sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

EUA e Ucrânia dizem que "progresso real" para paz depende de Moscovo... Washington e Kyiv frisaram hoje que "qualquer progresso real" rumo à paz na Ucrânia dependerá da disposição da Rússia, enquanto anunciavam que as negociações entre as delegações norte-americanas e ucranianas na Florida vão continuar no sábado.

Por  LUSA 05/12/2025

Os negociadores, que se reuniram hoje pelo segundo dia consecutivo na Florida, divulgaram uma declaração conjunta que ofereceu um panorama geral do progresso que, segundo elas, foi alcançado.

Ambas as partes concordaram que o progresso real rumo a qualquer acordo depende da vontade da Rússia em demonstrar um compromisso sério com a paz a longo prazo, incluindo medidas para a desescalada e o fim das mortes", pode ler-se no comunicado.

"As partes analisaram também separadamente a agenda da prosperidade futura, que visa apoiar a reconstrução da Ucrânia no pós-guerra, as iniciativas económicas conjuntas EUA-Ucrânia e os projetos de recuperação a longo prazo", acrescentaram.

As negociações entre norte-americanos e ucranianos vão assim continuar na Florida pelo terceiro dia consecutivo.

O processo de negociação foi marcado nos últimos dias por reuniões do enviado especial norte-americano Steve Witkoff e o genro do chefe de Estado norte-americano, Jared Kushner, com o Presidente russo, Vladimir Putin, na Rússia.

Em simultâneo, mas nos Estados Unidos, o negociador ucraniano Rustem Umerov tem-se reunido com responsáveis norte-americanos sem que, para já, tenha sido alcançado um acordo.

Putin disse na quinta-feira, em declarações ao India Today, que o Krmelin teve de rever "cada ponto" do documento apresentado em Moscovo por Witkoff.

Embora tenha confirmado as discrepâncias, Putin optou pela cautela e assinalou que era prematuro detalhar que aspetos não convinham a Moscovo.

"Dizer agora o que não nos convém ou até onde poderíamos chegar a um acordo é prematuro, já que poderia perturbar o modo de funcionamento que o Presidente Trump está a tentar estabelecer", justificou.

Um responsável norte-americano, sob condição de anonimato, indicou na quarta-feira que Witkoff e Kushner iriam encontrar-se com Oumerov na quinta-feira em Miami.

Mykhailo Podoliak, um dos conselheiros da presidência ucraniana, salientou na rede social X que, embora "o processo diplomático decorra principalmente nos bastidores, (...) as posições são claras".

"A Ucrânia quer o fim da guerra e está pronta para discussões", afirmou.

Desde a apresentação do plano norte-americano há quase três semanas, várias sessões de negociações foram realizadas com representantes ucranianos em Genebra e em Miami para tentar alterar o documento.

Poucos detalhes foram divulgados sobre esse plano alterado, enquanto uma versão inicial foi considerada por Kyiv como sendo amplamente favorável à Rússia.

Entretanto, o exército russo registou hoje mais avanços na frente, reivindicando a tomada da localidade de Bezimenné, na região oriental de Donetsk, onde se concentram os combates.

Por seu lado, a força aérea ucraniana informou que a Rússia lançou 137 drones sobre a Ucrânia durante a noite, dos quais 80 foram abatidos.

Várias regiões continuam a enfrentar cortes de energia após os ataques russos que visaram instalações energéticas nas últimas semanas, segundo o Ministério da Energia.

A retirada do Donbass, a renúncia ucraniana a ingressar na NATO, as garantias de segurança e as reparações russas no pós-guerra são algumas das questões que dividem as duas partes nas negociações sob mediação dos Estados Unidos.

Comunicado Final - XVII Reunião Extraordinária do Conselho de Ministros

O Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), reunido em sessão extraordinária no dia 5 de dezembro de 2025, analisou com profunda preocupação a situação política e institucional na Guiné-Bissau, após o golpe de estado ocorrido a 26 de novembro de 2025.

A XVII Reunião Extraordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) decorreu a 5 de dezembro de 2025, por videoconferência.

Comunicado Final👇

@CPLP

RETOMA DAS ACTIVIDADES POLÍTICAS DO PRS

PRS realizou no dia 4 de novembro de 2025 a sua primeira reunião sectorial, para assinalar a retoma das suas actividades políticas normais, depois do Alto Comando Militar assumir, no dia 26 /11/2025, os poderes de estado da República da Guiné Bissau. 

Numa reunião presidida pelo seu Presidente Félix Nandungue, o partido da Renovação Social, fez análise exaustiva da situação política, com assento Tônico na crise pós- eleitoral que se instalou no país.

Já na parte final da reunião, Nandungue alertou sobre a necessidade do partido iniciar desde já os preparativos, para a realização do seu próximo congresso ordinário, previsto para o início do próximo ano. 

Bissau, 05/12/2025

A DIREÇÃO DA COMUNICAÇÃO E IMAGEM DO PRS

A solução dos problemas da Guiné-Bissau passa pelos próprios guineenses

Por  Presidência da República de Cabo Verde

“Do meu ponto de vista, a solução dos problemas da Guiné-Bissau passa pelos próprios guineenses.”

Numa altura em que a Guiné-Bissau volta a enfrentar momentos de tensão e incerteza, com rumores, interpretações e especulações a circularem tanto na comunicação social quanto nas redes sociais, vale a pena revisitar estas palavras escritas em abril de 2020 pelo então cidadão comum, José Maria Neves, no seu livro de Crónicas “Nos Tempos de Pandemia” que, aliás, vale ler para compreender a sua visão política.

Seguindo, nesse texto — verdadeiro testemunho de amizade, respeito e profunda admiração pela Guiné-Bissau e pelas suas gentes — José Maria Neves sublinhava não apenas o seu afeto pelo país, mas sobretudo a sua confiança inabalável na capacidade dos guineenses de resolverem as suas próprias contendas. Já então defendia o diálogo como ponto de partida e o “sacrifício” da elite política como imperativo ético em prol do bem comum, num momento em que se vivia outra crise institucional, com as eleições de 29 de dezembro de 2019, que viriam a consagrar Umaro Sissoco Embaló como Presidente da República.

Cinco anos se passaram e hoje, como Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves mantém exatamente a mesma convicção: a solução para os problemas da Guiné-Bissau reside, antes de tudo, nos próprios guineenses, na sua capacidade de diálogo, de reconciliação, de construção de consensos fundamentais e de renúncia às lógicas de confronto que apenas adiam a paz e o progresso.

A citação de Amílcar Cabral que então evocou — “Por mais quente que seja a água da fonte, ela não cozerá o teu arroz” — continua atual e pertinente. Ela recorda-nos que nenhum ator externo, por mais empenhado que esteja, pode substituir-se à responsabilidade nacional de refundar o Estado, estabilizar as instituições, reconstruir consensos e abrir caminho ao desenvolvimento político e económico.

À CEDEAO e à comunidade internacional cabe, naturalmente, um papel de mediação ou facilitação — discreto, prudente e respeitador da soberania — apoiando processos de diálogo genuinamente conduzidos pelos próprios guineenses, cujo desejo coletivo de estabilidade, paz e desenvolvimento é claro e inequívoco.

Cabo Verde, país irmão, não esquece a dívida histórica e moral que tem para com a Guiné-Bissau, berço de uma luta conjunta pela liberdade e independência. E José Maria Neves, como Chefe de Estado cabo-verdiano, reafirma a sua confiança e solidariedade para com o povo guineense — um povo resiliente, generoso e profundamente comprometido com a construção de um futuro melhor.

A Guiné-Bissau já demonstrou, ao longo da sua história, que sabe superar adversidades.

Sabê-lo-á fazer novamente.

Movimento Umaro Sissoco Embaló de Gabú “saudou a decisão do Alto Comando Militar” (ACM), no passado dia 26 mês de Novembro. A posição do movimento foi feito nesta Sexta-feira, pelo seu Presidente Amadu Marinha Djaló.

 

ANTÓNIO ALY SILVA NOMEADO ASSESSOR DA IMPRENSA DE ILÍDIO VIEIRA TÉ


Tomada de Posse de novo procurador Geral da República Amadú Tidjane balde.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO 


GUINÉ-BISSAU: CEDEAO quer Embaló de volta ao poder na Guiné-Bissau e aceita eleições anuladas

Por  publico.pt

Líderes da organização junto com Macron congeminaram a solução que devolve o Presidente guineense ao cargo e repete eleições para daqui a um ano na melhor das hipóteses. Embaló vem a Lisboa.

Tudo indica que Umaro Sissoco Embaló regressará em breve à Guiné-Bissau para recuperar o cargo de Presidente da República, perdido no golpe de Estado de 26 de Novembro. 

O volte-face foi promovido por vários chefes de Estado amigos, incluindo Emmanuel Macron, numa solução em que Sissoco se mantém no cargo, os militares voltam para os quartéis, é formado um governo de unidade nacional sem a participação de gente próxima do Presidente deposto e daqui a um ano, um ano e meio repetem-se as eleições...


A ADG Comercial/Albarka reduziu o preço do arroz 100% partido importado da Índia para 11.500 francos CFA para grossistas e 12.500 francos CFA para consumidores a nível nacional. "Essa medida visa tornar o arroz mais acessível à população guineense, especialmente após a crise política e econômica que afetou o país". Adramane Djaló, Gestor da empresa.

Proibição de viagens? EUA planeiam alargar medida a mais de 30 países... Washington pretende alargar a proibição de viagens para os Estados Unidos a cidadãos de mais de 30 países, disse a secretária de Segurança Interna norte-americana, Kristi Noem.

© Lusa   05/12/2025

Durante uma entrevista com a Fox News, transmitida na quinta-feira, Noem recusou confirmar se a nova lista chegaria a 32 países ou a revelar o nome de todos os Estados em causa, mas salientou que o presidente Donald Trump continua a avaliar "que nações incluir por razões de segurança". 

Desde junho que os Estados Unidos proíbem a entrada de cidadãos de 12 países e restringem a entrada de cidadãos de outros sete, argumentando que a medida é necessária para impedir a entrada de "terroristas estrangeiros" e evitar outras ameaças.

As medidas afetam tanto os imigrantes como os visitantes temporários, incluindo turistas, estudantes e viajantes em negócios.

Noem justificou a expansão da lista, citando a falta de governos estáveis, capazes de fornecer informações fiáveis sobre os respetivos cidadãos.

Ao longo da última semana, vários órgãos de comunicação social norte-americanos noticiaram que a Administração Trump está a considerar proibir a entrada de cidadãos de até 36 países adicionais, de acordo com fontes não identificadas do Departamento de Estado.

As proibições propostas seriam baseadas no ataque armado contra dois membros da Guarda Nacional na passada quarta-feira em Washington.

O suspeito do ataque é um cidadão afegão, que chegou aos Estados Unidos em 2021, através de um programa de reinstalação que, segundo a Administração Trump, carecia de controlos suficientes.

Após o ataque, o presidente prometeu suspender "de forma permanente" a imigração de "países do terceiro mundo", sem especificar quais.

Desde que assumiu o cargo em janeiro, Trump tem feito do combate à imigração ilegal uma das suas principais bandeiras, enviando agentes federais para grandes cidades governadas por democratas e endurecendo o tratamento dos requerentes de asilo na fronteira com o México.