quinta-feira, 13 de julho de 2017

Fode Caramba Sanhá: “O MOVIMENTO DA SOCIEDADE CIVIL PERDEU ESSÊNCIA DA SUA CRIAÇÃO”

O líder da lista denominada “Ordidja di Consenso” à presidência do Movimento da Sociedade Civil, Fodé Caramba Sanhá afirmou,  esta quarta-feira, 12 de julho 2017, que a organização da  sociedade civil guineense ficou muito a quem das  expectativas dos objetivos, ou seja, da essência da sua criação.

Para Fodé Caramba Sanhá, a cíclica instabilidade política no país contribuiu  negativamente na vida da organização e, como  consequência,  acabou por deixar o movimento sem liderança sólida capaz  de corresponder aos anseios dos cidadãos do  país.

As observações Fodé Caramba Sanhá foram feitas ao semanário guineense ‘O  Democrata’ depois da visita efetuada às instalações  do referido  jornal, para se inteirar do seu funcionamento.

A visita, segundo Fodé Caramba Sanhá, insere-se no âmbito de uma iniciativa levada a cabo  pelo candidato da lista “Ordidja di Consenso”  para inteirar-se dos reais problemas dos órgãos da comunicação social guineense,  que nesta primeira fase está resumida apenas à imprensa  escrita.

No entendimento de Fodé Sanhá, os recorrentes sobressaltos políticos que o país tem  enfrentado de há um tempo a esta parte não têm  ajudado ao Movimento da Sociedade Civil a desenvolver o seu  trabalho relativamente à consolidação do Estado de  direito democrático, bem como da estabilidade política e  da progressão da economia nacional.

“Eu, pessoalmente, ninguém me pode conotar com qualquer que seja sensibilidade  política, porque as pessoas conhecem-me bem na minha ação em termos da organização dos consumidores. Nunca  misturei o trabalho da organização com o da política e é  da mesma forma que vou liderar o Movimento da Sociedade  Civil, caso ganhar as eleições”, assegurou.

Fodé Caramba Sanhá realça, no entanto, o trabalho dos órgãos da comunicação social  guineense que diz “estão a ter pouca atenção pelas  autoridades guineenses no concernente aos apoios  financeiros”.

“A nossa candidatura tem dado muita atenção aos órgãos da comunicação social  guineenses. Neste momento contamos com duas organizações  da classe jornalística do país, Casa de Imprensa e  Sindicato de Jornalistas, devido ao poder que têm na  orientação da sociedade para se unir a volta do  desenvolvimento económico e trazer as informações da  comunidade para cidade”, notou.

Sanhá disse que as informações recolhidas sobre a situação dos órgãos da  comunicação social podem servir-lhe de suporte  para a elaboração de uma agenda própria para que, em  caso da sua vitória na corrida à presidência do  Movimento, possa estar em posição de se apropriar de um  instrumento que lhe permita advogar junto das autoridades  nacionais no sentido de dotar os órgãos de informação do país de meios financeiros necessários  para desempenharem cabalmente o seu serviço público em  benefício dos cidadãos da Guiné-Bissau.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: Marcelo Ncanha Na Ritche
OdemocrataGB

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