terça-feira, 20 de maio de 2025

Israel em guerra por fora e por dentro

Por  Uriã Fancelli   cnnportugal.iol.pt

Na segunda-feira, 19 de maio, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que manterá o controlo total sobre Gaza, mesmo perante o colapso humanitário e a crescente pressão internacional. A ajuda humanitária, que continua a entrar a conta-gotas e está ainda muito aquém do mínimo necessário, só começou a circular após pressões externas diretas. 

O Reino Unido, a França e o Canadá emitiram uma nota conjunta classificando a ofensiva israelita como desproporcionada e inaceitável, num tom que reflecte isolamento diplomático e ameaça de sanções. Parte desta mudança de postura europeia deve-se a um despertar de consciência, ainda que tardio, mas também ao receio de que continuar a ignorar as ações de Netanyahu destrua de vez a credibilidade do sistema de direito internacional, o mesmo sistema que exige que Vladimir Putin preste contas pela sua agressão ilegal e imoral contra a Ucrânia. Donald Trump, até então em silêncio, também passou a pressionar Netanyahu, não por empatia ou princípios, mas porque precisa de manter boas relações com os países do Golfo para avançar com acordos estratégicos e sabe que as imagens de crianças famintas em Gaza dificultam esse jogo.

Entretanto, os ataques aéreos e terrestres continuam sem tréguas, com evacuações forçadas em Khan Younis e bombardeamentos a atingir escolas e habitações em Deir al-Balah e Nuseirat. Mais de 53 mil pessoas já morreram, segundo autoridades locais, mas o governo israelita insiste em falar de progressos e operações cirúrgicas. A ajuda prometida pelos Estados Unidos, entregue através de empresas privadas num plano já rejeitado pela ONU, continua bloqueada. E os poucos camiões que entram visam apenas conter a revolta dos aliados. A libertação parcial da ajuda não parece ter sido motivada por compaixão, mas sim por cálculo político. Netanyahu percebeu que as imagens de Gaza começavam realmente a ameaçar o apoio internacional. Oficialmente, Israel nega estar a usar a fome como arma, mas as declarações públicas e a realidade no terreno sustentam essa perceção.

A frase “vamos ocupar, limpar e ficar lá até destruir o Hamas. E pelo caminho, vamos destruir tudo o que restar da Faixa” não foi proferida por um extremista qualquer. Foi dita pelo ministro das Finanças, Bezalel Smotrich. É a confissão clara de que o objetivo vai para além do Hamas. Visa destruir também a infraestrutura civil de Gaza. E quando o próprio Netanyahu admite que o bloqueio serve para pressionar o Hamas, está, na prática, a reconhecer que a punição coletiva se tornou política de Estado. Neste cenário, continua a repetir o slogan da “vitória total”, uma expressão vaga, moldável, usada para manter o apoio dos setores mais radicais do seu governo e adiar, mais uma vez, a pergunta central: o que fazer com Gaza quando só restarem os escombros?

Existem aqui dois pontos principais que merecem atenção. O primeiro diz respeito à forma como tudo isto tem sido conduzido. Relativizar crimes com base na ideia de vingança ou sugerir que o sequestro de reféns justifica punições coletivas, como o uso da fome como arma de guerra, é profundamente perigoso. O sequestro de civis é um crime de guerra, previsto no artigo 8.º do Estatuto de Roma, mas o assassinato de civis e o bloqueio de ajuda humanitária também o são. Israel já venceu militarmente. Desmantelou grande parte do Hamas, decapitou a sua liderança, enfraqueceu a sua capacidade operacional. O que resta é uma força guerrilheira dispersa e uma ideologia que, como tantas outras, é impossível de eliminar com bombas.

Netanyahu afirma que o seu objetivo é a destruição total do Hamas, uma organização terrorista cuja carta fundadora prevê a eliminação do Estado de Israel. Isso não é exagero nem propaganda. É, de facto, uma ideologia de extermínio. E ela manifesta-se nos atos praticados. A 7 de outubro de 2023, homens armados invadiram casas, executaram famílias inteiras, queimaram crianças nos quartos, decapitaram soldados, violaram mulheres até à morte e celebraram cada morte como um feito heróico. Um bebé foi encontrado carbonizado no berço. Uma jovem foi arrastada pela rua com o corpo dilacerado. Diante dessa barbárie, é legítimo que Israel queira destruir o Hamas. Um governo cuja população é alvo desse nível de crueldade não só pode, como deve, procurar desmantelar o grupo responsável.

Mas o modo como essa resposta tem sido conduzida levanta sérias preocupações. Não é aceitável normalizar crimes de guerra com base em vingança. Se Israel é um Estado democrático, reconhecido internacionalmente, com forças armadas regulares e representação diplomática, então tem também a obrigação moral de respeitar os padrões definidos pelo direito internacional. O Hamas não segue essas regras, mas é precisamente isso que distingue um Estado de uma organização terrorista. Combater o Hamas é legítimo. Transformar Gaza num território sem lei, não.

Na prática, Israel já impôs derrotas estratégicas ao Hamas. A organização perdeu parte significativa da sua estrutura e da sua liderança. O arsenal foi severamente danificado. No entanto, continua a operar como força guerrilheira adaptável e resiliente. Estima-se que tenha recrutado cerca de 20 mil novos combatentes, que reutiliza munições não detonadas de origem israelita, controla o mercado paralelo de ajuda humanitária e reprime dissidência interna. Ou seja, continua funcional. Mas já não é a ameaça centralizada e ofensiva que era antes. Foi desarticulada, isolada e empurrada para as margens. É justamente por isso que insistir em mais destruição não reforça a segurança de Israel. Apenas prolonga o sofrimento em Gaza e mina o apoio internacional que ainda sustenta parte da legitimidade da operação militar.

Hoje, a sociedade israelita está exausta. Após meses de guerra, mais de 70 por cento da população apoia um acordo com o Hamas para a libertação dos reféns, mesmo que isso implique concessões difíceis. De acordo com estimativas oficiais, permanecem 58 reféns, dos quais pelo menos 20 estarão vivos. A continuação dos bombardeamentos pode pôr em risco precisamente esses que ainda podem regressar. E então impõe-se a pergunta que cada vez mais israelitas fazem em voz alta. Se estas operações colocam os reféns em risco e não garantem a destruição total do Hamas, para que servem? A resposta mais honesta continua a apontar para o mesmo lugar. A sobrevivência política de Netanyahu.

Manter a guerra ativa serve múltiplos propósitos para Netanyahu. Desvia o foco dos escândalos que o envolvem, mantém pressão sobre o Hezbollah e o Irão e reforça o apoio interno entre os seus aliados da extrema-direita, que defendem a reocupação completa de Gaza e até a expulsão dos palestinianos. O que deveria ser uma resposta de segurança nacional transformou-se, pouco a pouco, numa estratégia de manutenção no poder.

O escândalo conhecido como Catargate só agrava este cenário. Envolve assessores próximos, contratos suspeitos e indícios de influência comprada vinda de Doha. Netanyahu ainda não é formalmente investigado, mas há sinais claros de que tinha conhecimento do caso, como a tentativa de demitir o chefe do Shin Bet, Ronen Bar, num gesto amplamente interpretado como retaliação pela sua atuação nas investigações. No fim, o que se vê é uma sociedade que foi atacada brutalmente a 7 de outubro e que hoje, sem esquecer esse trauma, continua a sofrer nas mãos de uma liderança que deveria protegê-la, politicamente, moralmente e estrategicamente.

As consequências da política de Netanyahu não se limitam a Gaza. Estão a corroer Israel por dentro. A sociedade israelita, alvo de uma atrocidade em outubro, hoje encontra-se refém de um governo que instrumentaliza o medo, o luto e a sede de justiça para se manter no poder. A maioria apoia um cessar-fogo como forma de recuperar os reféns, mas esse desejo legítimo está a ser manipulado. O governo alimenta a ilusão de que mais bombardeamentos podem resultar em resgates, quando quase todos os reféns libertados até agora o foram durante tréguas humanitárias, não durante operações militares. As famílias vivem num ciclo de falsas promessas e frustrações.

Esta manipulação tem efeitos profundos. As críticas internas estão a aumentar. Famílias de reféns acusam abertamente Netanyahu de os usar como moeda política para prolongar a guerra. E quando um país como Israel, cercado por inimigos, começa a fragmentar-se internamente, o risco é duplo. Vulnerabilidade externa e colapso da coesão nacional. Manter a unidade interna deveria ser prioridade estratégica. Netanyahu faz o oposto.

Ao colocar a sua sobrevivência política acima dos interesses nacionais, Netanyahu sacrifica até vidas israelitas. Para agradar aos setores mais extremistas, normalizou a violência, expôs soldados a riscos evitáveis e prolongou uma guerra que já perdeu qualquer racionalidade estratégica. Os mais de 52 mil mortos em Gaza, a maioria civis, deveriam ser suficientes para acender todos os alertas. Mas nem a vida dos próprios cidadãos parece ser limite para um governo disposto a tudo para se manter no poder.

Externamente, Netanyahu está a isolar Israel como nunca. A nota conjunta de Reino Unido, França e Canadá exigindo a suspensão imediata da ofensiva, a entrada irrestrita de ajuda humanitária e a colaboração com a ONU mostra que até os aliados históricos estão a perder a paciência. Uma outra nota, assinada por 22 ministérios dos Negócios Estrangeiros da União Europeia e três altos representantes, exige a libertação imediata dos reféns e o recomeço da ajuda humanitária em larga escala. A forma como a guerra tem sido conduzida viola o direito internacional humanitário, alimenta acusações de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça, impulsiona o antissemitismo no mundo e mancha a memória do povo judeu, vítima das maiores atrocidades da história.

Num momento de crise das normas internacionais e do multilateralismo, Netanyahu contribui diretamente para a perda de legitimidade de Israel no sistema internacional. A emissão de um mandado de captura contra o primeiro-ministro por parte do Tribunal Penal Internacional, ainda que no contexto de combate ao terrorismo, é um marco negativo inédito para a imagem institucional do país. Ao mesmo tempo, cresce a influência do extremismo religioso na definição das políticas israelitas. Ao tentar salvar-se, Netanyahu compromete o futuro de Israel por dentro e por fora.

No fim de contas, os israelitas não enfrentam apenas um inimigo. De um lado, há grupos terroristas que defendem abertamente a destruição de Israel e que devem, sim, ser combatidos. Mas do outro, há um primeiro-ministro que se tornou um risco interno. Um líder que isola diplomaticamente o país, sabota a possibilidade de resgatar reféns, mina a coesão nacional e expõe os seus soldados. Tudo para prolongar uma guerra que já não se justifica. Netanyahu transformou uma resposta legítima ao terror numa máquina de destruição descontrolada, que alimenta o extremismo, fomenta o antissemitismo e desgasta a imagem de Israel no mundo. Hoje, o país que ele diz defender está mais vulnerável, mais dividido e mais desacreditado. E isso não é culpa do Hamas. É o resultado direto de quem governa como se o cargo fosse um escudo pessoal.

PAM precisa de 384 milhões para operações de emergência até outubro

Por LUSA  20/05/2025

O Programa Alimentar Mundial (PAM) alertou hoje que precisa de 384 milhões de euros para sustentar operações de emergência até outubro na República Democrática do Congo, anunciando que o país atingiu números recorde de fome e deslocamentos.

Mais de 28 milhões de pessoas enfrentam fome severa na República Democrática do Congo (RDCongo), o maior número registado no país, de acordo com a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), sendo que quase oito milhões de pessoas enfrentam fome aguda em quatro províncias orientais do país - Kivu do Norte, Kivu do Sul, Ituri e Tanganica -, um aumento de 21% desde dezembro, e outros 2,3 milhões enfrentam níveis emergenciais de fome (IPC4), o segundo nível mais alto de insegurança alimentar.

A segunda maior nação da África também registou números recorde face aos números de pessoas deslocadas, com mais de 7,8 milhões de pessoas a fugirem de suas casas devido aos conflitos, refugiando-se nos países vizinhos.

O diretor do PAM para a África Oriental e Austral, Eric Perdison, apelou por uma "ação forte e coletiva" nos níveis nacional, regional e internacional para "reverter uma trajetória sombria".

O PAM conseguiu fornecer assistência alimentar e nutricional a mais de um milhão de democrático-congoleses este ano, porém, com a escassez de recursos, a agência pode ser obrigada a suspender a ajuda a cerca de metade das pessoas beneficiadas numa questão de semanas.

Eric Perdison pediu uma colaboração mais forte entre as autoridades e os profissionais de ajuda humanitária que operam na região, adiantando que o conflito na RDCongo tem sido uma crise esquecida e que, por isso, é importante que a comunidade internacional defenda a população do país e atenda às suas necessidades.

Para o PAM e outras organizações humanitárias, mitigar a crise atual da RDCongo é apenas o primeiro passo.

"O objetivo a longo prazo deve ser trabalhar em prol do desenvolvimento sustentável", declarou Perdison, "e isso requer a adesão do Governo e de todos os atores envolvidos".

Perdison destacou a cidade de Goma, capital da província de Kivu do Norte, onde, desde o início do ano, o conflito fez com que os bancos e as escolas fechassem, os agricultores ficaram impedidos de plantar e dispararam os preços dos produtos básicos.

Pelo menos em Goma, as escolas e lojas reabriram, as pessoas deslocadas estão a voltar para as suas casas e estão a ser entregues alimentos e utensílios domésticos.

Desde 1980, o leste da RDCongo está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo exército, apesar da presença da missão de manutenção de paz da ONU.

Médicos alertam para perigoso ingrediente encontrado em vários produtos... Encontra-se, muitas vezes, até em produtos alimentares saudáveis no supermercado.

Por  LUSA 20/05/2025

Vários estudos científicos têm vindo a apontar para os perigos dos emulsionantes, um ingrediente encontrado em vários produtos alimentares disponíveis nos supermercados, incluindo saudáveis, como iogurte, noticia o Daily Mail.

Aditivos como goma xantana, sucralose e lecitina de soja são utilizadas nos alimentos para manter os ingredientes unidos e conferir-lhes uma textura suave. 

 Porém, investigação científica tem concluído que podem causar estragos na microbiota intestinal, provocando gases, inchaço, alterações intestinais e inflamação associada ao cancro.

"A inflamação crónica conduz ao cancro do cólon, e eu suspeito que isso seja uma das razões deste novo aumento de jovens que desenvolvem cancro do cólon", revelou a presidente da American Gastroenterological Association, Maria Abreu, citada pela referida publicação. 

 "Uma das coisas que mudou drasticamente na nossa alimentação foi a adição de emulsionantes."

Depois do encontro popular em Guiledje, o Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló inaugurou hoje, terceiro e ultimo dia da Presidência Aberta na zona sul, o Centro de Transformação do Arroz de São Francisco da Floresta e a Pista Rural "Cabante a Cafin", na secção de Cabedu, setor de Bedanda, região de Tombali.

Guiné anuncia que idade mínima de casamento passa a ser de 25 anos... O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, anunciou hoje que a idade mínima para contrair matrimónio no país passa a ser de 25 anos e avisou que quem infringir esta determinação será considerado pedófilo.

Por LUSA   20/05/2025

Num comício popular na histórica localidade de Guiledje, no sul da Guiné-Bissau, onde se encontra hoje numa "presidência aberta", Sissoco Embaló afirmou que as crianças e os jovens de todo o país devem ser encaminhados para a escola e não para casamento "antes do tempo", sendo que o Código Civil da Guiné-Bissau legaliza o casamento a partir dos 16 anos.

"Peço aos jovens e aos anciãos desta zona para que parem com o casamento precoce das meninas (...) que devem estudar. O casamento só é aceite na Guiné-Bissau a partir dos 25 anos, quem casar antes disso vamos dizer que é pedófilo", declarou Embaló.

A diretiva do Presidente guineense também é extensiva à mulher adulta que casar com um jovem do sexo masculino com menos de 25 anos, disse.

"A mulher que casar com um jovem com menos de 25 anos, porque há mulheres que gostam de casar com jovens, vamos dizer que também é uma pedófila", avisou Sissoco Embaló.

O sul da Guiné-Bissau é considerado por Organizações Não Governamentais (ONG) como das zonas com maior taxa de incidência de casamentos precoces e forçados de meninas, às vezes, de tenra idade.

O Código Civil da Guiné-Bissau prevê que a idade para se contrair matrimónio é a partir dos 16 anos, mas em muitas comunidades rurais as meninas são dadas em casamento às vezes a partir dos 13 anos.

Um centro da Igreja Evangélica em Catió, capital da região de Tombali, a cerca de 300 quilómetros de Bissau, acolhe neste momento cerca de 40 meninas fugidas do casamento forçado em aldeias próximas de Catió.

O Presidente guineense instou os pais e encarregados de educação para que "ponham as crianças na escola" e prometeu que o Governo, com ajuda do Japão, vai construir mais escolas no sul do país.

Sissoco Embaló criticou, ainda, o comportamento de alguns professores que recebem salário do Estado, mas "não comparecem nas salas de aulas".

"Em cada localidade que visitei os diretores dizem-me que o Estado coloca os professores nas escolas, mas esses aparecem apenas para assumir compromisso e desaparecem, só voltam a comparecer na escola para receber salário", afirmou o Presidente guineense.

O chefe de Estado, que se faz acompanhar, na sua digressão pelo país, de vários ministros do seu Governo, instou o titular da pasta das Finanças, Ilídio Té, a criar uma comissão de pagamento presencial de professores e pessoal médico.

"O professor tem de estar na escola onde foi colocado, assim como o técnico da saúde. Quem não estiver aí não recebe salário", determinou Sissoco Embaló, anunciando ainda a construção de estradas e poços de água, conforme o pedido da população de Guiledje.

Esta povoação guineense, junto à fronteira com a Guiné-Conacri, foi um importante aquartelamento da tropa colonial portuguesa construído em 1964, tomado pelos guerrilheiros do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) numa operação desencadeada no dia 22 de maio 1973.


Migrantes sem direito a asilo? Comissão Europeia quer acelerar deportação... A Comissão Europeia propôs hoje medidas para acelerar as deportações de requerentes de asilo que não tenham direito ao estatuto, nomeadamente o fim da ligação com os países terceiros seguros para onde são transferidos.

© Lusa   20/05/2025

A proposta tem como objetivo dar maior margem de manobra aos Estados-membros para a classificação de países terceiros seguros para a deportação de requerentes que não cumpram os critérios para a concessão de asilo, garantindo que não haverá represálias.

As alterações do executivo comunitário eliminam a necessidade de haver uma ligação entre o migrante e o local para onde é transferido.

No âmbito da revisão do Pacto para a Migração e Asilo, a ligação entre o requerente e o país terceiro seguro deixará de ser obrigatória para a deportação.

Outra alteração prevista propõe que os recursos de decisões de expulsão para país terceiro seguro deixem de ter um efeito suspensivo automático.

A proposta tem de ser aprovada pelo Conselho da UE e o Parlamento Europeu.

Ao abrigo do direito da UE, os países terceiros podem ser considerados seguros quando preenchem uma série de condições, como a proteção contra a repulsão, a ausência de risco real de danos graves e de ameaças à vida e à liberdade em razão da raça, religião, nacionalidade, pertença a um grupo social ou opinião política, bem como a possibilidade de solicitar e receber proteção efetiva.


Leia Também: Partiu 1.º grupo de migrantes que aceitou sair voluntariamente dos EUA.... O primeiro grupo de migrantes sem documentos que aceitou receber mil dólares para se 'autodeportar' deixou os Estados Unidos na segunda-feira, num voo para as Honduras e a Colômbia, de acordo com o Departamento do Interior norte-americano.


Ministros do G7 debatem conflito na Ucrânia com guerra comercial na mente... Os ministros das Finanças do G7 reúnem-se no Canadá a partir de hoje, com Kiev como convidado especial, anunciando discussões sobre a guerra com a Rússia, quando outro conflito, desta vez comercial, está na mente de todos.

© Shutterstock   Lusa   20/05/2025

Até sexta-feira, os ministros das Finanças das principais democracias industrializadas (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) reúnem-se no oeste do Canadá, no cenário do Parque Nacional de Banff.

Por detrás dos sorrisos apropriados, a fotografia de família dos membros do G7 corre o risco de ser manchada pelas divisões crescentes desde o regresso de Donald Trump ao poder, em janeiro passado.

No início de abril, o Presidente norte-americano provocou ondas de choque em todo o mundo quando impôs novas tarifas sobre a maioria dos produtos que entram nos Estados Unidos.

Desde então, recuou parcialmente e fechou um acordo comercial considerado "histórico" com Londres.

No entanto, os impostos sobre os produtos importados continuam a ser muito mais elevados do que antes do seu regresso à Casa Branca, o que suscita receios de um abrandamento económico generalizado.

Este será um G7 "invulgar", porque as sobretaxas criaram um clima de tensão entre os países aliados, declarou à France Presse Ananya Kumar, investigadora do grupo de reflexão Atlantic Council.

Os membros do G7 estão agora a tentar convencer Donald Trump a reverter as suas tarifas e espera-se que se aglomerem em torno do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, durante a reunião.

Em várias ocasiões, o secretário do Tesouro pareceu inclinar-se para as posições do Presidente. Também negociou recentemente um desanuviamento com Pequim, depois de as tarifas terem atingido níveis exorbitantes para ambas as partes.

No seio da Administração Trump, "mostrou que pode ser a figura razoável", observa Carl Weinberg, economista-chefe da empresa de análise High Frequency Economics, citado pela AFP.

No entanto, o ministro continua "sob pressão para cumprir as promessas do Presidente", acrescenta.

De acordo com um porta-voz do seu departamento, Scott Bessent vai defender que o G7 "volte ao essencial e se concentre em resolver os desequilíbrios (comerciais) e as práticas injustas dentro e fora do G7".

Uma fonte familiarizada com as intenções da delegação norte-americana indicou que se espera uma condenação conjunta do excesso de capacidade de produção na China, como fonte de desestabilização para as indústrias de outros países.

As reuniões do G7 deste ano são presididas pelo Canadá - um dos alvos preferidos do Presidente Trump.

O ministro das Finanças canadiano, François-Philippe Champagne - no cargo apenas desde março - convidou o homólogo ucraniano, Sergii Marchenko.

Os dois darão uma conferência de imprensa imediatamente antes do início oficial da reunião dos ministros das Finanças do G7.

Kiev quer convencer Washington a impor novas sanções à Rússia.

Donald Trump fez uma aproximação a Moscovo, embora nos últimos tempos se tenha mostrado menos conciliador.

No final de uma reunião na segunda-feira com o seu homólogo Vladimir Putin, o Presidente americano disse ter-lhe perguntado quando tencionava "pôr fim ao derramamento de sangue".

Para os europeus, uma das prioridades em Banff será fazer com que o G7 demonstre o seu apoio "inequívoco" à Ucrânia, disse uma fonte diplomática à AFP.

"Não poderemos aceitar uma linguagem completamente diluída" em qualquer texto final resultante desta reunião, sobre a qual a presidência canadiana está a trabalhar, disse hoje o Ministério da Economia francês aos jornalistas, numa altura em que os Estados Unidos se distanciaram do multilateralismo.

Há um ano, uma reunião do G7 Finanças avançou para um acordo sobre a utilização dos juros gerados pelos ativos soberanos russos que foram congelados em retaliação pela invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.


Colesterol: Novo tratamento pode reduzir colesterol em 49%, revela estudo... A investigação combinou novos fármacos com antigos para conseguir chegar a este resultado. Saiba tudo.

© Shutterstock  Notícias ao Minuto  20/05/2025

Um novo estudo da Cleveland Clinic revelou que uma combinação de fármacos pode ajudar a reduzir o colesterol de 49%. Na investigação foi usado um fármaco já antigo e outro mais recente.

"Apesar das terapias com estatinas e outros medicamentos, muitos pacientes com alto risco de doença cardíaca ou com doença cardíaca pré-existente não atingem as suas metas de colesterol", começa por dizer Ashish Sarraju, um dos autores do estudo.

"Esta terapia combinada ajudou pacientes de alto risco que precisam de uma redução adicional do colesterol", continua.

O estudo analisou dados de 407 adultos. Receberam doses diárias de ezetimiba e obicetrapibe. Depois de 84 dias de tratamento, foi possível reduzir o colesterol de grande parte dos pacientes.

"Estes resultados reforçam o potencial do uso dessa combinação de dose fixa para ajudar no tratamento de um conjunto de pacientes mais complicados de tratar."


Leia Também: Três 'regras de ouro' para evitar o aumento do colesterol

Guiné-Bissau: Última Hora. Aconteceu há pouco um acidente de viação na estrada Aeroporto-Safim que fez 5 vítimas mortais e vários feridos confirmados pela nossa reportagem no terreno

 Rádio Capital Fm / Rádio Sol Mansi

Pelo menos cinco pessoas morreram na manhã desta terça-feira (20.05), em Bissaquel, arredores de Bissau, na sequência de um acidente de viação que envolveu um transporte misto de passageiros.

Ainda se desconhece o número de feridos. O comandante da Polícia de Trânsito que esteve no local do acidente recusou prestar declarações à CFM, alegando falta de autorização dos superiores. 

Segundo testunhas, que falaram com o repórter da CFM no local, o carro terá saído esta manhã de Canchungo, no norte do país, para Bissau.

Imagens. Cortesia de Carlos Nelson Sanó

Notícia em actualização ... 

Alimentação: Cientistas alertam! Bebidas energéticas podem aumentar risco de leucemia... Investigadores afirmam que um determinado aminoácido presente nos energéticos como Celsius, Red Bull e Monster pode aumentar o risco de cancro no sangue.

© Shutterstock   Notícias ao Minuto  20/05/2025 

Se é fã de bebidas energéticas, talvez já tenha ouvido falar que a sua alta quantidade de açúcar artificial pode causar inflamação, problemas intestinais e até mesmo aumento de peso indesejado. Mas se isso não o alertou, um novo estudo pode fazê-lo.

Investigadores afirmam que um determinado aminoácido presente nas bebidas energéticas como Celsius, Red Bull e Monster pode aumentar o risco de cancro no sangue.

O estudo, publicado na revista Nature, mostrou que o aminoácido taurina pode aumentar o crescimento de células de leucemia.

A taurina é encontrada em carnes, frutos do mar e laticínios. Também é produzida naturalmente pelo corpo e "tem funções importantes no coração, no cérebro e no sistema imunológico", explicou a nutricionista Julia Zumpano à Cleveland Clinic.

"Ajuda a promover o crescimento dos nervos, ajuda a manter a hidratação adequada e produz sais biliares, que auxiliam na digestão", acrescentou ainda. "A taurina também regula os minerais e auxilia o funcionamento geral do sistema nervoso, da visão e dos olhos."

Então, por que é que a taurina pode ser problemática? 

Os investigadores descobriram que a taurina é produzida na medula óssea, onde os cancros sanguíneos se desenvolvem. "As células leucémicas são incapazes de produzir taurina por si mesmas, então dependem de um transportador de taurina (codificado pelo gene SLC6A6) para capturar a taurina do ambiente da medula óssea e entregá-la às células cancerígenas."

Além disso, "à medida que as células leucémicas absorvem taurina, alimentam o crescimento do cancro". Posto isto, os cientistas afirmam que quantidades excessivas de taurina podem aumentar o risco de leucemia. Por outro lado, impedir que a taurina entre nas células leucémicas pode retardar a progressão do cancro.

"Como a taurina é um ingrediente comum em bebidas energéticas e frequentemente fornecida como suplemento para atenuar os efeitos colaterais da quimioterapia, o nosso trabalho sugere que pode ser interessante considerar cuidadosamente os benefícios da suplementação de taurina em pacientes com leucemia", concluiu o estudo. 


Leia Também: Cancro da próstata. Quais os sintomas deste tumor diagnosticado a Biden?

Leia Também: Caminhar todos os dias poderá reduzir risco de 13 cancros... Um estudo recente analisou 85.000 pessoas.

Chef francês confessa ter matado e cozinhado corpo de homem após assalto... Assalto correu mal e cozinheiro usou conhecimentos de cozinha para tentar desfazer-se do corpo.

© X/GetWhiskedAway   Notícias ao Minuto  20/05/2025 

O dono de um restaurante francês, suspeito de ter matado um homem, confessou o crime em tribunal, revelando detalhes que tornam toda a situação ainda mais macabra.

Philippe Schneider, de 69 anos, e a sua companheira Nathalie Caboubassy, de 45 anos, estão a ser julgados pelo seu alegado envolvimento no assassinato de Georges Meichler, de 60 anos, que desapareceu em 2023.

Agora, o chef confessou ter matado o homem, durante um assalto que terá corrido mal.

Segundo este, ele e a mulher invadiram a casa da vítima,  na aldeia francesa de Brasc, e amarraram-na enquanto percorriam a casa para roubar coisas. Quando voltaram junto de Georges, este estava inconsciente. Terá morrido asfixiado.

Depois disso, e para encobrir o que fizera, o cozinheiro disse ter cortado o corpo da vítima e cozinhado partes do mesmo numa panela de legumes. Segundo o própria, esta é uma prática que aprendeu no Nepal e que serve para disfarçar odores.

Uma outra testemunha, que trabalhou para o cozinheiro, relatou também que o homem o obrigou a cozinhar partes do corpo, exigindo que a carne ficasse tão cozida que se soltaria sozinha do osso. Se alguém o questionasse sobre  que estava a fazer, deveria responder que era comida para os cães.

Schneider está a ser julgado por rapto que resultou numa morte, ocultação de cadáver e perigo para a integridade do cadáver. Já a sua mulher está a ser julgada por ter sido cúmplice. 

Espera-se que o veredito de ambos seja anunciado a 22 de maio.


"Exclusivo". Polícia sul-coreana quer deter jornalista por "artigo falso"... A polícia da Coreia do Sul informou hoje que solicitou à justiça a emissão de um mandado de detenção para um jornalista que publicou uma notícia falsa sobre a imposição da lei marcial em dezembro.

© JUNG YEON-JE/AFP via Getty Images   Lusa   20/05/2025

Em janeiro, um repórter do meio de comunicação local Sky eDaily afirmou, num artigo alegadamente "exclusivo", que as tropas sul-coreanas tinham detido 99 espiões chineses em 03 de dezembro, dia em que o ex-presidente deposto Yoon Suk-yeol impôs a lei marcial.

Citando alegadas fontes anónimas da inteligência militar dos Estados Unidos, o jornalista escreveu que os espiões tinham sido colocados sob custódia militar norte-americana em Okinawa, no Japão, depois de terem sido detidos numa instalação da comissão eleitoral sul-coreana.

A Polícia Metropolitana de Seul disse à agência de notícias France-Presse (AFP) que tinha emitido um mandado de detenção para o jornalista por "obstrução de deveres oficiais" da comissão eleitoral.

O jornalista, cujo nome não foi divulgado pela polícia, é acusado de publicar um "artigo falso, que perturbou" as operações da comissão, acrescentou um porta-voz da polícia.

O porta-voz acrescentou que a resposta do tribunal sobre o pedido de emissão do mandado de detenção deverá ser conhecida esta quarta-feira.

O serviço de verificação de factos da AFP já tinha identificado o artigo do Sky eDaily, cujo conteúdo foi refutado tanto pela comissão eleitoral sul-coreana como pelas forças armadas dos Estados Unidos na Coreia do Sul.

Yoon Suk-yeol surpreendeu a Coreia do Sul na noite de 03 para 04 de dezembro ao declarar inesperadamente a lei marcial e enviar o exército para assumir o controlo do Parlamento. No entanto, os deputados sul-coreanos conseguiram reunir-se a tempo de cancelar a medida.

O antigo líder, que foi deposto no início de abril, justificou as ações citando ameaças de "forças comunistas norte-coreanas" e a sua obrigação de "eliminar elementos hostis ao Estado".

As ações de Yoon conquistaram o apoio de figuras religiosas extremistas e de YouTubers da direita radical e alimentaram uma onda de desinformação e teorias da conspiração online, com conteúdo não verificado que incluía alegações não comprovadas de fraude eleitoral e espionagem chinesa.

Quatro apoiantes envolvidos no ataque de janeiro a um tribunal que tinha aprovado formalmente a detenção de Yoon foram condenados a penas de prisão na semana passada.

Primeiro transplante de bexiga do mundo realizado com sucesso nos EUA

Por  SIC Notícias  20/05/2025

Oscar Larrainzar, de 41 anos, recebeu uma bexiga e um rim do mesmo dador numa operação de oito horas. Esta inovação pode transformar o tratamento de pacientes com distúrbios graves da bexiga, oferecendo uma alternativa às reconstituições artificiais ou bolsas de ostomia.

Cirurgiões realizaram nos Estados Unidos, com sucesso, um transplante de bexiga humana, uma inovação a nível mundial que pode ser um ponto de viragem para os doentes que sofrem de distúrbios graves da bexiga.

Oscar Larrainzar, de 41 anos, que faz diálise há sete anos, foi o beneficiário do transplante.

O homem teve de remover grande parte da bexiga há vários anos devido a um cancro e depois teve os dois rins removidos, explicou a Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA), uma das duas universidades envolvidas, num comunicado.

Resultados encorajadores com melhoria imediata da função renal

Larrainzar recebeu uma bexiga e um rim - do mesmo dador - durante uma operação de aproximadamente oito horas, realizada no início de maio, no hospital Ronald Reagan UCLA, em Los Angeles, na Califórnia (sudoeste).

"Os cirurgiões primeiro transplantaram o rim, depois a bexiga e depois ligaram o rim à nova bexiga utilizando a técnica que desenvolveram", disse a universidade.

Os resultados foram encorajadores e quase instantâneos, disse um dos cirurgiões, Nima Nassiri.

"O rim produziu imediatamente um grande volume de urina e a função renal do paciente melhorou imediatamente (...) Não foi necessária diálise após a operação e a urina fluiu corretamente para a nova bexiga", acrescentou.

"Esta cirurgia representa um momento histórico na medicina e pode transformar o tratamento de doentes com bexigas que já não funcionam", insistiu Inderbir Gill, que coliderou a operação.

Operação realizada após quatro anos de preparação

Os transplantes de bexiga são considerados muito complexos, principalmente devido às dificuldades de acesso à área e ao grande número de vasos sanguíneos.

Por conseguinte, aos doentes era apenas oferecida a reconstrução artificial da bexiga com recurso a um tubo digestivo ou a inserção de uma bolsa de ostomia, uma prótese externa capaz de recolher a urina.

Estas intervenções são eficazes, mas acarretam "inúmeros riscos a curto e longo prazo", disse Gill.

Nima Nassiri e Inderbir Gill trabalhavam há anos no desenvolvimento de uma técnica cirúrgica para permitir transplantes de bexiga.

O primeiro transplante ocorre após mais de quatro anos de preparação e deve ser seguido por outros, como parte de um ensaio clínico que deve permitir avaliar os benefícios e os riscos deste tipo de operação.


Leia Também: Uma nova investigação, cujas descobertas foram apresentadas na segunda-feira na Conferência Internacional da Sociedade Torácica Americana (ATS, na sigla em inglês) de 2025, estudou os efeitos dos microplásticos nos pulmões e no sistema imunitário pulmonar e descobriu que estes poluentes inalados prejudicam a função dos macrófagos pulmonares, um tipo de glóbulos brancos encontrado nos pulmões e essencial para o sistema imunitário.

O Alto Comissariado para a Perigrinacao e a Orange Bissau assinam hoje ( 20.05), um contrato de colaboração no âmbito de Hajj 2025... O Acordo de parceria visa facilitar a comunicação dos peregrinos com as suas famílias atraves do serviços do Roaming.

Buraco de 100 metros descoberto em Marte pode ser “portal” para vida alienígena, dizem especialistas

Buraco de 100 metros descoberto em Marte pode ser “portal” para vida alienígena, dizem especialistas (Foto: Instagram)  Por msn.com/pt  20/05/2025

Um buraco de mais de 100 metros de profundidade encontrado na superfície de Marte poderia ser um “portal” para vida alienígena, segundo especialistas em astronomia.

A imagem, compartilhada pela NASA, mostra a enorme abertura na paisagem marciana. “Buracos como este são de particular interesse porque podem ser portais para níveis mais baixos que se estendem para cavernas subterrâneas expansivas”, diz a legenda do clique.

A legenda foi escrita pelo renomado astrofísico Robert Nemiroff, professor de Física na Universidade Tecnológica de Michigan (MTU), e por Jerry Bonnell, especialista sênior do corpo docente do Departamento de Astronomia da Universidade de Maryland.

“Se for assim, esses túneis naturais estão relativamente protegidos da superfície áspera de Marte, o que os torna candidatos relativamente bons para conter vida marciana. Essas fossas são […] alvos principais para possíveis futuras naves espaciais, robôs e até mesmo exploradores interplanetários humanos”, ainda disseram eles.

A imagem foi originalmente capturada em 2017 pelo Mars Reconnaissance Orbiter. A razão por trás da formação do buraco ainda é um tópico de especulação, no entanto, especialistas acreditam que ele pode ter sido criado pelo impacto de um meteoro.

Ainda assim, ele parece ser um ótimo ponto de acesso para o interior do Planeta Vermelho, permitindo com que cientistas explorem a possibilidade de existir vida marciana abaixo da superfície.

Foto e vídeo: Instagram @astronomypicturesdaily. Este conteúdo foi criado com a ajuda da IA e revisado pela equipe editorial.

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Acompanhe o discurso do Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló em Catió_Tombali no âmbito da sua Presidência Aberta onde abordou a situação política do país.



Veja Também:  Catió, Tombali recebe o Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló em Presidência Aberta. A digressão iniciada em Ganadu na região de Bafata, leste do país, passou pela Buba, na região de Quinará. 

Netanyahu acusa Canadá, França e Reino Unido de darem "enorme recompensa" ao Hamas... Emmanuel Macron, Keir Starmer e Mark Carney declararam "oposição firme à expansão das operações militares israelitas em Gaza". Afirmaram ainda que, se Israel não parar, tomarão "medidas em resposta".

Abir Sultan/AP Photo  Por sicnoticias.pt   19/05/2025

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que a condenação da ofensiva militar do país na Faixa de Gaza pelos líderes de Reino Unido, Canadá e França equivale a oferecer ao Hamas uma "enorme recompensa".  

"Ao apelarem a Israel para que termine uma guerra defensiva pela nossa sobrevivência antes que sejam destruídos os terroristas do Hamas na nossa fronteira, e ao exigirem um Estado palestiniano, os líderes de Londres, Otava e Paris estão a oferecer uma enorme recompensa pelo ataque genocida a Israel em 7 de outubro, enquanto encorajam novas atrocidades deste tipo", afirmou Netanyahu, em comunicado, referindo-se ao ataque das milícias palestinianas em 2023, que desencadeou a guerra em Gaza.  

O presidente francês, Emmanuel Macron, e os primeiros-ministros britânico, Keir Starmer, e canadiano, Mark Carney, declararam, esta segunda-feira, "oposição firme à expansão das operações militares israelitas em Gaza", considerando que o "nível de sofrimento humano" no enclave palestiniano "é intolerável".  

"Se Israel não terminar a nova ofensiva militar e levantar as restrições à ajuda humanitária, tomaremos novas medidas concretas em resposta", alertaram numa declaração conjunta, sem detalhar.

EUA e aliados da Ucrânia apoiam oferta do Papa para conversações de paz... A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou hoje que a disponibilidade do Papa Leão XIV para acolher no Vaticano conversações entre Ucrânia e Rússia foi bem aceite pelos aliados europeus e pelos Presidentes de Estados Unidos e da Ucrânia.

© Lusa  19/05/2025

Após uma chamada telefónica com o Presidentes russo, o líder norte-americano Donald Trump falou com homólogos ucraniano, Volodymyr Zelensky e francês, Emmanuel Macron, e ainda com a presidente com a presidente da Comissão Europeia, segundo Meloni, que afirmou em comunicado que "a disponibilidade do Santo Padre para acolher conversações no Vaticano foi vista de forma positiva". 

O objetivo da conversa telefónica entre estes líderes, acrescentou a chefe do governo italiano, era "trabalhar para a abertura imediata de negociações entre as partes, o que poderia levar o mais rapidamente possível a um cessar-fogo e estabelecer as condições para uma paz justa e duradoura na Ucrânia".

Na chamada com Trump participaram ainda o Presidente finlandês, Alexander Stubb, e o chanceler alemão, Friedrich Merz.

O Papa Leão XIV, oficialmente empossado no domingo, ofereceu a sua mediação aos beligerantes de todo o mundo na semana passada, perante os representantes das Igrejas cristãs do Oriente.

"A Santa Sé está disponível para que os inimigos se encontrem e se olhem nos olhos, para que os povos possam redescobrir a esperança e a dignidade a que têm direito, a dignidade da paz", disse.

O Papa norte-americano deplorou a violência, apelando aos esforços para alcançar a paz, referindo em particular os numerosos conflitos no mundo, "da Terra Santa à Ucrânia, do Líbano à Síria, do Médio Oriente a Tigray", na Etiópia, "e no Cáucaso".

"Farei tudo o que estiver ao meu alcance para promover a paz", prometeu o novo Papa, que teve uma audiência no fim de semana com o vice-Presidente dos EUA, JD Vance.

O secretário de Estado (número dois) da Santa Sé, Pietro Parolin, citado pelos meios de comunicação social, confirmou a disponibilidade do Pontífice para acolher no Vaticano um "encontro direto" entre responsáveis ucranianos e russos.

O Presidente da Rússia disse hoje que o retomar das negociações com a Ucrânia "está no bom caminho", no final de um telefonema de mais de duas horas com o homólogo dos Estados Unidos.

"Os contactos entre os participantes nas negociações de Istambul foram retomados, e isso permite-nos assumir que, em geral, estamos no bom caminho", disse Vladimir Putin aos jornalistas, depois do telefonema, numa referência aos encontros iniciados na passada semana, na Turquia.

Donald Trump e Putin conversaram durante mais de duas horas, depois de a Casa Branca ter dito que o líder norte-americano "estava frustrado" com o conflito e ter planeado um telefonema separado com Zelensky, na esperança de progredir para um cessar-fogo na guerra na Ucrânia.  

Putin garantiu estar disponível para trabalhar para acabar com o conflito na Ucrânia e que é a favor de uma "solução pacífica", reconhecendo que serão necessários compromissos que sejam do agrado de ambas as partes.  

O Presidente russo descreveu a conversa com Trump como "franca e significativa".  

Antes do telefonema com Putin, Trump já tinha falado telefonicamente com Zelensky.

Trump anunciou a intenção de falar com os dois líderes na passada sexta-feira, dizendo que iam discutir como parar o "banho de sangue" na Ucrânia e questões comerciais.  

Na sexta-feira, representantes ucranianos e russos reuniram-se na Turquia, encontro em que o único acordo tangível foi a troca de mil prisioneiros de guerra para cada lado e a promessa de troca de listas de condições para um possível cessar-fogo.

A presidente da Comissão Europeia agradeceu hoje a Trump os "esforços incansáveis" para tentar alcançar um cessar-fogo entre a Ucrânia e Rússia.

Ursula von der Leyen considerou ser "importante que os EUA se mantenham envolvidos" nas negociações entre a Ucrânia e o Kremlin para tentar chegar a um cessar-fogo e um eventual acordo de paz.  


segunda-feira, 19 de maio de 2025

Será que os nossos dedos ficam enrugados sempre da mesma forma?... Veja a resposta.

Por LUSA 

Um novo estudo concluiu que a forma como os nossos dedos enrugam é praticamente igual de todas as vezes que são submersos em água durante algum tempo.

A investigação levada a cabo pelo engenheiro biomédico Guy German, da Binghamton University, em Nova Iorque, explica que à medida que a água se infiltra através dos canais de suor abertos na nossa pele, acaba por diminuir a concentração de sal na nossa camada exterior.

As fibras nervosas alertam depois o cérebro para esta alteração do estado da pele, o que desencadeia a retração automática dos vasos sanguíneos do corpo.

Quando estes pequenos vasos encolhem, 'arrastam' consigo a pele, encolhendo os dedos das mãos e dos pés.

"Os vasos sanguíneos não mudam muito a sua posição, movem-se um pouco, mas em relação a outros vasos sanguíneos, são bastante estáticos", explica German, citado pelo site Science Alert.

"Isso significa que as rugas devem-se formar da mesma forma e nós provámos isso."

Este efeito acontece como forma de o corpo se adaptar às condições. Com a pele enrugada, cria-se maior aderência e torna-se mais fácil agarrar em coisas molhadas, ou até mesmo andar sobre pisos possivelmente escorregadios.


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Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), decide a favor da Guiné Equatorial em disputa de ilhas com Gabão

Por  LUSA 

O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), o mais alto tribunal da ONU, decidiu hoje a favor da Guiné Equatorial num litígio de décadas com o Gabão sobre três pequenas ilhas em águas potencialmente ricas em petróleo.

As duas nações vizinhas, na África Ocidental, têm vindo a disputar Mbanié, uma ilha com cerca de 30 hectares, e dois ilhéus mais pequenos, Cocotiers e Conga, desde o início da década de 1970.

Os ilhéus são minúsculos e praticamente desabitados, mas situam-se numa zona potencialmente rica em petróleo e gás, e encontram-se a cerca de dez quilómetros da massa terrestre da Guiné Equatorial, mais próxima, e a cerca de 20 quilómetros da costa do Gabão.

Em 1900, a França e a Espanha, então potências coloniais, assinaram em Paris um tratado que estabelecia as fronteiras entre os dois países, mas o Gabão defende que um tratado posterior, assinado em 1974, a Convenção de Bata, lhe confere soberania sobre as ilhas.

No entanto, o TIJ, com sede em Haia, nos Países Baixos, decidiu que esta convenção "não é um tratado juridicamente vinculativo" e "não constitui um título legal".

O tribunal afirmou que o título legal das ilhas era detido por Espanha, que depois o transferiu para a Guiné Equatorial quando esta se tornou independente em 1968.

Ao contrário da maioria dos países que comparecem perante o TIJ, que decide sobre litígios entre Estados, o Gabão e a Guiné Equatorial concordaram em pedir aos juízes que se pronunciassem com o objetivo de encontrar uma solução amigável.

Os dois países pediram ao TIJ para decidir quais os textos legais válidos e não para dizer especificamente qual a nação que detém a soberania sobre as ilhas.

A Guiné Equatorial alegou nas audiências perante o TIJ que o Gabão ocupou ilegalmente os ilhéus desde que os invadiu em 1972, e contestou a validade da Convenção de Bata.

O vice-ministro das Minas e Hidrocarbonetos da Guiné Equatorial, Domingo Mba Esono, afirmou que os funcionários gaboneses brandiram subitamente o tratado numa reunião entre os dois países em 2003, apanhando a delegação da Guiné Equatorial "completamente de surpresa".

"Ninguém tinha visto ou ouvido falar desta suposta convenção. Além disso, o documento apresentado não era o original, mas apenas uma fotocópia não autenticada", sublinhou Esono.

O advogado que representa a Guiné Equatorial, Philippe Sands, disse que o Tribunal estaria a entrar "no mundo da implausibilidade e do ridículo" ao dar crédito a estes "pedaços de papel".

"Estão a pedir-vos que decidam que um Estado pode confiar numa fotocópia de uma fotocópia de um alegado documento, cujo original não pode ser encontrado e não foi referido ou invocado durante três décadas", afirmou.

A presidente honorária do Tribunal Constitucional do Gabão, Marie-Madeleine Mborantsuo, reivindicou a validade da Convenção de Bata, que, segundo ela, "resolveu todas as questões fundamentais" relativas às fronteiras, admitindo que nenhuma das partes encontrou o tratado original da convenção.

O tratado foi redigido num período anterior à era eletrónica e ao armazenamento de dados, marcado por uma "má manutenção de registos", lamentou.

Rússia regista 621 civis mortos em bombardeamentos ucranianos desde 2022

Por LUSA 

A Rússia indicou hoje que 621 civis morreram nos últimos três anos em bombardeamentos das Forças Armadas Ucranianas.

"De acordo com a investigação, 621 civis foram mortos em consequência de bombardeamentos no território russo, incluindo 38 crianças, e pelo menos 3.217 pessoas ficaram feridas em vários graus de gravidade, incluindo 249 menores", disse o presidente do Comité de Investigação Russo (CIR), Alexander Bastrykin, citado pela agência de notícias russa Interfax.

Bastrykin indicou que o maior número de ataques inimigos foi registado nas regiões de Belgorod, Kursk, Bryansk, Tostov e Krasnodar, bem como na península da Crimeia anexada.

No total, as autoridades iniciaram mais de 3.000 processos criminais para investigar os bombardeamentos ucranianos em território russo, acrescentou.

No total, em três anos de guerra, as Forças Armadas Ucranianas atacaram 34 regiões russas, referiu o CIR.

Os meios de comunicação de investigação independentes, por sua vez, apontaram que um dos anos "mais sangrentos" para os civis foi 2024.

Durante a incursão ucraniana na região de Kursk, em agosto do ano passado, pelo menos 191 civis desta zona foram mortos e 372 ficaram feridos, de acordo com dados oficiais russos.

No lado contrário, a Ucrânia registou mais de 12 mil civis mortos e cerca de 30 mil feridos no país desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, de acordo com dados verificados pelas Nações Unidas.


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