sábado, 29 de novembro de 2025

𝗘𝗦𝗖𝗟𝗨𝗦𝗜𝗩𝗢 𝗖𝗢𝗠 𝗢 𝗝𝗢Ã𝗢 𝗕𝗘𝗥𝗡𝗔𝗥𝗗𝗢 𝗩𝗜𝗘𝗜𝗥𝗔 ‼️... "Ou deixarmos a Guiné-Bissau na situação em que se encontra ou assumirmos o compromisso de trabalhar para restauração de ordem" justifica o candidato.

O político que sempre alertou os militares durante a campanha eleitoral a manterem equidistantes dos assuntos políticos, aceitou hoje integrar o executivo oriundo de um suposto golpe de Estado dado por militares.

@Rádio Jovem Bissau

Declaração do Primeiro-Ministro de Transição, Ilídio Vieira Té, após a posse dos novos membros do Governo

 @Radio TV Bantaba

Governo de transição da Guiné-Bissau nomeado hoje e integra 6 militares

O Governo de transição da Guiné-Bissau nomeado hoje integra seis militares titulares das pastas relacionadas com a Defesa, Ordem Pública e Saúde, segundo o decreto presidencial, a que a Lusa teve acesso.

Por decisão do Presidente da República de Transição, o general Horta Inta-A, entram para o Governo Mamasaliu Embalo, como ministro do Interior e Ordem Interna, Steve Lassana Mansaly, ministro da Defesa Nacional, Quinhin Nantote, ministro da Saúde, Salvador Soares, secretário de Estado da Ordem Pública e Carlos Mandungal, secretário de Estado dos Combatentes.

O novo ministro do Interior, Mamasaliu Embalo, era até aqui comandante do batalhão dos Comandos, Lassana Mansaly inspetor-geral do Ministério da Defesa, Quinhin Nantote, diretor da medicina militar.

Salvador Soares era até agora comissário nacional da Polícia de Ordem Pública (POP) e Carlos Mandungal é o antigo comandante da Marinha de Guerra guineense.

Do novo executivo fazem também parte nomes do Governo deposto pelos militares, nomeadamente Carlos Pinto Pereira  que deixa os Negócios Estrangeiros e passa para a Justiça e Direitos Humanos, e José Carlos Esteves, que continua na pasta das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo.

 Fatumata Jaú também se mantém no Governo com o pelouro da secretaria de Estado da Cooperação Internacional, assim como os secretários do ministério das Finanças, Mamadu Baldé, continua no Tesouro e Elísio Gomes Sá, no Orçamento e Assuntos Fiscais.

O novo ministro dos Negócios Estrangeiros é o advogado e candidato às últimas eleições presidenciais, João Bernardo Vieira, das fileiras do PAIGC que avançou para a corrida eleitoral como independente com críticas ao partido que decidiu apoiar outro candidato, Fernando Dias.

O Governo de transição hoje nomeado e empossado tem um total de 23 ministros e cinco secretários de Estado.

O ministro da Presidência de Conselho de Ministros e dos assuntos parlamentares é Usna António Quadé, um economista que já integrou um governo guineense como secretário de Estado do Tesouro.

O novo ministro dos Recursos Naturais é Celedonio Vieira, que presidia à estatal dos petróleos guineenses, a Petroguin, e Florentino Mendes Pereira, antigo secretário-geral do Partido de Renovação Social (PRS), vai liderar a pasta dos Transportes, Telecomunicações e Economia Digital.

Seis mulheres integram o governo, sendo que a ministra do Desporto, Juventude e Cultura, Juelma Cubala, é a esposa do antigo primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam.

As outras mulheres do governo são: Khady Florence Dabo Correia, ministra da Mulher e Solidariedade Social, Catarina Raquel Mendonça Taborda, ministra de Turismo e Artesanato, Assucénia Nesbi Emilia Seide Donate de Barros, ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Virgínia Maria da Cruz Godinho Pires Correia, ministra das Pescas e Economia Marítima e Fatumata Jaú, secretária de Estado da Cooperação Internacional e das Comunidades.

Mamadú Badji é o ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, já foi ministro da Agricultura e diretor do grupo Malaika, cujo proprietário é o ex-primeiro-ministro, agora deposto, Braima Camará.

A ativista e antiga secretária de Estado do Turismo e Artesanato Catarina Raquel Mendonça Taborda é a ministra de Turismo e Artesanato e  com a pasta da comunicação social fica Abduramane Turé, jornalista e atual diretor da Radio África FM, cujo proprietário é Umaro Sissoco Embaló, o Presidente deposto.

Fazem ainda parte do Governo de transição Mamadú Mudjetaba Djaló, ministro da Economia Plano e Integração Regional, Amadu Uri Guissé, ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural e Augusto Idrissa Embalo, ministro do Ambiente e Ação Climática.

 O novo MNE e outros cinco elementos do novo Governo são dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), mas que se incompatibilizaram com o líder, Domingos Simões Pereira, nomeadamente Carlos Nelson Sano, ministro da Administração Territorial e do Poder Local, José Carlos Esteves, ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo, Mário Muzante da Silva Loureiro, ministro da Energia, Jaimentino Có Ministro de Comércio e Indústria e Carlos Pinto Pereira, ministro da Justiça e Direitos Humanos.

O novo Governo guineense foi nomeado pelo Presidente da República de Transição, o general Horta Inta-A, empossado pelos militares que tomaram o poder a 26 de novembro, na Guiné-Bissau.

Os militares destituíram o Presidente cessante, Umaro Sissoco Embaló, que deixou o país, e suspenderam a divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro.

O general Horta Inta-A anunciou que o período de transição terá a duração máxima de um ano e nomeou como primeiro-ministro e ministro das Finanças Ilídio Vieira Té, antigo ministro de Embaló.

As eleições, que decorreram sem registo de incidentes, realizaram-se sem participação do principal partido da oposição, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e do seu candidato, Domingos Simões Pereira, excluídos da disputa e que declararam apoio ao candidato opositor Fernando Dias da Costa.

Dias tinha reclamado vitória na primeira volta sobre o Presidente Embaló, candidato a um segundo mandato. A divulgação dos resultados oficiais das eleições estava agendada para quinta-feira, 27 de novembro.

Simões Pereira foi detido e a tomada de poder pelos militares está a ser denunciada pela oposição como uma manobra para impedir a divulgação dos resultados eleitorais.




Leia Também: PAIGC exige restituição da sede nacional após "ocupação forçada"

O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) exigiu hoje a restituição da sede nacional, em Bissau, após a sua ocupação por indivíduos "fortemente armados".


Comunicado à imprensa do Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento

 


Estamos a envelhecer mais depressa: há idades em que ocorrem "mudanças realmente drásticas"

Por sicnoticias.pt

Uma das formas de medir a rapidez com que alguém está a envelhecer é medindo a sua idade biológica. Com estes testes é possível perceber que o número de anos que os parâmetros biológicos indicam nem sempre correspondem à idade cronológica. Estudos indicam que há alturas da vida em que o processo de envelhecimento acelera, ou seja, existem fases em que tendencialmente se verificam mudanças significativas.

O ser humano está a envelhecer mais depressa. O tema tem sido alvo de vários estudos ao longo dos últimos anos, com os cientistas a perceber uma tendência preocupante no envelhecimento biológico: as pessoas estão a ficar mais velhas mais rápido. 

De acordo com um artigo publicado na revista New Scientist, quem nasceu na década de 60 está a envelhecer mais rápido do que os que nasceram 10 anos antes e isso acaba por ter influência na resistência do sistema imunológico. Doenças que antes eram consideradas apenas de pessoas mais velhas estão a tornar-se cada vez mais comuns em pessoas mais jovens. 

"Os casos de cancro estão a aumentar em populações mais jovens, pessoas com menos de 40 anos têm mais ataques cardíacos e mais diabetes", afirma Paulina Correa-Burrows, epidemiologista social da Universidade do Chile à New Scientist. E porquê? "Porque estamos a envelhecer mais rápido."

E como acompanhar o processo?

Uma das formas de medir a rapidez com que alguém está a envelhecer é medindo a sua idade biológica. O processo deve ser feito mais do que uma vez - em espaços de tempo de meses ou anos. Com estes testes é possível perceber que o número de anos que alguém viveu, ou seja, a idade cronológica, nem sempre é um bom indicador do processo de envelhecimento, até porque esse número pode estar longe da realidade. 

Os testes mais fidedignos, segundo disse Antonello Lorenzini à revista científica, serão os relógios epigenéticos que analisam as modificações no ADN. São biomarcadores estatísticos que utilizam padrões epigenéticos - alterações que modificam a expressão génica sem alterar a sequência de ADN - para prever sinais de envelhecimento e estimar a sua idade biológica. 

Em algumas pessoas os resultados entre a idade cronológica e a biológica podem fazer uma boa correspondência, mesmo assim, há casos de pessoas em que os resultados mostram, por exemplo, uma diferença de dez anos.

No entanto, é preciso considerar que estes resultados não são definitivos porque ao contrário da idade cronológica, sempre fixa porque são os anos em que uma pessoa viveu, a biológica pode ter oscilações ao longo do tempo. Daí a necessidade de fazer mais do que uma medição ao longo do tempo.

Os picos dos 40 e dos 60

Segundo um estudo publicado na revista Science Alert, não mudamos "apenas gradualmente ao longo do tempo", mas há "algumas mudanças realmente drásticas" que acontecem por volta dos 44 e dos 60 anos. 

O estudo acompanhou 108 adultos que ao longo de alguns anos foram doando amostras biológicas. A investigação permitiu perceber que no caso de algumas doenças, como o Alzheimer ou problemas cardiovasculares, o risco não aumenta apenas gradualmente, mas em certas idades há uma aceleração acentuada. 

Os investigadores concluíram que aproximadamente 80% de todas as moléculas estudadas demonstraram alterações em duas fases distintas: aos 44 e novamente aos 60. 

No primeiro caso, o estudo mostra alterações em moléculas relacionadas com o metabolismo de lípidos, cafeína e álcool, bem como disfunções na pele e nos músculos. Nas mulheres, acontece porque começam a passar pela menopausa (apesar dos investigadores descartaram esse como um fator primordial). 

"Isso sugere que, embora a menopausa ou a perimenopausa possam contribuir para as mudanças observadas em mulheres na faixa dos 40 anos, provavelmente existem outros fatores mais significativos que influenciam essas mudanças tanto em homens quanto em mulheres", explicou um dos autor do estudo, Xiaotao Shen, à revista.

Guiné-Bissau. PAIGC denuncia invasão armada à sua sede nacional... O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) denunciou este sábado que um grupo de homens armados e encapuçados invadiu a sua sede, em Bissau, agredindo dirigentes e colaboradores presentes no local.

Por  Rtp.pt/   29 Novembro 2025

Segundo "relatos internos" recolhidos pelo partido, esta situação "está a ocorrer neste momento na sua sede nacional" e "representa uma séria ameaça à integridade física dos membros do partido", bem como um "atentado à estabilidade, à democracia e ao Estado de Direito na Guiné-Bissau", avançou em comunicado o secretariado da Plataforma dos Presidentes das Comissões Políticas na Diáspora Europa, América do PAIGC.

Numa mensagem enviada à Lusa, o porta-voz do PAIGC, Muniro Conte, adiantou que Polícias de Intervenção Rápida (PIR) assaltaram a sede do partido, expulsando todos os que lá se encontravam. Segundo o responsável, o objetivo é "introduzir armas [no local] para depois acusarem o partido".

Na nota enviada à comunicação social, o PAIGC condenou "de forma veemente qualquer ato de violência política" e apelou às autoridades nacionais "para que atuem imediatamente no sentido de garantir a segurança de todos os cidadãos presentes na sede do partido" e para "esclarecer a situação do seu líder", Domingos Simões Pereira, que está detido desde 22 de novembro.

O partido apelou ainda à comunidade internacional "para que acompanhe de perto estes acontecimentos e apoie todos os esforços que visem preservar a legalidade democrática" e à população para que "mantenha a serenidade, rejeitando qualquer forma de provocação ou escalada de violência".

"O PAIGC reafirma o seu compromisso inabalável com a paz, a democracia e o diálogo, e espera que os responsáveis por estes factos sejam identificados e responsabilizados", refere a mesma nota.

Um grupo de militares anunciou na quarta-feira ter tomado o poder na Guiné-Bissau e ter destituído o Presidente, Umaro Sissoco Embaló, que viajou entretanto para o Senegal.

A junta militar nomeou general Horta Inta-A como presidente de transição pelo período de um ano e suspendeu do processo eleitoral na véspera da divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro.

As eleições, que decorreram sem registo de incidentes, realizaram-se sem a participação do principal partido da oposição, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e do seu candidato, Domingos Simões Pereira, excluídos da corrida eleitoral e que declararam apoio ao candidato opositor Fernando Dias da Costa.

Simões Pereira foi detido após o anúncio da junta militar.

A oposição, que reclamou vitória nas eleições presidenciais, denuncia a intervenção militar como uma manobra orquestrada pelo Presidente cessante para travar a divulgação dos resultados eleitorais.

A União Africana (UA) anunciou hoje que suspendeu "de forma imediata" a Guiné-Bissau até que a ordem constitucional seja restabelecida.

Burkina Faso regista crescimento económico de 20% entre 2022 e 2024 "Quem quer governar um povo deve ouvir as suas preocupações afirmou Ibrahim Traoré".🇧🇫✅

Por Digital Mídia Global TV

A economia de Burkina Faso registou um crescimento nominal de cerca de 20% entre 2022 e 2024, período que coincide com a chegada de Ibrahim Traoré ao poder. O avanço económico é atribuído, sobretudo, à recuperação gradual das atividades produtivas após anos de instabilidade no país.

O capitão Ibrahim Traoré tem defendido que a sua liderança visa responder às necessidades da população. “Quem quer governar um povo deve ouvir as suas preocupações. Estou aqui para dar ao povo aquilo que deseja”, afirmou, ao justificar as medidas adotadas desde o golpe de Estado.

Bissau, 29 de novembro de 2025

Por DMG TV Digital Mídia Global TV

Guiné-Bissau: Umaro Sissoco Embaló É Novamente Retirado de Dakar em Operação Discreta e Segue para Brazzaville.🇬🇼🚨

Por Com Confidentiel Afrique / DMG TV Digital Mídia Global TV   Bissau, 29 de novembro de 2025

O antigo Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, foi novamente retirado de Dakar, Senegal, e transportado para Brazzaville, capital da República do Congo, numa operação confidencial mediada pelos presidentes Denis Sassou N’Guesso e Alassane Ouattara, apurou o Confidencial Afrique.

Operação ocorreu após alegada “simulação” de golpe

Fontes citadas pelo jornal revelam que Embaló chegou a Dakar na semana passada, depois de uma alegada “simulação” de tentativa de golpe de Estado, supostamente organizada com o envolvimento de alguns oficiais militares próximos — entre eles o general Horta N’Tam, figura em ascensão no atual cenário político-militar em Bissau.

A deslocação do ex-Chefe de Estado ocorreu na véspera da aguardada divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro.

Pedido urgente para abandonar Dakar

As mesmas fontes indicam que foi o próprio Embaló quem insistiu na necessidade de deixar Dakar com carácter de urgência, após uma noite descrita como “particularmente agitada”.

A tensão aumentou depois de declarações do primeiro-ministro senegalês, Ousmane Sonko, que, durante uma sessão parlamentar nesta sexta-feira, classificou a situação política na Guiné-Bissau como resultado de “manobras subterrâneas”.

Segundo pessoas próximas do processo, o tom firme de Sonko não agradou a Embaló, que se mostrou visivelmente incomodado.

Pressão política e diplomática em território senegalês

Ainda de acordo com fontes citadas, a presença de Embaló no Senegal estava a gerar forte pressão política e diplomática. Sentindo-se desconfortável, o ex-Presidente contactou o seu aliado, o líder congolês Denis Sassou N’Guesso, pedindo apoio para deixar o país.

Antes da partida, Embaló terá telefonado ao Presidente senegalês, Bassirou Diomaye Faye, para informá-lo da saída e agradecer o acolhimento durante a estadia em Dakar.

Um voo privado foi disponibilizado para transportar o antigo Chefe de Estado até Brazzaville, onde deverá permanecer temporariamente. Embaló viajou acompanhado por um colaborador de confiança, identificado apenas como Sissoko.

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Papa Leão XIV entrou mas não rezou na Mesquita Azul de Istambul... O Papa Leão XIV entrou hoje numa mesquita pela primeira vez no seu pontificado, a de Sultan Ahmed, conhecida como a Mesquita Azul de Istambul, na Turquia, mas não parou para rezar como fizeram os seus antecessores.

Por LUSA 

Omuezim da mesquita, Askin Musa Tunca, que acompanhou Leão XIV neste terceiro dia de visita à Turquia, explicou à imprensa que inicialmente lhe disseram que o Papa iria rezar ali, mas quando lhe perguntou se queria ter um "momento de louvor", o pontífice respondeu que "não, que só queria visitá-la".

O Papa norte-americano e peruano foi acompanhado por Ali Erbas, presidente da Direção de Assuntos Religiosos (Diyanet), tornando-se assim o quarto Papa a entrar numa mesquita e o terceiro a visitar a de Sultan Ahmed, onde também estiveram Bento XVI e Francisco.

Esperava-se um momento de recolhimento silencioso olhando para Meca, como fizeram tanto Bento XVI como Francisco, mas Leão XIV decidiu não o fazer, apesar do convite.

"Foi-lhe explicado que esta era a casa de Alá e que poderia ter um momento de louvor", mas ele respondeu "que estava bem assim" e circulou pela mesquita durante 20 minutos enquanto ouvia as explicações do muezim, que guia a oração.

Como manda a cultura islâmica, Leão XIV teve que tirar os sapatos para entrar e, depois, admirou as cores das abóbadas do Sultão Ahmed.

João Paulo II foi o primeiro pontífice a entrar numa mesquita, quando visitou Damasco em 2001, num momento histórico já que nenhum outro havia visitado este lugar. Ele próprio visitou em 2000 a Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, mas não entrou em nenhuma.

A Mesquita Azul está situada na praça de Sultanahmet e foi construída no início do século XVII. O seu nome deriva dos mosaicos de azulejos azuis de Iznik que se encontram no seu pátio interior.

A sua construção gerou grande controvérsia no mundo muçulmano, pois os seus seis minaretes eram considerados um atentado sacrílego por rivalizarem com Meca.

Em resposta, Meca foi adicionar mais um minarete à sua mesquita para assim impor a sua superioridade como local de nascimento do profeta Maomé e de peregrinação dos muçulmanos.

A Mesquita Azul, situada em frente à Hagia Sophia (Santa Sofia), foi construída por Sinan Ibn Abdulmennan, ou Mimar Sinan (em turco, "Arquiteto Sinan"), que era o chefe dos arquitetos imperiais e cujas ideias revolucionaram a conceção estética do Islão.

Na sua viagem em 2006, Bento XVI rezou nesta mesquita em frente ao mihrab, o nicho na parede que indica a direção de Meca, e o então porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, teve de especificar que se tratava de um momento de "recolhimento". Este gesto marcou um marco nas relações com o Islão e serviu para apagar a polémica surgida após o discurso do papa alemão em Ratisbona.

Em 2014, o papa Francisco também teve um momento de "adoração silenciosa" no mesmo local que o seu antecessor.

União Africana suspende "de imediato" Guiné-Bissau devido a golpe militar

Por LUSA 

A União Africana (UA) suspendeu "de forma imediata" a Guiné-Bissau devido ao golpe militar de quarta-feira, que derrubou o presidente cessante, Umaro Sissoco Embaló, até que a ordem constitucional seja restabelecida.

Num comunicado emitido esta madrugada após uma sessão extraordinária do Conselho de Paz e Segurança, a UA confirmou a decisão de "suspender imediatamente a República da Guiné-Bissau de participar em todas as atividades da União, dos seus órgãos e instituições, até que a ordem constitucional seja restabelecida no país".

O Conselho, em linha com a política de "tolerância zero" da UA em relação a "mudanças inconstitucionais de governo", classificou a revolta como "um grave atentado contra a ordem democrática e constitucional" e "as perspetivas essenciais de estabilidade" expressas pelos cidadãos nas eleições gerais do domingo passado.

A resolução do Conselho insta ainda a junta militar do país da África Ocidental a "respeitar a lei e a vontade do povo", permitir que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) proclame os resultados das eleições - marcadas pela ausência dos principais opositores - e abster-se de "qualquer interferência adicional" nos processos políticos do país.

Caso contrário, advertiu, o Conselho imporá sanções específicas contra todos os atores envolvidos no golpe de Estado.

O órgão solicitou também a libertação "imediata e incondicional" de todos os funcionários eleitorais detidos, bem como das figuras políticas e participantes nas eleições, além de sublinhar a necessidade de garantir a sua "segurança e dignidade", embora o Senegal tenha confirmado que fretou um avião para evacuar o derrubado Embaló, que chegou "são e salvo" ao seu território.


Leia Também: Guiné-Bissau: Antigos Presidentes moçambicanos apelam a diálogo para paz

Os antigos Presidentes moçambicanos Joaquim Chissano e Armando Guebuza apelaram hoje ao diálogo para repor a calma e a tranquilidade na Guiné-Bissau, depois da tomada do poder por militares, defendendo o contributo de África e do mundo no processo. 


 


Detetados progressos na qualidade do ar na última década na Europa

Por LUSA 

A Europa registou progressos significativos na redução das concentrações de poluentes atmosféricos na última década (2014-2024), segundo um relatório divulgado na sexta-feira pelo Serviço de Monitorização da Atmosfera Copernicus (CAMS, na sigla em inglês).

O documento aponta que o esforço coletivo para regular e limitar as emissões antropogénicas por parte dos políticos, da indústria e dos cidadãos está a produzir resultados mensuráveis.

Recorrendo à reanálise da qualidade do ar do CAMS, os autores do texto salientam que se podem observar melhorias na evolução das concentrações superficiais de poluentes atmosféricos regulamentados, noticiou a agência Efe.

De acordo com isto, foram identificadas melhorias significativas na maioria das regiões europeias, embora se observe que ainda há trabalho a ser feito em algumas áreas.

A informação utilizada baseia-se em análises regionais da qualidade do ar do CAMS, que combinam modelos atmosféricos com observações da qualidade do ar utilizando técnicas de assimilação de dados.

No seu relatório "Europa do Ambiente 2025", a Agência Europeia do Ambiente destacou que todos os poluentes atmosféricos com emissões regulamentadas apresentaram tendências claras decrescentes desde 2005.

As maiores reduções de emissões foram registadas no dióxido de enxofre (SO2) (85%), seguido pelos óxidos de azoto (NOx) (53%), compostos orgânicos voláteis não metânicos (COVNM) (35%), PM2,5 (38%) e amoníaco (NH3) (17%).

As partículas finas estão entre os poluentes mais nocivos para a saúde humana e para o ambiente, uma vez que o seu tamanho reduzido permite que seja inalado profundamente nos pulmões e entre na corrente sanguínea.

O relatório indica que as principais fontes antropogénicas são a queima de combustíveis fósseis no trânsito e no setor energético, e observa ainda que os incêndios florestais e o transporte de poeiras são algumas das fontes naturais.

O relatório destaca ainda que o dióxido de azoto é produzido principalmente pela combustão de combustíveis fósseis e tem vários impactos respiratórios, além de contribuir para a formação de ozono troposférico e para a poluição por partículas finas.

As estratégias de controlo de emissões implementadas na Europa levaram à redução das concentrações de poluentes atmosféricos.

Entre as conclusões do relatório, está o facto de o ozono continuar a ser o poluente mais problemático, e alerta que as estratégias de mitigação não são triviais e exigem esforços desde o nível local até ao internacional.

Última hora: Sonko envergonhado pela sua estú... posição sobre a Guiné-Bissau... Um primeiro-ministro que confunde a sua função com a de um político partidário.

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

O Presidente de Transição, Major-General Horta Inta-A, confere posse, esta sexta-feira (28.11), ao Primeiro-Ministro de Transição, Ilídio Viera Té que acomula a pasta das Finanças.

Mensagem de Apreço, Convicção e Resistência Democrática

Ergue-se, neste período particularmente sombrio da história nacional, uma palavra de apreço e profunda gratidão ao General Umaro Sissoco Embaló. A confiança que demonstrou, a firmeza estratégica com que conduziu o Estado e a decisão soberana de nomear Braima Camará como Primeiro-Ministro constituíram marcos de responsabilidade política elevada. Não se tratou de um simples ato administrativo, mas de uma afirmação clara de visão, de projeto nacional e de compromisso com a estabilidade republicana.

O golpe de Estado que interrompeu esse ciclo - em plena celebração democrática - expôs, de forma brutal, a vulnerabilidade das instituições do país. Quando o Presidente da República é derrubado pela força, todo o edifício democrático desaba com ele, preservando-se apenas a autonomia do poder judicial. Além disso, resta-nos recorrer à esperança histórica de que a nação reencontre o seu trilho constitucional.

Braima Camará e o General Umaro Sissoco Embaló permanecem, mesmo afastados dos cargos que legitimamente exerciam, entre os mais notáveis filhos da Guiné-Bissau contemporânea. São líderes que pensam o país real: o país da pobreza persistente, da juventude privada de oportunidades, das mulheres e dos homens que sustentam a nação. São líderes que não esquecem os combatentes da liberdade da pátria nem abdicam do imperativo moral de projetar o futuro coletivo. A história nacional - lenta mas implacável - há de reconhecê-los como arquitetos de desenvolvimento e referências de Estado.

Braima Camará personificou, durante o seu mandato, o Primeiro-Ministro que o povo reclamava há décadas. Esse anseio não era apenas político, mas profundamente social - o verdadeiro sonho do Bá di Povo. Em qualquer democracia autêntica, o poder reside no povo, e somente nele.

Com a deflagração do golpe, as funções de Estado foram abruptamente interrompidas. Alguém precisava assumir provisoriamente a responsabilidade institucional para evitar o vazio total de poder. Assim, o General Horta Inta-a assumiu interinamente a presidência e nomeou Ilídio Vieira Té para a chefia do Governo — uma solução emergencial ditada pela conjuntura, e não pela vontade popular nem pelo mandato democrático.

O ex-Presidente General Umaro Sissoco Embaló, no exercício legítimo do seu mandato, havia nomeado Braima Camará como Primeiro-Ministro com base na confiança política, ética e estratégica que sempre partilharam. Homem íntegro, de postura humilde e visão rara, Embaló foi ilegalmente afastado no golpe do dia 26. Ambos sustentavam um programa claro de desenvolvimento e conduziam um ciclo de reformas estruturantes essenciais ao país. Nada indica que esse projeto tenha morrido - apenas foi interrompido. A história tem o hábito de recompor alianças entre aqueles que carregam o país no coração.

Importa, ainda, dirigir uma advertência firme aos incendiários do PAIGC e aos discípulos do caos liderados por DSP e Fernando Dias da Costa. É profundamente lamentável testemunhar-vos, confortavelmente instalados na Europa, a atiçar a instabilidade que corrói a pátria que afirmam defender. A vossa política de destruição não ergue nada; limita-se a sabotar o esforço coletivo que o povo tenta construir com dignidade e sacrifício.

Braima Camará continua - dentro e fora do cargo - a ser um homem de Estado completo: conhecedor profundo da máquina pública, politicamente maduro e comprometido com o interesse superior da nação. É essencial recordar um princípio estrutural da ordem constitucional: quando cai o Presidente da República, cai todo o Governo. Assim funciona o Estado, assim se organiza a democracia. Por isso, é imperioso que alguns aprendam a raciocinar com seriedade ao analisar a crise política atual. O poder não pode permanecer no vazio nem nas ruas; exige legitimidade constitucional e responsabilidade institucional.

O povo clamou, pediu e aspirou ver o General Embaló e o Bá di Povo Braima Camará concretizarem os seus programas de modernização institucional, desenvolvimento económico e estabilização duradoura da Guiné-Bissau. E continua a ser - ontem, hoje e sempre - a voz do povo a bússola moral e histórica da nação.

Abel Djassi Primeiro 

28/11/2025


Hoje, 28 de novembro de 2025 na Guiné Bissau, a situação regressa gradualmente à normalidade com a nomeação do Sr. Ilídio Vieira Té, como Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças, pelo Presidente de Transição, por um período de 12 meses.

 


África do Sul: Recrutar para combater pela Rússia? Deputada filha de Zuma demite-se... A filha do ex-Presidente sul-africano Jacob Zuma demitiu-se do parlamento após acusações de recrutamento de sul-africanos para combaterem pela Rússia na Ucrânia, anunciou hoje o diretor do partido MK.

© Lusa  28/11/2025

"A camarada Duduzile Zuma-Sambudla declarou que cooperará plenamente com a investigação em curso das autoridades competentes" e "apresentou a sua demissão da Assembleia Nacional e de todas as suas funções de representação pública, com efeito imediato. A liderança do partido aceitou a sua decisão", informou o dirigente do MK, Nkosinathi Nhleko, durante um conferência de imprensa em Durban, na África do Sul.

Nem Duduzile Zuma-Sambudla nem o seu pai - Jacob Zuma, Presidente entre 2009 e 2018 -, presentes na sala durante a conferência de imprensa, se pronunciaram.

A própria irmã de Zuma-Sambudla acusou-a, na semana passada, de estar envolvida no recrutamente de 17 sul-africanos que lançaram pedidos de socorro ao atual Presidente, Cyril Ramaphosa, alegando estar encurralados na região ucraniana do Donbass.

"Umkhonto we Sizwe [nome completo do MK], enquanto partido, não está envolvido no caso russo-ucraniano que afeta estes jovens", garantiu Nkosinathi Nhleko, sendo que Jacob Zuma é conhecido pela proximidade ao Governo russo.

"Até onde sabemos, esta demissão não tem nada que ver com uma admissão de culpa ou um reconhecimento da sua culpa por parte do partido", afirmou Magasela Mzobe, outro dirigente do movimento.

A demissão de Zuma-Sambudla tratou-se de uma forma de "se concentrar totalmente na sua cooperação com todos os serviços do Estado", de acordo com Magasela Mzobe.

De acordo com o Governo ucraninano, 1.426 cidadãos de 36 países africanos foram identificado entre as fileiras russas, mas o número de combatentes estrangeiros poderá ser muito mais elevado.

Muitas mulheres africanas também são atraídas pela promessa de contratos lucrativos na Rússia, acabando em fábricas de produção de drones, sobretudo na região central do Tartaristão, de acordo com várias investigações de meios de comunicação internacionais.

Duduzile Zuma-Sambudla tinha sido eleita para o parlamento sul-africano em junho de 2024, concorrendo sob a sigla do partido fundado pelo pai.

A filha do ex-Presidente sul-africano já está a ser processada por icitamento aos motins de julho de 2021, desencadeados após a detenção do pai, que recusara testemunhar em processos de corrupção que o visavam. Cerca de 350 pessoas morreram nos motins.


Opositor Domingos Simões Pereira libertado após golpe na Guiné-Bissau... Domingos Simões Pereira tinha sido detido na quarta-feira na sequência do golpe de Estado na Guiné-Bissau.

© Lusa   28/11/2025

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, oposição), Domingos Simões Pereira, saiu hoje em liberdade após ter sido detido na quarta-feira na sequência do golpe de Estado na Guiné-Bissau. 

Recorde-se que o general Horta Inta-A foi empossado Presidente de transição da Guiné-Bissau, numa cerimónia que decorreu no Estado-Maior General das Forças Armadas guineense, um dia depois de os militares terem tomado o poder no país, antecipando-se à divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro.

Os militares anunciaram a destituição do Presidente Umaro Sissoco Embaló, suspenderam o processo eleitoral, os órgãos de comunicação social e impuseram um recolher obrigatório.

As eleições, que decorreram sem registo de incidentes, realizaram-se sem a presença do principal partido da oposição, Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e do seu candidato, Domingos Simões Pereira, excluídos da disputa e que declararam apoio ao candidato opositor Fernando Dias da Costa.


Ilídio Vieira Té é o novo Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau, nomeado hoje pelo Presidente de Transição. Além de chefiar o Governo, Vieira Té acumula igualmente a pasta das Finanças, assumindo a gestão política e económica do país para um período de 12 meses.

Golpe de Estado: ALTO COMANDO MILITAR LEVANTA RESTRIÇÕES DE CIRCULAÇÃO E ACESSO ÀS REDES SOCIAIS

Por: Assana Sambú, Jornal Odemocrata 28/11/2025 

O Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública (ACM) levantou por volta das 00 horas desta sexta-feira, 28 de novembro de 2025, o recolher obrigatório e permitindo a circulação das populações e dos transportes públicos (táxis e toca-tocas) em todos os bairros de capital, incluindo o centro da cidade.

“Com a designação e empossamento do Presidente da República de Transição e do Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública, criando assim condições para a circulação de pessoas e bens, bem como a retoma do normal funcionamento das instituições públicas e privadas. O ACM depois de análise da situação em curso, decide comunicar o levantamento das medidas de restrição de circulação e recolher obrigatório anteriormente impostas a partir de amanha 28 de novembro”, lê-se no comunicado do ACM consultado pela redação do Jornal O Democrata. 

O Democrata constatou nas ruas de Bissau as movimentação das pessoas e dos transportes públicos e privados, bem como abertura do principal mercado de capital e os mercados dos bairros periféricos de Bissau e também os bancos comerciais.

As barreiras que haviam sido impostas pelos militares estão todas levantadas e permetindo a circulação normal das viaturas e das pessoas. E a suspensão do acesso a algumas plataformas digitais, com destaque para Facebook, TikTok e YouTube, foram retomados desde as 00 horas.

O alto comando militar informa ainda no seu comunicado de ontem sobre o levantamento de recolher obrigatório que o antigo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas e o seu adjunto, General Biaguê Na N’Tan e o General Mamadu Turé, se encontram sãos, porém, até então, sob custódia deste Comando.

Entretanto, o presidente deposto, Umaro Sissoco Embaló, se encontra exilado desde ontem a noite, em Dacar, capital do Senegal, de acordo com o comunicado divulgado pelo Ministério da Integração Africana, dos Negócios Estrangeiros e dos Senegaleses no Estrangeiro. 

Ainda de acordo com o comunicado, o governo senegalês fretou uma aeronave para deslocar-se a Bissau e auxiliar na operação de repatriamento do Presidente Embaló e dos seus próximos.

Primeiro-ministro senegalês considera golpe de Estado "uma combinação"... O primeiro-ministro do Senegal, Ousmane Sonko, considerou hoje uma "combinação" o golpe de Estado protagonizado na Guiné-Bissau por militares que depuseram o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

Por LUSA 

As declarações de Sonko foram transmitidas pela televisão online Senego TV e reproduzidas nas redes sociais dos guineenses.

O primeiro-ministro senegalês respondia aos deputados sobre a situação do país e, na ocasião, abordou os últimos acontecimentos na Guiné-Bissau, que culminaram com a chegada de Sissoco Embaló a Dacar, capital do Senegal, na quinta-feira, à noite.

"No que diz respeito à Guiné-Bissau, não me vou alongar porque essa questão é da competência do Presidente da República (...), mas posso afirmar claramente que foi uma combinação", declarou Ousmane Sonko.

O Governo do Senegal confirmou na quinta-feira ter fretado um avião para transportar Sissoco Embaló de Bissau para Dacar, com alguns dos seus colaboradores próximos.

O primeiro-ministro do Senegal defendeu que o que se passa em Bissau "não é normal" e questionou a detenção do opositor de Sissoco Embaló, Domingos Simões Pereira, por militares, destacando que este nem era candidato às eleições presidenciais.

"Que o libertem o mais rapidamente possível", exortou Ousmane Sonko, apelando para que o processo eleitoral, suspenso pelos militares, seja concluído.

O general Horta Inta-A foi empossado Presidente de transição da Guiné-Bissau, na quinta-feira, numa cerimónia que decorreu no Estado-Maior General das Forças Armadas guineense, um dia depois de os militares terem tomado o poder no país, antecipando-se à divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro.

Os militares anunciaram a destituição do Presidente, Umaro Sissoco Embaló, suspenderam o processo eleitoral, os órgãos de comunicação social e impuseram um recolher obrigatório.

As eleições, que decorreram sem registo de incidentes, realizaram-se sem a presença do principal partido da oposição, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e do seu candidato, Domingos Simões Pereira, excluídos da disputa e que declararam apoio ao candidato opositor Fernando Dias da Costa.

Simões Pereira foi detido e a tomada do poder pelos militares está a ser denunciada pela oposição como uma manobra para impedir a divulgação dos resultados eleitorais.

*** A delegação da agência Lusa na Guiné-Bissau está suspensa desde agosto após a expulsão pelo Governo dos representantes dos órgãos de comunicação social portugueses. A cobertura está a ser assegurada à distância ***


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OMS: Infertilidade afeta uma em cada seis pessoas no mundo, revela OMS... A infertilidade afeta uma em cada seis pessoas no mundo em algum momento da sua vida reprodutiva e 36% das mulheres afetadas também são vítimas de violência por parte de seus parceiros, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS).

© Lusa  28/11/2025

O alerta da OMS surge no mesmo dia em que a organização lança um guia com 40 recomendações para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da infertilidade. 

O guia, direcionado a profissionais de saúde, responsáveis pela definição de políticas públicas, organizações de apoio a pacientes e instituições, aborda um problema no qual, segundo a OMS, "as mulheres são frequentemente culpadas enquanto os homens são ignorados".

A agência define infertilidade como uma doença do sistema reprodutivo masculino ou feminino caracterizada pela incapacidade de engravidar após 12 meses de relações sexuais regulares e sem proteção.

"É um dos problemas de saúde mais negligenciados da nossa época e um desafio global para a igualdade", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no lançamento do guia.

A OMS sublinha que milhões de pessoas são obrigadas a pagar por tratamentos caros ou ineficazes, "sendo forçadas a escolher entre o desejo de ter filhos e a necessidade de segurança financeira".

A agência de saúde das Nações Unidas destaca que, nalguns países, uma única tentativa de fertilização 'in vitro' pode custar a uma família o equivalente a dois anos de rendimentos.

A organização avisa que a infertilidade leva com frequência à ansiedade, depressão, problemas de relacionamento e estigma social - questões que afetam desproporcionalmente as mulheres.

O guia inclui 40 recomendações sobre quais tratamentos preferíveis em determinadas condições médicas, embora, no geral, incentive aqueles que, embora não sejam dispendiosos, são comprovadamente eficazes.

Também sugere que se avalie se os casais precisam de apoio social ou psicológico e fornece informações sobre fatores que podem afetar a fertilidade, como o uso de tabaco ou as infeções sexualmente transmissíveis.

Nos casos em que a causa da infertilidade de um casal permanece sem explicação, a OMS recomenda que os profissionais de saúde sugiram modificações no estilo de vida ou se concentrem nos dias mais férteis do ciclo menstrual, antes de recorrer a tratamentos como inseminação intrauterina ou estimulação dos ovários.

"Capacitar as pessoas a tomar decisões informadas sobre sua reprodução é um imperativo de saúde e uma questão de justiça social", enfatizou a diretora de Saúde Sexual, Reprodutiva, Materna, Infantil e do Adolescente da OMS, Pascale Allotey.


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A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou hoje que a reforma das unidades locais de saúde (ULS) é um passo decisivo para enfrentar a escassez de médicos de família e a pressão dos serviços hospitalares.


COMUNICADO FINAL DA CIMEIRA VIRTUAL EXTRAORDINÁRIA DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA CEDEAO SOBRE A SITUAÇÃO NA GUINÉ-BISSAU

 

Por ECOWAS 

FAMÍLIA SIMÕES PEREIRA CONDENA DETENÇÃO DE DOMINGOS SIMÕES PEREIRA E PEDE INTERVENÇÃO URGENTE DA COMUNIDADE INTERNACIONAL

 Por Rádio Sol Mansi

A família do presidente da Assembleia Nacional Popular e líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, divulgou hoje um comunicado urgente no qual condena a detenção do dirigente político, classificando-a como “flagrante, ilegal e absolutamente arbitrária”. No mesmo documento, a família denuncia ainda a detenção do deputado Octávio Lopes e de outros cidadãos, afirmando que se trata de uma “violação gravíssima do Estado de Direito” e de “um ataque à democracia na Guiné-Bissau”.

De acordo com a nota, os familiares responsabilizam “direta e inequivocamente” os autores morais e materiais da operação que levou à detenção dos dirigentes, alertando para as consequências que poderão daí advir. A família manifesta também “profunda gratidão” ao povo guineense, à diáspora e a todos os que têm demonstrado solidariedade, apelando ao uso de todos os mecanismos legais, nacionais e internacionais, para exigir a libertação imediata e incondicional dos detidos.

O comunicado dirige igualmente um apelo urgente à CEDEAO e à União Africana para que atuem “de imediato, com determinação e coragem”, no sentido de restaurar a ordem constitucional no país. A família solicita ainda a intervenção da comunidade internacional, incluindo as Nações Unidas, a União Europeia e parceiros bilaterais, pedindo que não permaneçam indiferentes e ajam “de forma resoluta para resgatar a democracia e a justiça na Guiné-Bissau”.

A família Simões Pereira reafirma que continuará a lutar até que a liberdade dos detidos e os direitos de todos os cidadãos guineenses sejam plenamente restaurados e respeitados.

RSM: 28 11 2025

Fonte: Família Simões Pereira

EUA vão suspender imigração de “países de terceiro mundo”, diz Trump... Esta quinta-feira Donald Trump também anunciou a suspensão de todos os pedidos de imigração de cidadãos do Afeganistão, depois de um afegão ter sido identificado como suspeito do ataque, na quarta-feira, a dois membros da Guarda Nacional em Washington.

Por  SIC Notícias 

Os Estados Unidos vão "suspender permanentemente" a migração proveniente de "países de terceiro mundo", avançou Donald Trump através de uma publicação nas redes sociais, uma decisão tomada após o ataque perto da Casa Branca, que aconteceu esta quarta-feira.

“Vou suspender permanentemente a migração de todos os países do terceiro mundo para permitir que o sistema norte-americano recupere por completo. Vou terminar todas as milhões de admissões ilegais de Biden”, escreveu na sua rede social, Truth Social.

Trump não especificou que países se enquadram na definição de “terceiro mundo”, nem clarificou em que consiste uma suspensão “permanente”, de acordo com a Reuters.

As pessoas que já entraram no país deixarão também de receber qualquer apoio por parte do Governo.

O Presidente norte-americano afirmou ainda que vai pôr fim a todos os benefícios e subsídios atribuídos a “não cidadãos” e que pretende “desnaturalizar migrantes que minem a tranquilidade interna”, deportando qualquer estrangeiro considerado um encargo público, um risco para a segurança ou “incompatível com a civilização ocidental”.

O Presidente justificou a medida como essencial para permitir a recuperação económica do país.

Já esta quinta-feira, Trump tinha anunciado a revisão do historial de todos os cidadãos afegãos que entraram no país durante o mandato do ex-presidente Joe Biden, na sequência do tiroteio junto à Casa Branca.

Guiné-Bissau está à beira de perder um dos seus mais notáveis filhos. Queiram ou não, o General Umaro Sissoco Embaló representa uma geração marcada pela resistência, forjada na dor e na persistência de um país que o PAIGC empurrou, por décadas, para o labirinto da instabilidade e da política predatória.

Ignorar o peso histórico dessa liderança é brincar com o destino nacional. Em uma nação tantas vezes ferida, a ausência de Sissoco seria um vazio irreparável - e, quando esse dia chegar, será tarde demais para lamentar não termos compreendido o valor de quem esteve presente no momento mais crítico da nossa caminhada coletiva.

Abel Djassi Primeiro    28/11/2025