sexta-feira, 20 de maio de 2022
Putin está "constantemente acompanhado" por equipa médica, diz ex-espião
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Notícias ao Minuto 20/05/22
O ex-espião britânico Christopher Steele revelou que as reuniões do Conselho de Segurança decorrem em sessões, para que Putin possa receber "tratamento médico" nos intervalos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, está "cada vez mais doente" e é "constantemente acompanhado por uma equipa de médicos", revelou o ex-espião britânico Christopher Steele à rádio LBC.
"Está constantemente acompanhado por uma equipa de médicos. As reuniões do Conselho de Segurança, que supostamente duram uma hora, são na verdade divididas em várias sessões. Ele sai e recebe algum tipo de tratamento médico entre as sessões", disse.
Steele, que foi autor de um relatório que acusa Moscovo de estar ligada à campanha eleitoral de Donald Trump de 2016, frisou que "é evidente" que o chefe de Estado russo está "gravemente ferido", mas não é possível "ter a certeza absoluta" que se trata de uma doença "terminal ou incurável".
O ex-espião afirmou ainda que os problemas de saúde de Putin estão a afetar a governação da Rússia. "Há uma desordem crescente e caos no Kremlin. Não há uma liderança política clara vinda de Putin, que está cada vez mais doente. Em termos militares, as estruturas de comando e assim por diante não estão a funcionar como deviam", considerou.
Esta não é a primeira vez que surgem rumores sobre o estado de saúde do líder russo. Ainda na semana passada, informações "ultrassecretas" a que a revista norte-americana New Lines teve acesso, revelaram que um oligarca próximo de Putin afirmou que este "está muito doente com cancro no sangue".
Finlândia celebra processo de adesão à NATO... com (nova) cerveja
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Notícias ao Minuto 20/05/22
Bebida é 'criada' numa pequena fábrica em Savonlinna, uma localidade a cerca de 50 quilómetros da fronteira finlandesa com a Rússia.
A Finlândia pediu, esta semana, para aderir à NATO e a eventual entrada na Aliança Atlântica levou Petteri Vanttinen, de 42 anos, a criar uma forma (no mínimo, interessante) para celebrar: criou uma cerveja.
Chama-se 'OTAN Olutta' - algo como 'Beba uma Cerveja', em português -, brincando com o facto de, na sua sigla traduzida, a Aliança se designar por Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
A bebida é 'criada' numa pequena fábrica - a Olaf - em Savonlinna, uma localidade a cerca de 50 quilómetros da fronteira finlandesa com a Rússia.
E, na lata, não há como enganar. É azul, tem um símbolo em tudo semelhante ao da NATO e está a ser um sucesso: "Habitualmente vendíamos cerca de uma centena de latas de cerveja por dia. Agora, [depois do início do processo de adesão] o número é superior a duas mil", revelou Vanttinen à AFP.
De lembrar que os embaixadores da Finlândia e da Suécia junto da NATO entregaram na passada quarta-feira de manhã os pedidos de adesão dos dois países à organização, no que o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, classificou como um momento "histórico".
A questão da adesão à NATO foi suscitada em Estocolmo e em Helsínquia pelo agravamento da situação de segurança causada pela guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão russa, em 24 de fevereiro. A adesão obriga o país candidato a um verdadeiro exame de entrada, durante o qual deve convencer todos os atuais 30 Estados-membros, onde figura Portugal, do seu contributo para a segurança coletiva e da sua capacidade de cumprir as obrigações.
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ÍNDIA: Durante 36 anos, fingiu ser um homem para conseguir sustentar a família... Desta forma, a mulher conseguiu arranjar emprego em várias áreas.
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Notícias ao Minuto 20/05/22
Uma mulher, na Índia, passou 36 anos da sua vida a fingir ser um homem, para conseguir educar a filha sozinha.
S. Petchiammal, que vivia na aldeia de Kattunayakkanpatti, no distrito de Tamil Nadu, ficou viúva depois de o marido ter sofrido um ataque cardíaco enquanto estava grávida. O homem morreu 15 dias depois de se terem casado, tendo a mulher, essa altura, decidido disfarçar-se de homem, devido ao assédio de que foi vítima no trabalho.
Em entrevista ao The New Indian Express, esta conta que mudou de morada, passou a usar camisas e calças e mudou o seu nome para Mathu.
“Só os meus familiares mais próximos e a minha filha sabem que sou uma mulher”, conta esta mãe, que saiu da sua aldeia há 20 anos para viver uma nova vida.
O objetivo da mudança foi conseguir arranjar trabalho, em qualquer área, para conseguir sustentar a sua família. Durante todos estes anos, trabalhou como pintora, vendedora de chá, entre outros empregos.
S. Petchiammal decidiu revelar agora o seu segredo uma vez que a filha já é uma mulher adulta e independente. Apesar disso, assume que terá dificuldades em sair do papel que já assume há duas décadas.
UEMOA/”A ambição do país é superar o nível de 51 por cento na implementação de pacotes de reformas da organização”, diz Aladje João Fadiá
João Aladje Mamadu Fadia falava na conferência de imprensa conjunta com o Presidente da Comissão da UEMOA, Abdoulaye Diop, após avaliação da edição 2021 da Revista Anual das Reformas, Políticas, Programas e Projetos Comunitários de Comissão da UEMOA na Guiné-Bissau.
ʺA nossa ambição não está no nível onde estamos neste momento, com cerca de cinquenta e um por cento de nível de implementação de todos os pacotes da UEMOA, ambicionamos ir mais além, ser talvez um líder na implementação dos pacotes da organização”, disse Fadia.
Segundo o ministro cessante das Finanças, a Guiné-Bissau se compremeteu perante essa revisão a trabalhar com equipas mais fortes para a partir do ano em curso conseguir a implementação de todas as reformas previstas no quadro da União.
O ministro das Finanças afirmou ter a certeza de que o governo que cessante vai voltar a reassumir as funções por ter o mesmo primeiro ministro, com a mesma dinâmica de legislar sobre todos setores.
Abdoulaye Diop, Presidente da Comissão da UEMOA elogiou as autoiridades guineenses por se conseguir uma programação de mais de 5 por cento, que diz ser apreciavel em termos da dinâmica do exercício na organização.
Destacou que houve progressos de mais 14 pontos porcentuais em termos de Convergências de regulamentos comunitários.
ʺO engajamento do governo de Guiné-Bissau, do ministro das Finanças aqui presente e dos seus colegas do governo e do discurso que ouvimos nos reconforta e esperamos que, na próxima vez, o progresso seja ainda mais notável”, disse.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE A SELECÇÃO NACIONAL GUINEENSE QUE PARTICIPA NO CAMPEONATO DE AFRICA DE SAVATE OU BOXE FRANCÊS
Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló
O Chefe de Estado recebeu em audiência a Equipa Nacional da Guiné-Bissau que participa no Campeonato de África do Savate ou boxe Francês, aquém remeteu a bandeira nacional que abrirá o desfile inaugural deste acontecimento desportivo que terá lugar pela primeira vez na Guiné-Bissau.
Até este momento dez países já confirmaram sua participação, nomeadamente, Marrocos, Tunísia, Senegal, Madagáscar, Ilhas Maurícias,
Guinee Conacri, Gambia, Sudão, Gabão, Mali.
O Presidente da República saudou a selecção nacional desejando-lhes sucessos, ao mesmo tempo que salientou no seu breve improviso "que a organização de um evento a este nível, traz muitos benefícios ao país a começar pela visibilidade, isto porque albergar uma competição internacional é sinónimo de que o país tem paz e estabilidade e consequentemente, susceptivel de atrair empresários e homens de negócios que estão sempre associados ao desporto e ao mesmo tempo servirá para mobilizar a juventude no sentido de um maior engajamento e ocupação positiva dos seus tempos livres, bem como servirá para promover o turismo e contribuir para a economia, como também contribuirá para projetar a imagem positiva do país, da paz, estabilidade e da cordialidade na Guiné-Bissau".
A Rússia e o Mali negociaram hoje o fornecimento de armas, trigo, petróleo e fertilizantes durante a visita a Moscovo do chefe da diplomacia do país africano, Abdoulaye Diop.
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Por LUSA 20/05/22
Mali. Rússia negoceia envio de armas, trigo e petróleo
A Rússia e o Mali negociaram hoje o fornecimento de armas, trigo, petróleo e fertilizantes durante a visita a Moscovo do chefe da diplomacia do país africano, Abdoulaye Diop.
"Prestamos atenção especial aos aspetos práticos da organização do fornecimento de trigo, fertilizantes minerais e petróleo da Rússia", disse numa conferência de imprensa o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.
Lavrov enfatizou que tais suprimentos são extremamente necessários para os malianos devido ao que chamou de "sanções ocidentais ilegítimas".
Diop, que já tinha visitado Moscovo no final do ano passado, garantiu que regressa ao seu país confiante na existência de "planos concretos" para o fornecimento destes produtos básicos por parte da Rússia.
Lavrov também destacou que durante a reunião com o seu homólogo maliano houve "uma boa dinâmica" em assuntos militares e técnico-militares e confirmou que a Rússia está empenhada em contribuir para a normalização da situação no Mali, nomeadamente através da melhoria da "capacidade de combate do exército maliano" e da formação dos militares e polícias do país africano.
O governante russo aproveitou para criticar "os vestígios da mentalidade colonial" de alguns membros da União Europeia, em particular da França, que tentam impedir Moscovo de cooperar com os países do continente africano.
"Agora nossos colegas franceses estão a tentar ditar ao Mali com quem eles podem interagir e com quem eles estão proibidos. Isso é inaceitável. África é a zona de responsabilidade, a zona de influência, de interesses da União Europeia. Mas eu, claro, não posso aceitar tais argumentos", vincou Lavrov.
Diop acusou as forças ocidentais de apoiar vários golpes no país africano, razão pela qual em 15 de maio o Governo do Mali anunciou a sua retirada de todos os órgãos da coligação antiterrorista G5 Sahel.
Em 03 de maio, Bamaco denunciou o tratado de cooperação no setor da Defesa que assinou com Paris em 2014, optando pela Rússia.
Nos últimos anos, a cooperação militar russo-maliana também incluiu a presença de mercenários da empresa privada Wagner, segundo acusou a França, no que foi seguida pelos parceiros europeus.
Bamaco reitera tratarem-se unicamente de conselheiros.
Quanto aos pedidos de cereais e fertilizantes minerais, Mali e o resto da região da África Ocidental vivem a sua pior crise alimentar em 10 anos, com 27 milhões de pessoas passando fome, segundo organizações não-governamentais.
Além da seca, inundações, conflitos civis e da pandemia de covid-19, a atual campanha militar russa na Ucrânia agravou os riscos de fome naquela e em outras partes do mundo devido a problemas nas exportações de alimentos daquele país e da própria Rússia.
Desmantelada na Guiné-Bissau rede de falsificação de documentos
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Por LUSA 20/05/22
Uma rede de falsificação de documentos foi desmantelada pelo Departamento de Informação Policial e Investigação Criminal, do Ministério do Interior guineense, em colaboração com o Ministério Público, disse hoje fonte judicial.
Segundo a mesma fonte, foram já detidas sete pessoas, incluindo um guineense, cinco malianos e um mauritano, e requerida prisão preventiva para três funcionários do Ministério da Justiça, um agente da Direção-Geral de Migração e Fronteiras, e mais dois cidadãos da Guiné-Conacri e dos Camarões.
A fonte precisou que a rede operava na Guiné-Bissau e em países da África Ocidental e França.
O Departamento de Informação Policial e Investigação Criminal guineense, em colaboração com o Ministério Público, realizavam há vários meses uma operação de investigação relacionada com a falsificação de documentos, nomeadamente passaportes, bilhetes de identidade e certidões de nascimento, atribuídas ilegalmente a cidadãos estrangeiros por valores que variavam entre os quatro e os cinco milhões de francos cfa (entre 6.000 e 7.500 euros).
PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE EM AUDIÊNCIA A COMISSÃO DA UEMOA
Uma missão da Comissão da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) dirigida pelo respectivo Presidente Desiré Ouédraogo, foi esta manhã recebida em audiência pelo General de Exército e Comandante Supremo das Forças Armadas, Úmaro Sissoco Embaló.
A Comissão da UEMOA pela voz do seu Presidente, expôs ao Chefe de Estado guineense algumas das preocupações desta organização regional, nomeadamente, a necessidade de se acelerarem os procedimentos relacionados com a promulgação e publicação de textos ao nível da Guiné-Bissau, bem como, os relacionados com a transposição e aplicação dos textos já traduzidos para português e a sua competente validação.
Outra preocupação expressa pela Comissão da UEMOA ao Presidente da República prende-se com a necessidade de se tornar a notificação sistemática à Comissão de todos os documentos nacionais da transposição das Directivas Comunitárias, bem como o de tornar as disposições para a execução integral do Regulamento 14 relativo ao controlo da carga por eixo nos corredores, em conformidade com as recomendações da reunião de Ministros encarregues das infraestruturas e dos transportes assumidas a 19 de Setembro de 2019 pela reunião dos Ministros da Zona UEMOA, em Dakar.
O Presidente da Comissão UEMOA solicitou ao Chefe de Estado guineense que oriente o Governo no sentido de tornar as disposições para a execução de transposição das duas directivas relativas aos Recursos Haliêuticos e de igualmente se passar a observar de forma escrupulosa os prazos de execução dos programas e projectos comunitários em fase de execução.
Após escutar as preocupações expostas pela Comissão da UEMOA, o Presidente da República, que se encontrava acompanhado do Ministro da Economia e Finanças João Aladje Fadiá, agradeceu os esforços que estão sendo levados a cabo por esta organização regional em apoio aos programas e projectos na Guiné-Bissau, para depois solicitar ao Presidente da Comissão da UEMOA no sentido de prosseguir e acelerar a consulta com o Governo guineense com vista a rápida implementação dos 5 (cinco) programas e projectos confiados à Agência Guineense de Execução de Obras de Interesse Público e Promoção do Emprego (AGEOPPE) que se encontram de momento suspensos.
O Presidente da República dando sequência as preocupações manifestadas pelo Governo, solicitou à Comissão da UEMOA que providencie o mais rapidamente possivel a tradução simultânea francês-português durante a próxima inspecção técnica e de continuarem as consultas a nível comunitário com outras organizações regionais, nomeadamente, a CILSS, CEDEAO, etc, de forma a que os projectos de acordo e textos sejam rapidamente adoptados, como igualmente o de processarem de forma rápida os pedidos de pareceres de não objecção, bem como a disponibilização dos fundos destinados a melhorar os prazos de dos programas e projectos comunitários.
Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco EmbalóCIDADÃO ENVOLVIDO EM ACIDENTE QUE MATOU CRIANÇA DE 8 ANOS DE IDADE JÁ ESTÁ EM PRISÃO PREVENTIVA
Por: Amade Djuf Djaló/radiosolmansi com Conosaba do Porto 20 de maio de 2022
O Ministério Público decreta prisão preventiva ao suspeito, Julinho Djú, que provocou acidente de viação que vitimou mortalmente uma criança de 8 anos de idade.
Julinho Djú teria provocado, no passado dia 4 de Maio, acidente que feriu mortalmente uma criança de 8 anos e ficou o pai da mesma criança gravemente ferido. O acidente aconteceu, numa manhã, na estrada de granja, avenida Dom Septimino Arturro Ferrazzetta.
A partir da data, disse a nossa fonte, o Ministério Público tem 20 dias para proferir o despacho de acusação provisória e com decisão provisoria do Ministério Público o suspeito vai guardar julgamento em uma prisão.
Uma fonte contou à Rádio Sol Mansi que o magistrado do Ministério Público do Processo requereu ao Juiz de Instrução Criminal a prisão preventiva, e no despacho do Juiz decretou a prisão preventiva do arguido Julinho João Djú.
A RSM sabe ainda que no requerimento da prisão preventiva o magistrado do Ministério Público entendeu que o arguido agiu “dolorosamente na modalidade de má-fé eventual”, ou seja, sabia que a sua conduta podia provocar o dano, mesmo assim conformou com o resultado.
Rússia ameaça cortar o envio de cereais para o ocidente
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Por LUSA 20/05/22
O ex-presidente russo Dmitri Medvedev declarou hoje que a Rússia vai cortar a exportação de cereais para proteção do próprio mercado afirmando que a "potencial" crise alimentar a nível global é provocada pelas "sanções ocidentais".
"Os países importadores do nosso trigo e outros alimentos vão ficar muito mal sem os abastecimentos da Rússia. Nos campos europeus, sem os nossos fertilizantes vai crescer apenas erva daninha. Pois, temos pena. Eles é que têm a culpa", escreveu o vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitri Medvedev, na rede social VKontakte.
Medvedev, chefe de Estado russo entre 2008 e 2012, indicou que perante a situação o "Ocidente" deveria renunciar à política de sanções que considerou "infernais".
"Fica demonstrado mais uma vez que estas sanções infernais não valem um centavo quando se trata de assuntos vitais, como os abastecimentos de hidrocarbonetos destinados ao aquecimento das casas e de comida para alimentar as pessoas", disse.
Segundo o ex-chefe de Estado, a Rússia está disposta a cumprir plenamente os compromissos mas acrescentou que "precisa do apoio do 'Ocidente'".
"Caso contrário não é lógico: por um lado impõem-nos sanções demenciais e por outro lado exigem-nos o abastecimento de alimentos. Isto não pode ser. Não somos idiotas. Insisto: não vai haver abastecimento ao exterior em detrimento do nosso mercado", afirmou.
A Rússia é o maior exportador mundial de trigo e a Ucrânia o quinto exportador a nível global.
A Rússia e a Ucrânia, em conjunto, de acordo com os dados do organismo da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO), abastecem 14% do trigo garantindo mais de um terço das exportações mundiais de cereais.
A FAO já alertou que as perturbações na cadeia de abastecimento e logística na produção de cereais nos dois países provocada pela invasão russa do território ucraniano vão ter importantes efeitos para a segurança alimentar mundial.
A invasão russa, a 24 de fevereiro, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A ONU indicou que mais 3.800 civis morreram e mais de 4.200 ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.
UCRÂNIA/RÚSSIA: Opositores de Putin pedem nos EUA novas sanções que atinjam políticos
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Por LUSA 19/05/22
A equipa do principal opositor russo, Alexei Navalny, pediu hoje ao Congresso norte-americano novas sanções contra a Rússia que vão para além dos oligarcas e que atinjam financeiramente membros do governo, políticos de nível intermédio e figuras públicas.
Este grupo está a discutir com senadores norte-americanos uma lista de 6.000 pessoas que podem ser alvo de sanções e que incluem autoridades russas de segurança e defesa, funcionários administrativos, governadores, parlamentares e editores e gestores de 'media' alinhados com o Estado russo.
Vladimir Ashurkov, diretor executivo da Fundo de Luta Contra a Corrupção (FBK na sigla em russo) de Alexei Navalny, destacou que a "avalanche de sanções" que o Ocidente aplicou até agora está a surtir efeito na Rússia.
No entanto, o grupo pede que se vá mais além dos aliados ricos do Presidente russo, Vladimir Putin, e que as sanções se concentrem em figuras de nível inferior que podem ser potencialmente mais influenciadas pela pressão financeira.
"Vamos criar, ou pelo menos anunciar, a próxima ronda [de sanções]", salientou Vladimir Ashurkov em declarações aos jornalistas.
Embora as sanções não sejam a "bala de prata" que vai parar a guerra, é "um dos poucos instrumentos disponíveis para os países ocidentais afetarem o que está a acontecer", salientou.
O apelo dos membros da equipa de Navalny em Washington ocorreu ao mesmo tempo que o Senado dos Estados Unidos aprovou por larga maioria um pacote de 40.000 milhões de dólares de ajuda militar e humanitária para a Ucrânia enfrentar a guerra desencadeada pela invasão russa do seu território.
A medida de envio de ajuda naquele valor (correspondente a cerca de 37,7 mil milhões de euros), aprovada com o voto a favor de 86 senadores e 11 contra e que tinha previamente passado na Câmara dos Representantes, será em breve assinada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, para entrar em vigor.
No entanto, o apoio à Ucrânia começa a causar tensão no Congresso, com os republicanos a mostrarem-se cansados de aprovarem gastos de emergência que em breve vão totalizar os 53.000 milhões de dólares (cerca de 50.000 milhões de euros) desde o início da invasão.
O governo liderado por Joe Biden está a analisar os próximos passos, enquanto que, juntamente com os aliados ocidentais, procuram expandir a NATO com as entradas da Suécia e Finlândia, que formalizaram o pedido de adesão quebrando uma postura histórica de neutralidade, com receio da Rússia de Putin.
A lista de novas sanções foi uma ideia sugerida pelo próprio Alexei Navalny, que se encontra preso desde o seu regresso à Rússia em 2021, sendo considerado um dos críticos mais poderosos de Putin.
O grupo defendeu perante os congressistas norte-americanos, sobretudo os republicanos, que as sanções não têm um custo direto para o Tesouro ou contribuintes dos EUA, ao contrário do apoio militar à Ucrânia.
Apesar da sua detenção, Navalny continua "muito operacional", garantiu Anna Veduta, vice-presidente da fundação.
O líder da oposição russa divulgou no início de março que ia ser transferido para a prisão de alta segurança em Melekhovo, a 250 quilómetros de Moscovo.
Condenado em março a mais nove anos de prisão por alegada fraude, esta pena somou-se à anterior, de dois anos e meio, por alegada fraude, e foi ditada enquanto Navalny já estava na prisão, onde cumpre pena por um processo antigo que inclui uma multa de 1,2 milhão de rublos (cerca de 11.300 euros).
A vice-presidente do FBK assegurou que Navanly não irá desistir "nunca" e que é, desde o primeiro dia, um opositor à guerra.
"Ele foi uma das primeiras pessoas a dizer que: não devemos ser contra a guerra, devemos lutar contra a guerra. E ele chama nossos parceiros aqui e na Europa durante esta luta", destacou Anna Veduta.
A guerra na Ucrânia, que hoje entrou no 85.º dia, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A ONU confirmou hoje que 3.811 civis morreram e 4.278 ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.
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Os Estados Unidos anunciaram o envio de 100 milhões de dólares (94 milhões de euros) em equipamentos militares para a Ucrânia, após a aprovação de 40 mil milhões de dólares (37,7 mil milhões de euros) pelo Congresso norte-americano.
O mais recente pacote inclui mais 18 obuses, bem como sistemas de radar anti-artilharia.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse o material vai chegar às mãos das forças ucranianas "muito em breve".
Com esta última remessa, os Estados Unidos forneceram quase 4.000 milhões de dólares (3.779 milhões de euros) em ajuda militar desde o início do conflito russo-ucraniano, em 24 de fevereiro, e 6.600 milhões de dólares (6.235 milhões de euros) desde 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia.
John Kirby adiantou que os Estados Unidos vão consultar a Ucrânia, como tem feito com frequência desde a invasão, sobre quais são os equipamentos necessários.
O Senado dos Estados Unidos aprovou hoje por larga maioria um pacote de 40 mil milhões de dólares de ajuda militar e humanitária para a Ucrânia enfrentar a guerra desencadeada pela invasão russa do seu território.
A medida de envio de ajuda naquele valor (correspondente a cerca de 37,7 mil milhões de euros), aprovada com o voto a favor de 86 senadores e 11 contra e que tinha previamente passado na Câmara dos Representantes, será em breve assinada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, para entrar em vigor.
A verba aprovada pelo Congresso é inclusive superior aos 33 mil milhões de dólares (cerca de 31 mil milhões de euros) que Biden tinha pedido em abril aos legisladores para apoiar Kyiv na guerra contra Moscovo, iniciada a 24 de fevereiro.
A guerra na Ucrânia, que hoje entrou no 85.º dia, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia...Ler Mais