quarta-feira, 14 de março de 2018

Crise Política: PARTIDOS SEM ASSENTO PARLAMENTAR SUGEREM NOMEAÇÃO DE PRIMEIRO-MINISTRO QUE INSPIRA A CONFIANÇA

Um grupo de concertação que engloba quatro partidos políticos guineense sem assento parlamentar sugeriu hoje, 14 de Março 2018, a nomeação de um Primeiro-ministro competente, credível, moralmente idóneo e isento que, pela sua equidistância, em relação às partes envolvidas na crise, seja suscetível de inspirar confiança à opinião pública nacional e aos parceiros de desenvolvimento da Guiné-Bissau, como a solução para ultrapassar o impasse político e parlamentar que assola o país há três anos.

A posição do grupo que envolve, a Aliança Socialista Guineense (ASG), o Movimento Democrático Guineense (MDG), Partido Africano para a Libertação, Organização e Progresso (PALOP) e Partido dos Trabalhadores (PT), foi tornada pública através de um comunicado que a redação d’O Democrata teve acesso. Na nota, o grupo exige ainda a exoneração de Artur António Silva, das funções do Primeiro-Ministro, por não dispor de quaisquer condições políticas para continuar a desempenhar o referido cargo.

Grupo apela igualmente ao cumprimento escrupuloso de ‘Acordo de Conakry’ ou à devolução do direito de formar o executivo à direção do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), de acordo com a Constituição e por respeito à vontade popular expressa nas urnas.

Para além da nomeação do Primeiro-Ministro que inspira a confiança do povo guineense, o grupo sugere ainda, a constituição de um governo restrito, de quadros competentes, sem filiação partidária e politicamente irrepreensível, para assegurar, essencialmente, a gestão dos assuntos correntes e do processo eleitoral.

“A dissolução da Assembleia Nacional Popular por não ter condições de funcionamento, tão pouco de debate sereno que permita viabilizar as desejáveis revisões legais e a necessária eleição do Presidente da Comissão Nacional de Eleição”, lê-se no comunicado.

Sobre a ausência do presidente da Comissão Nacional de Eleição (CNE) e que só pode ser eleito através do plenário da Assembleia Nacional Popular, o grupo insta à Presidência da República no sentido de solicitar a suspensão do mandato do Juiz Conselheiro, Augusto Mendes, junto do Tribunal da União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA), a fim de vir assegurar as funções do cargo de Presidente da CNE, até a eleição de novo titular daquela instituição, pelo Parlamento, em nova legislatura. 

Por: Assana Sambú
OdemocrataGB

Braima Camará:”SEM PRESENÇA DE TODOS SIGNATÁRIOS DE ACORDO DE CONACRI É DIFÍCIL ENCONTRAR SAÍDA DA CRISE NO PAÍS”

O Coordenador do Grupo dos 15 deputados expulsos da bancada parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Braima Camará, reconheceu esta quarta-feira, 14 de março 2018, que sem a presença de todos os signatários de “Acordo de Conacri” na reunião é difícil encontrar uma solução para a saída da crise política vigente no país.

Braima Camará, falava na saída de uma reunião promovida pelo Presidente da República, José Mário Vaz  com o objetivo de encontrar uma solução para o impasse relativamente à formação do governo liderado por Artur Silva, que decorreu no Palácio da República.

Na ocasião, Camará disse que com a ausência de maioria dos signatários de “Acordo de Conacri”, José Mário Vaz, sabiamente marcou uma nova reunião para a próxima terça-feira, ou seja, 20 do mês em curso.

“Espero que nesta reunião, será uma oportunidade para que todos os atores políticos com elevado sentido do Estado e patriotismo, possam reconsiderar as suas posições, a fim de encontrar uma saída mais consensual, tirando o país assim definitivamente desta crise que sufocou toda sociedade guineense, devido ao orgulho e radicalismo que não ajudará em nada e nós do grupo dos 15, vamos acompanhar Chefe de Estado em todas as circunstâncias na busca de uma saída desta crise”, lamentou Braima Camará.

Presidente do Movimento da Sociedade Civil, Fodé Caramba Sanhá, lamentou a ausência de maioria dos signatários do “Acordo de Conakry” na reunião convocada pelo Chefe de Estado guineense, dado que o propósito da reunião visava a encontrar uma solução consensual para a siada da crise.

“Não estamos satisfeitos com o resultado da reunião que não deu em nada e nós enquanto aliança das organizações da sociedade civil, vamos reunir os nossos membros para vermos qual é o passo seguinte que devemos tomar”, garantiu Fode Caramba Sanhá.

O activista da sociedade civil, exortou o Presidnete José Mário Vaz no sentido de assumir a sua responsabilidade no concernente a busca da solução da crise, que na sua perspectiva passa pela formação de um governo com base no “Acordo de Conacri” ou outra forma no quadro da lei da Guiné-Bissau, tendo em conta que o país está a menos de um mês para iniciar campanha agrícola e castanha de caju.

Para a Coordenadora do Grupo das Mulheres Facilitadores da Crise Política, Francisca Vaz, as negociações não estão a ser fáceis mas assegurou que continuam a ter esperança de que com as vozes das mulheres a situação será ultrapassada em breve.

“Mais um encontro com Presidente da República, desta vez com a iniciativa da sociedade civil que está a tentar falar com todas as partes a fim de podermos chegar a um consenso sobre  um Primeiro- Ministro e temos um prazo a cumprir e, portanto, vamos trabalhar para que possamos ultrapassar esta situação de uma vez para sempre”, notou.

Entretanto, a delegação dos renovadores (PRS), dirigido por Certório Biote, um dos vice-presidentes, escusou-se a prestar quaisquer declarações à imprensa, depois da reunião.

Recorde-se que nesta reunião tomaram parte as seguintes individualidades e formações políticas: Partido da Renovação Social (PRS), Grupo dos 15 deputados, a Comunidade Internacional (P5) e Sociedade Civil. E notou-se a ausência da delegação do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), do Partido Nova Democracia (PND), do Partido da Convergência Democrática (PCD), da União para Mudança (UM) e a delegação da Assembleia Nacional Popular (ANP).

Registou-se ausência de maioria dos signatários do “Acordo de Conakry” que estão a exigir do Chefe de Estado, José Mário Vaz, o cumprimento do referido documento através da nomeação de Augusto Olivais, como o nome consensual alcançado durante as negociações em Conakry, em Outubro de 2016. 

Por: Aguinaldo Ampa
OdemocrataGB

Guiné-Bissau: Membros do Governo demissionário proibidos de viajar sem autorização do PM

O primeiro-ministro, Artur Silva, anunciou, em comunicado, que nenhum membro do Governo demissionário pode viajar, em missões oficiais, sem a sua prévia autorização. O despacho sobre esta medida é datado de 6 de março de 2018, e frisa que “a deslocação dos membros do Governo cessantes poderá ser autorizada pelo primeiro-ministro com a emissão de …Ler mais

PAIGC NÃO PARTICIPA NAS AUSCULTAÇÕES PROMOVIDAS POR JOSÉ MÁRIO VAZ


O Presidente da República, José Mário Vaz, promove esta quarta-feira, 14 de março, mais uma série de auscultações aos atores políticos da Guiné-Bissau com vista a encontrar saída para a crise política no país, que está perto de 60 dias sem governo.

Para este encontro entre as entidades políticas guineenses, um dos convidados é o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que, nesta terça-feira, 13, através de um comunicado, anuncia a sua declinação ao convite do Chefe de Estado, para participar nas aludidas auscultações.

Para os “libertadores”, o formato escolhido pelo Presidente da República para a promoção do encontro “não lhes agrada”.

Para além do PAIGC, são também convidados para as auscultações todos os outros intervenientes ativos na política da Guiné-Bissau, incluindo o grupo dos 15 deputados expulsos daquele partido, facto que não terá agradado a formação política liderada por Domingos Simões Pereira.

cfm87.net

ÚLTIMA HORA/NOTÍCIA DC: Fundador e presidente da Westafrika acaba de ser detido em Bissau


OLAF BAUNGARTEN, alemão investigado no seu país...pediu desculpas ao povo guineense, garantiu ter recebido os 100 mil euros para o centro de hemodiálise para o HN Simão Mendes, mas,

"como tinha problemas financeiros, usei o dinheiro em proveito próprio". Peço desculpas, estou profundamente arrependido pela maneira como lidei com este fundo. Estou a tentar redimir-me, assumo a inteira responsabilidade das minhas acções. A Augustus SA não tem nada a ver com este problema. Gostaria de aproveitar para me desculpar perante o 'governo' da Guiné-Bissau e o seu Povo pelos danos causados. Se eu pudesse voltar atrás no tempo, faria tudo diferente. Na verdade, a Westafrika faliu...

E assim que terminou a conferência de imprensa, OLAF BAUNGARTEN foi detido em Bissau por agentes da Polícia Judiciária ainda no hotel Ledger Plazza. "Isto foi um mau capítulo que gostaria de esquecer", disse Mike Fadul, director-geral da Augustus Bolama. "A mentira provoca em mim nervosismo. A Westafrika não existe, nunca existiu e nem nunca existirá. Andam aqui a enganar os jornalistas" - sublinhou António Cascais, jornalista da Deutsche Welle presente na sala onde decorreu a conferência de imprensa. 

AAS

CEMGFA da Guiné-Bissau desencoraja interferência de soldados nos assuntos políticos

Um porta-voz do líder dos militares guineenses revelou hoje que o CEMGFA, Biaguê Nan Tan, é contra qualquer interferência de soldados nos assuntos políticos do país e quer que a ideia seja disseminada em todos os quartéis.


O coronel Yuri Na Fantchamna transmitiu o recado do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) guineense aos soldados da Guarda Nacional com os quais esteve reunido hoje no seu quartel em Bissau.

A mesma recomendação será transmitida aos quartéis do interior da Guiné-Bissau, disse Na Fantchamna, presidente de uma estrutura social que pugna pelo diálogo no seio das Forças Armadas guineenses.

Biaguê Nan Tan encontra-se atualmente em tratamento médico em Cuba, mas quer que o seu recado seja transmitido a todos os militares e paramilitares do país, observou o seu porta-voz.

No encontro de hoje no quartel da Guarda Nacional, no qual estiveram presentes oficiais daquela corporação, Yuri Na Fantchamna, exibiu as gravações, em áudio, com alegadas conversas de militares, supostamente, capturados quando planeavam matar Biaguê Nan Tan.

"O CEMGFA fez questão de convocar todos os oficiais superiores para ouvirem as declarações feitas por pessoas que estavam naquela tentativa de o assassinar porque há gente que dúvida desse facto", declarou Yuri Na Fantchamna.

Cerca de duas dezenas de militares, entre oficiais e soldados, estão detidos, desde dezembro do ano passado, indiciados de tentativa de assassínio de Biaguê Nan Tan.

Encontram-se sob custódia da justiça militar que investiga o caso.

"É nossa missão também mostrar aos camaradas de armas que essas práticas já não têm lugar na sociedade castrense", defendeu o porta-voz de Biaguê Nan Tan, que não percebe os motivos para pretender a morte ao líder militar guineense.

O CEMGFA "quer que os políticos continuem a fazer política e que nós façamos o nosso papel", precisou Yuri Na Fantchamna.

Salientou ainda a possibilidade de os soldados guineenses voltarem a ser chamados para missões de manutenção de paz, se prosseguirem a sua postura de neutralidade nas disputas políticas no país.

"Se continuarmos com este comportamento de certeza que voltaremos a ser chamados para missões de manutenção da paz como fizemos no passado, em Angola, no Chade, na Libéria e no Haiti", sublinhou Na Fantchamna.

DNPT

Morreu Stephen Hawking, o físico que desafiou os limites do Cosmos e da vida humana

O cientista que revolucionou o estudo dos buracos negros e nos deu novas perspectivas sobre a origem do Universo tinha 76 anos. Era um dos nomes da Física mais reconhecidos pelo grande público.

O físico britânico Stephen Hawking morreu durante a noite desta quarta-feira na sua casa em Cambridge, aos 76 anos. Hawking, um dos mais prestigiados nomes da ciência, revolucionou os estudos sobre os buracos negros, nunca deixando de se indagar sobre a origem do Universo. Ao mesmo tempo que provocava o que sabíamos sobre o Cosmos – tanto junto das academias como do público –, desafiava os próprios limites da vida humana.

Aos 21 anos, foi-lhe dito que sofria de esclerose lateral amiotrófica (também conhecida como a doença de Lou Gehrig) e que teria menos de três anos de vida pela frente. A doença veio a afectá-lo gradualmente, ao ponto de conseguir mexer pouco mais do que um dedo e piscar os olhos, mas o físico fintou o diagnóstico pessimista: com a ajuda de uma cadeira de rodas e de um sintetizador de voz, ultrapassou em quase cinco décadas o tempo de vida que lhe era dado — sem nunca prescindir de participar na comunidade científica.

“Vivi sob o espectro de uma morte precoce durante os últimos 49 anos. Não tenho medo da morte, mas não tenho pressa de morrer. Há tanta coisa que quero fazer primeiro”, dizia ao Guardian em 2011, recusando a ideia de uma vida para além da morte — era "um conto de fadas para pessoas com medo da escuridão".

Stephen Hawking nasceu em Oxford a 8 de Janeiro de 1942 – precisamente 300 anos depois da morte de Galileu Galilei, como gostava de mencionar – e morreu a 14 de Março deste ano – no dia do nascimento de Albert Einstein, que é também o dia do Pi (3,14).

"Estamos profundamente entristecidos pela morte do nosso pai", lê-se num comunicado assinado por Lucy, Robert e Tim Hawking, filhos do cientista, e divulgado esta madrugada. "Foi um grande cientista e um homem extraordinário cujo trabalho e legado sobreviverá durante muitos anos", é dito na missiva dos filhos citada pelo The Guardian. "A sua coragem e persistência, com a sua inteligência e humor, inspiraram pessoas no mundo inteiro. Ele disse um dia: 'Isto não seria um grande universo se não morassem lá as pessoas que amamos'. Vamos sentir a sua falta para sempre", lê-se ainda.

Impossibilitado de dar uso às suas cordas vocais, Stephen Hawking continuava a ser ouvido. Uma característica distintiva era o som da sua voz metálica, produzida por um sintetizador de voz; as letras ou palavras surgiam no ecrã do computador integrado na cadeira de rodas e Hawking escolhia quais queria dizer, através de um subtil movimento dos músculos das suas bochechas.

As limitações físicas não travaram o seu espírito aventureiro. Em 2007, quando tinha 65 anos, Stephen Hawking participou num voo a gravidade zero. Poucos minutos antes da viagem, o cientista dizia estar entusiasmado com a possibilidade de “flutuar livremente no espaço” depois de tanto tempo “confinado a uma cadeira de rodas”. Foi a primeira pessoa com deficiência motora a participar numa viagem espacial.

Hawking destacou-se pelo seu trabalho na astrofísica, mais especificamente no campo dos buracos negros e da relatividade, bem como pela divulgação científica, sendo autor do bestseller Uma Breve História do Tempo: do Big Bang aos Buracos Negros. Hawking não punha de parte a possibilidade de um cataclismo vir, “mais tarde ou mais cedo”, a limpar a humanidade da face da Terra, daí que fosse imperativo que nos lançássemos ao espaço o quanto anos.

Tornou-se num dos cientistas mais reconhecidos pelo grande público, participando mesmo em diversas séries televisivas como Os Simpsons ou A Teoria do Big Bang. Em 2014, a sua história de vida foi adaptada ao cinema em A Teoria de Tudo, filme que valeu um Óscar de Melhor Actor a Eddie Redmayne.

A tese de doutoramento de Stephen Hawking (intitulada Propriedades dos Universos em Expansão), escrita em 1966 quando ainda estudava na Universidade de Cambridge, foi divulgada pela primeira vez no ano passado. “Ao tornar livre o acesso à minha tese, espero inspirar pessoas em todo o mundo a olhar para cima, para as estrelas, e não para baixo, para os seus pés”, dizia Stephen Hawking. Em menos de 24 horas, houve quase 60 mil downloads da tese, referia a Universidade de Cambridge, que considerou que o documento era “histórico”.

Publico.pt

Editorial: SENHOR PRIMEIRO-MINISTRO, SEJA “ELEGANTE”, DEMITA-SE!

A crise política e parlamentar que fustiga o solo pátrio de Amílcar Cabral há três anos deixa transparecer, de forma clara, a falência moral do homem político guineense que usa e abusa da função política para beliscar o tesouro público, ao invés de servir o povo para o bem-estar do país. Não servir-se do povo!

A nomeação do atual Primeiro-Ministro, recusado por todos os signatários do famoso “Acordo de Conakry”, inclusive a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), vem somando erros de palmatória cometidos sistematicamente pelo Chefe do Estado da Guiné-Bissau, José Mário Vaz. É do conhecimento de todo o povo guineense que o Primeiro-Ministro não tem ‘canelas’ para andar. Infelizmente, mais uma vez, o “TIO ZECA” é o único guineense que não sabe que Artur Silva não foi aceite pelos partidos com assento parlamentar, incluindo a sua própria base política (Grupo dos 15 deputados).

O país caminha para 60 dias sem um governo formal, no entanto, a gestão dos assuntos correntes da vida político-social e económica continua a ser dividido entre Artur Silva, Primeiro-Ministro sem governo e os membros do executivo demitido que continuam a gerir recursos financeiros dos seus pelouros. Incrível! Mas compreende-se, porque isso só é possível na Guiné-Bissau, um país que funciona como uma “cobaia” para todo o tipo do ensaio do podre sistema político!

O nível de corrupção existente nesta terra e a total desorganização associada à falta da credibilidade das estruturas judiciais leva-nos a acreditar na teoria de [eventual] “saque ao tesouro público” da parte dos membros do executivo demitido, que o Primeiro-Ministro não consegue controlar, porque não é ouvido. Embaixador Artur Silva , acredita-se que queria dar o seu contributo, mas não foi possível devido às circunstâncias políticas atuais. Então que se demita. Seja Embaixador, no verdadeiro sentido da palavra!

Demitir-se da função do Primeiro-Ministro não significa “o fim de mundo”! É um ato nobre e digno de uma pessoa que se preocupa “salvar” o seu bom nome! Seu nome já está escrito na história deste país pelo facto de ter sido nomeado por um decreto presidencial para liderar o governo. Seja “elegante” Senhor Embaixador, demita-se! O país já sabe que Artur Silva, não é culpado, apenas é uma “vítima” de ensaio [manobras?] de José Mário Vaz e do sistema político desta terra que a história vai julgar.

Por mais que a pessoa seja um perito, é impossível prever, na verdade, as consequências desta crise política e parlamentar apadrinhada por José Mário Vaz e que já leva três anos, sem nenhuma solução a vista. É verdade que a solução deve ser encontrada pelos próprios guineenses que vivem o problema e não esperar pela comunidade internacional que demostrou já o sinal do cansaço com os problemas infantis da Guiné-Bissau. É chegada a hora de atores políticos e a sociedade em geral se levantarem e deixar o orgulho barato de lado e aceitar as suas diferenças em nome da paz, estabilidade e do povo da Guiné-Bissau.

Para isso, precisa-se de políticos sérios e comprometidos com a verdade e com o futuro desta terra conquistada com o suor e sangue dos combatentes da liberdade da pátria. Precisa-se acima de tudo, de um Chefe do Estado sério e capaz de ajudar com ideias claras para garantir a estabilidade política, bem como criar condições propícias para a realização de eleições de que tanto se fala.

Infelizmente, o povo guineense sabe que José Mário Vaz está longe de ter essas virtudes! Mas não há outro caminho, ele deve esforçar-se e tirar o país nesse profundo imbróglio sob pena de se terminar em violência imprevisível. Não pregamos a profecia de caos, nunca o faremos. Mas o extremar de posições que os protagonistas assumem em cada momento desta crise e o rumo dos acontecimentos leva-nos a esta conclusão, tendo em conta a história desta terra sempre ensombrada pela violência como um meio para atingir certos objetivos ou fins políticos.

José Mário Vaz será o único responsável por tudo que venha acontecer nesta terra e mais ninguém! É a hora de pensar nisso, porque senão, a sua falência moral será julgada pela história e ser lembrado como um dos Chefes de Estado mais inexperiente da história desta terra.

O nosso país está a deriva! Sem um governo formal e funcional para administrar o país. Presidente José Mário Vaz, Primeiro-Ministro não é um órgão, apenas o chefe do executivo que ajuda a endireitar a equipa. O governo é um órgão colegial, por isso é urgente encontrar uma saída que permita a nomeação de novo Primeiro-ministro, capaz de reunir largos consensos dos protagonistas da crise e consequentemente formar o governo.

Presidente José Mário Vaz, o que mais deve acontecer nesta terra para sair do “Modo Silencioso” e servir o país como Chefe de Estado de verdade? Golpe militar? Ou guerra civil?! 

Por: Assana Sambú
OdemocrataGB

PR da Guiné-Bissau convoca signatários de Conacri e comunidade internacional

O Presidente da Guiné-Bissau vai reunir-se na quarta-feira com a comunidade internacional, signatários do Acordo de Conacri, sociedade civil e entidades religiosas para encontrar uma solução para o impasse na formação de um novo Governo.

A composição do Governo do novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Artur Silva, continua sem ser anunciada, 40 dias depois de o Presidente, José Mário Vaz, o ter indigitado.

Artur Silva tomou posse a 31 de janeiro, tendo prometido, na altura, "para breve", um Governo integrado por todos os signatários do Acordo de Conacri, instrumento patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para acabar com a crise política na Guiné-Bissau.

Fonte da presidência confirmou à Lusa que o chefe de Estado guineense convocou para quarta-feira um encontro com os representantes da comunidade internacional, signatários do Acordo de Conacri, sociedade civil, entidades religiosas e o grupo de mulheres facilitadoras.

Quando nomeou Artur Silva, José Mário Vaz disse ser um primeiro-ministro da sua confiança e pediu aos guineenses para confiarem no novo chefe do Governo.

O chefe de Estado considerou também que a tarefa principal do novo primeiro-ministro será a organização de eleições legislativas, previstas para este ano.

Mas, 40 dias depois, o Governo do novo primeiro-ministro continua sem ser conhecido, tal como a data para a realização das eleições legislativas, apesar de os partidos políticos já terem sido ouvidos pelo Presidente José Mário Vaz.

Após a nomeação de Artur Silva e de uma visita de uma missão da CEDEAO à Guiné-Bissau para avaliar o cumprimento do Acordo de Conacri, a organização anunciou sanções contra 19 individualidades guineenses por estarem a criar obstáculos à aplicação do acordo.

O Acordo de Conacri foi rubricado em outubro de 2016 pelos cinco partidos com assento parlamentar, o líder do parlamento e o grupo dos 15 deputados expulsos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Vencedor das últimas eleições legislativas, o PAIGC e outras duas formações políticas com assento parlamentar, a União para Mudança e o Partido da Convergência Democrática, todos subscritores do Acordo de Conacri, já anunciaram que não vão aceitar um primeiro-ministro que não seja nomeado na base do referido acordo.

Devido à falta de entendimento entre os signatários do Acordo do Conacri à volta da figura que era apontada como a consensual no âmbito daquele documento, o Presidente guineense decidiu escolher Artur Silva como primeiro-ministro.

dn.pt