domingo, 24 de agosto de 2025

Rússia acusa Ucrânia de atacar uma instalação nuclear com drones em Kursk... A Rússia acusou hoje a Ucrânia de lançar ataques com drones que provocaram um incêndio numa central nuclear na região ocidental de Kursk durante a noite, no dia em que Ucrânia celebra 34 anos de independência.

Por LUSA 

As autoridades russas afirmaram que várias instalações de energia foram alvo dos ataques durante a noite.

O incêndio na instalação nuclear foi rapidamente extinto, sem que fossem registados feridos, de acordo com o serviço de imprensa da central no Telegram. Embora o ataque tenha danificado um transformador, os níveis de radiação permaneceram dentro dos limites normais.

A agência nuclear das Nações Unidas disse estar ciente das notícias de que um transformador nas instalações se tinha incendiado "devido a atividades militares", mas não recebeu confirmação independente. O seu diretor-geral, Rafael Mariano Grossi, afirmou que "todas as instalações nucleares devem ser protegidas em todos os momentos".

A Ucrânia não comentou imediatamente o alegado ataque.

Os bombeiros também responderam a um incêndio no porto de Ust-Luga, na região de Leningrado, na Rússia, onde se encontra um importante terminal de exportação de combustível. O governador regional disse que aproximadamente 10 drones ucranianos foram abatidos, com os destroços a provocarem o incêndio.

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que as suas defesas aéreas intercetaram 95 drones ucranianos sobre o território russo durante a noite de sábado para domingo.

A Rússia disparou 72 drones juntamente com um míssil de cruzeiro, contra a Ucrânia durante a madrugada de hoje, informou a Força Aérea ucraniana. Destes, 48 drones foram abatidos.

Os incidentes ocorreram no dia em que Ucrânia comemora a independência da União Soviética em 1991. O presidente Volodymyr Zelenskyy fez um discurso em vídeo na Praça da Independência de Kyiv, enfatizando a determinação da nação.

"Estamos a construir uma Ucrânia que terá força e poder suficientes para viver em segurança e paz", disse Zelenskyy, apelando para uma "paz justa".

O enviado especial dos EUA, Keith Kellogg, esteve presente nas comemorações do dia da independência em Kyiv, durante as quais Zelenskyy lhe concedeu a Ordem de Mérito Ucraniana, de 1.º grau.

O primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, chegou a Kyiv hoje de manhã para reuniões com Zelenskyy.

Numa conferência de imprensa conjunta com Zelenskyy, Carney disse que o Canadá investirá 2 mil milhões de dólares canadianos (1,24 mil milhões de euros) numa nova assistência militar à Ucrânia para reforçar o seu exército e fornecer armas necessárias.

Zelenskyy disse que os dois líderes estavam a considerar a presença de forças canadianas no terreno na Ucrânia como parte de uma força de segurança.

A Noruega anunciou hoje também uma nova ajuda militar significativa, prometendo cerca de 7 mil milhões de coroas (598 milhões de euros) para sistemas de defesa aérea.

O primeiro-ministro Jonas Gahr Store disse que a Noruega e a Alemanha estão a financiar conjuntamente dois sistemas Patriot, incluindo mísseis, com a Noruega também a ajudar na aquisição de radares de defesa aérea.

O Papa Leão XIV rezou no hoje pela paz na Ucrânia, ao assinalar o dia da independência do país com um apelo especial durante a sua bênção semanal ao meio-dia.

Entretanto, os combates continuaram na linha da frente no leste da Ucrânia, onde a Rússia afirmou no sábado que as suas forças tinham tomado duas aldeias na região de Donetsk.

O Ministério da Defesa da Rússia disse hoje que 146 militares russos foram devolvidos pela Ucrânia, em troca do mesmo número de militares ucranianos.


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O presidente ucraniano esclareceu hoje que a Ucrânia utiliza apenas armas de produção nacional para os seus ataques com mísseis de longo alcance na Rússia, após ter sido noticiado que Washington vetou o uso de armas suas.


Força Aérea da Nigéria resgata 76 pessoas sequestradas... A Força Aérea da Nigéria resgatou 76 pessoas, incluindo mulheres e crianças recentemente sequestradas por gangues criminosos no estado de Katsina, no noroeste do país, informaram hoje as autoridades locais do país.

Por LUSA 

O resgate ocorreu após um ataque aéreo realizado pela Força Aérea no âmbito da perseguição a um "notório chefe de gangue" e ao seu grupo, suspeitos de estarem por trás do ataque perpetrado na semana passada contra uma mesquita e aldeias vizinhas, que provocou 50 mortos.

O exército realizou no sábado um ataque aéreo em Pauwa Hill, na região de Kankara, "e resgatou 76 vítimas de sequestro, incluindo mulheres e crianças", indicou, em comunicado hoje divulgado, o comissário de segurança do estado de Katsina, Nasir Mu'azu.

"Infelizmente, uma criança perdeu a vida durante esta operação", acrescentou.

Os sequestros em massa com pedidos de resgate são comuns nos estados do noroeste e centro da Nigéria, onde gangues fortemente armados atacam aldeias isoladas para as saquear e sequestrar os seus habitantes, cuja libertação é negociada a troca de dinheiro.

Estas milícias não têm orientação ideológica e são motivadas pela ganância, mas os responsáveis e analistas expressam a sua preocupação com a aliança pragmática que elas estão cada vez mais a fazer com movimentos jihadistas do nordeste do país.

Israel lança uma série de ataques aéreos contra a capital do Iémen... O Exército israelita lançou hoje uma série de ataques aéreos contra a capital do Iémen, Sana, que atingiram as imediações do Palácio Presidencial, uma central elétrica e depósitos de combustível, segundo a televisão Al Masriya.

Por LUSA 

A rede televisiva é considerada uma porta-voz do movimento insurgente iemenita Houthi.

Enquanto se aguarda o comunicado do Exército israelita, o Ministério da Defesa do país publicou uma imagem do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, observando os ataques numa sala de operações e rodeado pelos principais responsáveis pela segurança.

No entanto, fontes de segurança israelitas já revelaram, sob condição de anonimato, que os bombardeamentos constituem uma resposta aos recentes ataques com mísseis dos houthis, cujo o arsenal utilizado constituía um míssil de fragmentação, segundo a Al Jazira.

O escudo defensivo de Israel, a chamada cúpula de ferro, foi incapaz de intercetar toda a carga dos projeteis, de acordo com fontes da investigação do jornal Times of Israel. Embora as defesas aéreas do país estejam capacitadas para responder a este tipo de munição, proibida pelo Direito Internacional.

Numa primeira resposta ao ataque, um representante político dos houthis, Hezam al Asad, avisou que a insurgência não se deixará intimidar e que continuará a sua campanha contra Israel em apoio à causa palestiniana.

"Através da sua agressão contra o nosso povo, o inimigo sionista tenta enganar-se com uma vitória imaginária, atacando um tanque elétrico ou um posto de gasolina, para levantar o moral dos seus colonos entre o fumo que se eleva", advertiu.

"As nossas posições são firmes e baseadas em princípios, e as nossas operações em apoio a Gaza continuarão e serão ampliadas", concluiu o alto membro do movimento insurgente.


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