domingo, 23 de outubro de 2022
AMBIENTE - A RedeLuso Guiné-Bissau visitou este sábado, 22 de Outubro centro de produção de blocos com vidros, sito em Matandi... Sumba Nansil vice-presidente e Ponto Focal RedeLuso Guiné-Bissau falou do âmbito da visita.
REINO UNIDO: É oficial. Rishi Sunak é candidato à liderança do Partido Conservador... "Estou a concorrer para ser o líder do Partido Conservador e o próximo primeiro-ministro", anunciou.
© Getty Images
Notícias ao Minuto 23/10/22
O ex-ministro das Finanças britânico Rishi Sunak anunciou, este domingo, a candidatura à liderança do Partido Conservador, depois de Liz Truss ter apresentado a demissão.
"O Reino Unido é um grande país, mas enfrentamos uma profunda crise económica. É por isso que estou a concorrer a líder do Partido Conservador e a próximo primeiro-ministro", escreveu num comunicado divulgado no Twitter, onde acrescenta querer "consertar a economia e unir o partido".
The United Kingdom is a great country but we face a profound economic crisis.
That’s why I am standing to be Leader of the Conservative Party and your next Prime Minister.
I want to fix our economy, unite our Party and deliver for our country. pic.twitter.com/BppG9CytAK
— Rishi Sunak (@RishiSunak) October 23, 2022
"A escolha que o nosso partido fizer agora decidirá se a próxima geração de britânicos terá mais oportunidades do que a última. É por isso que estou a concorrer para ser o vosso próximo primeiro-ministro e líder do Partido Conservador", disse Sunak.
O antigo ministro salientou que tinha estado à frente das Finanças na altura mais "difícil" para o país, referindo-se à pandemia covid-19, mas acrescentou que "os desafios que enfrentamos são ainda maiores".
"Mas as oportunidades, se tomarmos a decisão certa, são fenomenais", acrescentou.
Rishi Sunak é um dos três nomes que surgiram para esta campanha 'relâmpago' no partido de direita britânico, após a renúncia da primeira-ministra, ao fim de 44 dias no cargo.
De acordo com fontes da campanha, Sunak é o único dos candidatos que já reuniu o apoio de pelo menos 100 deputados necessários para se qualificar para a corrida.
O segundo favorito, o antigo primeiro-ministro Boris Johnson, regressou no sábado de férias a Londres, mas ainda não declarou se vai avançar.
Os apoiantes de Sunak questionaram no sábado a sugestão de que Johnson também já garantiu o apoio de 100 colegas.
A imprensa britânica noticiou que os dois ter-se-ão encontrado para discutir um potencial acordo, o que não foi confirmado oficialmente.
Os candidatos à sucessão de Liz Truss, que se demitiu na quinta-feira após seis semanas em funções, têm até às 14 horas locais (mesma hora em Lisboa) de segunda-feira para formalizar as candidaturas.
Além de Sunak, apenas Penny Mordaunt, líder da Câmara dos Comuns [um cargo no governo equivalente a ministra dos assuntos parlamentares] é candidata. Mordaunt ficou em terceiro lugar atrás de Liz Truss e Rishi Sunak na eleição anterior para suceder a Johnson.
Mordaunt afirmou hoje à BBC ter o apoio de 105 deputados do Partido Conservador, embora as contagens de vários meios de comunicação social britânicos indiquem que o limiar ainda não foi atingido.
Segundo a BBC, Sunak está na frente com 129 assinaturas, Johnson com 55 e Mordaunt com 23.
"Estou muito confiante no progresso que estamos a fazer e garanto que estou nisto para ganhar", vincou Mordaunt, que se assumiu como estando entre Liz Truss e Rishi Sunak em termos de política fiscal.
"É preciso ter estabilidade [económica] para se conseguir impostos baixos e é preciso ter impostos baixos para fazer crescer a economia e criar essa estabilidade. É isso que eu defendo. É por isso que penso que estou em melhor posição para unir o nosso partido", argumentou.
Uma primeira votação reservada ao grupo parlamentar Conservador está prevista para segunda-feira caso se qualifiquem mais do que dois candidatos, sendo o resultado esperado às 18h00.
Os dois finalistas serão submetidos a um voto eletrónico dos cerca de 170.000 militantes "tory" e o resultado anunciado na sexta-feira, exceto se um desistir. Nesse caso, o vencedor poderá ser anunciado logo na segunda-feira.
O sucessor de Truss será indigitado primeiro-ministro e convidado pelo rei Carlos III a formar governo enquanto líder do partido com a maioria parlamentar.
UCRÂNIA/RÚSSIA: Nova forma de guerra. Por que quer a Rússia deixar a Ucrânia às escuras?... Entenda como os ataques das tropas russas podem afetar a população civil.
© REUTERS
Notícias ao Minuto 23/10/22
Depois das centrais nucleares, as instalações elétricas. A Rússia voltou a atacar, este sábado, infraestruturas elétricas na Ucrânia, deixando mais de um milhão de habitações sem energia. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já veio garantir que os ataques russos à rede elétrica do país não impedirão o avanço das tropas para recuperar os territórios ocupados. Contudo, a nova estratégia de Moscovo parece afastar cada vez mais a possibilidade de uma resolução pacífica para o conflito.
Esta semana, o próprio presidente ucraniano confirmou que cerca de 30% das centrais elétricas do país foram destruídas num espaço de oito dias.
Nas palavras do chefe de Estado ucraniano, tem sido realizado um "outro tipo de ataques terroristas russos: a destruição da infraestrutura crítica e energética ucraniana".
A estratégia vem sendo seguida pela Rússia nos últimos dez dias e já nos permite ver imagens de várias cidades mergulhadas na escuridão. Mas qual o objetivo de Moscovo com esta estratégia?
Atingir a população civil
À medida que a contraofensiva ucraniana ganha terreno, Vladimir Putin opta pela estratégia do terror, deixando a população "refém".
Há uma semana, depois de ter efetuado bombardeamentos em grande escala um pouco por toda a Ucrânia, o país voltaria a acordar sob vários ataques contra alvos militares e instalações de energia.
"Hoje, as forças armadas russas continuaram a realizar ataques maciços com armas de longo alcance e de alta precisão a partir de bases terrestres e marítimas contra locais militares e instalações elétricas na Ucrânia", disse o porta-voz do ministério da Defesa russo, garantindo que os objetivos tinham sido alcançados.
Sem precisar o número de ataques nem os locais visados, o porta-voz militar disse que os objetivos foram alcançados.
Minar a resistência ucraniana
Saudados desde o início da guerra pela sua perseverança, os ucranianos têm sido elogiados pela coragem e pelos avanços no terreno, pelo que é natural que o objetivo dos russos passe por quebrar essa resistência, causando pânico e pavor entre a população, que se prepara para enfrentar um inverno rigoroso.
Se não houver eletricidade, o funcionamento dos hospitais, das escolas e dos transportes – essenciais para retirar as populações de regiões afetadas – fica comprometido.
Em Kyiv, o autarca Vitaly Klitschko já teve que instalar geradores para manter a eletricidade em certos lugares estratégicos.
A nova arma de guerra
Os apelos para que os ucranianos reduzam o consumo de eletricidade têm sido obedecidos pela população. Dependendo das regiões, o consumo já baixou entre 5% a 20%, em média, em determinados dias.
"Cada quilowatt economizado é uma arma contra os planos do inimigo", escreveu há uns dias, no Telegram, o chefe da administração militar de Kryvyi Rih, Oleksandr Vilkoul.
Apesar de constituir um crime de guerra, já que estes ataques visam bens civis e não têm objetivos militares, a Rússia pretende com eles que a população enfrente um rigoroso inverno, voltando-a contra o regime de Kyiv.