com o Hamas! Ele é responsável pelo seu sofrimento. A guerra e o sofrimento terminarão se o Hamas libertar os reféns e entregar as suas armas", disse o tenente-general durante a sua visita à capital de Gaza, acompanhado por outros altos oficiais do exército.

Estamos a operar na Faixa de Gaza com um grande número de tropas, com o objetivo de atacar a Cidade de Gaza para criar as condições necessárias para a libertação dos reféns e a derrota final do Hamas", acrescentou.

Entre março e maio, diversos meios de comunicação social internacionais deram conta de protestos em vários pontos de Gaza contra o Hamas e Israel, que segundo um relatório da Amnistia Internacional (AI) originou "um padrão preocupante de ameaças, intimidação e assédio, incluindo interrogatórios e espancamentos por parte do Hamas contra manifestantes pacíficos". 

Segundo a AI, os habitantes de Beit Lahia, no norte do enclave, organizaram desde 25 de março várias marchas exigindo o fim do genocídio e da deslocação ilegal por parte de Israel, que atraíram centenas, possivelmente milhares de palestinianos, que entoaram palavras de ordem e seguraram cartazes criticando as autoridades lideradas pelo Hamas em Gaza, com algumas pessoas a apelarem ao fim do governo do movimento.

Protestos menores também ocorreram no campo de refugiados de Jabalia, Shuja'iya e Khan Younis, onde os manifestantes também entoaram palavras de ordem contra alguns líderes do Hamas, adiantou a mesma fonte.

Desde a tomada de Gaza em 2007 e a criação de um aparelho paralelo de segurança e aplicação da lei, adiantou a AI, o "Hamas impôs severas restrições à liberdade de associação, expressão e reunião pacífica, usando força excessiva em resposta a diversos movimentos de protesto, principalmente em 2019, e detendo e torturando dissidentes regularmente" e "mesmo durante o genocídio em curso em Israel, os serviços de segurança do Hamas continuaram a restringir a liberdade de expressão, incluindo a rotular os seus críticos de traidores".

Na sua visita hoje à Cidade de Gaza, Zamir afirmou ainda que a maior parte da população da Cidade de Gaza, que tinha um milhão de habitantes em agosto, já se deslocou para sul, apesar de a zona estar sobrelotada de deslocados.

"Estamos a transferi-los para sul para garantir a sua segurança. Apelo aos residentes de Gaza", insistiu.

O Hamas afirmou hoje que cerca de 900 mil pessoas permanecem na Cidade de Gaza e acusou Israel de não permitir a entrada de tendas para aqueles que se mudaram para o sul.

A ONU, por sua vez, não conseguiu verificar quantas pessoas abandonaram a capital de Gaza desde que as tropas israelitas iniciaram a invasão.

A guerra em curso em Gaza foi iniciada quando o movimento islamita palestiniano Hamas atacou solo israelita, a 07 de outubro de 2023, provocando 1.200 mortos, a maioria civis, e fazendo 251 reféns.

A retaliação de Israel já fez mais de 65 mil mortos entre os palestinianos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, considerados fiáveis pela ONU.