quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
The consequences of Russia’s reckless actions extend beyond Ukraine’s borders...
Barack Obama
Last night, Russia launched a brazen attack on the people of Ukraine, in violation of international law and basic principles of human decency. Russia did so not because Ukraine posed a threat to Russia, but because the people of Ukraine chose a path of sovereignty, self-determination, and democracy. For exercising rights that should be available to all people and nations, Ukrainians now face a brutal onslaught that is killing innocents and displacing untold numbers of men, women, and children.
The consequences of Russia’s reckless actions extend beyond Ukraine’s borders. This illegal invasion in the heart of Europe also threatens the foundation of the international order and security. For some time now, we have seen the forces of division and authoritarianism make headway around the world, mounting an assault on the ideals of democracy, rule of law, equality, individual liberty, freedom of expression and worship, and self-determination. Russia’s invasion of Ukraine shows where these dangerous trends can lead – and why they cannot be left unchallenged.
People of conscience around the world need to loudly and clearly condemn Russia’s actions and offer support for the Ukrainian people. And every American, regardless of party, should support President Biden’s efforts, in coordination with our closest allies, to impose hard-hitting sanctions on Russia – sanctions that impose a real price on Russia’s autocratic elites.
There may be some economic consequences to such sanctions, given Russia’s significant role in world energy markets. But that’s a price we should be willing to pay to take a stand on the side of freedom. For over the long term, we all face a choice, between a world in which might makes right and autocrats are free to impose their will through force, or a world in which free people everywhere have the power to determine their own future.
Michelle and I will be praying for the courageous people of Ukraine, for Russian citizens who have bravely declared their opposition to these attacks, and for all those who will bear the cost of a senseless war.
Parlamento aprova levantamento da imunidade parlamentar de Cabrita
© Lusa
Por LUSA 24/02/22
A Comissão Permanente da Assembleia da República aprovou hoje o pedido de levantamento da imunidade parlamentar do ex-ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita, confirmando a decisão da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados de quarta-feira.
A Comissão Permanente - órgão que substitui o plenário fora do período de funcionamento efetivo da Assembleia da República -- reuniu-se hoje tendo como ponto principal um debate sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia com a presença do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
No final, os deputados aprovaram, por unanimidade, o pedido de levantamento da imunidade do antigo ministro da Administração Interna, e ainda deputado do PS, Eduardo Cabrita.
O Ministério Público solicitou em janeiro à Assembleia da República o levantamento da imunidade parlamentar do ex-ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita, ainda deputado do PS, para que possa ser constituído e interrogado como arguido no caso do acidente que vitimou mortalmente um trabalhador na Auto Estrada 6 (A6).
Este pedido já tinha sido aprovado na quarta-feira, também por unanimidade, pela Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, numa reunião que decorreu à porta fechada.
Prevista para 28 de março, a constituição e interrogatório como arguido do ex-ministro Eduardo Cabrita foi adiada devido à alteração da data de instalação do novo parlamento, provocada pela repetição das eleições no círculo da Europa.
A 03 de dezembro de 2021, o Ministério Público acusou Marco Pontes, que foi motorista de Eduardo Cabrita quando era ministro, de homicídio por negligência, tendo, nesse mesmo dia, o governante apresentado a sua demissão do cargo.
No passado dia 13 de janeiro, o Ministério Público decidiu a reabertura do inquérito na sequência de um pedido de intervenção hierárquica interposto pelo advogado da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M), Paulo Graça, assistente no processo.
O acidente que envolveu o atropelamento mortal de Nuno Santos, funcionário de uma empresa que efetuava trabalhos de manutenção na Autoestrada 6 (A6), no sentido Estremoz-Évora, ocorreu no dia 18 de junho de 2021.
Líderes do G7 unidos em condenar "ultrajante ataque" da Rússia à Ucrânia
Por LUSA 24/02/22
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou hoje que os líderes do G7 estão unidos na condenação ao "ultrajante ataque à Ucrânia independente", prometendo "sanções massivas" do bloco ocidental ao Presidente russo.
"Hoje os líderes do G7 revelaram estar unidos em condenar o ultrajante ataque à Ucrânia independente", vincou Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social Twitter após uma reunião por videoconferência do grupo dos países mais industrializados do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) mais a União Europeia (UE).
"Juntos iremos adotar sanções massivas para garantir que Putin pague um preço pesado por esta agressão", prometeu a presidente do executivo comunitário.
Os chefes de Estado e de Governo da UE, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, discutirão hoje à noite, numa cimeira de urgência em Bruxelas, novas sanções à Rússia.
Esta manhã, Ursula von der Leyen anunciou novas "sanções pesadas" contra a Rússia após a escalada da ofensiva militar russa na Ucrânia, avisando que o Presidente russo para "não subestimar" a UE.
Numa declaração à imprensa, a responsável explicou que as novas medidas restritivas, que surgem menos de um dia após o aval formal a uma lista de 27 entidades e indivíduos, entre os quais o ministro da Defesa russo, visam "setores estratégicos da economia russa, bloqueando o acesso a tecnologias e mercados que são fundamentais para a Rússia".
"Enfraqueceremos a base económica da Rússia e a sua capacidade de modernização e, além disso, iremos congelar os ativos russos na UE e impedir o acesso dos bancos russos aos mercados financeiros europeus", visando, à semelhança do primeiro pacote de sanções, "afetar os interesses do Kremlin e a sua capacidade de financiar a guerra", explicou.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um "pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk", no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança das Nações Unidas.
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Ao Ministério Público da Guiné-Bissau
Por Dara Fonseca Fernandes
Ao Ministério Público da Guiné-Bissau
Por favor não façam ao povo aquilo que o Supremo tribunal de justiça fez à sua expressiva vontade eleitoral em Dezembrode 2019!!
Se algum líder político é suspeito no caso do atentado de 1 de Fevereiro 2022, queremos sua PRISÃO COMPULSIVA E IMEDIATA, se for fora da lei, penso que estaremos a tratar de um assunto equivalente, uma vez que não encontro a lei que enquadra o ataque terrorista a que os funcionários públicos foram sujeitos no interior da instituição que alberga um órgão de soberania (naquele dia dois, a presidência e governo)
Este povo está cansado de morrer por causa de maus democratas nesta nossa ,"propositadamente fraca" democracia.
O antigo Primeiro Ministro de Portugal engenheiro José Sócrates, um país estatisticamente menos corrupto e violento que a Guiné-Bissau, foi preso ao DESCER do avião no aeroporto nacional e existem tantos outros exemplos pelo mundo fora.
Portanto o terrorismo na Guiné-Bissau precisa ter um FIM e sei dos meus escassos conhecimentos jurídicos que existem CRIMES VIOLENTOS E CRIMINOSOS MAQUIAVÉLICOS perante os quais muitas leis e procedimentos legais ficam suspensas.
Boa JUSTIÇA (sem sorte)
#somosdoconcreto
#ContraGolpes
#OPovoMereceMais
Caso Domingos Simões Pereira: PARLAMENTO ACUSA O MP DE FERIR “GRAVEMENTE” A TUTELA DE IMUNIDADE E RECOMENDA-LHE A RETRATAR O DESPACHO
O DEMOCRATA 24/02/2022
A Assembleia Nacional Popular (ANP) recomendou ao Ministério Público a retratar o despacho que aplica medida de coação ao deputado Domingos Simões Pereira, que o obriga a permanecer na Guiné-Bissau.
O magistrado que tem em mãos o processo de Regaste, Fernando Mendes, aplicou, no dia 21 de fevereiro de 2022, a medida de coação a Simões Pereira, justificando a decisão pela demora da ANP em responder o pedido de levantamento de imunidade parlamentar.
Em carta da mesa da ANP com referência nº 32/ 2022 enviada ao Procurador-Geral da República, Bacar Biai, com o assunto: Resposta às V. correspondências Refs. Nº 23/GPGR/2022 e 46/ GPGR/2022, a mesa disse que o Despacho causou “perplexidade a ANP, porquanto o mesmo foi fundamentado com a demora da instituição em decidir sobre o pedido de levantamento de imunidade e ainda por recair sobre um deputado com a sua imunidade intacta.
“Considerando o “hiato” temporal entre a receção da primeira correspondência e a segunda face às diligências impostas pelo Regimento para a tomada de decisão sobre o pedido desta natureza, assim como se a estes elementos acrescemos os acontecimentos de 1 de fevereiro, não pode essa instituição acolher essa decisão assim como o fundamento vertido no referido despacho” argumentou a mesa da ANP, insistindo que se reputa “descortês” para ANP uma conduta do MP nesse sentido, por “não observar os cânones do princípio da colaboração institucional”.
Para a ANP, a decisão do magistrado do MP fere “gravemente” a tutela da imunidade parlamentar constitucionalmente assegurada à ANP e, por via disso, aos seus membros, para além de transportar outros “vícios mais gravosos”.
“Aliás, o MP sabe e tem consciência que todos os deputados em efetividade de funções gozam dessa capa protetora, que é a imunidade parlamentar, pelo que escapam em absoluto a qualquer atuação desta natureza dos órgãos de justiça criminal” lê-se na carta, sublinhando que, enquanto decorriam as diligências, com vista a reunir a Comissão Permanente para efeito de tomada de decisão, foi-lhe remetida uma correspondência, assinada pelo Procurador geral da República, que transmitisse à decisão tomada pelo Magistrado, Fernando Mendes.
Por: Tiago Seide
Guiné-Bissau. O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, atribuiu hoje ao chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, general Biagué Na Ntan, responsabilidade pela atual situação no país, alertando-o que está a ser usado.
© Lusa
Por LUSA 24/02/22
"O principal responsável por esta situação é um homem que eu prezei muito e que durante muito tempo me tratou por sobrinho e que tinha muita estima por mim, mas que a dado passo deste percurso decidiu enveredar por outros caminhos, que se têm traduzido numa oposição ferrenha contra o nosso partido, sem entendermos qual a razão para tal", afirmou Domingos Simões Pereira, referindo-se ao general Biagué Na N´Tan.
Salientando que conhece o general há cerca de 40 anos, Domingos Simões Pereira disse que a imagem que tem de Biagué Na Ntan é a de um homem "integro" e que "sempre esteve ao lado da legalidade e da verdade".
"Quero dizer ao general que continuo a ser a mesma pessoa e a violência não faz parte das minhas opções de vida e muito menos os golpes de Estado", afirmou o líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Domingos Simões Pereira falava aos jornalistas e a cerca de 300 apoiantes e militantes do partido, que hoje se juntaram na sede do PAIGC, em Bissau, junto à qual era visível a presença das forças de segurança.
Sobre a tentativa de golpe de Estado do passado dia 01 de fevereiro, o líder do PAIGC disse que esperava do chefe das Forças Armadas "a exigência de um inquérito rigoroso, sério, isento e competente".
"Em vez disso, ouvimos ser ordenada a prisão de pessoas, não sabemos baseado em que indícios, casas de pessoas a serem violadas sem mandado judicial, acusações políticas transformadas em sentenças para cumprimento imediato", disse.
"Eu escolhi fazer política para servir o meu país e estou preparado para o fazer enfrentando todos aqueles que decidiram estar no mesmo espaço, utilizando os instrumentos políticos e legais que estão ao nosso dispor", disse o líder do PAIGC.
Mas, salientou, quando se "envolvem elementos estranhos, quando são as Forças Armadas a entrar no jogo, isso muda diametralmente o equilíbrio das forças e enviesa o jogo".
"Razão por que temos de reconhecer que não é Sissoco Embaló que nos oprime e quer abusar, mas as forças que são postas ao seu dispor, mesmo quando em claro desrespeito e em violação flagrante da Constituição", sublinhou, referindo-se ao Presidente guineense.
Domingos Simões Pereira justificou as suas afirmações com o facto de as forças armadas terem viabilizado a "tomada de posse simbólica" do atual chefe de Estado enquanto decorria um processo de contencioso eleitoral, considerando que é por isso que o chefe de Estado hoje não respeita as instituições, "nomeadamente a Assembleia Nacional Popular".
Nesse sentido, o líder do PAIGC questionou o chefe das Forças Armadas sobre se está de acordo com a venda do petróleo do país sem consentimento dos guineenses, se se podem vender ilhas do país ou alugar o território para a guerra com Casamansa, região senegalesa que faz fronteira a norte com a Guiné-Bissau e que luta há décadas pela sua independência.
Domingos Simões Pereira destacou também que quando recorreu ao Supremo Tribunal de Justiça no âmbito do contencioso eleitoral das presidenciais não estava a "comprometer a democracia", mas a "reforçar as instituições da República".
"O que comprometeu todo o processo foi o envolvimento dos militares, que interromperam uma disputa que era salutar e importante em democracia. Hoje até a eleição de juízes envolve a força, a expulsão de uns e a instalação de outros", disse.
"Temos de chamar a atenção do general de que pode estar a ser usado e amanhã é quem terá de responder por tudo o que aconteceu", afirmou.
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RÚSSIA/UCRÂNIA - Presidente checo diz que Vladimir Putin é "louco" e deve ser internado
© Reuters
Notícias ao Minuto 24/02/22
O Presidente da República Checa, Milos Zeman, disse hoje que é preciso "internar o louco" referindo-se ao chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin, por quem chegou a demonstrar admiração em várias ocasiões.
"É preciso internar o louco", disse Zeman referindo-se a Putin, numa mensagem transmitida pela televisão e dirigida ao país, na qual acusou a Rússia de ter cometido um "delito contra a paz" e expressou "total apoio à Ucrânia", ao "governo e povo".
Zeman admitiu que não acreditava na invasão russa e que chegou a questionar o profissionalismo dos serviços de informações dos Estados Unidos que alertaram sobre o ataque.
"Esta decisão irracional da Rússia vai provocar danos consideráveis ao Estado russo", disse o Presidente checo, que até ao momento era defensor de uma diplomacia económica com Moscovo.
Milos Zeman foi o único chefe de Estado da União Europeia a participar nas celebrações dos 70 anos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em Moscovo, em 2015, após a anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia, na sequência da intervenção militar do ano anterior.
Na altura, o presidente checo disse que a anexação da Crimeia "era inevitável".
No ano passado, Zeman também defendeu a Rússia no conflito diplomático entre Praga e Moscovo quando os serviços de informações da República Checa denunciaram ações de sabotagem de agentes russos contra paióis militares checos, em 2014.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um "pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk", no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.
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Comunicado do Conselho de Ministros ...2️⃣4️⃣ 0️⃣2️⃣ 2️⃣0️⃣2️⃣2️⃣✔
Reunido em sessão ordinária, sob a presidência de Sua Excelência Senhor Presidente da República, o coletivo governamental deliberou, entre outros, protelar o desfile carnavalesco 2022 em virtude da vigência do estado de alerta, no âmbito da luta contra a Covid-19.👇
GOVERNAR PARA TODOS
2️⃣4️⃣ 0️⃣2️⃣ 2️⃣0️⃣2️⃣2️⃣✔
Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau
Foi lançado hoje o Concurso para construção da estrada transfronteiriça Quebo na Guiné-Bissau e Boké na Guineé-Conakry.
O coordenador do projeto Multinacional Quebo/Boké, Pedro Yala perspectiva o início das obras em Junho e, incluem melhorias no troço transacional Mpak-Mampatá.
Ministério Das Obras Publicas, Habitação e Urbanismo / Radio TV Bantaba
General Biague Nan Tam, representa um paradigma novo
Inédito ter visto, como nós vimos, um Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) a elevar-se tal como se elevou o General Biaguê Nan Tam na compreensão correta do imperativo constitucional que obriga as Forças Armadas da nossa Nação. Será preciso levar mesmo a sério o juramento à Bandeira Nacional que cada nova geração de soldados da nossa República faz - um Juramento regular que vai selando o seu compromisso de fidelidade intransigente à Constituição -, para devidamente se perceber a lição do General Biaguê Nan Tam aos soldados da Pátria.
De facto, o discurso convincente, isto é, bastante bem argumentado que o General Biague Nan Tam articulou e, sobretudo, a sua atitude de firmeza castrense de comando face ao frustrado “golpe de 1 de fevereiro” foi um grande serviço que ele prestou à Nação. E decorrente desse seu protagonismo, o General honrou, de facto, as Forças Armadas da República. De passagem, ainda teve a coragem de criticar severamente as graves ineficiências do próprio setor da Defesa (Justiça Militar incluída), um gesto que, contendo elementos de autocrítica, isto é, de grande humildade, foi, seguramente, mais uma atitude que muito o dignificou a título pessoal.
Ouvindo o CEMGFA a falar, um jovem guineense, estudioso, enviou-me logo esta mensagem muito significativa: “Esse senhor merece estátua. General Biaguê Nan Tam”. Perguntei-me a mim mesmo, mas por quê? E respondi: porque ele não hesitou,”i ca coitandá”, tomou posição, distinguiu-se claramente na defesa da determinante constitucional da ética militar, esse ethos que foi várias esquecido, aliás, para grande desgraça de uma instituição castrense - a nossa - que, ontem, gozou de grande e merecido prestígio no país, e mesmo além fronteiras.
Nô bai. Mas ficará muito melhor, talvez, ‘pegar’ na proposição que titula este artigo (que é uma frase afirmativa), e convertê-la numa outra coisa, numa frase interrogativa que vem a ser esta: a atitude do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, General Biaguê Nan Tam, representou mesmo um paradigma novo, uma mudança do velho para o novo paradigma político? Resposta: sim, mas...
E passo a explicar-me: reitero, desde logo, a resposta que já dei: “sim”. Mas, atenção: é um “sim”.., mas só na condição de sermos realmente capazes de consolidar este paradigma novo, ainda emergente, que, hoje em dia, exprime esperança, desejo, uma promessa. Na verdade, é já um novo começo, mas, bem entendido, é ainda apenas um começo. Que precisa muito de ser interiorizado, consolidado, vivido como uma cultura, uma vez que, diferentemente do que andam a dizer, a democracia não é apenas a “urna e o seu veredito”. Sim, a democracia não vai sem urna, é verdade. Mas ela é muito mais do que a arena para uma fanática luta, de vida ou morte - de cumá ô cuma - pelo poder! Não, não é bem isso. É, ou deve ser também – ou melhor: ela deve ser primariamente - uma cultura. A cultura da democracia: ética, política, económica, cultural, social assente sempre na liberdade e na dignidade humana.
1 de fevereiro de 2022
O “golpe de 1 de fevereiro” é, claramente um marcador. Uma data que tem carga simbólica suficiente para dividir a nossa turbulenta história política mais recente. Para segmentá-la doravante num “antes de 1 de fevereiro” e num “depois de 1 de fevereiro”.
Vamos à notícia: um grupo fortemente armado resolveu fazer uso da força, da violência - cujo monopólio legítimo (segundo o autorizado Max Weber) só o Estado constitucional detém. E esse grupo armado – como o sublinhou muito bem o General Biaguê Nan Tam – agiu contra o Estado legítimo, uma tipologia que não parece levantar qualquer dúvida. Mas o “comando operacional de 1 de Fevereiro” não conseguiu cumprir a “ordem de missão” que provavelmente um mandante lhe determinou, pois, parece altamente improvável que esse ‘empreendimento’, que foi concebido para decapitar o Estado, não tivesse propriamente um mandante.
... E agora o balanço. O assassínio do Presidente da República não se consumou. Ele saiu fisicamente ileso. Mas, mais uma vez, um golpe militar deixou no chão um coágulo de sangue, muita dor nas famílias e nos amigos, tantos guineenses em estado de choque, demasiadas interrogações no ar, inação incompreensível dos órgãos ‘competentes’, enfim, uma ‘mancha’ que a Guiné-Bissau não merecia voltar a carregar, uma nódoa que veio, de novo, envergonhar os guineenses. Fizeram isso, mas com que direito?
A propósito desse “golpe de 1 de fevereiro” disse um observador, e disse-o muito bem: “depois de dois anos de um percurso internacional de indiscutível sucesso, o golpe frustrado de 1 de fevereiro era para lançar a Guiné-Bissau novamente para o lixo”. Enfim, ele apresentou-nos as suas condolências. E desejou-nos mais sorte. Oxalá.
... e, enfim, pensar e agir: uma urgência
O tempo é de reflexão e de ação. Porque está em cima da mesa um ponto realmente crítico, que se prende com questões muito básicas, essenciais: questões de Estado, da ordem estatal, do estado de ‘saúde’ política, física e ética do próprio Estado guineense como garantidor primordial de segurança pública, um bem comum. Também, associado a ele, a questão da democracia é evidentemente uma questão subordinada, mas, ainda assim, ela é incontornável porque indissociável – por assim dizer - da (re) construção do nosso Estado de direito democrático.
Hoje, tal como ontem, a construção política, técnica e ética da democracia, continua a pôr-se. E põe-se hoje, talvez, com uma intensidade ainda maior do que antes: dos princípios democráticos e sua declaração; da luta pelo poder e seus limites éticos; da promessa da própria política e seus valores; enfim, do papel dos partidos, dos líderes, da comunicação social, dos intelectuais. Contudo, persiste uma pergunta difícil: mas será que a Guiné-Bissau, com os seus mais de cinquenta partidos, tem quadros políticos em quantidade e qualidade suficientes – é a isso que se chama “massa crítica” -, à altura deste grande desafio?
Bissau, 23 de fevereiro de 2022.
Repórter da CNN Brasil na Ucrânia ouve explosões em Kiev | AGORA CNN
Rádio África fm News ...Bom dia Africa, 24.02.2022 ...@"Resgate"
RÚSSIA/UCRÂNIA - Putin anuncia operação militar, interferência levará a "consequências"
© Lusa
Notícias ao Minuto 24/02/22
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou hoje o início de uma operação militar, alegando que se destina a proteger civis de etnia russa nas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.
Num discurso televisivo, Putin disse que decidiu lançar a operação militar em resposta a ameaças de "genocídio" no leste da Ucrânia vindas das autoridades de Kiev, defendendo que a responsabilidade por um eventual derramamento de sangue é do "regime" ucraniano.
Todos os militares ucranianos que depuserem as armas poderão deixar com segurança a zona de combate, prometeu o presidente russo.
Putin garantiu que o objetivo não é "a ocupação", mas sim a "desmilitarização" da Ucrânia.
Qualquer tentativa por parte de outros países de interferir na operação militar levará a "consequências que eles nunca viram", avisou o líder russo.
Putin acusou os Estados Unidos e seus aliados de ignorar a exigência russa de garantias de que a Ucrânia nunca se tornará membro da NATO.
Na quarta-feira, numa entrevista ao canal de televisão norte-americano NBC, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken garantiu que a Rússia tinha tudo pronto para lançar uma invasão da Ucrânia e poderia avançar hoje.
Na segunda-feira, a Rússia reconheceu a independência das regiões de Lugansk e Donetsk, onde separatistas pró-russos enfrentam o governo ucraniano desde 2014.
Depois do reconhecimento, o Presidente russo, Vladimir Putin, autorizou o exército russo a enviar uma força de "manutenção da paz" para Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.
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Jornal Odemocrata 24/02/2022
Inicia amanhã, 24 de fevereiro de 2022, o julgamento de suspeitos de tráfico de droga detidos no âmbito da “Operação RED” desencadeada pela brigada de combate à droga da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau. O Tribunal Regional de Bissau agendou a sessão para às 10 horas.
Foram no total mais de cinco suspeitos, entre as quais, um subintendente da Polícia de Intervenção Rápida (PIR), um ex-capitão do exército, um funcionário da companhia aérea portuguesa e um jovem empresário.
A Polícia Judiciária desencadeou em outubro do ano passado (2021) uma operação “RED” que visa procurar mais de 900 quilogramas de cocaína introduzida no país por uma rede. A polícia deteve alguns elementos do grupo na posse de cinco quilogramas de cocaína, mas não conseguiu descobrir o resto da droga, que de acordo com a polícia foi roubada por outro grupo e levado para lugar incerto.
A PJ seguiu as pistas até ao bairro de ajuda onde terá sido guardada aquela quantidade de mais de 900 quilogramas de cocaína. Na sequência da investigação a PJ anunciou a apreensão de uma viatura de transporte público (Toca Toca) usada para o carregamento e mais alguns vestígios que considerou de importante.