quarta-feira, 20 de setembro de 2017

ILHA DE BOLAMA ENFRENTA FORTE DEGRADAÇÃO DE SUAS INFRAESTRUTURAS SOCIAIS


A ponte da histórica ilha de Bolama está totalmente degradada e caindo aos pedaços, constatou uma equipa de reportagem da Rádio Jovem a margem da “Universidade Guineense de Juventude e Desenvolvimento que decorreu no passado mês de agosto naquela localidade.

A escada que permite a entrada de pessoas ao desembarcar dos navios ou pequenas embarcações na ilha, localizada no arquipélago dos Bijagós, encontra-se degradada, causando um grande perigo aos cidadãos residentes e turistas que se deslocam frequentemente a cidade.

Segundo informações recolhidas pela nossa equipa de reportagem junto dos citadinos que vivem na ilha há vários anos, a ponte, respectivamente as duas escadas que permitem o acesso a ilha deterioram devido à falta de reabilitação.

Confrontado com a degradação da ponte de uma das ilhas mais próxima do território continental, o presidente do Conselho Regional da Juventude (CRJ), Lassana Cassama, mostrou-se preocupado com a situação e criticou a passividade da “Sotromar”, enquanto empresa que controla os navios que operam no país.


“A degradação da ponte da ilha de Bolama, onde vivemos é preocupante, porque não sabemos o que pode acontecer a qualquer momento ás pessoas, por isso o governo ou empresa Nacional Sotromar devem assumir a responsabilidade de dar manutenção á ponte”, declarou à Rádio, o Jovem dirigente.

Para além da falta de manutenção, um dos navios que contribuiu para degradação da ponte nos últimos anos foi navio “Baria”, contou a nossa reportagem alguns jovens residentes naquela histórica cidade que ficou completamente abandonada após a luta da libertação nacional.

Perante este facto, o líder juvenil da região, informou a Rádio Jovem que já está em curso uma ação da juventude local no sentido de exigir ao governo que reabilite a única ponte que permite o desembarque das pessoas na ilha.

“É prematuro avançar com uma ação de protesto, através de marchas, mas estamos a trabalhar de modo exigir a reabilitação da ponte que está degradada”, rematou Lassana Cassama, momentos depois da abertura da cerimónia da oitava edição da universidade guineense de juventude e desenvolvimento.

Para além da degradação da ponte, a nossa equipa constatou que as infraestruturas sociais e o edifício do palácio regional da antiga capital da Guiné-Portuguesa, encontravam-se num estado de total abandono.

A ilha de Bolama deixou de ser capital em 9 de dezembro de 1941, devido à escassez de água doce na cidade e foi forçada encerrar as portas.

As atrações da ilha incluem praias de areia e está classificada pela UNESCO como Reserva da Biosfera.

Segundo informações disponíveis, a esperança dos filhos de Bolama para reconstruir a ilha é a empresa “Augustus” que pretende transformar Bolama numa Zona Franca.

O projeto lançado no mês passado aqui em Bissau é orçado em cerca de 575 milhões de dólares americanos, prevê construção de um aeroporto internacional, instalação de um porto de águas profundas e a construção de uma ponte que irá ligar a ilha de Bolama e o continente, com vista atrair investimentos.

Para além de infraestruturas, os investidores pretendem instalar fontes de produção de energia renovável, preservação do patrimônio histórico de Bolama através da revitalização de edifícios públicos e uma forte aposta no turismo.

//Alison Cabral
Radiojovem

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