domingo, 7 de setembro de 2025

Eclipse total da Lua pinta céu de vermelho. Veja tudo aqui... Eclipse total da Lua vai pintar, este domingo, o céu de vermelho em várias zonas do planeta. Acompanhe aqui.

Por noticiasaominuto.com

Mesmo que já possa estar a pensar em preparar a semana que está prestes a começar, saiba que este domingo, dia 7 de setembro, pode aproveitar para admirar um eclipse total da Lua.

Infelizmente, em Portugal não é possível observar o fenómeno na totalidade dado que, no nosso país, a Lua já nascerá com o eclipse a decorrer. Assim sendo, poderá ver a Lua já parcial obscurecida por volta das 20h00.

Pode, contudo, acompanhar o fenómeno em direto, uma vez que há várias transmissões em curso, tal como aquela que está disponível na ligação abaixo. 

Caso queira tentar olhar para o céu, naturalmente, recomenda-se que tenha uma visão desimpedida para a Lua e até poderá recorrer a uma câmara fotográfica para conseguir observar o fenómeno, dado que conseguirá desta forma captar mais luz do que seria possível com o olho humano.

Serve recordar que os eclipses lunares costumam acontecer quando a Terra passa entre o Sol e a Lua, o que faz com que o nosso satélite natural fique com uma tonalidade avermelhada. Este fenómeno faz com que, neste estado, a Lua seja também conhecida como ‘Lua de Sangue’.

Guiné-Conacri: Suspensa página de notícias e banida estação de televisão... A Alta Autoridade para a Comunicação da Guiné-Conacri suspendeu um meio de notícias digital e baniu uma estação de televisão dum grupo privado, acusando-as de parcialidade na campanha para o referendo constitucional e atividade ilegal.

Por LUSA 

De acordo com um comunicado da entidade reguladora da comunicação social, divulgado na noite de sábado e citado pela agência de notícias AFP, a página de notícias guineematin.com foi suspensa "até novo aviso" por "não respeitar os princípios de igualdade, neutralidade e equilíbrio em assuntos atuais durante a campanha do referendo".

Já a televisão digital guineematintv foi banida por "atividade ilegal e não conforme".

O regulador não especificou os factos atribuídos aos dois órgãos que justificariam a decisão tomada.

O movimento de cidadãos Fórum das Forças Sociais da Guiné-Conacri denunciou as "medidas repressivas", num comunicado enviado hoje à AFP.

Já no dia 01 de setembro, a alta autoridade suspendera por três meses a página de notícias privada Guinee360.com, "por incompetência profissional e manipulação de informações".

A junta militar no poder é acusada de restringir a liberdade de imprensa, bloqueando ou suspendendo órgãos de comunicação e prendendo vários jornalistas. Um deles, Habib Marouane Camara, que administra a página Lerevelateur224, está desaparecido desde dezembro.

A Guiné-Conacri agendou para dia 21 deste mês um referendo à Constituição, convocado pelo general Mamadi Doumbouya para, segundo ele, abrir caminho ao retorno à ordem constitucional.

Porém, a oposição acusa o líder da junta militar no poder de querer usar o referendo para tomar o poder.

O general Doumbouya assumiu o poder em setembro de 2021 após derrubar o presidente civil eleito Alpha Condé, que estava no poder há mais de dez anos.

O projeto de Constituição submetido a referendo, tornado público no final de junho, não declara explicitamente se o general Doumbouya poderá ou não concorrer às próximas eleições presidenciais.

A adoção da nova Constituição poderá remover a barreira que consta da "carta de transição" estabelecida pela junta após o golpe de estado, que proíbe qualquer membro da junta, do governo ou das instituições de transição de concorrer às eleições.

O Chefe da Nação guineense, General Umaro Sissoco Embaló, encontra-se este domingo em Dakar numa visita relâmpago ao seu Primeiro-Ministro, Sua Excelência Braima Camará, Chefe do Governo da República da Guiné-Bissau, atualmente hospitalizado no Hospital Principal de Dakar.

Este gesto demonstra, de forma inequívoca, a grande confiança e solidariedade do Presidente Umaro Sissoco Embaló para com o seu Primeiro-Ministro.


Por  Abel Djassi  / Abel Djassi Primeiro    0709/2025

Mais uma vez, os ativistas do PAIGC disparam contra si próprios: o tiro saiu-lhes pela culatra!

Por Abel Djassi Primeiro  07/09/2025

A verdade histórica é cristalina: em 2017, o Presidente da República era José Mário Vaz e o Primeiro-Ministro era precisamente o atual Chefe de Estado, General Umaro Sissoco Embaló. Nesse contexto, nem Domingos Simões Pereira, nem Géraldo Joao Martins, muito menos Aristides Gomes, o homem que tentou submeter a Guiné-Bissau à lógica de um narco-Estado, tinham qualquer vínculo com o arranque da OMVG.

O próprio José Mário Vaz, cedo, denunciou a podridão instalada no seio do PAIGC e a corrupção arquitetada pelo seu líder. Por isso, quando afirmo que a OMVG nada deve ao DSP, nem à sua quadrilha, estou a sustentar-me em factos e não em boatos.

A história fala por si, e a história não mente: quem mente são os desesperados que ainda tentam, em vão, falsificar a memória do povo. 


"Troçar da diplomacia". Europa condena ataque que atingiu governo em Kyiv... O ataque realizado pela Rússia a Kyiv, o maior com drones desde o início da guerra e que atingiu a sede do Governo ucraniano, foi hoje condenado por vários líderes europeus, que defenderam mais sanções a Moscovo.

© Getty Images    Lusa   07/09/2025

Numa mensagem publicada nas redes sociais, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a Rússia "está a troçar da diplomacia, a atropelar o direito internacional e a matar indiscriminadamente", garantindo que a Europa vai continuar a apoiar a Ucrânia.

"A matança tem de acabar", disse na sua mensagem, na qual adianta que a Europa continuará a "fortalecer as forças armadas ucranianas, criando garantias de segurança duradouras e endurecendo as sanções para aumentar a pressão sobre a Rússia".

Também o presidente do Conselho Europeu condenou "a versão de paz de [do Presidente russo, Vladimir] Putin", que, segundo António Costa, consiste em "falar de paz enquanto os bombardeamentos se intensificam e são atacados edifícios governamentais e casas civis".

"Temos de manter o rumo: reforçar as defesas da Ucrânia e aumentar a pressão sobre a Rússia através de sanções adicionais, em estreita coordenação com os nossos aliados e parceiros", acrescentou.

Uma delegação da União Europeia (UE) viajou na sexta-feira para os Estados Unidos para negociar com a administração Trump possíveis novas sanções coordenadas contra a Rússia, referiu António Costa, numa altura em que os europeus já preparam o seu 19.º pacote de sanções contra o Kremlin.

Para o Presidente francês, Emmanuel Macron, a Rússia está "a enraizar cada vez mais a lógica da guerra e do terror" e a "atacar indiscriminadamente, incluindo áreas residenciais e a sede do Governo".

Perante estes ataques sem precedentes, Macron sublinhou, numa mensagem divulgada através das redes sociais, a determinação dos aliados da Ucrânia em continuar a "fazer tudo o que é possível para garantir que prevaleça uma paz justa e duradoura".

Liderada pela França, a Coligação de Voluntários - que reúne 35 países, incluindo Portugal, dispostos a apoiar militarmente a Ucrânia e enviar soldados europeus para território ucraniano como parte de um futuro acordo de paz com a Rússia - reuniu-se na quinta-feira passada, em Paris, onde reiterou a garantia de segurança à Ucrânia em caso de cessar-fogo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Maxime Prévot, também condenou os ataques e apelou a uma resposta à escalada do conflito pela Rússia, alegando que "só a pressão e a unidade podem aproximar esta guerra do fim".

A Rússia lançou esta manhã o maior ataque com drones e também mísseis contra a Ucrânia, nomeadamente contra Kyiv, onde atingiu, pela primeira vez, o edifício sede do Governo.

De acordo com os serviços de emergência e as autoridades locais, pelo menos cinco pessoas morreram na sequência deste ataque.

Um dos principais alvos do ataque noturno russo foi Kyiv, mas a Rússia também bombardeou Odessa (sul), Zaporijia (sul), Kremenchuk (centro), Kryvyi Rih (leste) e Dnipropetrovsk (leste).

A primeira-ministra ucraniana, Yulia Sviridenko, instou os governos a "aumentarem a pressão das sanções, especialmente contra o petróleo e o gás russos".

Ucrânia: "Edifício governamental" em Kyiv "foi danificado". "Ataque inimigo"... O ataque realizado hoje pela Rússia à capital da Ucrânia, que implicou 805 drones e mísseis, foi a maior investida do género desde o início da guerra, matando pelo menos duas pessoas, avançaram as autoridades ucranianas.

© Getty Images  Por LUSA  07/09/2025

O ataque "foi o maior ataque russo com drones desde o início" da invasão em larga escala da Ucrânia, afirmou o porta-voz da Força Aérea da Ucrânia, Yuriy Ihnat, em declarações à agência de notícias norte-americana Associated Press. 

Segundo a Força Aérea, a Ucrânia conseguiu abater e neutralizar 747 drones e quatro mísseis, mas houve nove impactos de mísseis e 56 ataques com drones em 37 locais de todo o país, tendo os detritos das armas caído em oito áreas.

Os jornalistas da Associated Press presentes em Kyiv relataram ter visto uma coluna de fumo a subir do telhado do edifício do conselho de ministros de Kyiv, mas não é ainda claro se o fumo foi o resultado de um impacto direto ou de destroços, o que marcaria uma escalada na campanha aérea russa.

Até agora, a Rússia evitou sempre atingir edifícios governamentais no centro da cidade.

O edifício alberga os gabinetes dos ministros ucranianos, pelo que a polícia bloqueou o acesso aos arredores enquanto os camiões de bombeiros e ambulâncias chegavam.

As autoridades ucranianas disseram que duas pessoas morreram e pelo menos 17 ficaram feridas no ataque.

"Pela primeira vez, um edifício governamental foi danificado por um ataque inimigo, incluindo o telhado e os andares superiores", disse a primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, adiantando que o edifício "será restaurado, mas as vidas perdidas não podem ser recuperadas".

"O mundo deve responder a esta destruição não apenas com palavras, mas com ações. É necessário aumentar a pressão das sanções - principalmente contra o petróleo e o gás russos", defendeu.

As duas pessoas mortas eram uma mãe e o seu filho de 3 meses, cujos corpos foram retirados dos escombros pelas equipas de resgate, anunciou o chefe da administração municipal de Kyiv, Tymur Tkachenko, acrescentando que pelo menos 10 locais em Kyiv foram danificados no ataque.

Este ataque de grandes dimensões foi o segundo com drones e mísseis russos a atingir Kyiv num período de duas semanas, numa altura em que as esperanças de conversações de paz diminuem a cada dia.

O ataque aconteceu depois de os líderes europeus terem pressionado o Presidente russo, Vladimir Putin, para negociar o fim da guerra, com 26 aliados da Ucrânia a prometerem enviar tropas como "força de segurança" para o país invadido assim que os combates terminarem.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

Apesar de já terem decorrido mais de três anos desde o início da invasão russa da Ucrânia e da pressão feita pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, para aproximar as partes, as propostas para um acordo de paz entre Moscovo e Kyiv têm fracassado.

O líder russo, Vladimir Putin, exige que a Ucrânia ceda territórios e renuncie ao apoio ocidental e à adesão à NATO, condições que Kyiv considera inaceitáveis, reivindicando, pelo seu lado, um cessar-fogo imediato como ponto de partida para um acordo de paz, a ser salvaguardado por garantias de segurança.


Internet interrompida na Ásia e Médio Oriente devido a cortes de cabos... Cortes em cabos submarinos no mar Vermelho interromperam hoje o acesso à Internet em partes da Ásia e do Médio Oriente, disseram especialistas, embora não haja ainda indicações sobre o que causou o incidente.

© ShutterStock   Lusa  07/09/2025

A Microsoft anunciou que o Médio Oriente "pode apresentar um aumento de latência devido aos cortes de fibra submarina no Mar Vermelho". 

A tecnológica norte-americana não revelou mais detalhes, embora tenha afirmado que o tráfego de Internet que não passa pelo Médio Oriente "não está a ser afetado".

A NetBlocks, que analisa o acesso à Internet, afirmou que "uma série de interrupções nos cabos submarinos no mar Vermelho degradou a conectividade à internet em vários países", incluindo a Índia e o Paquistão.

A empresa culpou "falhas que afetaram os sistemas de cabos SMW4 e IMEWE perto de Jidá, na Arábia Saudita".

O cabo 4 Sudeste Asiático-Médio Oriente-Europa Ocidental (SMW4) é operado pela Tata Communications, que faz parte de um conglomerado indiano, enquanto o cabo Índia-Médio Oriente-Europa Ocidental (IMEWE) é operado por outro consórcio liderado pela multinacional francesa Alcatel-Lucent.

Nos Emirados Árabes Unidos, os utilizadores de Internet das redes estatais Du e Etisalat queixaram-se de velocidades de acesso mais lentas.

O corte de linhas acontece numa altura em que os rebeldes Huthis do Iémen têm trocado uma série de ataques contra Israel, em consequência da ofensiva israelita contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

Israel respondeu com ataques aéreos, incluindo um que matou os principais líderes do movimento rebelde.

No início de 2024, o governo internacionalmente reconhecido no exílio do Iémen alegou que os Huthis planeavam atacar cabos submarinos no Mar Vermelho. Vários foram cortados, mas os rebeldes negaram a responsabilidade.

Este manhã, o canal de notícias por satélite al-Masirah, detido pelos Huthis, reconheceu que os cortes tinham ocorrido, mas não fez qualquer comentário sobre a razão do incidente.

Entre novembro de 2023 e dezembro de 2024, os rebeldes visaram mais de 100 navios com mísseis e drones, causando o naufrágio de quatro embarcações e a morte de pelo menos oito marinheiros.

Os Huthis, apoiados pelo Irão, interromperam os ataques durante um breve cessar-fogo.

Mais tarde, tornaram-se alvo de uma campanha de ataques aéreos dos Estados Unidos (EUA), durante semanas, antes de estes declararem um cessar-fogo unilateral.

Os Huthis afundaram dois navios em julho, matando pelo menos quatro pessoas a bordo, e acredita-se que outras embarcações estejam na posse dos rebeldes.

Os novos ataques dos rebeldes aconteceram com um possível cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas ainda em aberto.

Também as negociações sobre o programa nuclear do Irão estão em causa, depois de Israel ter atacado a República Islâmica, uma ofensiva na qual os EUA bombardearam instalações atómicas iranianas.


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Nigéria: Oito paramilitares mortos e cinco chineses raptados em ataque na Nigéria... Pelo menos, oito membros de um grupo paramilitar foram mortos e cinco cidadãos chineses foram raptados num ataque levado a cabo por homens armados a uma fábrica de cimento localizada no sul da Nigéria.

© Lusa   07/09/2025

De acordo com o comandante do Corpo de Segurança e Defesa Civil da Nigéria (NSCDC, na sigla em inglês), Agun Gbenga, o ataque ocorreu na sexta-feira à noite no estado de Edo. 

Na altura em que o grupo escoltava cinco cidadãos chineses em patrulha de rotina para entrar na fábrica de cimento, um grupo abriu fogo sobre os paramilitares, matando oito e ferindo outros quatro.

Os expatriados chineses foram raptados, quatro dos quais foram mais tarde resgatados, acrescentou Gbenga, num comunicado divulgado pela edição online do jornal nigeriano Punch.

O líder do NSCDC deslocou-se ao local para iniciar uma investigação ao ataque e visitou os feridos no hospital.

O ataque aconteceu na mesma altura em que, no nordeste da Nigéria, um ataque atribuído a fundamentalistas islâmicos causou pelo menos 55 mortos.

Um oficial de segurança e um funcionário de uma organização não-governamental disseram hoje à agência de notícias francesa France-Presse (AFP), o ataque ocorreu na cidade de Darul Jama, que abriga uma base militar, na fronteira entre Nigéria e Camarões.

O comandante de uma milícia pró-governo, Babagana Ibrahim, disse que há seis soldados entre os mortos.

Segundo ele, 55 pessoas foram mortas, mas um funcionário de uma organização não-governamental, que não quis ser identificado, colocou o número de vítimas em 64.

Testemunhas disseram que o ataque começou à noite, os agressores chegaram em motocicletas, dispararam armas e incendiaram casas.

"Eles vieram aos gritos e atirando contra tudo que se mexia", contou Malam Bukar, que fugiu para o campo com a mulher e os filhos.

"Quando voltámos, havia corpos por toda parte", acrescentou.

Muitas das vítimas eram famílias que chegaram recentemente de um campo para deslocados em Bama, que as autoridades nigerianas fecharam este ano.

A área atacada está sob controlo do comandante do grupo Boko Haram, Ali Ngulde, que uma fonte de segurança identificou à AFP como líder do ataque.

A Nigéria luta há 20 anos contra fundamentalistas islâmicas no nordeste do país.

O nordeste da Nigéria sofre ataques do Boko Haram desde 2009, que se intensificaram a partir de 2016, com o surgimento do grupo dissidente Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP), sobretudo em áreas rurais do nordeste.

O Boko Haram e o ISWAP já mataram mais de 35 mil pessoas e causaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, principalmente na Nigéria, mas também em países vizinhos, como Camarões, Chade e Níger, de acordo com dados do Governo e das Nações Unidas.

Os dois grupos procuram impor um Estado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul.


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Líder do Senegal anuncia remodelação do Governo com três novos ministros... O Presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, formou um novo Governo, com a saída dos ministros da Justiça e do Interior e a nomeação de um novo chefe da diplomacia.

© Lusa   07/09/2025

De acordo com um decreto lido na televisão pública senegalesa, no sábado à noite, o diplomata Cheikh Niang, antigo embaixador do país junto das Nações Unidas, é o novo ministro dos Negócios Estrangeiros.

Niang substitui Yassine Fall, nomeada ministra da Justiça em substituição do magistrado Ousmane Diagne, que chefiava o departamento desde a formação do anterior governo, em abril de 2024.

O novo ministro do Interior é Mouhamadou Bamba Cissé, advogado do primeiro-ministro Ousmane Sonko.

"Este não será um governo de relaxamento, mas sim um governo de compromisso e de combate. Seremos intransigentes e muito exigentes. [Teremos de] trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana, dada a situação que herdámos", declarou Ousmane Sonko.

O primeiro-ministro referia-se ao que considera ser o legado da administração do ex-presidente Macky Sall (2012-2024).

O Senegal mergulhou numa crise financeira depois de uma auditoria pública ter revelado que o Governo de Sall tinha subestimado o défice orçamental e os montantes de dívida pública por pagar.

Por outro lado, Ousmane Sonko explicou a mudança no Ministério da Justiça pelo desejo de que este "se reconciliasse com os senegaleses e recuperasse a [sua] confiança".

O primeiro-ministro e setores do partido no poder criticaram recentemente a demora nas investigações judiciais sobre a anterior administração e sobre a vaga de violência que fez dezenas de mortos entre 2021 e 2024.

Sonko foi reconduzido no cargo pelo Presidente Faye, que assumiu o cargo em abril de 2024.

A nova equipa está a ser formada numa altura em que o Senegal - país africano que faz fronteira com a Guiné-Bissau - enfrenta um défice orçamental de 14% e uma dívida pública pendente que representa 119% do Produto Interno Bruto.

A taxa de desemprego está estimada em 20%, enquanto a pobreza atinge 35,7% da população, de acordo com dados oficiais.

No início de agosto, Sonko revelou um "plano de recuperação económica e social" destinado a ser financiado em 90% por recursos domésticos para reforçar a soberania do país, que está actualmente em negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para novos apoios financeiros.

A 27 de agosto, o FMI considerou que o Senegal foi resiliente face aos "grandes erros de contabilização da dívida" e elogiou as autoridades senegalesas "pelo seu compromisso com a transparência e a responsabilização fiscal".

Após a divulgação dos resultados da auditoria à administração Sall, o FMI congelou os desembolsos de um empréstimo ao Senegal e as agências de notação financeira desceram o rating do país, impedindo, na prática, o acesso aos mercados financeiros internacionais.