sábado, 18 de outubro de 2025
O líder da APU–PDGB, Nuno Gomes Nabiam, esclareceu este fim de semana a sua posição relativamente à recente decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e reafirmou o seu apoio ao segundo mandato do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló... A declaração foi feita durante uma visita aos setores de Mansoa e Bissorã, no âmbito das atividades políticas da coligação. Nabiam esteve acompanhado por Félix Blutna Nandunguê, presidente do PRS, com quem partilhou momentos de contacto com as populações locais.
O Príncipe Randian, conhecido como "A Lagarta Humana" ou "O Tronco Vivo", nasceu em 1871 na Guiana Inglesa sem braços nem pernas e superou suas limitações físicas de maneira notável.
O Príncipe Randian, conhecido como "A Lagarta Humana" ou "O Tronco Vivo", superou as expectativas ao viver uma vida notável, apesar de ter nascido sem braços e pernas na Guiana Inglesa em 1871.
Ele se tornou um artista de circo talentoso e inteligente, com habilidades para escrever, pintar, barbear-se e acender cigarros com a boca, além de falar várias línguas. Sua vida também incluiu um casamento e quatro filhos, mostrando que ele viveu uma vida plena e resiliente.
Talentos incríveis: Randian possuía uma destreza e inteligência notáveis, que ele usava para entreter o público.
Habilidades: Apesar de sua condição, demonstrou habilidades notáveis usando sua boca para atividades como pintar, escrever e acender cigarros.
Falava fluentemente inglês, alemão, francês e hindi.
Resiliência e determinação: Ele não permitiu que suas limitações físicas o impedissem de ter uma vida plena.
Casou-se e teve quatro filhos.
Teve um senso de humor afiado e uma atitude otimista.
Fez sucesso em circos americanos, especialmente com P.T. Barnum.
Legado: A vida de Randian é um símbolo de inspiração e força de vontade, demonstrando como é possível superar obstáculos físicos para viver uma vida extraordinária. Ele é lembrado como uma lição de vida para aqueles que se conformam com a situação.
Tornou-se eternizado no filme de 1932, "Freaks", e é lembrado como um exemplo de como as limitações físicas podem ser transformadas em feitos extraordinários.
Netanyahu diz que guerra terminará após "desarmamento do Hamas"... O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu hoje que a guerra com o Hamas terminará quando estiver concluída a segunda fase do cessar-fogo em Gaza, que prevê o desarmamento do movimento islamita.
© ABIR SULTAN/POOL/AFP via Getty Images Lusa 18/10/2025
"A segunda fase inclui também o desarmamento do Hamas, ou mais precisamente, a desmilitarização da Faixa de Gaza e, antes disso, o confisco das armas do Hamas", disse Netanyahu numa entrevista televisiva ao Canal 14.
"Quando isto for realizado com sucesso --- espero que de forma simples, mas se não, da forma mais difícil --- então a guerra terminará", acrescentou o chefe do Governo israelita.
O plano de cessar-fogo - mediado pelos Estados Unidos e apoiado pelo Egito, Jordânia e Arábia Saudita - prevê três fases: a libertação dos reféns, o desarmamento do Hamas e a reconstrução gradual do território, sob supervisão internacional.
A segunda etapa, centrada na "desmilitarização", continua a ser a mais controversa e a que Israel considera essencial para pôr fim ao conflito.
Durante a mesma entrevista, Netanyahu confirmou ainda que se recandidatará nas próximas eleições legislativas.
Questionado sobre se tencionava candidatar-se novamente ao cargo de primeiro-ministro, respondeu positivamente e, à pergunta sobre se vencerá, respondeu da mesma forma.
Como líder do Likud e figura dominante da política israelita nas últimas três décadas, Netanyahu soma mais de 18 anos no poder, com interrupções, desde 1996 --- um recorde na história do país.
O atual mandato tem sido marcado por protestos repetidos contra a sua proposta de reforma judicial e, mais recentemente, por fortes críticas das famílias dos reféns mantidos em Gaza, que o acusam de ter demorado a negociar a sua libertação.
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Milhares de pessoas ocuparam hoje a Avenida Pensilvânia, no centro de Washington, num grande protesto contra o rumo que Donald Trump está a dar aos Estados Unidos e que juntou música, dança e muitas críticas ao Presidente norte-americano.
Amnistia Internacional critica Portugal por proibir uso de véus que cobrem rosto... A organização Amnistia Internacional condenou hoje a aprovação, pelo parlamento português, do projeto-lei do Chega que prevê a proibição da ocultação do rosto em espaços públicos, considerando que é discriminatório e viola os direitos das mulheres.
© OMER ABRAR/AFP via Getty Images Lusa 18/10/2025
"A proposta é discriminatória e viola os direitos humanos das mulheres que optam por usar um véu para cobrir o rosto", afirma a organização em comunicado hoje divulgado.
O parlamento português aprovou na sexta-feira, na generalidade, o projeto de lei do partido Chega para proibir a utilização de burcas e outros véus que ocultem o rosto em espaços públicos, invocando os direitos das mulheres e questões de segurança.
Para a Amnistia, a aplicação desta medida tem também "implicações no direito à privacidade, no direito à liberdade de expressão e no direito à liberdade de reunião e manifestação pacíficas".
Referindo ter sérias dúvidas sobre a compatibilidade desta proibição com as obrigações do país ao abrigo do direito internacional em matéria de direitos humanos, a Amnistia sublinha que "nenhum decisor político deve ditar o que uma mulher pode ou não vestir".
Além disso, defendeu a organização, "nenhuma mulher deve ser punida por exercer a sua fé, identidade cultural ou crenças".
Para a Amnistia Internacional, esta proibição, "longe de defender os direitos das mulheres" viola "os direitos daquelas que optam por usar véus que cobrem todo o rosto, ao mesmo tempo em que pouco contribuiria para proteger aquelas que o fazem contra a sua vontade, que correm o risco de maior exclusão ou confinamento como resultado".
Embora reconheça que os véus que cobrem o rosto, como as 'burcas' e 'niqabs', podem colocar questões de segurança, a Amnistia Internacional sugere que as pessoas "podem ser obrigadas a revelar os seus rostos quando objetivamente seja necessário, por exemplo, para verificações de identidade", lembrando que isso já está previsto na lei portuguesa.
A proibição em Portugal do uso em espaços públicos de burcas e outros véus que cubram o rosto das mulheres segue uma tendência que foi adotada em mais de 20 países nos últimos anos, iniciada pela França em 2011.
Estes países, entre os quais se incluem a Espanha, Itália, Bélgica, Dinamarca, Países Baixos, entre outros, justificam comummente a decisão com a necessidade de proteger os valores seculares, com o combate ao extremismo religioso ou com razões de segurança pública.
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Hamas vai entregar restos mortais de mais dois reféns... A ala militar do Hamas anunciou hoje que entregará os restos mortais de dois reféns israelitas encontrados em Gaza, depois de Israel ter condicionado a reabertura da fronteira de Rafah, à devolução dos corpos de reféns.
© Lusa 18/10/2025
As brigadas Ezzedine al-Qassam informaram que os corpos de dois prisioneiros israelitas cujos restos mortais foram hoje encontrados na Faixa de Gaza serão entregues ao Comité Internacional da Cruz Vermelha.
Pouco antes, o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tinha confirmado que Rafah permanecerá encerrada "até novo aviso", e que a sua reabertura depende "do cumprimento, por parte do Hamas, das suas obrigações em relação à devolução dos reféns e dos corpos dos mortos, bem como da implementação integral do acordo de cessar-fogo".
A passagem de Rafah, considerada vital para a entrada de ajuda humanitária, encontra-se sob controlo israelita desde maio de 2024 e tem permanecido fechada, com exceção de breves períodos durante tréguas.
Entretanto, o coordenador humanitário das Nações Unidas, Tom Fletcher, visitou a cidade de Gaza, devastada por dois anos de guerra, destacando "a tarefa monumental" das agências internacionais para restabelecer serviços básicos.
Fletcher revelou um plano de 60 dias para distribuir um milhão de refeições diárias, reconstruir infraestruturas médicas e reinstalar centenas de milhares de crianças nas escolas.
Segundo o acordo de cessar-fogo, o Hamas comprometeu-se a libertar todos os reféns, vivos e mortos, até 13 de outubro.
Desde então, o grupo entregou os últimos 20 reféns vivos, mas apenas dez dos 28 corpos que mantinha em seu poder.
Telavive acusou o Hamas de "violar o acordo" por atrasos nas devoluções, garantindo que "não poupará esforços" até ao regresso de todos os reféns.
O porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, afirmou que o movimento mantém o seu compromisso, mas alegou que "a identificação e recuperação dos corpos leva tempo" e denunciou "múltiplas violações do cessar-fogo" por parte de Israel.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, a ofensiva israelita causou até agora 68.116 mortos, a maioria civis.
As autoridades locais estimam que cerca de 10.000 corpos continuem soterrados sob os escombros.
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A passagem fronteiriça de Rafah, entre Gaza e o Egito, permanecerá encerrada "até novas ordens", anunciou hoje o Governo israelita, que condicionou a reabertura à devolução dos corpos dos reféns ainda detidos pelo Hamas.
Americanos em Lisboa protestam contra Trump: "Devolvam a democracia"... A manifestação dos norte-americanos contra as polícias de Donald Trump foi organizada pelo AMPT UP - Americanos em Portugal Unidos em Protesto e começou pelas 15h00, na Praça do Comércio, em Lisboa.
© Horacio Villalobos#Corbis/Getty Images Notícias ao Minuto com Lusa 18/10/2025
Dezenas de pessoas manifestaram-se este sábado, na Praça do Comércio, em Lisboa, em solidariedade com os americanos nos Estados Unidos, no dia em que ocorre mais um protesto 'No Kings' ('Sem Reis', em português) contra o presidente Donald Trump.
O protesto foi organizado pelo AMPT UP - Americanos em Portugal Unidos em Protesto e começou pelas 15h00. Dezenas de pessoas empunhavam cartazes e gritavam em coro: "No kings, no crowns" (Nem reis, nem coroas, numa tradução livre).
Uma das cidadãs presentes na manifestação exibe um cartaz rodeado de cinco cravos vermelhos, onde se lê "America needs what Portugal knows - Fight for true liberation" (A América precisa o que Portugal sabe - Lutar pela verdadeira libertação).
"Stand up, fight back when fascists attack" (Levanta-te, luta quando os fascistas atacam) é outro dos gritos ouvidos pelos populares, ao mesmo tempo que alguns oradores pediam voluntários para discursar.
"Estamos aqui para nos solidarizarmos com os cidadãos norte-americanos que discordam da política de Trump, apesar de haver quem nos considere terroristas", disse uma das oradoras.
Gerry Walkney, de 71 anos, deslocou-se de Setúbal onde reside há quase dois anos, por ser um "democrata assumido" e considerar necessário uma "grande união de norte-americanos" para destronarem o atual Presidente que "é péssimo no cargo e só tem prejudicado o país e o mundo".
"É necessário que o Congresso faça alguma coisa para destituir este Presidente, o que não tem acontecido, já que o Congresso nada tem feito", sublinhou.
Por trás de Gerry Walkney, um manifestante empunhava alto um cartaz onde se lê: "Above us only sky" (acima de nós só o céu).
"Bring back democracy (Tragam de volta a democracia) e "No Trump/No KKK [Klu Klux Klan]/No fascists in USA" são outras palavras de ordem dos participantes no protesto, organizado pelo Americans in Portugal United in Protest - AMPT.
"Fight ignorants Not immigrants" (Combate os ignorantes, não os imigrantes), declarava-se num cartaz.
Richard Emerson, um septuagenário residente em Lisboa há 30 anos, assumiu-se como independente, nas disse à Lusa ter aderido ao protesto por o país onde nasceu "não poder continuar entregue a um fascista".
"A democracia na América corre um risco muito sério e só é possível derrotar as políticas do 'rei' Trump com um movimento de contestação em massa a nível nacional e internacional".
É a "única forma", tal como aconteceu quando se pôs fim à guerra no Vietname", citou a título de exemplo.
Com cartaz onde se lia "A Cowering Congress Tolerates Tyrannical King Trump" (Um congresso covarde tolera o tirânico rei Trump), encimado por duas pequenas bandeiras dos EUA, Emerson sustentou a necessidade de continuarem a existir protestos destes no país e em todo o mundo para depor um homem que é uma "fonte de ódio para o mundo inteiro".
Chris Dee, natural de Filadélfia, onde a Constituição norte-americana foi redigida, reside em Lisboa há dois anos e meio e foi uma das oradoras no protesto.
Em declarações à Lusa, justificou a presença no evento com dois motivos: primeiro, porque sempre viveu em liberdade, tendo-se visto obrigada a sair dos EUA devido ao regime ditador de Trump.
Sublinhando que cresceu em Filadélfia, onde foi elaborada a Constituição, cujas normas Trump agora "rejeita e deita para o lixo a todo o momento", mostrou-se receosa pelo filho de 21 anos que é estudante universitário no Hawai.
"Tal como eu, o meu filho tem uma pele escura, e receio por ele todos os dias. Porque Trump só gosta de supremacia branca", frisou.
Além disso, não gostava que o meu filho e eventuais netos "vivessem em fascismo num dos países que tem das maiores tradições democráticas do mundo", observou.
Por seu turno, Leslie Sisman, uma das organizadoras e oradoras no protesto, sublinhou "a incompetência" do atual Presidente norte-americano.
Pode ver as imagens do protesto na galeria acima.
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Centenas de norte-americanos juntaram-se hoje em várias cidades espanholas para protestar contra o Presidente dos Estados Unidos, considerando-o "um tirano" que está a abusar da Constituição.
Ucranianos anseiam por eleições, mas "caem mil drones por noite"... O primeiro vice-presidente do parlamento da Ucrânia, Oleksandr Kornienko, afirma que os ucranianos anseiam por eleições, quase sete anos após a última votação, mas adverte que a organização de um escrutínio é incompatível com mil drones russos por noite.
Por LUSA
"É um dos principais rumores na Ucrânia: quando serão as eleições?", relata o número dois da Verkhovna Rada (parlamento), em entrevista à agência Lusa, dando conta de que os "ucranianos estão cansados" deste longo ciclo legislativo e desejam ser chamados às urnas logo que possível.
Kornienko, que foi líder entre 2019 e 2021 do partido maioritário Servo do Povo (do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky), esteve em Lisboa na sexta-feira, onde participou na conferencia internacional "Reconstrução da Ucrânia", promovida pelas representações de Kyiv e da Estónia em Portugal.
Sobre o momento politico na Ucrânia, conta como, na verdade, "é simples explicar" a ânsia de eleições, dando conta de um país que, desde a sua independência em 1991, teve numerosos ciclos legislativos interrompidos ao fim de um ano ou dois no máximo e "sete não é de todo habitual".
O responsável parlamentar de 41 anos descreve que muitos deputados apenas desejam terminar a nona e mais longa legislatura da democracia da Ucrânia e seguir outros percursos profissionais, antecedendo a convocatória para uma décima, que será "a mais difícil" da sua história.
"As pessoas já nos odeiam e nós odiamo-nos a nós próprios", declara Kornienko, lembrando o desconforto de ir ao supermercado e enfrentar outros clientes que perguntam "o que estão ainda ali a fazer?" ou das suas filhas que crescem sem assistir a uma renovação política, que, segundo defende, já pedia outro tipo de representação, como os veteranos das forças armadas.
Mais do que a lei marcial, em vigor desde a invasão russa em fevereiro de 2022, o vice-presidente da Verkhovna Rada assinala problemas técnicos e físicos que impedem a realização de uma votação em tempo de guerra.
Nesse sentido, questiona como é possível realizar eleições quando "caem mil [drones] shahed por noite" na Ucrânia, que tem cerca de 20% do seu território ocupado e que mobiliza centenas de milhares de militares nas zonas de combate, além de mais de cinco milhões de refugiados fora do país.
Kornienko acrescenta que a lei marcial prevê exceções aos direitos constitucionais, mas que "não são promovidas" pela Ucrânia, exemplificando com protestos constantes junto do parlamento de mães e familiares de prisioneiros de guerra e que não são dispersados, mesmo quando bloqueiam deputados, tal como as manifestações antigovernamentais em julho passado, quando Volodymyr Zelensky pretendia aprovar uma polémica reforma institucional na luta contra a corrupção.
"Eu fui um dos que acabou por votar a favor de uma boa decisão", recorda, a propósito da reversão da proposta presidencial, reconhecendo que a sua decisão foi reforçada pelos protestos daqueles "jovens brilhantes sem influências políticas" e que não foram reprimidos, do mesmo modo que destaca que a lei marcial não implicou a censura da comunicação social.
Dos 426 deputados em 2019, o responsável do parlamento refere que restam 395, dos quais três morreram entretanto, outros pertenciam a partidos pró-Kremlin ou tinham nacionalidade russa, havendo ainda um caso de um representante acusado de traição e que foi assassinado mais tarde em Moscovo, numa morte que vários media internacionais atribuíram aos serviços de informações de Kyiv.
Kornienko admite que já "é muito difícil motivar" uma parte dos deputados restantes a fazer mais do que as votações importantes em plenário, como o orçamento, a renovação da lei marcial a cada três meses, reformas militares no âmbito da cooperação com a NATO ou impostas pelo processo de adesão à União Europeia, apesar do bloqueio húngaro, mas que diz recolher 80% do apoio dos ucranianos.
Durante a sua visita a Lisboa, o vice-presidente da Verkhovna Rada viajou com deputados e autarcas sobretudo proveniente da região de Jitomir, na Ucrânia central, onde Portugal e Estónia apoiam projetos de reconstrução, salientando que alguns membros da delegação pertencem à oposição mas partilham "um consenso de responsabilidade".
Na essência, trata-se da recuperação de infraestruturas sociais, como escolas, hospitais, centros sociais, não só em resultado da destruição dos bombardeamentos russos, como da degradação de instalações da herança soviética, destacando um amplo projeto de abrigos antiaéreos nos estabelecimentos de ensino, "porque infelizmente precisam deles".
Na mesma linha, existem também iniciativas para dotar estas instalações civis com maior autonomia energética, "uma vez que há alertas e ataques aéreos a toda a hora".
"Só com a Unicef, equipámos mais de cem hospitais com painéis solares e armazéns, e faremos mais com os outros parceiros", observa, ao elogiar a cooperação com Portugal e Estónia em Jitomir e que prevê uma reforma educativa, tal como já tinha sido anunciado na primeira conferência sobre reconstrução da região, realizada no ano passado na cidade ucraniana.
A reconstrução da Ucrânia implica "muitos desafios" e não apenas provocados pela destruição, o que enquadra os atuais apoios em "caridade social" e não em investimento.
O político ucraniano assinala problemas colocados por "riscos de seguros de guerra", que está a merecer atenção das autoridades de Kyiv, mas que, mesmo para empresas internacionais experientes, "é algo novo" e sem paralelo em termos de escala com outros casos no passado, como o Iraque ou o Afeganistão.
Por outro lado, Kornienko lamenta que o seu país esteja a passar por falta de mão de obra, enquanto mantém uma "indústria agrícola brilhante, uma industria energética brilhante" e um PIB a crescer: "Não estamos a trabalhar mal em tempo de guerra".
Apesar do conflito, frisa que foi possível alcançar um grande acordo de investimento com os Estados Unidos, que pode ser útil na atração de novos investidores, embora reconheça que será mais fácil fazê-lo no oeste da Ucrânia e longe da linha de contacto com a invasão russa do que, por exemplo, na região de Kyiv, que é saturada por bombardeamentos persistentes.
"Temos de resolver a questão do seguro de risco e estamos a trabalhar nesse sentido com a Comissão Europeia e com os americanos", afirma, além de insistir na questão da falta de força de trabalho, em particular nas comunidades mais pequenas, e essa e uma das partes em que considera que o apoio português pode ser importante.
Kornienko elogia aliás a relação entre os dois países e o acolhimento de cerca de 40 mil ucranianos antes da guerra, a que somaram entretanto cerca de 60 mil refugiados, segundo dados da ONU, e o apoio constante a Kyiv desde o início da invasão russa: "Estamos sempre gratos a Portugal".
Hamas não se compromete com desarmamento e quer manter-se no terreno em Gaza... Está em vigor na Faixa de Gaza, desde há uma semana, um cessar-fogo, acordado entre Israel e o movimento islamista palestiniano Hamas. Mas o grupo revela não tencionar cumprir os pressupostos enunciados por Trump para um futuro de paz no território.
Por SIC Notícias
O Hamas quer manter o controlo em Gaza no período de transição. Em entrevista à agência Reuters, o grupo não se compromete com o desarmamento.
“Esta é uma fase de transição. A nível civil, haverá uma administração tecnocrática. Mas o Hamas estará presente no terreno”, assegurou Mohammed Nazzal, membro do gabinete político do Hamas, na entrevista à Reuters,
Questionado se o Hamas vai entregar as armas, o membro político do Hamas responde que não pode dizer “sim” ou “não”.
“Sinceramente, depende da natureza do projeto”, declarou.
Mohammed Nazzal defendeu também que, “após a fase de transição”, “será necessário” realizar eleições na Faixa de Gaza.
Está em vigor na Faixa de Gaza, desde há uma semana, um cessar-fogo, acordado entre Israel e o movimento islamista palestiniano Hamas, promovido pelo presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, e negociado com a mediação do Egito, do Qatar, da Turquia e da Arábia Saudita.
O acordo implica, numa fase inicial, a retirada das forças israelitas do território de Gaza, a entrada de ajuda humanitária na região e a troca dos reféns israelitas por prisioneiros palestinianos. No futuro, o plano deveria passar pelo desarmamento do Hamas e pela entrega da governação da região a uma administração pós-guerra da qual o grupo estaria excluído.
sexta-feira, 17 de outubro de 2025
Primeiro-Ministro, Braima Camará, recebeu esta sexta-feira (17.10) em audiência, no Palácio do Governo, uma delegação do Sindicato de Base do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), no quadro das preocupações manifestadas pela organização sindical relativamente às condições de funcionamento do principal hospital público do país e à greve recentemente anunciada. A saída do encontro o ministro da saúde Augusto Gomes falou a imprensa.
No contexto da ação de formação sobre modelos de Policiamento de Proximidade e Policiamento Comunitário ministrada pela Guarda Nacional Republicana (GNR) 🇵🇹, elementos da Guarda Nacional (GN) e da Polícia de Ordem Pública (POP) 🇬🇼 aplicaram os conhecimentos adquiridos durante o Torneio Inter-Bairros de Bissau, atualmente a decorrer no Estádio Lino Correia.
Por Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau
O objetivo foi demonstrar, na prática, como a presença policial junto das comunidades pode contribuir para a segurança e a convivência pacífica.
A iniciativa, de natureza pedagógica e participativa, permitiu aos participantes observar de forma direta o impacto do diálogo e da cooperação com os líderes e representantes dos bairros. Foram promovidas reuniões de sensibilização sobre respeito, cidadania e segurança coletiva, evidenciando o caráter preventivo da atuação policial e reforçando a corresponsabilidade entre forças de segurança e comunidade.
Esta atividade insere-se no Programa de Cooperação Técnico‑Policial entre Portugal 🇵🇹 e Guiné‑Bissau 🇬🇼 para o biénio 2025‑2026, reafirmando o compromisso conjunto de fortalecer práticas policiais centradas nas pessoas e nos bairros, promovendo cidadania, coesão social e segurança em todos os contextos, incluindo os eventos desportivos ⚽️.
Leia Também: Durante a sua visita a Bolama, o Embaixador de Portugal em Bissau, Miguel Silvestre, esteve na Central Solar Fotovoltaica de Bolama ⚡, numa iniciativa que assinalou o Acordo de Parceria celebrado em agosto último entre Portugal🇵🇹, através do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., e o Ministério da Energia da Guiné-Bissau 🇬🇼.
A Guiné-Bissau acaba de conquistar um dos lugares mais prestigiados da liderança juvenil feminina da África Ocidental: a Presidência Regional da ROAJELF (Rede Oeste Africana de Jovens Mulheres Líderes).
Por Radio TV Bantaba
Durante a 5.ª Assembleia Geral eletiva da organização, a Presidente Nacional da RENAJELF Guiné-Bissau, Luania Correia, foi eleita para liderar o bloco regional, tornando-se oficialmente Presidente das Presidentes — um título que simboliza o reconhecimento do trabalho, da dedicação e da visão das jovens guineenses no cenário africano.
A eleição segue o princípio de rotatividade entre os blocos linguísticos da CEDEAO (anglófono, francófono e lusófono), e desta vez o protagonismo coube ao espaço lusófono, onde a Guiné-Bissau brilhou.
Segundo a nova Presidência, o compromisso será reforçar a cooperação entre países, promover a igualdade de género e ampliar o espaço das jovens mulheres na tomada de decisão, continuando o legado de união, paz e desenvolvimento que a ROAJELF representa.
A organização expressou ainda gratidão às ex-líderes Aissatu Forbs Djaló, Fatumata Sané e Maneque Correia da Silva, pelo percurso inspirador que consolidou a rede como um símbolo de união feminina na região.
Em nome do país, a delegada Nhana Carla Seidi foi destacada pelo papel exemplar na Assembleia, representando a RENAJELF Guiné-Bissau com firmeza e dignidade.
Esta vitória é celebrada como um marco na história da juventude e das mulheres guineenses, um passo firme que coloca a Guiné-Bissau no centro da liderança feminina juvenil da África Ocidental.
Guiné Now
Leia Também: LUSO-GUINEENSE DETIDO NO AEROPORTO INTERNACIONAL OSVALDO VIEIRA NA POSSE DE 8 QUILOGRAMAS DE HAXIXE.
A Polícia Judiciária, através da sua Unidade Nacional de Combate à Droga (UNCD), procedeu nesta sexta-feira, 17 de outubro de 2025, à detenção de um cidadão luso-guineense de 42 anos, no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, em Bissau, por tráfico de estupefacientes.
O Presidente do Sindicato de Base do Hospital Nacional Simão Mendes, Buraimi Sambu, fez uma declaração esta sexta-feira, após a reunião mantida com o Primeiro-Ministro, Braima Camará no Palácio do Governo.
Após a reunião entre os dois líderes, Domingos Simões Pereira e Fernando Dias, prestaram declarações à imprensa.
Lista definitiva dos candidatos às Presidenciais de 23 de novembro de 2025
STJ Divulga Listas Definitivas para Eleições Gerais 23 nov. 2025 sem PAI Terra Ranka, API Cabas Garandi e Domingos Simões Pereira.
O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) divulgou, esta sexta-feira, 17 de outubro de 2025, as listas definitivas de candidaturas admitidas às eleições gerais, marcadas para 23 de novembro, excluindo a coligação PAI Terra Ranka e a plataforma API Cabas Garandi das legislativas, bem como a candidatura de Domingos Simões Pereira das presidenciais.
A decisão do STJ confirma o indeferimento das candidaturas por irregularidades legais nas coligações apresentadas, e a candidatura presidencial de Domingos Simões Pereira foi considerada inválida por estar sustentada numa coligação sem reconhecimento jurídico válido.
Ao todo são 12 candidatos e 14 formações políticas incluindo uma coligação eleitoral.
Tragédia na Estrada Aeroporto–Safim: cinco mortos e vários feridos em acidente grave. Cinco pessoas perderam a vida e várias outras ficaram feridas na sequência de um grave acidente de viação ocorrido esta sexta-feira, 17 de outubro, na estrada que liga o Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira à zona de Safim, nos arredores de Bissau. De acordo com informações preliminares dos testemunhos local, o sinistro envolveu viaturas de transporte de passageiros. As autoridades competentes já se encontram no local para apurar as circunstâncias do acidente.
POLÍCIA RECUPERA E ENTREGA GADO ROUBADO AOS DONOS EM BAFATÁ
A Polícia de Ordem Pública da Província Leste procedeu, nesta quinta-feira, 16 de outubro, à entrega de nove cabeças de gado bovino que haviam sido roubadas há cerca de um ano no setor de Gã-Mamadu, região de Bafatá.
Os animais foram recuperados no norte do país, onde se encontravam sob posse de indivíduos suspeitos de integrarem uma rede de furto de gado.
Após golpe de Estado, comandante toma posse como presidente de Madagáscar... O líder do recente golpe de estado em Madagáscar, coronel Michael Randrianirina, comandante de uma unidade de elite, vai tomar hoje posse como presidente daquela ilha-continente de África, ao largo da costa moçambicana, no oceano Pacífico.
Por LUSA
O novo protagonista malgaxe vai prestar juramento no Tribunal Constitucional, em Antantanarivo, segundo o próprio disse em comunicado publicado pelos órgãos oficiais de Madagáscar.
A subida formal ao poder de Randrianirina acontece escassos três dias após o seu anúncio de que as forças armadas locais iam tomar conta do país, que conta com cerca de 30 milhões de habitantes.
A iniciativa surgiu após três Semanas de protestos contra o governo, sobretudo por parte de jovens, mas foi condenada pelas Nações Unidas e levou mesmo à exclusão provisória de Madagáscar da União Africana.
O presidente ainda em funções, Andry Rajoelina, está em paradeiro desconhecido, após ter fugido da ilha por temer pela própria vida durante a rebelião.
Randrianirina é comandante do Corpo de Administração de Pessoal e Serviços do Exército Terrestre (CAPSAT) e liderou a intentona na terça-feira, anunciando a suspensão da Constituição malgaxe.
Madagáscar sofreu três golpes anteriores, em 1972, 1975 e 2009, este último também com a participação do CAPSAT, que levou ao poder o próprio Rajoelina, então líder da transição e agora derrubado pelo mesmo corpo militar.
Leia Também: União Africana suspende "com efeito imediato" Madagáscar dos seus órgãos
A União Africana (UA) suspendeu hoje, "com efeito imediato", Madagáscar dos seus órgãos, um dia após a tomada do poder pelos militares e a destituição do contestado Presidente Andry Rajoelina, anunciou o presidente da Comissão da organização pan-africana.
O Presidente da República, faz escala em Libreville no regresso ao país... No regresso à Guiné-Bissau, após uma visita de trabalho à República do Congo, o Presidente da República, Sua Excelência General Umaro Sissoco Embaló, efectuou uma breve paragem em Libreville, capital do Gabão, onde foi recebido pelo seu homólogo, Sua Excelência General Brice Clotaire Oligui Nguema.
Durante o encontro, os dois Chefes de Estado abordaram o estado das relações de amizade e cooperação entre a Guiné-Bissau e o Gabão, com destaque para temas de interesse comum e questões relevantes para o continente africano.
Portugal - Estudo: Nove em 10 centros de saúde com falta de material básico no último ano... Nove em cada 10 Unidades de Saúde Familiar (USF) reportaram no último ano faltas de material básico como vacinas, e quase todas tiveram falhas informáticas, segundo o estudo anual que retrata o estado dos cuidados de saúde primários.
© Lusa 17/10/2025
O 'Momento Atual da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários em Portugal 2024/2025', desenvolvido pela Associação Nacional das USF (USF-AN) e hoje divulgado, indica que apenas uma em cada três unidades disseram ter suficiente equipamento clínico, apontando para a "falência do sistema de aprovisionamento dos cuidados de saúde primários".
Das 90% de USF que registaram falhas de material básico - como vacinas, 'kits' para rastreio, material para pensos, papel e toner para impressoras -, 30% diz que isto ocorreu mais de 10 vezes no ano, com atrasos de reposição superior a dois dias em 77% dos casos.
Os autores do estudo pedem "uma nova missão" para os Cuidados de Saúde Primários CSP), alegando que os problemas "vão passando de ano para ano" e abrangem desde a "integração clínica" (referenciação/envio de utentes para especialidades nos hospitais) à digital (falta de interoperabilidade), passando pela contratualização (incentivos) e carga de trabalho (dimensão das listas de utentes).
"Após os 20 anos da missão para os cuidados de saúde primários que levou às USF, e com grande sucesso, achamos que é tempo de fazer uma nova missão", considerou o presidente da USF-AN, André Biscaia, explicando que o que se propõe é a criação de uma unidade de missão, com elementos dos CSP, ao contrário do que aconteceu com os diversos grupos formados até aqui.
O que se pretende "é que haja uma nova estrutura de gestão, que pode continuar sob a mesma administração [da Unidade Local de Saúde], com uma unidade só dedicada aos cuidados de saúde primários".
A "ausência desta gestão mais focada" nos CSP acaba por ser visível, por exemplo, no aprovisionamento, com falhas contínuas de material básico, problemas informáticos e de falta de integração de sistemas que, por exemplo, dificultam a referenciação hospitalar (envio de utentes para as especialidades), acrescentou.
O estudo deste ano baseia-se nas respostas de coordenadores de 538 USF, correspondendo 77,6 % das Unidades de Saúde Familiar existentes no início do trabalho.
Quanto às instalações, 44% classificam-nas como desadequadas, o mesmo acontecendo com o sistema de climatização (49%) e a limpeza (27%).
A reforma das Unidades Locais de Saúde não satisfez algumas das necessidades das USF, sobretudo no que se refere ao apoio logístico à atividade dos centros de saúde.
O estudo refere que 99,6% das USF foram afetadas por "indisponibilidades informáticas": 8% uma a duas vezes; 37% três a 10 vezes; 39% 11 a 50 e 15% mais de 50 vezes.
Os dados indicam também que apenas 7,3% das USF preferem um sistema que privilegia as consultas à distância, mas mais de metade das equipas (58,2%) diz que falta material necessário para as videoconsultas.
"Tive de comprar a minha própria câmara e microfone", contou à Lusa André Biscaia.
Como sugestão, as USF propõem a criação de um Plano Nacional de Manutenção e Equipamento, com metas e prazos definidos por ULS e reporte público anual.
Quanto à inovação, apenas 7,6% das USF têm a possibilidade de realizar análises rápidas, o que aumentaria a capacidade resolução de problemas neste nível de cuidados, evitando idas às urgências.
Apenas um quarto dos coordenadores reconhece melhorias na saúde das populações com a criação das ULS e menos de 40% identificam "progressos reais" na articulação entre serviços ou na qualidade dos cuidados prestados.
Mais de metade (55,3%) das USF dizem que a ULS respeita a sua autonomia. A este respeito, os autores do dizem ser "preocupante que quase metade das equipas continue a sentir a sua autonomia limitada" e pedem maior autonomia financeira e de gestão nos cuidados de saúde primários.
Portugal: Pelo menos 80 pessoas passam a noite junto às instalações da AIMA em Lisboa... Pelo menos 80 pessoas vão passar hoje a noite junto às instalações da Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA), nos Anjos, em Lisboa, para garantirem uma senha para renovar o pedido de residência.
© REINALDO RODRIGUES/Global Imagens Lusa 17/10/2025
"Agora estou a dormir na rua por causa do meu documento, desde ontem", disse à Lusa, Ivania Cabral, uma das imigrantes que vai passar a noite junto das instalações da AIMA.
Ivania Cabral nasceu na Guiné-Bissau e veio para Portugal há quase três anos porque a filha de nove anos sofre de comunicação interauricular (caracterizada por um 'buraco no coração') e precisa de receber tratamento médico que não é possível no seu país de origem.
Na quarta-feira, Ivania passou a noite junto às instalações da AIMA. Chegou às 21h00 e não conseguiu receber uma senha na manhã seguinte e por isso vai passar a noite no local outra vez.
A Lusa teve oportunidade de falar com outros imigrantes que vão passar a noite junto ao edifício, como Abubacar Seidi, que veio da Guiné-Bissau e está em Portugal há quase um ano.
Abubacar Seidi disse que veio para Portugal com o irmão para estudar tecnologia e informática na universidade, mas não conseguiram porque muitas instituições exigiam o título de residência que não possuíam.
"Foi-nos pedido o cartão de residência. Sem ele, não podemos estudar", disse Abubacar.
Abubacar disse que fizeram o pedido de residência desde de fevereiro, destacando que seguiram as todas instruções para obter o documento e que enviaram emails, mas não obterão resposta e por isso vão passar a noite junto às instalações da AIMA.
Na fila para fazer o pedido de residência estava também Jaqueline Resende que veio do Brasil e está em Portugal há seis anos.
Jaqueline disse que a partir de hoje está ilegal em Portugal porque o pedido de residência caducou e para resolver a situação foi reencaminhada para diferentes serviços, a AIMA e o Instituto de Registos e Notariado (IRN), que emite documentos como o cartão de cidadão.
"Só recebi um e-mail a dizer que iam enviar-me um recibo de pagamento para fazer o agendamento, mas não consegui concluir. Antes disso, já tinha tentado enviar um e-mail e recebi a resposta de que precisava de ir ao IRN. Cheguei ao IRN e disseram-me que tinha de enviar um e-mail para a AIMA, por isso a situação nunca se resolveu", explicou Jaqueline.
De acordo com os relatos de outros imigrantes presentes, a primeira pessoa a chegar às instalações da AIMA cria uma lista referente à ordem de chegada.
Algumas pessoas disseram que nem podem dormir, porque durante a madrugada são feitas chamadas para ver quem está na lista para ser atendido, e se não houver resposta, o nome é riscado da lista.
Por volta das 23h30, a lista tinha 120 nomes, mas estavam presentes cerca de 80 pessoas junto ao edifício, sendo que alguns imigrantes disseram que há pessoas que colocam o nome na lista e depois vão-se embora, regressando apenas de manhã.
Hoje à noite, estavam junto às instalações da AIMA pessoas a dormir e outras acordadas, sendo que algumas estavam deitadas ou sentadas com cobertores em cima de pedaços de cartão.
Na quarta-feira terminou a última prorrogação administrativa do decreto-lei 10-A/2020, que reconhece como válidos os documentos de residência vencidos, o que levou a uma maior procura aos espaços da AIMA, sendo que nesse dia mais de 100 pessoas passaram a noite em frente às instalações da AIMA.
Uma fonte do Governo disse à Lusa desde que tenham feito o agendamento e pago a renovação, os imigrantes têm o título válido por 180 dias, mesmo após a data de quarta-feira.
O ministro da Presidência afirmou hoje que as filas para atendimento na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) "não se justificariam", alegando que os imigrantes tiveram a possibilidade de tratar dos seus documentos `online´ e referiu que cerca de 90 mil pessoas trataram da documentação.
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O Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa tem pendentes mais de 133 mil processos contra a agência das migrações e entre 14 de julho e 31 de agosto entraram naquele tribunal 179 providências cautelares para impedir ordens de expulsão.
quinta-feira, 16 de outubro de 2025
Hamas culpa Governo israelita por atrasos na entrega dos corpos dos reféns... O Hamas responsabilizou hoje o Governo de Benjamin Netanyahu pelos atrasos na entrega dos corpos dos reféns israelitas mortos em Gaza, que ainda não foram devolvidos a Israel.
© Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images Lusa 16/10/2025
A organização palestiniana argumentou, em comunicado difundido nas suas redes sociais, que a devolução dos corpos demorará, uma vez que alguns ficaram enterrados em túneis "destruídos pela ocupação", enquanto outros ainda se encontram debaixo dos escombros de edifícios bombardeados e demolidos.
"Qualquer atraso no retorno dos corpos recai inteiramente sobre o Governo de Netanyahu, que impede e evita o fornecimento dos recursos necessários", acrescentou, uma vez que são necessários equipamentos para os recuperar, "que atualmente não estão disponíveis, devido à proibição de entrada imposta pela ocupação".
A passagem fronteiriça de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, continua encerrada e o Hamas considera que isso faz parte de uma estratégia do Governo de Telavive para "punir" a população palestiniana.
O grupo islamita também reafirmou hoje o seu "compromisso" com a "execução" do acordo de cessar-fogo em Gaza negociado com Israel sob a égide dos Estados Unidos, e voltou a comprometer-se a "devolver todos os corpos restantes" dos reféns.
Israel acusa o Hamas de violar o acordo de cessar-fogo que entrou em vigor em 10 de outubro, o qual previa o retorno de todos os reféns, vivos e mortos, antes da manhã de segunda-feira.
Hungria está preparada para receber encontro entre Trump e Putin... O primeiro-ministro da Hungria, o ultranacionalista Viktor Orbán, assegurou hoje que o seu Governo está preparado para organizar em Budapeste um encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o seu homólogo russo, Vladímir Putin.
© Getty Images Lusa 16/10/2025
"A reunião prevista entre os presidentes dos EUA e da Rússia é uma grande notícia para os amantes da paz de todo o mundo. Estamos preparados!", afirmou Orbán numa breve mensagem na rede social X, minutos depois de Trump ter informado que, numa conversa telefónica mantida hoje com Putin, ambos os mandatários acordaram reunir-se em Budapeste, sem especificar uma data.
"O presidente Putin e eu reunimo-nos num local acordado, Budapeste, Hungria, para ver se podemos pôr fim a esta guerra ignominiosa entre a Rússia e a Ucrânia", manifestou Trump na sua rede social, Truth Social.
Poucos momentos depois, Orbán publicou nas redes sociais outro breve comunicado em que informa que já falou com Trump sobre a organização do encontro.
"Acabei de falar por telefone com o presidente DonaldTrump. Os preparativos para a cimeira de paz entre os Estados Unidos e a Rússia estão em andamento. A Hungria é a ilha da PAZ!", escreveu o mandatário ultranacionalista.
O encontro entre Trump e Putin será o segundo entre ambos os líderes durante o segundo mandato do americano, após a cimeira realizada no passado dia 15 de agosto no Alasca.
Orbán é um aliado próximo tanto de Trump como de Putin e vários ministros do seu Governo já tinham proposto Budapeste como possível sede das negociações entre os dois líderes.
O presidente americano fez o seu anúncio depois de uma conversa telefónica hoje com Putin, que qualificou como "muito produtiva", um dia antes de receber na Casa Branca o presidente ucraniano, Volodímir Zelenski.
Trump acrescentou que esta sexta-feira se reunirá na Sala Oval com Zelenski e adiantou que ambos falarão sobre a conversa que manteve com Putin "e sobre muito mais".
O presidente dos EUA acrescentou que acredita "firmemente" que o sucesso das negociações para conseguir um cessar-fogo na Faixa de Gaza contribuirá para o diálogo com vista a pôr fim à guerra iniciada com a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Washington sugeriu esta semana a possibilidade de entregar mísseis Tomahawk à Ucrânia, algo que tem sido interpretado como uma nova viragem na estratégia da Casa Branca para aumentar a pressão sobre Putin.
Moscovo advertiu hoje que o fornecimento de Tomahawks a Kiev representaria um "novo nível de escalada".
A Rússia rejeitou até agora qualquer cessar-fogo prolongado e exige, para pôr fim ao conflito, que a Ucrânia lhe ceda quatro regiões - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - além da península da Crimeia anexada em 2014, e renuncie para sempre a aderir à NATO.
Leia Também: Trump revela que encontro com Putin será "dentro de duas semanas"
Donald Trump revelou que o seu encontro com Vladimir Putin, em Budapeste, na Hungria, irá decorrer "dentro de duas semanas" e explicou que terá reuniões separadas com o presidente da Rússia e da Ucrânia porque "eles os dois não se dão muito bem".











































