A polícia sul-africana disparou hoje balas de borracha e granadas de gás lacrimogéneo para dispersar confrontos entre manifestantes e migrantes numa marcha anti-imigração em Pretória, noticiou a France-Presse.
Cerca de 500 pessoas aderiram à marcha anti-imigração de hoje na capital sul-africana, alguns empunhando paus, depois de o Presidente do país, Jacob Zuma, condenar a violência xenófoba das últimas semanas.
O Presidente Zuma condenou hoje a violência e intimidação contra estrangeiros e apelou à calma durante a manifestação contra migrantes provenientes de países como a Nigéria, o Zimbabué, a Somália ou o Paquistão.
Ao longo das últimas semanas, em Pretória e Joanesburgo, vários edifícios habitados ou explorados por imigrantes foram atacados e vandalizados por populares sob acusação de serem utilizados para fins ilícitos como prostituição e tráfico de drogas.
Até ao momento, os incidentes não fizeram vítimas, mas obrigaram a polícia a reforçar a segurança, tendo-se registado inúmeras detenções.
Os ataques contra imigrantes na África do Sul são recorrentes. O país acolhe um grande número de estrangeiros, num contexto social marcado pelo desemprego - superior a 25% - e pela criminalidade violenta.
Em 2015, protestos anti-imigração na cidade de Durban e arredores resultaram em pelo menos seis mortos.
Em 2008, cerca de 60 pessoas morreram em situações semelhantes.
NAOM
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