quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
Presidente da Transição nomeia novos responsáveis para a Procuradoria-Geral da República e Tribunal de Contas O Presidente da Transição nomeou Amadu Tidjane Baldé como novo Procurador-Geral da República, em substituição de Fernando Gomes. Tidjane Baldé deixa o Tribunal de Contas, que passa a ser dirigido por Gamal Abdel Cassama.
O Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública anunciou hoje novas resoluções para a gestão transitória do país, na sequência do golpe de Estado.
As medidas, segundo o comunicado, visam garantir estabilidade, segurança e funcionamento mínimo das instituições durante o período de transição.
NATO é capaz de responder a ataques e criar "dificuldades" à Rússia... A NATO é capaz de responder aos ataques híbridos que se multiplicam no território dos Estados membros, e até de criar "dificuldades" à Federação Russa, mostrando-se "reativa", disse hoje o comandante supremo aliado na Europa, general Alexus Grynkewich.
© SIMON WOHLFAHRT/AFP via Getty Images Lusa 04/12/2025
"Se a Rússia procurar colocar-nos problemas, então talvez existam meios para lhe colocar também problemas", disse, em declarações no quartel-general das forças aliadas na Europa, em Mons, no sul da Bélgica.
"Pensamos também em ser reativos, é a palavra que utilizaria", acrescentou, sem mais detalhes.
Após uma série de ataques híbridos na Europa, como o sobrevoo de drones ou a sabotagem de uma linha férrea na Polónia em novembro, atribuída à Federação Russa, vários dirigentes europeus apelaram a respostas firmes por parte da NATO.
"Estas ameaças híbridas são um verdadeiro problema, e penso verdadeiramente que podemos esperar mais situações deste tipo", antecipou Grynkewich. "Sabemos que a Rússia esta por trás de parte delas, talvez não de todas, mas por certo de parte delas. E a opinião púbica deve sabê-lo".
Em todo o caso, garantiu, a NATO "controla a situação", tal como assegurou que estes ataques híbridos, que se multiplicam - drones, sabotagens e outros atos - não representam "uma ameaça existencial" para a Aliança. "Isto não compromete a nossa unidade. Somos capazes de responder e gerir isto".
Conferência de imprensa conjunta juventude de API CABAS GARANDI E PAI-TERRE RANKA.
Pedro Pires: “PROBLEMA DA GUINÉ NÃO É UM PROBLEMA CABO-VERDIANO NEM AFRICANO, É UM PROBLEMA DOS GUINEENSES”
Por JORNAL ODEMOCRATA
O antigo chefe de Estado de Cabo Verde e veterano da luta de libertação, Comandante Pedro Pires, afirmou esta quinta-feira, 4 de dezembro de 2025, que o problema da Guiné-Bissau “não é um problema cabo-verdiano nem africano, é um problema dos guineenses”, assegurando que cabe aos guineenses encontrar soluções para os problemas internos do país.
“Quem deve contribuir para a solução de um problema interno guineense são os guineenses. Pode-se pensar em contribuições externas, mas a consolidação da solução tem de ser interna. Por isso, é necessário criar as melhores condições para encetar o diálogo e encontrar a melhor solução”, disse o veterano da luta pela independência da Guiné e Cabo Verde na sua declaração aos jornalistas à margem de uma condecoração que lhe foi outorgada com a Medalha de Honra, por ocasião da celebração dos 50 anos da independência da República de Angola, numa cerimónia realizada na sede da Fundação Amílcar Cabral, em Praia, capital de Cabo Verde.
Sobre a situação do golpe de Estado na Guiné-Bissau que interrompeu o processo eleitoral, o comandante Pedro Pires afirmou que o golpe de Estado na Guiné é algo esquisito, acrescentando que a pergunta que se coloca agora é como sair deste imbróglio.
“A saída desta situação, em primeiro lugar, é libertar todos os presos políticos, que é a condição prévia. Aqueles que têm o poder devem compreender que é fundamental criar condições para o diálogo”, disse, acrescentando que é avançar com a iniciativa de diálogo através das organizações e das pessoas para encontrar as soluções.
O comandante Pedro Pires afirmou que, neste momento, não está a pensar muito na verdade, mas sim na solução, sublinhando que os guineenses devem buscar uma solução que consolide o Estado soberano da Guiné e, sobretudo, que fortaleça o Estado de direito.
“É com o Estado de direito e respeitando as regras que este conflito pode ser ultrapassado. É um conflito interno e, por mais que a gente não queira, é um conflito interno. Quem resolve os conflitos são os intervenientes. Eles é que devem ter a sabedoria de chegar a essa conclusão e criar as melhores condições para o diálogo e, a partir do diálogo, construir uma solução duradoura”, alertou.
Por: Assana Sambú
A PERIGOSA IRRESPONSABILIDADE DE FILIPE NYUSI E O RISCO DE DESestabilização DA GUINÉ-BISSAU
A Guiné-Bissau atravessa um momento de elevada sensibilidade institucional, marcado pela suspensão do processo eleitoral devido a uma situação absolutamente inédita: a Comissão Nacional de Eleições (CNE) declarou não possuir nenhuma ata de apuramento regional, impossibilitando a consolidação e publicação dos resultados provisórios. Em contextos como este, a prudência não é uma opção — é uma obrigação. A legalidade não é decorativa — é a única âncora possível. Porém, Filipe Nyusi, antigo Presidente de Moçambique e chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Africana (UA), escolheu violar essas linhas vermelhas com surpreendente leviandade.
As suas declarações públicas — “as eleições correram bem”, “há um vencedor”, “os resultados devem ser publicados imediatamente” — configuram um ato de irresponsabilidade política grave. Pior: ignoram deliberadamente o ponto central da crise. A CNE, único órgão constitucionalmente legitimado para validar o apuramento, não dispõe das atas devidas e não tem condições legais para anunciar qualquer resultado.
Ao exigir a divulgação imediata de resultados que não existem em forma legalmente válida, Nyusi introduziu no espaço público uma narrativa incendiária. Num país historicamente vulnerável a crispação pós-eleitoral, este tipo de precipitação não acalma — agrava. Não estabiliza — desordena. Não observa — interfere.
O esquecimento conveniente: se Moçambique tivesse tido “outros Nyusis” em 2019…
Mais inquietante ainda é o apagamento seletivo que Nyusi faz da história recente do seu próprio país.
As eleições moçambicanas de 2019 foram marcadas por denúncias amplamente documentadas de irregularidades, contestação interna e críticas de observadores independentes. Se naquela conjuntura tivessem surgido atores externos a exigir a proclamação imediata dos resultados, ignorando suspeitas e impasses, Moçambique ter-se-ia aproximado perigosamente do colapso institucional.
O que então se exigiu — contenção, respeito pelas instâncias nacionais, gestão prudente da crise — é precisamente o que Nyusi hoje recusa reconhecer na Guiné-Bissau.
Como pode, portanto, defender para um país aquilo que jamais toleraria no seu próprio?
Como pode reclamar precipitação alheia quando, em 2019, o seu governo beneficiou da paciência prudente da comunidade internacional?
A coerência, afinal, parece ser um luxo que Nyusi dispensa quando se trata da Guiné-Bissau.
Interferência indevida e narrativa inflamável
As declarações de Nyusi tornam-se ainda mais graves porque:
1. Tentam substituir-se à CNE, insinuando a existência de resultados válidos sem atas válidas.
2. Criam expectativas artificiais de vitória, alimentando tensões entre eleitores.
3. Perturbam a ordem pública, num país que já conhece, de sobra, os custos da instabilidade.
4. Fragilizam a credibilidade da União Africana, cuja missão deveria promover calma, legalidade e imparcialidade — jamais precipitação.
Numa Guiné-Bissau onde qualquer gesto pode acender rastilhos adormecidos, as palavras de Nyusi não são apenas inadequadas. São perigosas.
A responsabilidade de quem conhece o peso das palavras
Com a experiência e o estatuto que possui, Filipe Nyusi deveria ser o primeiro a saber que declarações mal calibradas, emitidas num ambiente político frágil, podem produzir danos irreversíveis. O seu papel exige:
— distanciamento,
— rigor factual,
— respeito pela soberania institucional,
— compromisso inequívoco com a estabilidade.
No entanto, a sua intervenção seguiu o caminho oposto. Nyusi atuou não como observador internacional, mas como agente político. E, ao fazê-lo, expôs a Guiné-Bissau a riscos desnecessários e comprometeu a neutralidade que se exige à UA.
Conclusão: a soberania da Guiné-Bissau não é descartável
A estabilidade de um Estado soberano não pode depender de declarações impulsivas de antigos dirigentes estrangeiros. A Guiné-Bissau exige respeito. Exige rigor. Exige responsabilidade. Não aceitará imposições contrárias à Constituição nem à verdade factual do processo em curso.
Se em 2019 Filipe Nyusi não admitiu ingerência precipitada sobre o processo eleitoral moçambicano, não pode esperar que a Guiné-Bissau aceite hoje sermões que violam a legalidade, afrontam a CNE e colocam em risco a paz social.
A estabilidade não se constrói com declarações inflamadas.
A paz não se preserva com pressão mediática.
E a soberania da Guiné-Bissau não pode ser sacrificada à imprudência verbal de ninguém.
Bissau, 4 de dezembro de 2025
Leia Também: Que autoridade tem Filipe Nyusi para dar lições à Guiné-Bissau?
Fala um ex-Presidente cuja marca política ficou associada ao episódio mais obscuro da história eleitoral de Moçambique - um processo manchado por denúncias sistemáticas de fraude, repressão violenta e um rasto de instabilidade que custou vidas. Cerca de uma centena de manifestantes foram mortos, o país mergulhou no caos institucional e, apesar disso, o poder foi “consolidado” à força, garantindo a vitória de quem jamais teria vencido num escrutínio verdadeiramente livre.
É esse o perfil do homem que hoje pretende ditar o rumo de eleições alheias.
Uma ironia trágica - e uma ousadia que a Guiné-Bissau não deve aceitar.
04/12/2025
Ucrânia: Kyiv acusa Moscovo de enviar crianças para campos de reeducação na Coreia... A Ucrânia acusou hoje a Rússia de enviar crianças ucranianas raptadas em territórios controlados pelo exército russo para campos de reeducação na Coreia do Norte.
© Getty Images Lusa 04/12/2025
Num comunicado, o Provedor dos Direitos Humanos ucraniano, Dmytro Loubinets, referiu novas informações que dão conta da existência de campos na Coreia do Norte onde crianças ucranianas são submetidas, segundo ele, a uma "russificação" e "militarização" forçadas.
"Todas as crianças devem ser encontradas, protegidas e levadas de volta para casa. As crianças ucranianas não podem ser armas nas mãos do agressor", defendeu Loubinets.
Na quarta-feira, durante uma audiência no Senado norte-americano, Kateryna Rachevska, responsável por uma organização não-governamental (ONG) ucraniana, o Centro Regional para os Direitos Humanos, declarou que a sua organização tinha identificado 165 "campos de reeducação" para crianças ucranianas raptadas por Moscovo.
Segundo Rachevska, esses locais estão situados nos territórios ucranianos ocupados, na Rússia, na Bielorrússia e na Coreia do Norte.
Rachevska afirmou que, de acordo com a sua ONG, duas crianças, uma da Crimeia anexada e outra da parte da região de Donetsk sob controlo russo, foram enviadas para um campo em Songdowon, na Coreia do Norte, a 9.000 quilómetros da Ucrânia.
"Ensinavam às crianças a "destruir os militaristas japoneses" e elas encontraram-se com veteranos [norte-coreanos] que, em 1968, atacaram o navio Pueblo da Marinha dos Estados Unidos", afirmou, referindo-se a militares que participaram num ataque a um navio espião norte-americano que na altura provocou uma crise entre Washington e Pyongyang.
A Ucrânia acusa a Rússia de ter raptado pelo menos 20.000 crianças ucranianas desde o início da invasão em grande escala da Ucrânia, em fevereiro de 2022, e que apenas 1850 delas puderam ser recuperadas.
Em 2023, o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de detenção contra Vladimir Putin pela "deportação ilegal" de crianças das zonas ocupadas da Ucrânia para a Rússia.
Moscovo nega as acusações, garantindo ter salvado essas crianças da guerra e ter implementado procedimentos para reuni-las com as suas famílias.
A Assembleia Geral das Nações Unidas apelou na quarta-feira ao regresso imediato e incondicional das crianças ucranianas "transferidas à força" para a Rússia, uma questão sensível nas difíceis negociações em curso sobre um eventual acordo entre Kyiv e Moscovo para encontrar uma solução para o conflito.
Com 91 votos a favor, 12 contra e 57 abstenções, o documento foi aprovado e insta a Rússia a "garantir o regresso imediato, seguro e incondicional das crianças que foram deportadas ou levadas à força" para território russo.
Este documento exige o fim, "sem demora, de todas as práticas de remoção forçada, deportação, separação das suas famílias e responsáveis legais, mudança de estatuto pessoal e doutrinação de crianças ucranianas", segundo um comunicado de imprensa da ONU.
Em março de 2023, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados contra o Presidente russo, Vladimir Putin, e contra a comissária dos direitos das crianças russa, Maria Lvova-Belova, pelo seu papel na deportação de milhares de crianças ucranianas para a Rússia.
GOVERNO REUNE CONSELHO NACIONAL DE CONCERTAÇÃO SOCIAL
TV Plataforma Republicana NÓ KUMPO GUINÉ
O Conselho Nacional de Concertação Social reuniu-se hoje (04/12) em sessão ordinária sob a presidência do Primeiro-Ministro, num momento em que a Guiné-Bissau atravessa um regime de exceção que exige responsabilidade, participação ativa e compromisso de todos os parceiros sociais.
A reunião iniciou-se com a tomada de posse dos novos membros e a aprovação da agenda, seguindo-se uma análise aprofundada da situação laboral, social e económica do país.
Principais conclusões e preocupações apresentadas
Durante os trabalhos, os representantes dos sindicatos, do sector privado, do comércio, da agricultura e das instituições públicas identificaram diversos desafios estruturais que impactam a administração pública e o bem-estar social, destacando:
Dívidas acumuladas com professores, profissionais de saúde e funcionários judiciais.
Falta crítica de recursos humanos nos setores da educação e saúde.
Ausência de reuniões regulares do Conselho por mais de dez meses, o que contribuiu para a escalada de greves.
Custos elevados dos bens de primeira necessidade e necessidade de revisão da grelha salarial.
Debilidade do sector agrícola e risco de insegurança alimentar devido às cheias e à má gestão de investimentos anteriores.
Inércia do sector privado agravada pela carga fiscal e pela falta de financiamento.
Descontrolo dos preços e qualidade dos medicamentos no mercado nacional.
Os participantes defenderam a criação de um Pacto Social que consolide compromissos entre Governo, sindicatos e patronato, fortalecendo a estabilidade laboral e promovendo reformas socioeconómicas duradouras.
Intervenções dos Membros do Governo
Intervenção do Ministro do Comércio
O Ministro realçou a importância estratégica da cooperação com o sector privado, afirmando:
O Ministério irá trabalhar em articulação com as estruturas do sector privado na definição das políticas relativas à fileira do caju, produto central da economia nacional.
Reafirmou o compromisso do Governo em manter uma política permanente de monitorização e estabilização dos preços dos produtos de primeira necessidade, garantindo previsibilidade e proteção do poder de compra das famílias guineenses.
Intervenção da Ministra da Função Pública
A Ministra destacou desafios graves na governação laboral:
A existência de vários sindicatos para uma mesma área setorial (Educação e Saúde) cria fragmentação, dificulta negociações e compromete a eficácia dos processos de mediação social.
Sugeriu a necessidade de harmonização sindical, reforço dos mecanismos de diálogo e clarificação das representatividades, para garantir negociações mais estruturadas, estáveis e produtivas.
Intervenção do Ministro da Economia
O Ministro da Economia sublinhou:
A necessidade urgente de restabelecer a confiança entre o Estado e o sector produtivo, condição essencial para atrair investimento, criar emprego e dinamizar a economia.
O compromisso do Governo em rever políticas fiscais, combater ineficiências e promover incentivos que tornem o ambiente de negócios mais competitivo.
A importância de integrar a economia rural nos planos de desenvolvimento, nomeadamente através de instrumentos financeiros que apoiem produtores agrícolas, agroindústrias e iniciativas de valor acrescentado.
Medidas Concretas Aprovadas pelo Governo
1. Regularização das reuniões mensais do Conselho Nacional de Concertação Social, que passarão a realizar-se na primeira quinta-feira de cada mês.
2. Criação de uma Equipa Técnica multissetorial para avaliar a situação no Ministério da Educação, incluindo necessidades de pessoal, relações laborais e reformas institucionais.
3. Reforço da disciplina na Administração Pública, com controlo rigoroso da assiduidade, descontos por faltas injustificadas e fiscalização das ausências prolongadas no estrangeiro.
4. Continuidade e execução rigorosa de todos os programas e projetos nacionais, incluindo os compromissos assumidos com as Instituições de Bretton Woods.
5. Prolongamento das medidas de estabilização dos preços dos produtos essenciais, visando aliviar o custo de vida das famílias.
6. Reforma das políticas ligadas ao caju, agricultura e sector privado, com foco na revisão fiscal, valorização das fileiras produtivas e melhoria do ambiente de negócios.
Mensagem do Primeiro-Ministro
Encerrando os trabalhos, o Primeiro-Ministro sublinhou:
“Este Governo vai honrar os seus compromissos com disciplina, dedicação, competência e amor à Guiné-Bissau. Estamos empenhados em promover estabilidade laboral, reduzir o custo de vida e implementar reformas estruturais essenciais ao desenvolvimento nacional.”
O Chefe do Governo anunciou ainda que realizará visitas de inspeção a todos os ministérios para garantir o cumprimento rigoroso das orientações governamentais e assegurar a eficácia das instituições públicas.
O Ministro do Turismo e Artesanato, Augusto Fernando Cabi, realizou esta quinta-feira, 4 de dezembro, a sua primeira visita à Direção-Geral do Artesanato, em Bissau.
A visita teve como objetivo inteirar-se do funcionamento interno da instituição, identificar os principais desafios enfrentados pelos técnicos e reforçar o compromisso do Governo com a valorização e promoção do setor artesanal no país.
DIRETORIA DA CAMPANHA ELEITORAL DO PLATAFORMA REPUBLICANA NÓ KUMPU GUINÉ FAZ UMA RESPOSTA JURÍDICA E CATEGÓRICA AO COMUNICADO DA DIRETORIA DE CAMPANHA DO CANDIDATO FERNANDO DIAS DA COSTA
TV MADEM G-15
A presente resposta visa repor a verdade jurídica, corrigir falsidades factuais e esclarecer distorções graves constantes no comunicado tornado público pela Diretoria Nacional de Campanha do candidato independente Fernando Dias da Costa, relativamente à comunicação oficial realizada pelo Secretariado Executivo da Comissão Nacional de Eleições (CNE) em 2 de dezembro de 2025.
1. Sobre a acusação de usurpação de competências da CNE
É falsa e juridicamente improcedente a alegação segundo a qual o Secretariado Executivo da CNE teria usurpado competências do Plenário.
1.1. Base legal omitida pelo comunicado
Nos termos da Lei n.º 12/2013, de 27 de dezembro, que aprova a Lei da Comissão Nacional de Eleições:
• Artigo 10.º, n.º 1: o Secretariado Executivo é o órgão responsável pela execução técnica, administrativa e operacional de todas as fases do processo eleitoral.
• Artigo 11.º, alíneas a), d), g), h) e j): compete ao Secretariado Executivo organizar, conduzir, centralizar, verificar e validar tecnicamente as operações eleitorais, incluindo o apuramento nacional, bem como informar o público e as autoridades sobre o estado dos trabalhos.
Logo, não há qualquer usurpação: o Secretariado limitou-se a exercer a competência legal de comunicar impossibilidades materiais que impedem a conclusão do apuramento nacional — uma obrigação legal, não uma deliberação política.
1.2. O comunicado do Secretariado não é uma decisão eleitoral: é um relatório técnico
O Secretariado Executivo não proclamou resultados, nem tomou decisões substitutivas do Plenário. Apenas cumpriu a obrigação legal de comunicar a impossibilidade operacional de concluir o processo, por inexistência das atas de apuramento na sua posse — facto material incontornável e impeditivo do apuramento.
Portanto, o argumento de “usurpação” é falso, infundado e juridicamente sem valor.
2. Sobre a afirmação de que o Plenário deveria deliberar sobre a impossibilidade de apuramento
A Diretoria de Campanha omite — deliberadamente — que o Plenário só pode deliberar com base em documentos oficiais entregues ao Secretariado.
Sem atas regionais, o Plenário não pode reunir, muito menos deliberar, porque sua competência depende:
• da receção das atas regionais,
• da verificação de conformidade,
• da consolidação nacional.
Sem a base documental, não há matéria para deliberação.
A tentativa de exigir uma reunião plenária sem documentação revela má-fé e intenção de fabricar um clima artificial de conflito político.
3. Sobre a questão de eventual “invasão” ou “sequestro” das instalações da CNE
A Diretoria de Campanha levanta a hipótese de prática de crime, mas omite o essencial:
• A CNE comunicou fatos que efetivamente ocorreram, incluindo a hostilização e obstrução das equipas de apuramento, fatos amplamente documentados por observadores internacionais.
• A segurança das instalações da CNE é da responsabilidade do Estado, e não da CNE.
• Não cabe ao Secretariado apresentar queixa antes de restabelecida a normalidade institucional.
• A menção feita pela Diretoria de Campanha não passa de uma tentativa de distrair da questão central: a recusa deliberada, por parte de estruturas alinhadas com Fernando Dias, de permitir o fluxo normal das atas regionais.
4. Sobre a falsa alegação de que o apuramento regional foi concluído em 26 de novembro
Esta afirmação é materialmente falsa e facilmente demonstrável.
Se as atas regionais tivessem sido concluídas e entregues, o Secretariado Executivo teria tais documentos em sua posse, como ocorre em todas as eleições.
As atas mencionadas no comunicado não foram entregues ao Secretariado, que é o destinatário constitucional e legal para produzir o apuramento nacional.
4.1. Quem tem as atas?
A Lei é clara:
Os delegados e candidatos recebem cópias apenas para efeitos de verificação e acompanhamento.
As atas oficiais destinadas ao apuramento nacional devem ser entregues ao Secretariado Executivo da CNE.
Isso não aconteceu.
Logo, afirmar que “existem condições” para concluir o processo é falso: as condições só existem quando a CNE tem posse formal das atas regionais, o que não ocorreu.
5. Sobre as graves acusações de colaboração com golpe de Estado
A Diretoria de Campanha incorre numa acusação caluniosa e politicamente irresponsável, ao insinuar que o Secretariado Executivo da CNE estaria a colaborar com um golpe de Estado.
Essa acusação:
• carece de qualquer base factual,
• viola o dever de responsabilidade pública,
• constitui grave atentado à honra institucional da CNE,
• representa um claro esforço de politização de um órgão eleitoral independente,
• procura intimidar a administração eleitoral e criar instabilidade.
A CNE não responde a candidatos, mas à Constituição e à lei.
CONCLUSÃO JURÍDICA
O comunicado da Diretoria de Campanha de Fernando Dias da Costa:
1. Baseia-se em premissas falsas e interpretações manipuladas da lei.
2. Omisso quanto a elementos essenciais do processo eleitoral, especialmente a não entrega das atas regionais à CNE.
3. Desinforma a opinião pública e procura fabricar a percepção de uma crise inexistente no seio da CNE.
4. Afirma factos falsos, incompatíveis com o regime jurídico eleitoral.
5. Atinge a integridade e independência da CNE, através de acusações graves, desprovidas de fundamento, e politicamente motivadas.
A posição do Secretariado Executivo da CNE é legal, legítima e tecnicamente fundada, cabendo às forças políticas abster-se de pressões, ameaças, calúnias ou intoxicação da opinião pública, sob pena de incorrer em responsabilidade jurídica.
Bissau, 4 de Dezembro 2025
PORTUGAL E A GUINÉ-BISSAU: A Necessidade de Separar Análise Diplomática de Manipulação Política
Nas últimas semanas, surgiram textos que tentam reinterpretar a situação política na Guiné-Bissau à luz de categorias simplistas, distorcidas e, nalguns casos, deliberadamente manipuladoras. Um desses textos, assinado por um indivíduo identificado como Manuel Vicente, procura enquadrar a prudência diplomática de Portugal como se se tratasse de uma legitimação tácita da crise interna guineense. Mas, ao fazê-lo, incorre em três erros fundamentais: ignora o contexto real, desconhece a evolução histórica da política externa portuguesa, e branqueia as responsabilidades políticas de quem desencadeou a mais grave instigação étnica desde 1998.
Este artigo visa esclarecer os factos, recentrar o debate e repor a verdade.
1. Portugal não é hoje o mediador de 1998 — e isso é natural
Portugal deixou de ser uma potência colonial há meio século. A sua relação com a Guiné-Bissau evoluiu para uma parceria de cooperação baseada no respeito mútuo e na não-ingerência. Comparar o papel de Lisboa em 1998–1999 ao presente é um erro analítico evidente.
Em 1998, tratava-se de uma guerra fratricida aberta, com confrontos militares diários, bombardeamentos urbanos e um colapso total da autoridade civil. A mediação externa — de Portugal, da CEDEAO e de outros atores — impunha-se por razões de ordem humanitária e de contenção regional.
Em 2025, a situação é radicalmente distinta. O país enfrentou uma tentativa coordenada de captura do Estado por redes políticas apoiadas em financiamento ilícito, associada à instrumentalização explícita de uma identidade étnica para mobilização eleitoral.
O que ocorreu não foi uma guerra civil, mas uma intervenção preventiva das Forças Armadas para travar riscos concretos de fragmentação interna, instabilidade nos quartéis e confronto social, alimentados por um discurso perigoso e irresponsável.
Pretender que Portugal “deveria agir como em 1998” revela profundo desconhecimento das mutações políticas, institucionais e diplomáticas de ambos os países nas últimas décadas.
2. A narrativa de Manuel Vicente é politicamente interessada e intelectualmente desonesta
Ao acusar Portugal de "silêncio conveniente", o autor omite — porque lhe convém — o essencial: Portugal não tomou posição porque não está perante um golpe militar clássico, mas perante uma intervenção constitucionalmente atípica motivada por uma ameaça real à ordem pública e à coesão nacional.
Não é ético, nem intelectualmente honesto, exigir que Portugal condene aquilo que ainda está a ser verificado e investigado no terreno.
Mais grave ainda é a tentativa de ocultar a verdadeira causa da instabilidade:
o estigma étnico da “balantização”, utilizado por determinados dirigentes para pressionar comunidades inteiras a votar, criando tensões internas graves num país com mais de 24 grupos étnicos e tradições distintas.
A irresponsabilidade política atingiu o seu auge quando:
se escolheu um candidato presidencial com base na etnia e não na competência;
se disseminaram mensagens de que “o poder será balantizado”, colocando comunidades umas contra as outras;
se anunciaram vitórias eleitorais dentro de quartéis antes da contagem oficial dos votos, ameaçando a disciplina militar;
se preparou um movimento de contestação pública mesmo antes de existir qualquer proclamação da CNE.
Nenhum país sério, nenhuma diplomacia responsável, legitima ou apoia um discurso com este potencial destrutivo.
3. O silêncio diplomático não é cumplicidade — é prudência
Portugal conhece bem o historial de crises guineenses. Sabe que declarações precipitadas podem transformar tensões administráveis em confrontos abertos.
Por isso, age segundo o princípio fundamental da política externa moderna: não agravar conflitos internos nem interferir antes de avaliar completamente os factos.
É falso e simplista sugerir que Portugal se cala por conveniência económica.
Se existissem interesses obscuros ou cumplicidades politicamente motivadas, Portugal teria reagido de modo muito diferente durante os últimos cinco anos de degradação institucional, quando jornalistas eram perseguidos, opositores detidos e o Estado cada vez mais capturado por redes ilícitas.
Não reagiu porque — e isto é fundamental — nenhum país intervém precipitadamente quando percebe que uma crise interna está a ser manipulada politicamente para fins eleitorais e pessoais.
A prudência diplomática não é cobardia: é responsabilidade.
4. Quem fala de democracia deve começar por respeitar o tecido social e étnico do país
Os mesmos que hoje clamam por “liberdade” e exigem libertações imediatas esquecem — ou fingem esquecer — que foram eles os primeiros a violar princípios básicos do republicanismo ao convocar um voto étnico massificado, conduzido com irracionalidade e oportunismo.
Foi Domingos Simões Pereira quem levou Fernando Dias a um jogo para o qual este não estava preparado, utilizando-o como instrumento político para mobilizar o voto de um grupo étnico sob a falsa narrativa da “exclusão histórica”.
Este tipo de manipulação, em qualquer país, seria considerado uma ameaça direta à unidade nacional.
Na Guiné-Bissau, onde as Forças Armadas têm uma composição marcada por uma pluralidade étnica, mas com forte presença balanta, a irresponsabilidade política atingiu níveis intoleráveis.
O Alto Comando Militar não actuou para tomar o poder — actuou para evitar que o país regressasse ao abismo.
5. A verdade que Manuel Vicente evita
Enquanto o autor tenta transformar Portugal no protagonista, oculta que:
foram dirigentes políticos guineenses que introduziram tensões étnicas no processo eleitoral;
foram grupos politicamente motivados que anunciaram vitórias fictícias para provocar confrontação social;
foram elites com acesso a capitais ilícitos que financiaram campanhas de manipulação e desinformação;
foi a irresponsabilidade civil, e não a ação militar, que colocou o país em risco iminente.
Quem exige que Portugal condene os militares deveria, antes, condenar aqueles que criaram as condições objetivas da intervenção.
6. Portugal não precisa de escolher lado — precisa de manter a serenidadeA Guiné-Bissau atravessa um processo de transição sensível. A prioridade é restabelecer a ordem, assegurar a verdade eleitoral, apurar responsabilidades e definir um quadro de governação que evite futuros abusos.
Portugal deve manter a sua postura:
prudente;
técnica;
institucional;
não interferente;
orientada para a cooperação, não para a ingerência.
A Guiné-Bissau não precisa de paternalismos. Precisa de parceiros que compreendam a complexidade do momento e saibam distinguir manipulação política de responsabilidades reais.
Em conclusão, o texto de Manuel Vicente falha porque parte de uma premissa falsa: a de que existe um “golpe” clássico e que Portugal está moralmente obrigado a reagir. Nada disto corresponde à realidade.
A verdade é outra: o que ocorreu foi uma intervenção preventiva motivada pela necessidade de travar consequências imprevisíveis de um discurso étnico inflamado e de uma tentativa de captura do Estado por interesses particulares.
Portugal, conhecedor da sensibilidade da situação, age com cautela. E essa cautela é, neste momento, a forma mais responsável de cooperação.
A Guiné-Bissau precisa de verdade, não de retóricas alarmistas. Precisa de estabilidade, não de narrativas incendiárias. Precisa de parceiros que compreendam que a pior diplomacia é a que fala antes de saber — e a melhor é a que contribui para a paz sem alimentar a instabilidade.
Duma cidadã guineense e patriota.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2025
CABO VERDE TERÁ POSSIVELMENTE E BREVEMENTE E SEU PRIMEIRO GOLPE DE ESTADO
Por Parlamento Online Cabo Verde
"Os militares da Guiné-Bissau, sempre foram um modelo, que os militares de Cabo Verde, deviam seguir. Como estamos não podemos continuar." Dr. Amadeu Oliveira
"A democracia dos brancos não serve na África. Só cria piores e pretos colonizadores, usurpadores do poder e ladrões do povo. Afinal somos ou não somos africanos?" Amilcar Cabral
-- Ulisses tem que tudo fazer, por se acaso perder as eleições para que haja um golpe militar em Cabo Verde.
-- É preferível que Cabo Verde caia nas mãos dos militares do que regressar ao partido de terroristas, assassinos, comunistas, ditadores, colonialistas e ladrões do povo/Estado.
-- Cabo Verde voltará a regredir em todos os aspectos, uma outra vez, como aconteceu nos anos de 1975-1990, e 2001-2016.
Cabo Verde não pode parar!
-- Eu não apoio nenhuma Praga de Badiu (MPD/PAIGCV)! Más é preferível continuar com este desgoverno muitíssimo péssimo do MpD, do que regressar aos criminosos da guerra na Guiné-Bissau.
-- Sabes por quê nunca houve intercambio de presos de guerra entre Portugal e o Paigcv? - Resposta: porque o Paigcv ensinados pelos cubanos e russos, assassinava/fusilável com sangre frio todos os presos, o que constitui crimes de guerra.
-- Sonho ver gentinhas, terroristas criminosos como Pedro Pires nas barras de um Tribunal em Portugal, Tribunal internacional ou Tribunal em Cabo Verde a serem julgados pelos crimes.
-- Se os povos das ilhas de Cabo Verde do Norte (Portulândia), não se revoltarem, o grupinho de elites e oligarcas, na Praia, continuarão sequestrando, escravizando e roubando os povos das ilhas de Cabo Verde do Barlavento, especialmente os povos das ilhas da Salândia e Boa Vista.
-- "As ilhas da PORTULÂNDIA/BARLAVENTO, necessitam de um líder, para levar avante a luta pela independência e liberdade da Praga de Badiu (parasitas colonialistas do Paigcv e MpD). E nunca perder oportunidades de desenvolvimento." Dr. Amadeu Oliveira
-- Viva as ilhas da Portulândia/Barlavento, independentes e livres da Praga de Badiu, colonizando, roubando e impedindo o desenvolvimento das ilhas de Cabo Verde do Norte!
VIVA CHEGA EM PORTUGAL!
VIVA BASTA EM CABO VERDE!
EUA vão restringir vistos para nigerianos envolvidos em violência contra cristãos.... Os Estados Unidos vão restringir vistos para nigerianos e seus familiares que estejam envolvidos em assassinatos em massa e violência contra cristãos naquele país da África Ocidental, disse hoje o Departamento de Estado americano.
Por LUSA 03/12/2025
Os ataques à comunidade fazem parte de uma crise de segurança de longa data e extremamente complexa na Nigéria, uma nação e em relação à qual o presidente dos EUA, Donald Trump, se referiu recentemente pelo "assassinato de cristãos" por "islamistas radicais".
No mês passado, Trump também disse que tinha ordenado ao Pentágono que começasse a planear uma possível ação militar na Nigéria, após as alegações de perseguição aos cristãos.
"Os Estados Unidos estão a tomar medidas decisivas como resposta aos assassinatos em massa e à violência contra cristãos por terroristas islâmicos radicais, milícias étnicas Fulani e outros atores violentos na Nigéria e além", disse o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, num comunicado publicado na rede social X.
O chefe da diplomacia norte-americana acrescentou que a política aplicar-se-ia a outros governos ou indivíduos envolvidos em violações da liberdade religiosa, e que as restrições estão em conformidade com uma nova política ao abrigo da Lei de Imigração e Nacionalidade.
A medida surge após a designação, no mês passado, da Nigéria pelos EUA como um "país de particular preocupação" ao abrigo da Lei Internacional da Liberdade Religiosa.
Não ficou imediatamente claro como a decisão de hoje seria colocada em prática, uma vez que o Departamento de Estado já tem a capacidade de restringir viagens para os EUA para os envolvidos em abusos dos direitos humanos.
Além da Nigéria, a lista de países designados como "países de particular preocupação" inclui China, Cuba, Eritreia, Irão, Myanmar (antiga Birmâmia), Coreia do Norte, Nicarágua, Paquistão, Rússia, Arábia Saudita, Tajiquistão e Turcomenistão.
Os ataques na Nigéria têm motivações variadas, há aqueles motivados por questões religiosas, que visam tanto cristãos como muçulmanos, bem como confrontos entre agricultores e pastores, devido à escassez de recursos, rivalidades comunitárias, grupos separatistas e conflitos étnicos.
A população da Nigéria, de cerca de 220 milhões de pessoas, está dividida quase igualmente entre cristãos e muçulmanos.
Por isso, o país enfrenta há muito tempo a insegurança de vários lados, incluindo a do grupo extremista Boko Haram, que procura estabelecer a sua interpretação radical da lei islâmica e também tem como alvo muçulmanos que considera não serem suficientemente muçulmanos.
Além disso, na Nigéria tem havido também um aumento nas atividades de gangues armados na parte central do país, que sequestram habitantes locais para pedir resgates.
Movimento “NO RIBANTA SISSOCO” está em conferência de imprensa.
CABO VERDE ENTRE O PODER EXTERNO E A SOBERANIA: CASO EMBALÓ E A NECESSIDADE DE INTELIGÊNCIA SOBERANA. Seguidores!
UM PIVÔ REGIONAL DERRUBADO
O golpe militar na Guiné-Bissau, que depôs o Presidente Umaro Sissoco Embaló em novembro de 2025, destruiu um paradigma emergente de segurança regional e expôs uma vulnerabilidade crítica para Cabo Verde. O mandato de Embaló representou uma iniciativa apoiada pelo Ocidente para reduzir o papel da Guiné-Bissau como hub de trânsito de cocaína para a Europa. Sua queda, coincidindo com a expansão diplomática dos EUA na região, evidencia os riscos de navegar numa geopolítica complexa sem inteligência independente.
O MODELO EMBALÓ: CONTRA O TRÁFICO E ALINHAMENTO INTERNACIONAL
Embaló implementou reformas profundas:
• REVITALIZAÇÃO DO SETOR DE SEGURANÇA: Reestruturação de lideranças militares e de segurança historicamente coniventes com o tráfico.
• ESTRUTURAS LEGAIS E FINANCEIRAS: Reforço das leis anti-lavagem de dinheiro e da capacidade judicial.
• PARCERIA INTERNACIONAL: Cooperação com DEA, INTERPOL, UNODC e agências europeias.
• CONTROLE DE INFRAESTRUTURAS: Monitoramento portuário e marítimo ampliado.
As medidas receberam reconhecimento internacional e consolidaram o alinhamento político com Cabo Verde, incluindo honrarias de ex-presidentes e apoio de autoridades atuais.
EXPANSÃO DIPLOMÁTICA
Em julho de 2025, Embaló anunciou a construção de uma embaixada dos EUA em Bissau; simultaneamente, os EUA constroem outra em Praia. Estes projetos indicam uma estratégia ocidental integrada, envolvendo segurança, governança e comércio, que fortalece laços com Cabo Verde e a Guiné-Bissau.
O GOLPE
O golpe suspendeu a constituição e colocou em dúvida o futuro das reformas anti-tráfico. Para Cabo Verde, expôs a incapacidade de antecipar ou reagir a crises regionais e revelou que outras potências, como China e França, podem explorar a instabilidade.
A LACUNA DE INTELIGÊNCIA DE CABO VERDE
Sem uma agência própria ou coleta regional de dados, Cabo Verde depende de análises estrangeiras, principalmente ocidentais, comprometendo sua soberania. O país não consegue verificar a estabilidade de parceiros, avaliar impactos regionais ou formular política externa baseada em análise própria. Nesse contexto, a presença crescente dos EUA é tanto uma oportunidade quanto um risco de influência externa.
O IMPERATIVO DA SOBERANIA
A ascensão e queda de Embaló, a expansão das embaixadas e o déficit de inteligência revelam um imperativo claro: neutralidade sem capacidade não é soberania. Cabo Verde deve investir em inteligência estratégica independente, liderada por civis, para avaliar ameaças, alianças e decisões geopolíticas. O desafio é transformar atenção externa em capacidade própria de proteger seu futuro.
PAICV - Partido Africano da Independência de Cabo Verde
MpD - Movimento para a Democracia
Grupo Parlamentar do MpD Grupo Parlamentar do PAICV UCID Ulisses Correia E Silva
Francisco Carvalho Cabo Verde
Cabelo branco: O stress faz o cabelo ficar branco mais rápido. Mito ou verdade?... Afinal, a preocupação e o stress aceleram o aparecimento de cabelos brancos? Segundo o que uma dermatologista revelou ao website Only My Health sim. Perceba porquê e o que poderá fazer para prevenir.
© Shutterstock Mariline Direito Rodrigues noticiasaominuto.com 3/12/2025
O stress é um sintoma cada vez mais comum na sociedade atual. As rotinas preenchidas e apressadas, os problemas, ansiedade - e muito mais - são causas que poderão levar a este problema.
Mas será que o stress provoca cabelos brancos?
Foi a esta pergunta que a dermatologista Priya respondeu em declarações ao website Only My Health.
A ciência por trás da cor do cabelo
A cor do cabelo provém da melanina, que é produzida por células chamadas melanócitos, encontradas em cada folículo capilar. À medida que o cabelo cresce, esse melanócitos injetam melanina nos fios de cabelo, determinando desta forma se será preto, castanho, ruivo ou loiro.
Contudo, com a idade, o natural é que a atividade de melanócitos diminua. Isto leva a uma redução da produção de melanina, que torna os cabelos grisalhos ou brancos.
O stress acelera o aparecimento de cabelos brancos?
Segundo a dermatologista Priya, o stress pode desempenhar um papel importante neste processo.
"O stress crónico aumenta a libertação de certas hormonas e substâncias químicas no corpo que podem danificar as células-tronco dos melanócitos. Uma vez esgotadas, as células-tronco dos cabelos tendem a perder a pigmentação, o que resulta num aparecimento precoce de cabelos brancos", explica a dermatologista.
Para além disso, o stress ativa o sistema nervoso simpático, libertando uma substância química conhecida como norepinefrina.
Estudos científicos (alguns publicados na revista Nature) concluíram que isto pode estimular a produção de pigmentos e, assim, permitir que o cabelo fique grisalho mais rapidamente.
Sinais de que o stress está a afetar o seu cabelo
Embora o aparecimento de cabelos brancos esteja associado ao stress, há outros sinais a ter em conta, conforme realça dermatologista. São eles:
- Aumento da queda de cabelo
- Cabelo fraco
- Falta de brilho e de volume
- Condições como eflúvio telógeno (queda repentina de cabelo)
Note-se que o couro cabeludo e os folículos capilares são muito sensíveis às hormonas e fatores externos do estilo de vida.
Ainda assim, realça a médica, a genética tem um papel mais preponderante no que diz respeito aos cabelos brancos. O stress, por seu turno, apenas acelera os genes já 'programados' dessa forma.
Formas de prevenir (ou atrasar) o aparecimento de cabelos brancos
Apesar dos cabelos brancos não serem reversíveis, isto é, não é possível que voltem a adquirir a sua cor original, há formas de prevenir o seu aparecimento.
Eis algumas das mais importantes:
- Priorizar um sono de sete a oito horas
- Incluir na dieta alimentos ricos em vitamina B12, ómega-3, ferro e proteínas
- Praticar técnicas de alívio do stress, como meditação ou respiração profunda.
- Evitar fumar em excesso e consumir álcool
Melhorar o equilíbrio hormonal através de exercícios regulares
Gás? UE celebra "dia histórico", Rússia alerta para "perda de potencial"... Os eurodeputados e os Estados-membros chegaram a acordo para proibir todas as importações de gás russo na União Europeia (UE) no outono de 2027. Se a presidente da Comissão Europeia disse tratar-se de um "dia histórico", o porta-voz do Kremlin advertiu que a medida acelerará "o processo de perda" de poder económico do bloco.
Por Notícias ao Minuto com Lusa
Os eurodeputados e os Estados-membros alcançaram, na noite de terça-feira, um acordo para proibir todas as importações de gás russo para a União Europeia (UE) no outono de 2027. Se a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou tratar-se de um “dia histórico” que representa um “virar da página" da dependência energética da Rússia, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, alertou que o bloco apenas acelerará “o processo de perda” de poder económico.
Hoje é realmente um dia histórico para a nossa união. Ontem [terça-feira] à noite, chegámos a um acordo provisório sobre a proposta da Comissão de eliminar totalmente os combustíveis fósseis russos", disse Ursula von der Leyen, num ponto de imprensa sem perguntas em Bruxelas.
E acrescentou: "Estamos a virar essa página e estamos a virá-la para sempre. Este é o início de uma nova era, a era da verdadeira independência energética da Europa em relação à Rússia."
Apesar de serem admitidas algumas exceções para os Estados-membros que enfrentem dificuldades para atingir os níveis de armazenamento exigidos, a UE vai eliminar todas as importações de gás russo o mais tardar até novembro de 2027.
"Muitos acreditam que isso seria impossível. Bem, os números falam por si e deixem-me dar-vos alguns hoje: as importações de gás russo, tanto gás natural liquefeito (GNL) como por gasoduto, baixaram de 45% no início da guerra para 13%; as importações de carvão baixaram de 51% no início da guerra para zero atualmente; e as importações de petróleo bruto baixaram de 26% para 2% atualmente", elencou a líder do executivo comunitário.
E adiantou: "No início da guerra, pagávamos [na UE] à Rússia 12 mil milhões de euros por mês por combustíveis fósseis e, agora, reduzimos para 1,5 mil milhões por mês, o que ainda é demasiado. O nosso objetivo é reduzir esse valor para zero."
Também presente neste ponto de imprensa, o diretor executivo da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, comentou que "a Rússia era até agora a principal abastecedora da energia europeia e hoje essa saga chega ao fim".
Já o comissário europeu da Energia, Dan Jørgensen, falou num "bom dia para a Europa e para a Ucrânia e num dia muito mau para a Rússia" por a UE "cortar finalmente a torneira do gás russo".
Rússia alerta para aceleração do “processo de perda" de poder económico da UE
Por seu lado, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, advertiu que, com este acordo, "a Europa está a condenar-se a fontes de energia mais caras, o que, inevitavelmente, apenas acelerará o processo de perda" de poder, disse, citado pela agência noticiosa France-Presse (AFP).
Peskov precisou que a decisão "inevitavelmente acarretará consequências para a economia europeia e uma diminuição da sua competitividade", o que "acelerará o processo, iniciado nos últimos anos, de perda de potencial de liderança por parte da economia europeia".
Mas, afinal, o que está em causa?
O compromisso foi alcançado esta madrugada entre o Parlamento Europeu, que desejava uma proibição mais rápida, e os Estados-membros, que queriam um pouco mais de tempo.
No caso dos gasodutos, a proibição dos contratos de longo prazo, os mais sensíveis porque, por vezes, têm uma duração de várias décadas, entrará em vigor a 30 de setembro de 2027, desde que as reservas sejam suficientes, e será aplicável o mais tardar a 1 de novembro de 2027.
Para o GNL, a proibição dos contratos de longo prazo será aplicada a partir de 1 de janeiro de 2027, segundo anunciou von der Leyen, para sancionar a Rússia.
Já nos contratos de curto prazo, a proibição será aplicável a partir de 25 de abril de 2026 para o gás natural liquefeito e a partir de 17 de junho de 2026 para o gás transportado por gasoduto.
Este calendário terá de ser aprovado uma última vez pelos Estados-membros e pelo Parlamento, mas o acordo abre caminho a uma votação que não antecipa surpresas.
As empresas europeias poderão invocar um caso de "força maior" para justificar legalmente quebras contratuais, mencionando a proibição de importação decidida pela UE.
O executivo europeu optou por uma proposta legislativa em vez de sanções, uma vez que pode ser adotada por maioria qualificada dos Estados-membros. O objetivo é evitar um veto da Hungria e da Eslováquia, consideradas próximas de Moscovo e firmemente opostas a essas medidas.
Quase quatro anos após a invasão da Ucrânia, a UE pretende privar a Rússia da fonte de receitas financeiras provenientes do gás. A quota do gás russo nas importações de gás do bloco passou de 45% em 2021 para 19% em 2024.
Embora a UE se tenha esforçado por reduzir o abastecimento através de gasodutos, este tem sido parcialmente substituído pelo GNL, transportado por navio, descarregado em portos, regaseificado e depois injetado na rede europeia.
Atrás dos Estados Unidos (45%), a Rússia ocupou uma posição central nas importações de GNL pela UE em 2024, fornecendo 20 mil milhões de metros cúbicos dos cerca de 100 mil milhões importados.
Note-se que Portugal é um dos oito Estados-membros da UE que terão de encontrar alternativas às importações de gás russo, dado que o país ainda importa GNL da Rússia, embora em proporções relativamente pequenas. Em 2024, Portugal importou cerca de 49.141 GWh (gigawatt-hora) de gás natural, dos quais aproximadamente 96% eram GNL.
Do total do GNL, cerca de 4,4% teve origem na Rússia. Ainda assim, a quota russa nas importações de GNL em Portugal caiu de cerca de 15% em 2021 para 5% em 2024.
NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA!: Marrocos - Umaro Sissoco Embaló volta a mudar de residência
Na quarta-feira, 3 de dezembro, Umaro Sissoco Emballo partiu de Brazzaville, acompanhado de sua família, rumo ao Marrocos, onde espera encontrar refúgio após o "golpe" que o depôs do poder na Guiné-Bissau. Esta é a sua terceira viagem em uma semana, após as viagens a Dakar e Brazzaville.
Segundo informações da Jeune Afrique, Umaro Sissoco Emballo não foi "expulso" de Dakar, onde permaneceu apenas 48 horas. Ele teria decidido deixar a capital senegalesa por conta própria, buscando refúgio em outro lugar.
O motivo da saída de Dakar: declarações feitas por Ousmane Sonko durante uma sessão de perguntas e respostas na Assembleia Nacional, na qual afirmou que o golpe na Guiné-Bissau foi um "esquema" orquestrado pelo próprio Sissoco Emballo. Essas declarações aparentemente não foram bem recebidas pelo então chefe de Estado.
Mas em declarações divulgadas pela Jeune Afrique, o ex-presidente da Guiné-Bissau classificou como "notícias falsas" as informações de que estaria por trás do golpe. "Se eu tivesse organizado tudo isso sozinho, ainda estaria no poder"..






























