domingo, 17 de setembro de 2023

DONALD TRUMP: Sondagem da CBS/YouGov dá ligeira vantagem a Trump a um ano das eleições

© Reuters

POR LUSA   17/09/23 

A pouco mais de um ano das eleições nos Estados Unidos, Donald Trump tem uma ligeira vantagem face a Joe Biden, com o atual presidente a receber 49% das intenções de voto e o republicano 50%, segundo uma sondagem.

A sondagem, da CBS/YouGov, concluiu que 50% dos eleitores prováveis escolheram Trump e 49% apontaram Biden como preferido.

A sondagem foi conduzida entre 12 e 15 de setembro junto de uma amostra representativa de cerca de 4.000 residentes adultos nos Estados Unidos da América.

De acordo com a CBS, estes resultados podem estar relacionados com dúvidas acerca da saúde de Joe Biden, num segundo mandato, mas também com a ideia de que os eleitores sentem que estão agora pior em termos financeiros do que estavam com Trump como presidente.

Assim, entre os eleitores registados, só 34% acreditam que Biden termine um segundo mandato, sendo que 55% acham que Trump o conseguiria.

No entanto, uma maioria dos eleitores que respondeu ao inquérito (64%) acredita que um novo confronto entre Trump e Biden significa que o sistema político norte-americano não está de boa saúde.

Por outro lado, quase metade dos inquiridos diz estar agora pior financeiramente do que antes da pandemia. Estes eleitores tendem a apoiar Donald Trump, com 71% das intenções de voto, de acordo com a sondagem.

De acordo com a CBS, Biden está, neste momento, a perder 7% daqueles que o apoiaram em 2020 enquanto Trump perde apenas 3%.

Entretanto, numa entrevista à NBC, Donald Trump recusou responder a perguntas sobre o motim do Capitólio, dizendo que "contaria às pessoas mais tarde num momento apropriado".

Trump recusou-se a dizer no "Meet the Press", daquele canal norte-americano, o que fez no dia 06 de janeiro de 2021, depois do início da insurreição e se fez telefonemas a partir da altura em que os seus apoiantes começaram a invadir o edifício.

"Não vos vou dizer. Vou dizer às pessoas mais tarde, numa altura apropriada", disse Trump à moderadora Kristen Welker, depois de esta ter perguntado se o ex-presidente passou aquela tarde a ver o ataque na televisão, numa sala de jantar da Casa Branca.

Os ex-assessores de Trump disseram que o ex-presidente se isolou numa sala fora da Sala Oval para ver e até rebobinou e reviu algumas partes, disse a agência Associated Press.

Na entrevista, Trump disse, em resposta à pressão de Welker sobre o seu silêncio público durante a violência, que tinha feito "belas declarações" no dia do ataque.


Forças de Kyiv reivindicam controlo de Klishchiivka perto de Bakhmut

© Lusa

POR LUSA    17/09/23 

As forças ucranianas reivindicaram hoje a reconquista aos ocupantes russos de Klishchiivka, localidade taticamente relevante a sul de Bakhmut, enquanto apertam o cerco a esta cidade.

Klishchiivka foi libertada dos russos", disse Oleksandre Syrsky, comandante do exército ucraniano, nas redes sociais, citado pela AFP.

As forças ucranianas estão a tentar apertar o cerco em torno de Bakhmut, enquanto continuam a dirigir-se lentamente para sul, onde enfrentam feroz resistência russa.

"As operações militares mais ativas estão atualmente a ser conduzidas na direção de Bakhmut", disse no Telegram a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar, citada pela agência Efe.

Entretanto, o chefe de gabinete presidencial ucraniano, Andri Yermak, publicou uma fotografia de soldados ucranianos com a bandeira ucraniana, alegadamente tirada em Klishchiivka.

O controlo de Klishchiivka, a menos de 10 quilómetros de Bakhmut, terá um impacto sério no equilíbrio de forças na zona e permitirá aos ucranianos desferir golpes na retaguarda russa.

Até agora, a Rússia também não comentou oficialmente a situação e os seus bloguistas militares estão divididos entre os que consideram a aldeia perdida e os que insistem que o seu destino ainda não está selado.

No sábado, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky tinha anunciado a libertação, pelas suas forças armadas, da pequena cidade de Andriivka, a sul de Bakhmut, considerada chave para o cerco dessa cidade.

"Os nossos soldados libertaram Andriivka", disse Zelensky, afirmando que este é um resultado importante e esperado.

O Estado-maior das Forças Armadas da Ucrânia também disse que "durante as operações de assalto, as forças ucranianas tomaram Andriivka na região de Donetsk, infligiram perdas significativas de pessoal e equipamento ao inimigo e consolidaram as suas novas posições".

O comandante ucraniano Maksym Zhorin explicou que o controlo de Andriivka é essencial para que as forças de Kiev avancem em direção a Bakhmut.

Os militares russos negaram estas afirmações e afirmaram que as forças de Kiev falharam nas suas tentativas de expulsar o exército russo de Andriivka.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


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Cientistas alertam que gelo que rodeia Antártida diminui perigosamente

© Lusa

POR LUSA   17/09/23 

A camada de gelo a Antártida está muito abaixo de qualquer nível de Inverno antes registado, segundo dados de satélite, contrariando a perceção de que a região resiste ao aquecimento global, noticia hoje a BBC.

"Está tão longe de tudo o que vimos que é quase alucinante", disse à cadeia de informação britânica Walter Meier, especialista que monitoriza o gelo marinho no Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo.

Em consonância com esta observação, especialistas polares alertam que uma Antártida instável pode ter consequências de longo prazo.

A enorme extensão de gelo da Antártida regula a temperatura do planeta, uma vez que a superfície branca reflete a energia do Sol de volta para a atmosfera e também arrefece a água abaixo e perto dela, explicam os cientistas citados pela BBC.

Sem o seu gelo a arrefecer o planeta, a Antártida poderia transformar-se de frigorífico da Terra num radiador, dizem os especialistas.

O gelo que flutua na superfície do Oceano Antártico mede agora menos de 17 milhões de quilómetros quadrados - ou seja, 1,5 milhões de quilómetros quadrados de gelo marinho a menos do que a média de setembro passado e bem abaixo dos mínimos recorde do Inverno anterior.

Essa diminuição corresponde a uma área sem gelo com cerca de cinco vezes o tamanho das Ilhas Britânicas, exemplificam especialistas, alguns dos quais não estão otimistas quanto à recuperação significativa do gelo marinho.

Os cientistas ainda estão a tentar identificar todos os fatores que levaram à redução do gelo marinho este ano, mas estudar as tendências na Antártida tem sido historicamente um desafio.

Num ano em que vários recordes globais de calor e temperatura dos oceanos foram quebrados, alguns cientistas insistem que o baixo nível de gelo marinho é a medida a que os decisores políticos e a população devem prestar atenção.

"Podemos ver o quão mais vulnerável (a Península da Antártida) é", disse à BBC Robbie Mallet, da Universidade de Manitoba, que faz investigação na região.

Já enfrentando o isolamento, o frio extremo e os ventos fortes, o fino gelo marinho deste ano tornou o trabalho da sua equipa ainda mais difícil, explicou. "Existe o risco de ele se partir e ir para o mar connosco", alertou.

O gelo marinho forma-se no Inverno do continente (março a outubro), antes de derreter em grande parte no Verão, e faz parte de um sistema interligado que também consiste em icebergs, gelo terrestre e enormes plataformas de gelo.

O gelo marinho atua como uma capa protetora para o gelo que cobre a terra e evita o aquecimento do oceano, referem os técnicos.

Caroline Holmes, do British Antarctic Survey, explicou à BBC que os impactos da diminuição do gelo marinho podem tornar-se evidentes à medida que a estação transita para o Verão - quando há potencial para um ciclo de "feedback imparável de derretimento do gelo".

À medida que mais gelo marinho desaparece, expõem-se áreas escuras do oceano, que absorvem a luz solar em vez de a refletir, o que significa que a energia térmica é adicionada à água, o que, por sua vez, derrete mais gelo.

Este fenómeno poderá acrescentar muito mais calor ao planeta, perturbando o papel habitual da Antártida como reguladora das temperaturas globais, constatam.

Os dados mais recentes apontam que desde a década de 1990, a perda de gelo terrestre da Antártida contribuiu com 7,2 mm para a subida do nível do mar.

Os cientistas afirmam que mesmo aumentos modestos no nível do mar podem resultar em tempestades perigosamente elevadas que podem destruir as comunidades costeiras, com impactos potencialmente catastróficos para milhões de pessoas em todo o mundo.



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Cerca de 500 migrantes da África subsaariana expulsos do centro de Sfax

Migração na Europa (Associated Press)

Por cnnportugal.iol.pt    17/09/23

Foi ainda anunciada a detenção de cerca de 200 migrantes subsarianos “que se preparavam para fazer uma travessia clandestina” para as costas europeias

Cerca de 500 migrantes da África subsaariana foram hoje dispersados pelas forças de segurança tunisinas de uma praça no centro da cidade de Sfax, na Tunísia, depois de terem sido expulsos das suas casas no início de julho.

“As forças de segurança evacuaram hoje de manhã uma praça no centro de Sfax onde se encontravam cerca de 500 migrantes”, disse hoje à AFP Romdane Ben Amor, porta-voz do Fórum Tunisino para os Direitos Económicos e Sociais (FTDES), uma ONG ligada às questões das migrações na Tunísia.

Segundo a ONG, os migrantes “dispersaram-se em pequenos grupos em direção às zonas rurais e a outras cidades”.

Desde sábado que as autoridades estão a realizar uma vasta campanha de segurança contra os migrantes ilegais, a maioria dos quais provenientes da África subsariana.

Além disso, anunciaram a detenção de cerca de 200 migrantes subsarianos “que se preparavam para fazer uma travessia clandestina” para as costas europeias.

Na sequência de um discurso inflamado sobre imigração ilegal proferido em fevereiro pelo Presidente tunisino, Kais Saied, centenas de migrantes subsarianos perderam os seus empregos e foram expulsos das suas casas.

Os migrantes foram alvo de ataques e vários milhares tiveram de ser repatriados pelas suas embaixadas.

No início de julho, centenas de outros foram expulsos da cidade de Sfax pelas forças de segurança tunisinas, em especial para uma zona desértica da fronteira com a Líbia, onde pelo menos 27 pessoas morreram e 73 desapareceram.

Ministério das Comunicações do Congo Brazaville desmente rumores sobre golpe de estado no pais

Por angola24horas.com, 17 Setembro 2023 

O Governo da República do Congo negou, este domingo, os rumores que circulam nas redes sociais sobre uma alegada tentativa de golpe de estado no país, contra o Presidente, Dennis Sassou N´guesso.

Thierry Moungalla, ministro das comunicações e Mídias Sociais e porta-voz do governo, disse na sua conta na rede social que as "Informações fantasiosas sugerem que estão a ocorrer acontecimentos graves em Brazaville”.

"O governo nega esta notícia falsa. Garantimos ao público que a situação está calma e convidamos as pessoas a exercerem as suas actividades com calma", acrescentou Mongala, sem dar mais detalhes. O presidente Denis Sassou Nguesso, de 79 anos, encontra-se atualmente em Nova Iorque, conforme noticiou na sua conta X, noticiou a agência Lusa.

"Este domingo, 17 de Setembro de 2023, cheguei a Nova Iorque, onde participarei na 78.ª Assembleia Geral das Nações Unidas”, afirmou o Chefe de Estado, que publicou fotos da sua chegada àquela cidade dos Estados Unidos da América.

"A minha estadia nesta cidade é também uma oportunidade para fortalecer as relações bilaterais e promover a cimeira das três bacias florestais tropicais que se realizará em Brazaville no próximo mês”, acrescentou, citado pela Lusa.

O desmentido surgiu após a difusão de inúmeras mensagens nas redes sociais, que afirmavam que os militares estavam a assumir o controlo de locais estratégicos na capital congolesa, Brazaville, situada na margem direita do rio Congo, em frente a Kinshasa, capital do país vizinho República Democrática do Congo (RDC).

OMS pede "acesso total" a Pequim para determinar origem da Covid-19

© Lusa

POR LUSA    17/09/23 

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou estar pronto para enviar uma nova missão de peritos à China para descobrir as origens da Covid-19, pedindo "acesso total", numa entrevista ao Financial Times.

"Estamos a pressionar a China para que forneça acesso total e estamos a pedir aos países que abordem o assunto nas suas reuniões bilaterais (para encorajar Pequim a cooperar)", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus ao Financial Times.

"A OMS já pediu à China, por escrito, que forneça informações e estamos prontos a enviar uma equipa, se nos autorizarem a fazê-lo", explicou.

Até à data, a comunidade internacional não conseguiu determinar com certeza a origem da Covid.

Embora, à partida, os primeiros casos tenham sido detetados no final de 2019 em Wuhan, na China, existem duas teorias opostas: uma fuga de um laboratório na cidade onde estes vírus estavam a ser estudados, ou um animal intermediário que infetou pessoas que frequentavam um mercado local.

Uma equipa de especialistas liderada pela OMS e acompanhada por colegas chineses fez investigações na China, no início de 2021.

Num relatório conjunto, privilegiaram a hipótese de o vírus altamente contagioso ter sido transmitido aos seres humanos por um animal que atuou como intermediário entre o morcego e os seres humanos, possivelmente num mercado da cidade chinesa.

Tedros Adhanom Ghebreyesus declarou posteriormente que "todas as hipóteses continuam em cima da mesa".

Nenhuma equipa pôde regressar à China e os funcionários da OMS solicitaram repetidamente dados adicionais.

O diretor-geral da OMS disse em várias ocasiões que a OMS não tem intenção de abandonar a investigação e apelou repetidamente a Pequim para que "seja transparente na partilha de dados, efetue as investigações necessárias e partilhe os resultados".

Graças às vacinas, à imunidade adquirida após a infeção e a melhores tratamentos, o vírus está agora muito mais controlado, embora, com a chegada do outono, as infeções estejam de novo a aumentar no hemisfério norte e tenham surgido novas variantes.


Kremlin terá gasto 24 mil milhões a indemnizar famílias de soldados mortos. Rússia está a gastar 300 milhões por dia com a guerra

Dmitry Medvedev visita fábrica da UralVagonZavod, Nizhny Tagil, em outubro (Getty Images)

Por  João Guerreiro Rodrigues  cnnportugal.iol.pt

Mas nem tudo são más notícias para o Kremlin. A queda do valor do rublo fez com que os salários dos militares russos bem como as suas compensações por ferimento ou óbito fossem mais reduzidas face ao dólar.

A Rússia está a gastar perto de 300 milhões de euros por dia com a guerra, de acordo com uma investigação da Forbes. Pouco mais de um ano e meio depois das tropas da Federação russa terem invadido o território da Ucrânia, o Kremlin já gastou mais de 156 mil milhões de euros com a guerra.

Com base nos dados do Orçamento do Estado russo e com os números da Estado-Maior das forças armadas ucranianas, a publicação estima que dos 156 mil milhões gastos com a guerra cerca de 31 mil milhões correspondem só a equipamento militar perdido, como carros de combate, veículos blindados ou sistemas de artilharia.

De acordo com a plataforma de análise de dados open-source Oryx, entre abandonos, danos, capturas e destruições, a Rússia já perdeu 2315 tanques, 977 veículos de combate blindados, 2782 veículos de combate de infantaria e 351 veículos blindados de transporte. São números significativos de perdas e muito dispendiosos de repor.

Ainda assim a maior fatia dos gastos vai para a manutenção de operações militares. São os chamados custos operacionais, onde se incluem os valores da construção de estruturas defensivas e a sua manutenção, o equipamento militar, o combustível, a alimentação e o planeamento e execução de operações de combate. Com tudo isto a Rússia gastou perto de 48 mil milhões de euros.

A escala destes gastos não deve ser minimizada. Durante o ponto mais intenso da ofensiva russa, em 2022, o exército de Putin chegou a utilizar perto de 50 mil munições de 152 mm. O custo médio de cada um destes explosivos é de cerca de 800 euros. Desta forma, Moscovo terá gasto aproximadamente 8,4 mil milhões apenas neste tipo de munições.

Mas no que toca ao preço de armamento, nada se aproxima dos valores gastos em mísseis de longo alcance e de precisão lançados contra os mais variados alvos na Ucrânia. Cada um destes sistemas tem o custo de vários milhões e, ao longo dos últimos 18 meses, a Rússia tem disparado centenas deles. A Forbes estima que o custo total gasto nesta munições ultrapasse os 19,6 mil milhões de euros.

Não muito abaixo estão os salários dos militares que estão no terreno, com quem o Kremlin gastou 32,9 mil milhões de euros em 18 meses de combates. Segue-se o gasto de 23,9 mil milhões em compensações monetárias às famílias de soldados mortos e 19,6 mil milhões de compensação às famílias de militares feridos.

O estudo sublinha, no entanto, que o facto de o valor do rublo ter caído significativamente em relação ao dólar no último ano acabou por favorecer os cofres do Kremlin. A desvalorização da moeda russa fez com que o custo de cada soldado passasse de 200 dólares por dia (aproximadamente 187 euros) para apenas 120 dólares por dia (cerca de 112 euros) em termos reais. O mesmo acontece com as compensações por morte ou por ferimento em combate.

No entanto, estes fatores não foram suficientes para ajudar a Federação russa a equilibrar o seu Orçamento de Estado. Apenas nos primeiros seis meses de 2023, o Kremlin gastou 5,59 biliões de rublos em defesa, mais 600 mil milhões do que o inicialmente previsto para todo o ano. Isto obrigou a Rússia a rever os seus gastos para o orçamento federal com a defesa, aumentando-o 9,7 biliões de rublos.

Num país com um orçamento planeado de 29 biliões de rublos, isto significa que a Rússia prevê gastar 33% do seu orçamento apenas na área da Defesa. À medida que os custos da guerra na Ucrânia aumentam o Kremlin está deverá ter as suas finanças públicas cada vez mais pressionadas. No entanto, sem negociações de paz ou conquistas militares que determinem o fim do conflito, os custos com a guerra deverão continuar a aumentar.

Mísseis atingem fábrica de reparação de veículos blindados na Ucrânia

© Andre Alves/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA   17/09/23 

Mísseis russos atingiram uma fábrica de reparação de veículos blindados ucranianos na região de Kharkiv, anunciou hoje o Ministério da Defesa russo, enquanto um armazém de cereais foi também atingido na cidade de Odessa, segundo as autoridades ucranianas.

O governador de Odessa, Oleg Kiper, numa mensagem escrita na sua conta da rede social Telegram afirma que "os terroristas russos danificaram infraestruturas agrícolas, terrenos e um armazém de cereais", refere que "felizmente não há vítimas", especifica que os serviços oficiais "estão a trabalhar no local" e que não há a registar vítimas.

Além disso, diz que "as forças de defesa aérea destruíram dois drones e cinco mísseis", embora tenha confirmado que, apesar disso, alguns mísseis atingiram Bereziv.

O Ministério da Defesa russo, por sua vez, anunciou hoje que foi realizado um ataque com mísseis contra uma fábrica de reparação de veículos blindados ucranianos em Kharkiv, na região oriental da Ucrânia.

"Na zona da cidade de Kharkiv, um ataque com mísseis atingiu as oficinas da fábrica de blindados onde se realizava a reparação e restauração de veículos blindados das Forças Armadas da Ucrânia", adiantou o Ministério russo em comunicado.

Desde o início da guerra na Ucrânia e segundo a Rússia, as suas forças destruíram um total de 11.919 tanques inimigos e outros veículos blindados.

Além disso, mais de 600 soldados ucranianos foram mortos no sábado nos combates em diferentes frentes, refere um relatório militar russo, que não reconhece ainda os progressos reivindicados por Kyiv no leste e, sobretudo, no sul do país.

A cidade de Odessa, a terceira maior da Ucrânia, por seu turno, tem sofrido ataques frequentes das forças armadas russas, que se intensificaram desde meados de julho deste ano, altura em que a Rússia rompeu o acordo para a exportação de cereais através do Mar Negro.


"Temos de nos preparar para uma longa guerra na Ucrânia"

© Omar Havana/Getty Images

Notícias ao Minuto   17/09/23 

Ainda que tenha ressalvado que "todos desejamos uma paz rápida", o responsável salientou que, caso o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o seu povo "deixarem de lutar, o seu país deixará de existir".

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, advertiu que não há um fim à vista para o conflito na Ucrânia, aconselhando a que o mundo se prepare para "uma longa guerra" naquele país invadido pela Rússia.

"A maioria das guerras dura mais do que o esperado quando começam. Portanto, temos de nos preparar para uma longa guerra na Ucrânia", disse Stoltenberg numa entrevista ao grupo de comunicação alemão Funke, divulgada este domingo, e citada pela AFP.

Ainda que tenha ressalvado que “todos desejamos uma paz rápida”, o responsável salientou que, caso o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o seu povo “deixarem de lutar, o seu país deixará de existir”.

“Se o presidente Vladimir Putin e a Rússia baixarem as armas, teremos paz”, complementou.

Stoltenberg realçou ainda que “não há dúvida de que a Ucrânia acabará por fazer parte da NATO”, mas alertou que, quando a guerra terminar, serão necessárias “garantias de segurança”, para que a história “não se repita”.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.614 civis desde o início da guerra e 27.149 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.



Leia Também: Os conflitos na Ucrânia, Sudão e Haiti estão entre os dez principais desafios que as Nações Unidas (ONU) terão de enfrentar em 2024, antevê o International Crisis Group, que salienta a perda de "influência política" da Organização.

Angola. Alunos queixam-se de "burocracia" para obter vistos para Portugal

© Lusa

POR LUSA   17/09/23 

O agendamento de vagas para obtenção de vistos é uma das principais dores de cabeça dos estudantes angolanos que procuram formação em Portugal e se queixam de "dificuldades e burocracia" por parte do consulado português em Luanda.

Alguns, com sorte, conseguem em 15 dias o desejado agendamento, efetuado através do portal da VFS Global, órgão gestor do processo de emissão de vistos do Consulado Geral de Portugal em Luanda, mas a maioria aguarda meses para conseguir agendar vaga, já que, dizem, a página está "quase sempre bloqueada".

Vários utentes que acorrem ao Centro de Vistos para Portugal, em Luanda, disseram à Lusa que o processo para obtenção de vistos para estudantes "continua complicado" e receiam perder as vagas nos estabelecimentos de ensino.

Entre as dezenas de pessoas que aguardam por vistos para Portugal, está Amélia Correia, acompanhada pelo filho, que pretende viajar para obter formação no ensino médio (secundário) e disse que aguarda há um mês por uma resposta do consulado.

"O processo está complicado, consegui uma vaga para o ensino médio para o meu filho, mas há um mês que o consulado não autoriza dar entrada, os agendamentos estavam bloqueados, somente ontem abriram por alguns minutos", disse.

Amélia Correia, agente de viagens, salientou que após alguma persistência conseguiu o agendamento, mas apenas para 02 de outubro próximo, pedindo celeridade ao órgão consular porque as aulas em Portugal começaram em 15 de setembro.

"É complicado e nesta situação ficamos bloqueados, porque realmente não sabemos quem nos pode auxiliar com isso", realçou, receando que o filho perca a vaga.

Dezenas de cidadãos, maioritariamente jovens, lotam todos os dias úteis o Centro de Vistos do Consulado de Portugal em Luanda, na ânsia de obterem respostas para o seu processo migratório.

Fichas de pagamento, documentos escolares, passaportes e demais comprovativos é a papelada visível na mão de cada um deles, que à entrada do edifício são atendidos por efetivos da segurança privada e depois encaminhados ao 2.º andar do prédio para informações complementares.

Os requentes de vistos estão também a par da existência de "intermediários", que prometem celeridade e facilitação dos agendamentos, mas ninguém assume recorrer a estes facilitadores.

Mauro Jorge Binda, que há quatro meses aguarda por respostas para concluir o seu processo de viagem para formação, tem 28 anos e pretende embarcar para Portugal para continuar o ensino superior.

Diz que o recurso a intermediários "é um caminho que não vale a pena" e lamenta as "exigências burocráticas", que não são animadoras.

"Agora a questão é o tratamento da documentação, porque em Portugal as matrículas e inscrições subiram e há muita dificuldade de alunos aqui fazerem inscrições a partir de lá", disse.

Lamentou ainda o processo "muito demorado", situação que o obriga a remeter à VFS Global uma carta para que esta, junto das instituições de ensino, em Portugal, peça "celeridade" do processo.

"Estou há quatro meses à espera, é muito tempo, e hoje em dia pagas a inscrição, eles enviam uma mensagem para fazer a matrícula, mas não consegues entrar para o site para fazer a matrícula, e é muita complicação que tem acontecido concernente aos vistos de estudo", referiu.

Também Demilton Moreira Félix, 21 anos, foi dar entrada do pedido de visto para estudante, após conseguir agendamento, relatando uma "dor de cabeça", num processo em que não contou com "intermediários".

"Realmente é uma dor de cabeça, tanto quanto o site demora mesmo muito para ter vagas disponíveis, acho que isso acontece porque há muita gente a tentar ter o acesso para o agendamento e isso faz com que haja esta sobrecarga", contou.

Demilton, que espera licenciar-se em gestão empresarial em Portugal, disse ainda que as cobranças para o agendamento são praticadas, sobretudo, por algumas agências de viagem.

Já João Baptista Pereira agradeceu a Deus por ter conseguido o visto para estudante, após fazer agendamento online na madrugada de um sábado e por "influência de familiares".

Com viagem prevista já para o dia 24 deste mês, o estudante de 28 anos recordou os momentos de luta para conseguir o agendamento gratuito, após ter conseguido uma vaga no sistema durante a madrugada.

"É só mesmo ter paciência, não é fácil", disse, referindo que todos os requisitos para a solicitação do visto custaram-lhe perto de 200.000 kwanzas (225 euros).

Fazer formação superior em enfermagem em Portugal é o propósito de José Adriano Gonçalves, 27 anos, que lamenta a "burocracia" e a demora que diz existir, logo no primeiro contacto com os agentes da VFS Global.

Disse que os estudantes para o ensino superior estão isentos de agendamento, mas o processo para a cedência do visto para Portugal "continua difícil".

Em causa, observou, estará a burocracia da VFS: "não sei se o contrato que fez com a embaixada (de Portugal em Angola), mas isso tem dificultado muito para nós que queremos emigrar em busca de um ensino de qualidade".

"Dei entrada do processo na semana passada, porque ao que se diz devemos esperar por 15 dias, porque tem uma carta de chamada para exame", rematou o estudante, manifestando confiança de que em breve terá o tão desejado visto.


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"Guerra na Ucrânia nunca teria acontecido se eu estivesse na presidência"... As palavras são do antigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

©Getty Images

Notícias ao Minuto   16/09/23 

O antigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, na sexta-feira, que a invasão da Rússia na Ucrânia não teria acontecido caso estivesse no poder.

"Pouco depois de ganhar a presidência, terei resolvido a horrível guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Nunca teria acontecido se eu lá estivesse", referiu Trump, citado pela CNN Internacional, ao discursar na Cimeira Nacional da Concerned Women for America, em Washington DC.

O antigo presidente dos EUA disse ainda que "costumava falar com Putin [presidente da Rússia] sobre isso", alegando que lhe disse para não o fazer [invadir a Ucrânia].

"Assim que saí, começaram a formar-se, e tivemos o desastre do Afeganistão, que penso ter sido o momento mais embaraçoso da história do nosso país", acrescentou.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


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