terça-feira, 17 de maio de 2022

Militares do Mali anunciam detenções após tentativa de golpe de Estado

© iStock

Por LUSA  17/05/22 

As autoridades de transição malianas anunciaram hoje terem sido feitas várias detenções após o anúncio na segunda-feira, pela junta militar, de que havia sido frustrada uma tentativa de golpe apoiada por um governo ocidental não identificado.

As forças de segurança frustraram o golpe contra o líder da junta militar, coronel Assimi Goita, desencadeado na noite de 11 para 12 de maio.

"O Governo do Mali condena com o maior rigor este atentado indigno contra a segurança do Estado, cujo objetivo é impedir, ou mesmo aniquilar, os esforços substanciais de segurança do nosso país e o regresso a uma ordem constitucional, garante da paz e da estabilidade", lê-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A tentativa de golpe, com o intuito de "minar a segurança do Estado", foi travada "graças à vigilância e segurança" das forças de segurança e ocorre no quadro das recentes tensões com a União Europeia para a redução do seu contingente militar no país.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros referiu ainda que os detidos serão colocados "à disposição da justiça" e anunciou o reforço dos controlos nas saídas de Bamaco e nos postos fronteiriços.

"O Governo garante que a situação está controlada e convida a população a acalmar-se", acrescentou.

O Governo do Mali anunciou segunda-feira a sua saída do G5 Sahel e da sua força conjunta para combater o extremismo islâmico na região devido à recusa da organização em garantir-lhe a presidência devido à situação política no país após os dois golpes de Estado que colocaram e reforçaram os militares no poder, em agosto de 2020 e em maio de 2021, respetivamente.


“DISSOLUÇÃO DO PARLAMENTO NÃO ACARRETA DEMISSÃO AUTOMÁTICA DO GOVERNO”

Por Rádio Jovem | maio 17, 2022 

Jurista afirmou que a dissolução do Parlamento da Guiné-Bissau não acarreta a demissão automática do Governo. Bubacar Turé diz que o decreto da recondução do primeiro-ministro no cargo criou “confusão”.

“O decreto presidencial tem aquilo que eu chamei de uma espécie salada russa, porque a dissolução da Assembleia não acarreta demissão automática do Governo. A demissão do Governo tem de resultar de uma vontade, um ato formal, do Presidente da República através de um decreto presidencial”, explicou Bubacar Turé.

“Ou seja, quando o Presidente da República decide dissolver o parlamento, tem duas opções. Ou emite um novo decreto a demitir o Governo e a formar um Governo de gestão corrente ou no próprio decreto de dissolução da assembleia vai constar um articulado que tem de dizer que o Governo se mantém em funções até à realização de eleições legislativas”, disse o jurista à Lusa.

O chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu na segunda-feira o Parlamento e marcou eleições legislativas para 18 de dezembro.

O Presidente justificou a dissolução do parlamento com o facto de os deputados estarem a transformar a Assembleia Nacional Popular num “espaço de guerrilha” e “conspiração”.

O decreto presidencial justifica ainda a decisão com o facto de a Assembleia Nacional Popular “recusar de forma sistemática o controlo das suas contas pelo Tribunal de Contas” e por “defender e proteger, sob a capa da imunidade parlamentar deputados fortemente indiciados pela prática de crimes de corrupção, administração danosa e peculato”.

Estas Situações “tornam praticamente insustentável o normal relacionamento institucional entre órgãos de soberania e que, por conseguinte, constituem uma grave crise política”, refere-se no decreto.

Caiu ou não o Governo guineense?

Num outro decreto, emitido na sequência da dissolução do Parlamento, o Presidente guineense refere que reconduz no cargo o primeiro-ministro guineense, Nuno Gomes Nabiam, e o vice-primeiro-ministro, Soares Sambú.

“O que fez não esclareceu se o Governo na sua totalidade se mantém em funções, apenas salvaguardou que o primeiro-ministro e o vice-primeiro-ministro se mantêm em funções. Isto criou uma situação de confusão na cabeça de muita gente e há pessoas que entendem que o resto do elenco governamental já cessou funções, o que para mim não é verdade”, salientou.

Segundo o jurista, o Presidente não demitiu o primeiro-ministro para o voltar a reconduzir no cargo e, neste caso, o Governo apenas cai com a demissão do primeiro-ministro.

Como não houve demissão formal do primeiro-ministro, mesmo que depois o voltasse a nomear, “naturalmente o resto do elenco governamental” mantém-se em funções, sublinhou.

“O que o decreto fez foi criar uma confusão desnecessária e que não tem nenhum enquadramento jurídico, esta salvaguarda das funções do primeiro-ministro e do vice-primeiro-ministro”, afirmou.

Governo de Gestão

Bubacar Turé sublinhou, contudo, que em ambas as circunstâncias, que a manutenção do Governo ou a nomeação de um novo, “serão sempre governos de gestão” com legitimidade reduzida e que não podem tomar medidas de fundo.

“É um Governo sempre de gestão e que tem consequências graves para o país, neste contexto de dificuldades sociais e económicas acentuadas e de redução de apoios financeiros dos parceiros”, disse, manifestando preocupação com projetos e acordos que estão para ser aprovados pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional.

O jurista afirmou também que os motivos elencados para dissolver o parlamento “não convencem” e que acha que os “verdadeiros motivos estão relacionados com a revisão constitucional”, que a Assembleia Nacional Popular se preparava para fazer na atual sessão legislativa.

Fonte: DW/Lusa

PRESIDENTE DA REPÚBLICA REÚNE-SE COM O GOVERNO DE GESTÃO

O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas General Úmaro Sissoco Embaló numa reunião por ele convocada logo apos ter tomado a soberana decisão de dissolver a X Assembleia Nacional Popular e consequentemente ter provocado a queda do actual Executivo, agradeceu os membros do actual Governo de Gestão pela contribuição que deram ao país no exercício das suas funções até desempenhadas.

O Presidente da República disse ainda na reunião que manteve com os membros do Governo de Gestão esperar que todos continuem a dar o seu melhor neste momento em que levam a cabo uma mera gestão administrativa nos seus respectivos pelouros, até que um novo Executivo de confiança presidencial seja constitucionalmente empossado.

O General Sissoco Embaló falou ainda da urgente necessidade de todos os membros do actual Governo de Gestão trabalharem no sentido de cumprimento das suas directivas cujo objectivo é o de minimizar os impactos negativos qud se estão a registar em consequência da actual crise política internacional que veio agravar ainda mais a situacao económica e financeira da Guiné-Bissau derivada da pandemia do COVID-19 e com nefastas consequências sobre as populações guineenses, com a subida abrupta fos preços dos produtos de primeira necessidade. 

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

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A recém empossada Directora Nacional do BCEAO, Dra. Zenaida Lopes Cassamá, foi recebida em audiência pelo Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, General Úmaro Sissoco Embaló.

Durante a audiência acordada à Sra. Zenaida Lopes Cassama - Directora Nacional do BCEAO,  nomeada recentemente e em efectividade de funções desde o dia 9 de Maio corrente, apresentou os seus cumprimentos ao Chefe de Estado, ao mesmo tempo que explicou ao Primeiro Magistrado da Nação as novas orientações estratégicas do BCEAO neste seu início no desempenho das suas novas funções.

Sua Excelência o Presidente da República agradeceu às explicações dadas pela Directora Nacional do BCEAO  para de seguida manifestar a sua esperança na continuidade das acções do Banco Central dos Estados da África Ocidental no sentido da sustentabilidade e robustez da nossa praça financeira.


@Radio Bantaba. Zenaida Cassama, nova Directora Nacional do BCEAO apresenta-se às autoridades de Bissau em substituição de Helena Nosoline Embaló.

Procurador-Geral da República: “COMISSÃO PERMANENTE É O ÓRGÃO QUE VAI DECIDIR SOBRE A AUDIÇÃO DE DEPUTADOS”

 JORNAL ODEMOCRATA  17/05/2022  

O Procurador-Geral da República, Bacar Biai, afirmou esta terça-feira, 17 de maio de 2022, que compete agora à Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP) decidir sobre o levantamento da imunidade e, consequentemente, a audição dos deputados notificados pelo Ministério Público(MP).

“O órgão que fica encarregue de decidir ou não autorizar os deputados para serem ouvidos na instância judicial é a Comissão Permanente da ANP. Estamos à espera dessa Comissão, porque a justiça está acima de todos”, disse.

Biai falava aos jornalistas à margem da cerimónia de empossamento de seis magistrados do Ministério Público, promovidos de categoria de delegado à Procurador da República, em cumprimento do Acórdão nº.03/2021.

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu o Parlamento e justificou no decreto, que a decisão deve-se à recusa daquele órgão, de forma sistemática, ao controlo das suas contas pelo Tribunal de Contas. Alegou também no decreto que o Parlamento tem defendido e protegido, sob a capa da imunidade parlamentar, deputados “fortemente” indiciados pela prática de crimes de corrupção, administração danosa e peculato.

Bacari Biai sublinhou, na sua declaração, que no estado do direito democrático o que manda é o império da lei, acrescentando que “o império da lei significa que todos temos que  nos submeter à essa lei”.

O PGR lembrou que os deputados tinham sido notificados por via da Assembleia Nacional Popular, de acordo com a lei, contudo, esclareceu que compete agora àquela instituição autorizar os deputados para serem ouvidos no processo crime.

“Infelizmente a Assembleia diz que não, porque é sua  competência e que o Ministério Público não se pode imiscuir nos assuntos da competência da Assembleia Nacional Popular”, referiu.

Questionado se com a dissolução do Parlamento é possível ouvir os deputados, respondeu que mesmo com a dissolução do Parlamento, os deputados mantêm-se com as suas imunidades.

Por: Assana Sambú

MACKY SALL: Presidente da União Africana visita Rússia e Ucrânia para debater cereais

© Reuters

Por LUSA  17/05/22 

O chefe de Estado do Senegal e presidente rotativo da União Africana (UA) visitará a Rússia e a Ucrânia para discutir com as possibilidades de África obter um abastecimento adequado de cereais e fertilizantes, segundo fontes da presidência senegalesa.

O conselheiro encarregado das relações com os media na Presidência, Ousmane Ba, indicou que as datas da viagem ainda não foram finalizadas, mas que estão "a trabalhar nisso".

Macky Sall disse na segunda-feira que tinha recebido um mandato da UA "para pedir ao Presidente (Vladimir) Putin que criasse as condições para permitir à Ucrânia exportar os cereais e fertilizantes de que necessitamos, mas também para levantar certas sanções contra a Rússia, de modo que este país possa comercializar para nos fornecer fertilizantes".

Em declarações relatadas pela Agência de Imprensa do Estado senegalesa (APS), o líder africano reiterou o apelo "urgente" da UA à "desescalada" da crise na Ucrânia e apelou a um cessar-fogo unilateral e a uma solução negociada "para evitar o pior".

Os comentários de Sall vieram durante a cerimónia de abertura da 54ª Conferência dos Ministros Africanos de Economia e Finanças em Diamniadio, a cerca de 30 quilómetros de Dakar.

Sall advertiu que África está "no meio de um conflito em que nada pode fazer".

"Se o gás russo for cortado (...), não podemos obter fornecimentos da Ucrânia, não podemos comprar fertilizantes para a agricultura. O que é que vamos fazer? ", questionou.

Tanto a ONU, como várias organizações não governamentais, já avisaram que esta guerra está a agravar a situação alimentar global, afetando regiões vulneráveis, como a África.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a crise na Europa é suscetível de provocar uma queda na disponibilidade de trigo para seis países da África ocidental que importam pelo menos 30% do seu trigo da Rússia ou Ucrânia (Burkina Faso e Togo) e mesmo mais de 50% (Senegal, Libéria, Benim e Mauritânia).

Outro efeito da guerra na Ucrânia no continente é uma queda acentuada da ajuda internacional, uma vez que muitos doadores indicaram que irão cortar o seu financiamento para o continente africano, em favor das necessidades do país europeu.

Em março passado, Sall falou com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, e apelou a um "cessar-fogo duradouro" na guerra ucraniana.

A 24 de fevereiro, a UA já tinha apelado a um cessar-fogo "imediato" e "sem demora", bem como ao início de negociações políticas para "salvar o mundo das consequências de um conflito global".

A 11 de abril, o Presidente ucraniano, Volodomir Zelenski, chamou Sall e discutiu a necessidade de diálogo para alcançar uma "solução negociada" para pôr fim à invasão russa do seu país.

Zelenski também pediu para "fazer uma comunicação à UA", que reiterou semanas depois e que, por enquanto, ainda não teve lugar.

Muitas nações africanas abstiveram-se em várias votações da ONU, que puniram a Rússia.

Esta posição está ligada não só ao papel político e económico estratégico de Moscovo para grande parte da África, mas também a razões históricas, como o apoio da Rússia aos movimentos anticoloniais e de libertação dos povos africanos no século XX, tais como a luta contra o sistema segregacionista "apartheid" na África do Sul.

Ministério público: Bacari Biai pede rigor e transparência aos novos procuradores

Por: Laércia Valeriana Insali  capgb.com

O Procurador-Geral da república da Guiné-Bissau conferiu esta terça-feira 17/05/2022 posse aos seis magistrados para categoria de procuradores da república, no salão nobre Mamadu Saido Balde (palácio da justiça).

Na presença do presidente do supremo tribunal de justiça, José Pedro Sambu, representante do presidente de tribunal de contas, magistrados do ministério público, empossados e seus familiares, Biai reconheceu que este ato não é uma mera formalidade mas sim, mas um reconhecimento dos seus esforços diário na promoção da justiça e suas contribuições na eliminação de estigmas e mãos ocultas que queiram implantar divisões entre magistrados.

Apesar de ter conseguido reclassificar e promove-los a categoria de procuradores, o presidente e representante do ministério público e Procuradoria-Geral da república, manifestou seu desagrado com a decisão do conselho superior da magistratura por recusar o cumprimento do acórdão nº3/2021 para efeito da promoção dos 6 magistrados empossados.

«O conselho sem fundamentação nenhuma decidiu baixar as classificações atribuídas e consequentemente recusar promover os magistrados recém-empossados, mas promoveram outros magistrados de imediato»

No entanto, Bacari realçou que é impossível uma instituição incutida na missão de fiscalizar a ilegalidade a praticar tamanha “ilegalidade” violando objetividade de tomada de decisão.

Com isso, considera impensável que o conselho superior da magistratura alem de ser órgão responsável pela nomeação e transferência dos magistrados, é também quem está a conduzir os próprios magistrados nos seus eventuais comportamentos, protagonistas de rebelião contra decisões, “facto jamais visto na história de judiciária guineense”.

Por fim, admitiu aos novos procuradores da república votos de confiança nos seus desempenhos e nas suas qualidades técnicas profissionais, de igual modo, exorta rigor e transparência nas suas funções.

E ao governo, apela a materialização da independência material do poder judicial que passará necessariamente pela consagração da auditoria financeira, dado que, a gestão por parte do ministro das finanças ao orçamento do ministério publico não compadece com a dinâmica na prevenção e combate de novos fenómenos criminais.

Zenaida Cassama, nova Directora Nacional do BCEAO apresenta-se às autoridades de Bissau em substituição de Helena Nosoline Embaló.

 Radio TV Bantaba

UCRÂNIA/RÚSSIA: Tensão na Rússia? Putin poderá "ser substituído por um pior ainda"

© Global Imagens

Notícias ao Minuto  17/05/22 

Devido ao fracasso da ação militar russa em solo ucraniano, José Milhazes considera que a Rússia está em risco de ser alvo de movimentos separatistas, podendo mesmo levar ao afastamento do presidente russo – e à sua substituição por alguém "pior ainda".

Perante o anúncio de que a Finlândia e a Suécia pretendem apresentar candidaturas de adesão à NATO, e as ameaças de retaliação por parte do regime de Vladimir Putin, presidente russo, o jornalista José Milhazes, que foi correspondente em Moscovo durante 16 anos, apontou, em declarações à SIC Notícias, que a Rússia mostra estar “cada vez mais isolada”. Esse isolamento, por sua vez, poderá dar lugar a movimentos separatistas dentro da Federação Russa, levando, consequentemente, a uma eventual substituição do líder russo – talvez por “um pior ainda”.

Para o comentador, o isolamento da Rússia poderá “ter consequências ainda muito mais funestas”, uma vez que Putin invadiu a Ucrânia para impedir que o país se torne membro da NATO “e, a seguir, tem dois países vizinhos da Rússia, [particularmente a Finlândia,] que sempre manteve um estatuto de neutralidade e cujos habitantes sempre respeitaram muito esse acordo, mostrando que estariam dispostos a continuar, [a pedir adesão à aliança]”, começa por explicar.

“Se ele não previa uma reação destas da Finlândia e da Suécia, é outro erro trágico para Vladimir Putin”, aponta o especialista em História da Rússia, lançando que “está a sair-lhe tudo ao contrário”.

“Invade a Ucrânia, não consegue vitória nenhuma. Quer travar o alargamento da NATO, e provoca exatamente o processo contrário. Se eu fosse um patriota russo, começava a pensar que Putin pode ser um agente norte-americano a trabalhar contra a Rússia”, lançou, considerando que, se o rumo da situação prosseguir, “vamos ter uma situação muito grave – o risco de a Federação Russa se desintegrar”.

“Não conseguindo obter resultados práticos na Ucrânia, e tendo o alargamento da NATO com estes dois novos países, a elite russa, – o chamado partido da guerra –, terá de fazer alguma coisa para salvar a cara, e isso pode passar pelo afastamento de Putin. A luta pelo poder em Moscovo, tendo em conta o enfraquecimento das forças armadas devido à guerra na Ucrânia, pode provocar, dentro da própria Rússia, movimentos separatistas”, esclarece.

O jornalista adianta que, neste momento, “é difícil prever quem é que será o escolhido, se aparecer a tentação de substituir Putin”, mas que “homens dos serviços secretos”, ou até mesmo “algum militar – embora isso não seja muito tradicional na Rússia” – poderão ser considerados. Nesta linha, Milhazes realça que o problema passa pela possibilidade de alguém ainda pior do que Putin ascender ao poder.

“O problema aqui é que estamos cada vez mais perante a possibilidade de Putin ser substituído por um pior ainda, e isso pode criar vários problemas, porque a Rússia está em fuga para a frente, mas cada vez que dá um passo em frente, o resultado é desastroso”, remata.

Recorde-se que o Partido Social Democrata sueco, no poder, aprovou uma candidatura da Suécia à NATO, abrindo caminho a um pedido de adesão pelo Governo, na segunda-feira. A notícia surgiu no dia em que a Finlândia anunciou a intenção de aderir à NATO, alargando, assim, a aliança militar ocidental que conta com 30 membros.

A inversão na histórica posição de não alinhamento dos dois países escandinavos surge na sequência da invasão da Ucrânia por Moscovo, que fez mudar a opinião pública e política na Finlândia e na Suécia.

No mesmo dia, o presidente russo avisou o Ocidente de que a Rússia responderá caso a NATO comece a reforçar as infraestruturas militares da Suécia e da Finlândia, ao passo que o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Ryabkov, reiterou que a adesão da Finlândia e da Suécia à NATO será um erro com amplas consequências que Moscovo não tolerará.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar na Ucrânia já matou mais de três mil civis, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

O conflito causou ainda a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de seis milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.



Gatos reconhecem os nomes uns dos outros e dos seus donos

© Shutterstock

Notícias ao Minuto  17/05/22 

De acordo com um novo estudo japonês, os gatos reconhecem os seus próprios nomes e também os nomes de outros gatos que convivem com eles, além dos nomes dos donos, reporta um artigo publicado pelo portal UOL.

Em declarações ao site Asahi Shimbun, o investigador de ciência animal Saho Takagi disse: "o que descobrimos é surpreendente. Os felinos não só parecem ouvir as conversas das pessoas, como, na verdade, prestam atenção".

Takagi e uma equipa de investigadores analisaram gatos em dois ambientes distintos, nomeadamente aqueles que habitavam em casas com outros felinos, e aqueles que viviam em 'cafés de gatos', estabelecimentos cada vez mais populares onde os clientes podem interagir com os animais e onde a maioria está disponível para adoção.

No decorrer do estudo, os cientistas mostraram aos gatos a imagem de outro gato da mesma casa ou café. Esses gatos nas imagens eram apelidados de 'gato modelo'.

Adicionalmente, quando a imagem era exibida, os investigadores tocavam uma gravação da voz do dono a dizer o nome daquele gato (condição congruente) ou um nome diferente (condição incongruente). 

Os investigadores determinaram que os gatos que moravam em casas com outros felinos olhavam durante mais tempo para a imagem durante a condição incongruente, concluindo que a reação dos bichanos se devia ao facto de muito possivelmente ficarem confusos com a divergência entre a imagem e o nome que ouviam, informa o UOL. 

Entretanto, os gatos que habitam em cafés exibiam um comportamento distinto. O que, provavelmente, advém desses animais conviverem com muitos gatos diferentes.

Ora, os cientistas creem que os gatos que vivem em casas observam as interações que ocorrem naqueles espaços, enquanto os gatos que habitam em cafés ou por exemplo em abrigos veem constantemente um grande fluxo gatos e de pessoas desconhecidas, dificultando nesses casos a associação entre nome e ser. 



Secretário Permanente da UM: “UNIÃO PARA MUDANÇA NÃO VAI ACATAR UMA ORDEM QUE VEM DE UM GOLPE DE ESTADO”


JORNAL ODEMOCRATA  17/05/2022

Numa primeira reação à decisão do Presidente da República, o secretário permanente da União Para a Mudança (UM), Armindo Handem, disse que o seu partido não vai acatar uma ordem que veio de um golpe de estado.

Armindo Handem referiu que foi com alguma surpresa que a União para a Mudança registou a decisão do “Presidente da República eleito”, mas que não chegou de tomar posse perante Assembleia Nacional Popular (ANP).

“Tomar uma decisão da dissolução de um órgão que lhe deveria ter dado posse, é extremamente estranho. Talvez se o país estivesse perante num golpe de estado, justificar-se-ia. Não podemos acatar uma ordem que vem de um golpe de estado”, afirmou.

Na opinião de Armindo Handem, o Parlamento não está dissolvido porque o Presidente Umaro Sissoco Embaló nunca foi investido no cargo, portanto “todos os atos por ele praticados têm nenhum valor jurídico para sua implementação”.

“Se as atuais autoridades quiserem que essa decisão tenha validade, têm que assumir que fizeram um golpe de estado”, insistiu.

Questionado se até 18 de dezembro o país não tiver um presidente da Comissão Nacional de Eleições a União para Mudanças vai às eleições, Handem respondeu que a decisão de dissolver o parlamento e marcar eleições sem ouvir os partidos políticos com assento no parlamento e reunir o Conselho de Estado “foi uma sucessão de atos inconstitucionais”.

“Infelizmente esses dois procedimentos não foram respeitados. Nós vimos o decreto que define a dissolução da Assembleia, o mesmo decreto em que indica a data para a realização das eleições legislativas. Nada foi feito dentro do quadro legal. Portanto não vejo a necessidade de a União para a Mudança propor soluções, utilizando a via legal porque não levará a lado nenhum”, sublinhou Armindo Handem.     

Por: Filomeno Sambú

MOPHU/16.05.2022: O Ministro das Obras Pública Habitação e Urbanismo Dr. Fidelis Forbs fez hoje uma visita de trabalho os troços que liga Bambadinca, Québo e Buba, com objetivo de constatar as obras de manutenção pesada que está em curso no referido troço.

Acompanhado pelo Diretor Geral das infraestruturas, Eng. Braima Djassi, Eng. Carlos António Biaia ( Bicosse) e Engenheiro da Empresa AREZKI

 Ministério Das Obras Publicas, Habitação e Urbanismo

LESMES MONTEIRO RENUNCIA À MILITÂNCIA NO PAIGC

 JORNAL ODEMOCRATA  16/05/2022 

O Secretário de seção Madina III, Zona 05, Círculo Eleitoral 28, do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, Lesmes Freire Monteiro, anunciou a renúncia à militância no PAIGC, por motivos políticos, pessoais e familiares.

Em carta dirigida à Direção Superior do partido com a data de 13 de maio de 2022, e que deu entrada na secretaria do partido, segunda-feira, 16 de maio, o antigo pretendente candidato à liderança da Juventude Africana Amílcar Cabral (JAAC) justificou a decisão com o facto de os “anseios, valores, princípios e visão” que tem para com a Guiné-Bissau não condizerem com a realidade de facto e as práticas instaladas no partido.

“Neste sentido, gostaria de informar a minha decisão de renúncia à militância no PAIGC por motivos políticos, pessoais e familiares, que talvez num momento oportuno terei oportunidade de esclarecer detalhadamente” lê-se na missiva.

O também antigo dirigente do Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados (MCCI), disse que, desde cedo, teve o sonho de dar a sua contribuição em prol do seu povo e sempre quis fazê-lo através da política e numa instituição que representasse o espírito da grandeza desta pátria. 

“Optei pelo PAIGC com anseio de servir a causa nacional. Acreditava que a mudança de paradigma no país passava necessariamente pela mudança de pensar e agir dentro deste Partido histórico” insistiu, para de seguida afirmar que acredita que mesmo fora do PAIGC continuará a ser “útil à democracia e à política guineense”.

Por: Tiago Seide

Legislativas antecipadas: JURISTA QUESTIONA LEGITIMIDADE DO PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA CNE

JORNAL ODEMOCRATA  16/05/2022  

O professor universitário e analista político e jurídico, Banor da Fonseca alertou que existe uma vacatura na Comissão Nacional de Eleições (CNE), questionando a legitimidade do presidente em exercício da CNE para realizar as eleições legislativas antecipadas.    

“Existe uma vacatura neste momento na CNE, porque não foi eleito ainda o novo presidente e o secretário executivo não é o presidente da CNE. Quem vai organizar as eleições legislativas? Talvez o presidente do Supremo Tribunal de Justiça venha a suspender a sua função para organizar eleições. Ou fazer algumas engenharias e permitir que o processo seja conduzido pelo secretário executivo, que desempenha a função do presidente em exercício”, disse. 

O jurista falava ao Jornal O Democrata, esta segunda-feira, 16 de maio de 2022, para analisar o enquadramento legal da data anunciada para as eleições legislativas antecipadas, sobretudo analisar a situação considerada “complexa” da Comissão Nacional de Eleições, a entidade encarregue de organizar as eleições que está há vários meses sem presidente eleito.

O Chefe de Estado dissolveu hoje o Parlamento e agendou para 18 de dezembro do ano em curso as eleições legislativas

Banor da Fonseca disse que a situação da CNE está complexa, tendo assegurado que os partidos deveriam trabalhar em conjunto na nomeação de novo presidente da CNE antes da dissolução do Parlamento.

“Para nomear o presidente da CNE é preciso organizar primeiramente as eleições legislativas e escolher novos representantes do povo que na plenária vão eleger o presidente da CNE. Com a dissolução do Parlamento não se pode escolher novo presidente da CNE. Quem vai organizá-las?”, questionou

O jurista admitiu a possibilidade de se fazerem algumas “engenharias fora da lei” para organizar as eleições, porque “o país não pode ficar parado”.

“Este processo já está complicado. Na verdade, não estamos numa situação normal. O legislador sabe que a vida e a política não são um mar de rosas, porque existem sempre improvisos, por isso ressalva sempre essas situações da impossibilidade de findar a legislatura normal, escolher mecanismos que ponham cobro a determinadas situações até à realização das novas eleições”, alertou.

Questionado se o país não corre o risco de ver um partido avançar com o processo na justiça para indeferir o processo eleitoral se for decidido criar uma engenharia fora do quadro legal e deixar o presidente em exercício realizar eleições, respondeu que há sempre risco, tendo em conta a situação da CNE.

O jurista alertou os guineenses e atores políticos para a necessidade que encontrarem consenso político e tirar o país da situação complexa em que se encontra.

“Estamos numa situação que não foi prevista pela lei e a solução é buscar consenso político”, reafirmou, avançando que há toda uma  necessidade urgente de promoção do diálogo nacional na busca de grandes consensos.

“Devemos todos engajarmo-nos para que a nova eleição seja realizada, caso contrário o governo vai ficar eternamente no poder. Para que isso não aconteça, devemos colaborar para que sejam realizadas as eleições legislativas. Estamos numa situação que obriga-nos a andar fora do quadro legal, ou seja, deixamos o presidente em exercício organizar eleições antecipadas ou que o presidente do supremo suspenda as suas funções e volte a assumir a presidência da CNE para organizar as eleições”, assegurou.

“DEZEMBRO É PRAZO REALISTA”

Fonseca considerou que a realização das eleições legislativas em dezembro deste ano é um prazo mais “realista”, porque o país não atualiza anualmente os dados eleitorais dos cidadãos eleitores, previsto pela lei.

“Na nossa Constituição da República, essa matéria aparece como um elemento abstrato, portanto foi deixado a livre critério do Presidente da República. O que ele pode entender por grave crise pode não ser o entendimento de outros. A decisão que tomou não tem nenhuma consequência jurídica. Talvez politicamente venha a ter, se a situação ganhar outros contornos ou não for bem gerida”, afirmou.

Por: Assana Sambú 

Assembleia Nacional Popular da República da Guiné-Bissau: A Sessão Parlamentar foi suspensa por causa da dissolução do parlamento obrigado a todos -16.05.2022

Ministra dos negócios estrangeiros Dr: Suzi Carla Barbosa Recebeu hoje em audiência o enviado especial do Rei dos Emirados árabes á Guiné -Bissau... May 16, 2022.

 Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau

Compatriotas,

O Presidente da República acaba de tomar a decisão de dissolver a Assembleia Nacional Popular da X legislatura, uma prerrogativa constitucional da sua exclusiva competência.

Por Decreto nr° 25/2022 , foi reconduzido a Chefia do Governo, que mantém até a realização das próximas eleições legislativas.

O compromisso é de continuar a trabalhar arduamente para transformar o país, resolver os problemas estruturais que existem e com foco na melhoria de condições de vida dos Guineenses.

#ChefiadogovernoGB2022 

#GCPM 

1️⃣6️⃣0️⃣5️⃣2️⃣2️⃣✔

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló - MENSAGEM À NAÇÃO

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

MENSAGEM À NAÇÃO

Guineenses,  

A crise política – que pôs em causa o normal relacionamento institucional entre os órgãos de soberania –, tornou-se hoje um facto evidente. Com esta crise política, esgotou-se também o capital de confiança entre os órgãos de soberania. 

A Décima Legislatura converteu a Assembleia Nacional Popular num espaço de guerrilha política, de conspiração.  De maneira persistente, muitos Deputados têm conjugado seus esforços com vista a fragilizar as instituições da República em vez de tudo fazerem para as fortalecer. 

Os guineenses ainda se lembram da Nona Legislatura.  Lembram-se certamente não apenas da “histórica” autossuspensão das suas próprias obrigações regimentais, durante anos seguidos. Também se lembram de como, então, se desenvolveu uma linha de confrontação parlamentar com outros órgãos de soberania. 

A Décima Legislatura, cujo mandato hoje cessa, estava a fazer o mesmo percurso. Não aprendeu com as lições desse passado que, outrora, não dignificou o parlamento guineense. 

Considerando tratar-se de divergências persistentes, que se tornaram inultrapassáveis, cumpria ao Presidente da República decidir. 

E foi assim que, depois de ouvido o Presidente da Assembleia Nacional Popular, os partidos políticos com assento parlamentar e o Conselho de Estado, tomei a decisão de dissolver a Assembleia Nacional Popular da Décima Legislatura e antecipar a realização das eleições legislativas. 

Decidi devolver a palavra aos guineenses para que, ainda este ano, escolham livremente nas urnas, o Parlamento que querem ter – a Assembleia Nacional Popular da Décima Primeira Legislatura. 

Bissau, 16 de Maio de 2022

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