domingo, 12 de outubro de 2025

O Mandatário da Candidatura do Presidente Sissoco Embaló, Marciano Silva Barbeiro, reuniu-se com o Movimento Social de Apoio ao Segundo Mandato- "PODEMOS", destacando o reforço da mobilização e colaboração em torno dos projetos do Chefe de Estado.

Hamas e milícias em confrontos na cidade de Gaza... Forças policiais do grupo islamista Hamas e milícias locais acusadas de nos últimos meses terem colaborado com Israel entraram hoje em confronto na cidade de Gaza, segundo mostraram vídeos citados pela agência espanhola EFE.

© Lusa   12/10/2025

Os confrontos, com tiroteios, aconteceram no bairro de Sabra, de acordo com os vídeos divulgados pela Notícias Quds e por diferentes canais 'online' utilizados por jornalistas palestinianos, noticiou a agência noticiosa espanhola. 

O filho de Basem Naim, um dos membros da liderança do Hamas, foi baleado na cabeça durante os confrontos e ficou em estado crítico, confirmou o próprio Basem Naim à EFE.

"Estamos a perseguir os vestígios da ocupação [israelita] e os mercenários que colaboram com ela. Continuaremos até que a segurança seja restaurada na nossa querida Faixa de Gaza", referiu a Força Rada, da polícia do Hamas, formada por membros do braço armado do grupo extremista palestiniano, num comunicado citado também pela EFE.

Nas imagens divulgadas pela Quds vê-se polícias encapuzados a fazerem disparos em Sabra, bairro no centro de Gaza.

De acordo com a imprensa local, a polícia do Hamas estava em confronto com o clã Dogmush, uma das maiores famílias de Sabra.

Habitantes da cidade de Gaza acusaram por diversas vezes os membros da família Dogmush de terem colaborado com o exército de Israel para combater o Hamas dentro de Gaza.

Também hoje, as milícias executaram, no norte da Faixa de Gaza, o jornalista e 'influenciador digital' Saleh Al Jafarawi, confirmou à EFE fonte do Hospital Al Ahli, localizado na capital do enclave, que recebeu o cadáver.

Desde que Israel iniciou a sua retirada da Faixa de Gaza no âmbito do cessar-fogo, a polícia do Hamas iniciou uma perseguição das milícias que operaram com o apoio de Israel em Gaza, sendo a mais conhecida a força de Abu Shabab, no sul do enclave.

Israel e o Hamas concluíram na madrugada de quinta-feira, no Egito, um acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor na sexta-feira, prevendo a libertação dos reféns detidos em Gaza dentro de 72 horas em troca de prisioneiros detidos por Israel.

Este acordo baseia-se num plano anunciado no final de setembro pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para pôr fim à fase mais recente do conflito israelo-palestiniano em Gaza, que escalou em 2023 com uma ofensiva de Israel, desencadeada por um ataque do Hamas em 07 de outubro.

A retaliação de Israel ao ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023, que fez 1.200 mortos e 251 reféns, provocou mais de 67 mil mortos e cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.

A ofensiva israelita também destruiu quase todas as infraestruturas de Gaza e provocou a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

Israel também impôs um bloqueio à entrega de ajuda humanitária no enclave, onde mais de 400 pessoas já morreram de desnutrição e fome, a das quais maioria crianças.


Leia Também: Hamas quer libertar reféns, mas exige libertação de líderes palestinianos

O Hamas e os seus aliados "terminaram os preparativos" para a libertação dos reféns vivos, prevista para segunda-feira, mas o movimento islamista continua a exigir a Israel a libertação de líderes palestinianos na troca de reféns por prisioneiros.

Benjamin Netanyahu avisa que "luta ainda não terminou"... O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse hoje que o país tem pela frente "grandes desafios" em matéria de segurança e avisou que "a luta ainda não terminou".

Por  LUSA 

Numa declaração à nação, citada pelas agências noticiosas internacionais, Netanyahu fez um discurso em que enalteceu "vitórias imensas, vitórias que surpreenderam o mundo inteiro".

"Ao mesmo tempo, devo dizer-vos que a luta ainda não terminou", afirmou o primeiro-ministro israelita.

Netanyahu falava na véspera da entrega prevista a Israel de 48 reféns, ou restos mortais de reféns, ainda detidos pelo grupo radical palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, e um dia antes da realização de uma "cimeira de paz", organizada pelos Estados Unidos e pelo Egito na estância balnear egípcia de Sharm el-Sheikh.

Para o primeiro-ministro israelita, o regresso dos reféns detidos pelo movimento islamita palestiniano Hamas, desde 7 e outubro de 2023, é "um acontecimento histórico que mistura tristeza, ligada à libertação dos assassinos, com a alegria do regresso dos reféns".

Israel anunciou hoje estar preparado para o regresso dos reféns detidos na Faixa de Gaza, cuja libertação o Hamas se comprometeu a iniciar na manhã de segunda-feira, pouco antes de uma cimeira internacional sobre o futuro do território palestiniano.

A cimeira, que contará com dezenas de chefe de Estado e de Governo árabes, islâmicos, europeus e asiáticos, será copresidida pelos presidentes egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, e norte-americano, Donald Trump, decorrerá em Sharm el-Sheikh, uma estância balnear no Egito.

Israel não estará representado na "cimeira de paz" e o Hamas já anunciou que não vai participar.

Estes desenvolvimentos seguem-se ao acordo de cessar-fogo que entrou em vigor na sexta-feira, baseado no plano de 20 pontos apresentado pelo Presidente norte-americano, com o objetivo de pôr fim à guerra desencadeada em 7 de outubro de 2023 pelo ataque do Hamas que visou o sul do território israelita.

Nos termos do acordo, devem ser entregues a Israel até segunda-feira, às 09h00 TMG (10h00 em Lisboa), os 48 reféns ou corpos de reféns ainda detidos na Faixa de Gaza, dos quais se creem que 20 estão vivos.

Em contrapartida, Israel compromete-se a libertar 250 palestinianos detidos por "razões de segurança", incluindo vários condenados por atentados mortais anti-israelitas, bem como 1.700 palestinianos detidos em Gaza desde o início da guerra.

Nas primeiras horas do cessar-fogo, centenas de milhares de deslocados começaram a regressar ao norte da Faixa de Gaza, zona que foi o principal alvo da última fase da ofensiva israelita, encontrando, na maioria dos casos, apenas ruínas.

Segundo a Defesa Civil, cerca de 500 mil pessoas regressaram ao norte até sábado.

Durante a noite de sábado para hoje, dezenas de camiões com alimentos, combustível e medicamentos atravessaram o posto fronteiriço de Rafah, no lado egípcio, aguardando autorização para entrar na Faixa de Gaza.


Leia Também: Chefe de Estado-Maior de Israel reclama vitória sobre o Hamas

O chefe de Estado-Maior de Israel, Eyal Zamir, reivindicou hoje uma vitória sobre o movimento radical palestiniano Hamas na guerra em Gaza ao longo dos últimos dois anos.

Eduardo Jorge Sanca declara publicamente o seu apoio à recandidatura do presidente Umaro Sissoco Embaló, destacando a importância de estabilidade e continuidade política na Guiné-Bissau. Durante a sua declaração, Sanca aborda também a atual situação política do país.

❗❗ POLÍTICA : O deputado Marciano Indi deixou, neste domingo (12.10), sérios avisos ao Supremo Tribunal de Justiça de que sem a Coligação PAI-TERRA RANKA “não haverá às eleições na Guiné-Bissau”.

Por Mussa Dansó   Capital News Guiné -Bissau  12/10/2025

Marciano Indi: " Sem PAI-TERRA RANKA, não há eleições"

O deputado Marciano Indi deixou, neste domingo( 12.10), sérios avisos ao Supremo Tribunal de Justiça de que sem a Coligação PAI-TERRA RANKA “não haverá às eleições na Guiné-Bissau”.

Num texto publicado, hoje, na sua página de rede social Facebook, Marciano Indi disse que à presença da Coligação nas eleições simultâneas “ é inegociável”, ameaçando, por isso, que “ custe o que custar”, mas a Coligação PAI-TERRA RANKA vai às eleições e caso não concorrer, “não haverá legitimidade para todo o processo eleitoral”.

O deputado da nação endureceu ainda o tom, rejeitando, por outro lado, a decisão do Supremo Tribunal de Justiça, afirmando que o ato é um golpe político e uma tentativa de roubar a voz do povo e instalar uma ditadura na Guiné-Bissau.

Indi não vacilou em acusar partidos da “Plataforma Republicana” de que esses não “ querem eleições justas” e sobretudo da “exclusão”[da Coligação PAI-TERRA RANKA], segundo diz, para terem um caminho livre para a “fraude” e para ficarem com o “poder sem esforço”.

Escreveu, ainda, que os partidos da “Plataforma Republicana” querem ganhar deputados não pelo voto, porém pela “eliminação” do seu principal adversário, destruindo o que resta da “frágil democracia”

“ O Poder Está Com o Povo: O povo não está calado. A resposta a este ataque será dada nas ruas, nos tribunais e em todo o lado. Vamos defender a nossa Constituição para acabar com este assalto ao poder”, finalizou-se

Guiné-Bissau: OAGB DENUNCIA DEGRADAÇÃO DO SISTEMA JUDICIAL

Por Rádio Capital Fm

A Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau (OAGB) assinala hoje, 12 de outubro, o Dia Nacional da Justiça com uma avaliação crítica do estado atual do setor, alertando para “um acentuado declínio” da administração da justiça no país, mais de meio século após a independência.

Numa mensagem na sua página oficial no Facebook, assinada pelo seu Bastonário, Januário Pedro Correia, a OAGB recorda que a data celebra a transferência simbólica e formal da soberania em matéria de administração da justiça ao novo Estado em 1974, na sequência da proclamação da independência em 24 de setembro de 1973.

“Infelizmente, este ano, uma vez mais, não temos motivos para festejar ou comemorar a justiça. Os resultados dos exercícios judiciais atuais e precedentes continuam deficitários”, lamentou o Bastonário.

A Ordem considera que o sistema judicial guineense vive uma crise profunda, absolutamente "paralisado e impotente" para dar respostas aos desafios da consolidação de um verdadeiro Estado de Direito democrático, denunciando a falta de independência dos magistrados, a inacessibilidade da justiça ao cidadão comum e a subordinação do poder judicial ao poder político.

Entre os principais problemas apontados, destacam-se a perseguição e a suspensão de magistrados que decidem conforme a lei e a consciência, a falta de cobertura nacional dos serviços judiciais, custos elevados que tornam a justiça inacessível à maioria dos cidadãos, assim como a interferência política nos Conselhos Superiores da Magistratura Judicial e do Ministério Público, ausência de investimento público em infraestruturas, equipamentos e condições de trabalho, desatualização legislativa face aos desafios tecnológicos e a perseguições à advocacia e corrupção no setor judicial sem fiscalização efetiva.

“A justiça falhou a sua missão primordial de garantir segurança, equilíbrio, paz social e desenvolvimento. Falhou na defesa da Constituição, da legalidade e da legitimidade democrática”, sublinhou Januário Correia.

A OAGB critica também a falta de transparência e de um plano estratégico nacional para o setor, a inexistência de relatórios anuais de desempenho e o não funcionamento do Conselho de Coordenação e Concertação dos atores judiciários, que nunca chegou a reunir-se para debater os problemas e as soluções da justiça guineense.

O Bastonário denuncia ainda casos de prisões arbitrárias, violência contra cidadãos e violações de direitos humanos, sobretudo quando o próprio Estado é o protagonista das infrações.

“Urge mudar este paradigma — recuperar a nossa independência, impor o respeito, a autonomia e a integridade da justiça. Caso contrário, sucumbiremos enquanto atores judiciários, enquanto Estado de Direito e enquanto sociedade livre e democrática”, alerta Januário Pedro Correia, apelando à união dos atores judiciais, nomeadamente os advogados, magistrados e instituições de justiça, aos “verdadeiros combatentes pela justiça”, incluindo o PNUD e parceiros internacionais que continuam a apoiar o setor.

Israel ainda não publicou lista completa dos 2.000 detidos palestinianos... Israel continua sem publicar a lista completa dos 2.000 detidos palestinianos que deve libertar como parte do acordo com o Hamas em troca da libertação dos reféns israelitas em Gaza, denunciou hoje uma organização de prisioneiros.

Por LUSA 

O Gabinete de Imprensa dos Prisioneiros Palestinos (Asra, pelo seu nome em árabe) confirmou que "persistem obstáculos complexos que impedem o anúncio oficial das listas de prisioneiros libertados como parte do acordo de troca, estas listas incluem prisioneiros de Gaza, mulheres e crianças", afirmou em comunicado.

Segundo a organização, "os nomes e todos os detalhes relacionados com o acordo serão anunciados imediatamente após a conclusão das negociações e a aprovação das listas finais, incluindo o apelido".

Até agora, o ministério da Justiça israelita publicou há dois dias a lista dos 250 prisioneiros palestinianos que cumprem prisão perpétua e que serão libertados no cessar-fogo em troca de reféns israelitas.

Mas o compromisso, segundo o acordo alcançado com o Hamas e promovido pelos Estados Unidos, é que Israel liberte 2.000 prisioneiros palestinos, 250 condenados a prisão perpétua e mais 1.750 reclusos, em troca dos 48 reféns (20 deles vivos) retidos em Gaza.

Na lista publicada até ao momento, não constam figuras proeminentes como Marwan Barghouti --- detido em 2002 durante a segunda Intifada e que muitos palestinianos consideram o sucessor de Mahmud Abás, presidente da Autoridade Nacional Palestina --- ou Ahmed Saadat, ex-secretário-geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP).

Na lista constam Baher Badr, um membro do Hamas condenado a 11 penas perpétuas por planear um atentado à bomba numa estação rodoviária em frente a uma base militar no centro de Israel, que matou oito pessoas em 2004.

Também será libertado Iyad al Rub, um alto funcionário da Jihad Islâmica condenado por assassinar seis israelitas e ferir outros 55 num atentado suicida na cidade de Hadera, em 2006, no centro de Israel.

O governo israelita confirmou hoje que os 20 prisioneiros vivos serão libertados "na segunda-feira de manhã" e resta saber se a entrega dos 28 reféns mortos será simultânea ou logo após o retorno dos vivos.

Também não se sabe quando ocorrerá a entrega dos detidos palestinianos.

Israel e Hamas anunciaram na quarta-feira à noite um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, primeira fase de um plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após negociações indiretas mediadas pelo Egipto, Qatar, Estados Unidos e Turquia.

O cessar-fogo visa por fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

A retaliação de Israel já provocou mais de 67 mil mortos e cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.


Leia Também: Israel só liberta palestinianos após confirmar regresso de todos os reféns

Israel só libertará os detidos palestinianos após confirmação que todos os reféns israelitas, vivos ou mortos, foram devolvidos, adiantou hoje uma porta-voz do primeiro-ministro israelita.


Leia Também:  Hamas concede amnistia a quem participou crimes nos últimos dois anos

O ministério do Interior do Governo do Hamas em Gaza anunciou hoje que concederá amnistia aos habitantes de Gaza que, nos últimos dois anos, se juntaram a "bandos criminosos" e participaram em atividades ilegais.

sábado, 11 de outubro de 2025

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recebeu esta tarde, nos espaços do Palácio da República, centenas de jovens pertencentes à Organização Green Boys.

O encontro, marcado por entusiasmo e espírito de união, teve como objetivo manifestar o apoio político da juventude ao Chefe de Estado, que concorre a um segundo mandato nas eleições presidenciais de 23 de novembro do corrente ano.

Durante a sua intervenção, o Presidente destacou o papel essencial da juventude na construção de uma Guiné-Bissau mais próspera, apelando ao civismo, ao patriotismo e ao compromisso com o desenvolvimento nacional.

Presidência da República da Guiné-Bissau

Guiné-Bissau: DSP bate mão na mesa, diz "basta" e dá "prazo" ao STJ

Por CFM

O presidente da Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka), Domingos Simões Pereira, apelou, este sábado (11.10), ao povo guineense a dizer "basta" a um pacote de ilegalidades que está a ser cometido pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Guiné-Bissau.

Até agora, a máxima instância da justiça guineense não se pronunciou oficialmente sobre a candidatura às eleições legislativas da PAI Terra-Ranka, e em relação aos dossiês de Domingos Simões Pereira às presidenciais.

Visivelmente revoltado com a situação, Simões Pereira bateu a mão na mesa, numa comunicação seguida em direto na rede social Facebook.

"Temos que dizer ao povo que chegou a hora de dizermos basta. Basta de injustiça, basta de manipulação e basta da destruição de Estado", disse o líder político.

Para Domingos Simões Pereira, "não há base legal" para excluir a sua candidatura presidencial nem a da PAI-Terra Ranka para as eleições legislativas de 23 de novembro.

O político acusa ainda o Supremo Tribunal de Justiça de "parcialidade" e de pretender garantir segundo mandato a Umaro Sissoco Embaló.

"Não há legalidade na intenção do Supremo Tribunal de Justiça, de dar a Umaro Sissoco Embaló o que a urna não lhe dará", disse.

Domingos Simões Pereira disse que aguarda até à próxima terça-feira (14.10), o pronunciamento do STJ sobre a sua candidatura e a da coligação que dirige.

O presidente da Plataforma da Aliança Inclusiva disse que, se até esse prazo o órgão da justiça não se pronunciar, assumirá as suas responsabilidades enquanto líder político, abrindo caminho para as manifestações de rua.


Explosão em fábrica de explosivos no Tennessee provoca 18 mortes: não há sobreviventes

 Por SIC Notícias

A explosão foi registada na empresa Accurate Energetic Systems, que produz munições e materiais energéticos, situada perto da localidade de Bucksnort, a cerca de 100 quilómetros a sudoeste de Nashville, segundo o gabinete do xerife do condado de Hickman.

Uma explosão de grandes proporções numa fábrica de explosivos militares no Tennessee provocou um incêndio e pânico entre os residentes locais. Todas as estavam 18 pessoas que estavam desaparecidas foram consideradas mortas.

"Não recuperámos nenhum sobrevivente", disse Chris Davis, xerife do condado de Humphreys, no Tennessee, em conferência de imprensa.

A explosão foi registada na empresa Accurate Energetic Systems, que produz munições e materiais energéticos, situada perto da localidade de Bucksnort, a cerca de 100 quilómetros a sudoeste de Nashville, segundo o gabinete do xerife do condado de Hickman.

Em imagens transmitidas pela estação WTVF-TV, de Nashville, e relatadas pelas agências internacionais, era visível um vasto campo de destroços em chamas e nuvens de fumo a erguerem-se sobre a instalações da fábrica.

À CNN, o presidente da Câmara de Hickman County, Tennessee, garantiu que a fábrica não tinha problemas de segurança, apesar de um outro incidente em 2014, que matou uma pessoa e feriu três.

Tomada de posse de Diretoria Regional da Campanha - CE 24

 

Política: Nuno Nabiam lamenta divisão interna e diz que API Cabas-Garandi podia ser coligação poderosa

Por Cap-GB 

Bissau, 11 de outubro de 2025 - O presidente do partido Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Gomes Nabiam, lamentou a falta de união no seio da coligação API Cabas-Garandi, afirmando que o projeto poderia ter se tornado uma das forças políticas mais influentes do país, caso tivesse havido entendimento entre os seus membros.

Durante uma visita à comunidade de Dongor, no setor de Bula, zona norte do país, Nabiam revelou que divergências internas e decisões tomadas sem o seu conhecimento enfraqueceram a coligação.

“Dizem que sou muito calado e que não tenho competência para enfrentar Sissoco Embaló nas eleições presidenciais. Inventaram histórias e chegaram a entregar documentos no Supremo Tribunal de Justiça sem o meu conhecimento. A API Cabas-Garandi podia tornar-se uma coligação poderosa se houvesse colaboração mútua”, declarou o ex-primeiro-ministro, em tom de crítica.

Apesar do afastamento, Nabiam manifestou apoio ao Umaro Sissoco Embaló, assegurando que a união entre partidos como o MADEM-G15, PRS, PTG e APU-PDGB garantirá a vitória nas presidenciais de 23 de novembro.

 “É impossível uma coligação que junta partidos fortes como o MADEM-G15, PRS, PTG e APU-PDGB não vencer as eleições. Vamos recuperar a mesma equipa vencedora de 2020 e continuar o caminho de progresso e estabilidade social”, afirmou.

Recorde-se que Nuno Gomes Nabiam e o APU-PDGB desistiram das eleições simultâneas e aderiram à Plataforma Republicana (Nô Kumpu Guiné), coligação que apoia o projeto de segundo mandato de Umaro Sissoco Embaló.

"A violência não é só física". Saiba identificar (e os sinais de alerta)... Direção-Geral da Saúde fez uma publicação nas redes sociais onde explica a 'definição' dos quatro tipos de violência - a física, a verbal/psicológica, a online/digital e a sexual. Fique a par.

Por LUSA 

"A violência não é só física – pode ser verbal, emocional ou até online". O alerta surge este sábado, dia 11 de outubro, através de uma publicação nas redes sociais da Direção-Geral da Saúde (DGS) - onde são também deixadas indicações para "saber identificar os sinais" e dicas para proteção. 

Há, recorda a DGS no 'post', quatro tipos de violência: a física, a verbal/psicológica, a online/digital e a sexual. 

A violência física ocorre "quando alguém bate, empurra, puxa o cabelo ou magoa usando força", sendo que a verbal/psicológica se dá através de "palavras ou atitudes que ferem, insultos, humilhações, ameaças ou isolamento de alguém". 

Por sua vez, a violência online/digital decorre com "mensagens de gozo ou ameaça, espalhar boatos, partilhar fotos ou vídeos sem autorização". Por fim, a violência sexual que, vinca a DGS, ocorre "quando alguém obriga ou pressiona a fazer algo sexual sem consentimento". 

Quais os sinais de alerta? E que 'dicas' para proteção?

Na publicação, a Direção-Geral da Saúde deixa também cinco "sinais de alerta" - que poderão ser dados pela vítima - a que se deve estar atento. São eles: 

  • "Afastar-se dos amigos, sentir-se em baixo ou sem confiança; 
  • Deixar de ir a determinados sítios; 
  • Medo constante, sempre em sobressalto; 
  • Mudar hábitos, rotinas e comportamentos; 
  • Não se conseguir concentrar". 

Não só - mas também - para os mais novos, a autoridade relembra ainda algumas das dicas fundamentais para proteção.

Deste modo, deve-se: "falar com alguém da confiança", "reconhecer atitudes que não são justas", "definir limites" e "aprender a identificar as diferentes formas de violência/agressão".

A violência doméstica é crime público e denunciar é uma responsabilidade coletiva. Se precisar de ajuda ou tiver conhecimento de alguma situação de violência doméstica participe:

  • Linha Telefónica de Informação às Vítimas de Violência Doméstica: 800 202 148 (gratuito, 24h/dia)
  • No Portal Queixa Eletrónica, em https://queixaselectronicas.mai.gov.pt/
  • Via telefónica, através do número de telefone: 112
  • No Posto da GNR mais próximo à sua área de residência, tendo os nossos contactos sempre à mão em www.gnr.pt/contactos.aspx
  • Na aplicação App MAI112 disponível e destinada exclusivamente aos cidadãos surdos, em http://www.112.pt/Paginas/Home.aspx
  • Na aplicação SMS Segurança, direcionada a pessoas surdas em www.gnr.pt/MVC_GNR/Home/SmsSeguranca.
  • Através de email para a PSP: violenciadomestica@psp.pt

Acredita que poderá ser vítima de algum tipo de violência, no namoro ou em casa?

AMCV - Associação de Mulheres contra a Violência - 213 802 165

APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima – 116 006 (08h às 23h, dias úteis)

Email da CIG - Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género - violencia@cig.gov.pt

Hamas não participa na assinatura oficial do acordo de paz com Israel... O Hamas não vai participar na assinatura oficial do acordo de paz com Israel, disse um dirigente do movimento islamista à AFP.

Por LUSA 

Israel e o Hamas concluíram na quinta-feira, no Egito, um acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor na sexta-feira, prevendo a libertação dos reféns detidos em Gaza dentro de 72 horas em troca de prisioneiros detidos por Israel.

Este acordo baseia-se num plano anunciado no final de setembro por Donald Trump para pôr fim a dois anos de guerra no território palestino.

O responsável do Hamas, em entrevista à agência France Presse (AFP), classificou ainda de "absurda" a ideia de expulsar os membros daquele grupo islamista da Faixa de Gaza.

"Os dirigentes do Hamas presentes na Faixa de Gaza estão na sua terra, a terra onde viveram, com as suas famílias e o seu povo. Portanto, é natural que lá permaneçam", disse, considerando que expulsar palestinianos, sejam eles membros do Hamas ou não, "não tem sentido".

Hossam Badran garantiu também que o Hamas irá "repelir a agressão", caso Israel retome a ofensiva em Gaza.

Sobre o acordo de paz, o dirigente afirmou que o grupo espera negociações "muito mais complexas" na segunda fase do acordo anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Comunicação oficial do Presidente do PAIGC e da Coligação PAI - Terra Ranka, Camarada Domingos Simões Pereira, sobre o silêncio do STJ à candidatura da coligação PAI-TR e do candidato do PAIGC às eleições presidenciais.

 

Responsável do Hamas: "Entrega das armas está fora de questão"... Um responsável do movimento islamista palestiniano Hamas disse hoje que "está fora de questão" o desarmamento deste grupo previsto no plano de paz do presidente norte-americano Donald Trump para pôr fim à guerra em Gaza.

© Hamza Z. H. Qraiqea/Anadolu via Getty Images   Lusa   11/10/2025 

"A entrega das armas proposta está fora de questão e não é negociável", afirmou à agência de notícias France Presse (AFP) aquele responsável, sob condição de anonimato. 

Israel e o Hamas concluíram na quinta-feira, no Egito, um acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor na sexta-feira, prevendo a libertação dos reféns detidos em Gaza dentro de 72 horas em troca de prisioneiros detidos por Israel.

Este acordo baseia-se num plano anunciado no final de setembro por Donald Trump para pôr fim a dois anos de guerra no território palestino.

A segunda fase deste plano de 20 pontos, no centro das divergências entre Israel e o Hamas, diz respeito ao desarmamento do movimento islâmico, ao exílio dos seus combatentes e à continuação da retirada gradual de Israel de Gaza.

O cessar-fogo visa pôr fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

A retaliação de Israel já matou mais de 67 mil pessoas e provocou cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.


Leia Também: Hamas diz que agressões a palestinianos são "plano de judaização" da Cisjordânia

O grupo islamista Hamas denunciou hoje ataques de colonos israelitas contra agricultores palestinianos, considerando que está em curso um "plano de judaização" da Cisjordânia ocupada.


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Mais de 500 mil pessoas regressaram ao norte da Faixa de Gaza desde a entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e o grupo islamita Hamas, anunciou hoje a Defesa Civil do enclave palestiniano.


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As autoridades israelitas reagruparam os prisioneiros palestinianos que serão libertados na troca com reféns ainda detidos em Gaza, prevista no acordo de cessar-fogo com o Hamas, foi hoje anunciado.


CNE GARANTE ESTAREM REUNIDAS TODAS AS CONDIÇÕES PARA AS ELEIÇÕES DE NOVEMBRO

Por  RSM  11.10.2025

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) garante que já estão reunidas todas as condições para a realização dos próximos embates eleitorais na Guiné-Bissau.

A garantia foi dada este sábado pelo Secretário Executivo Adjunto da CNE, Idriça Djaló, à margem da abertura de um seminário de dois dias destinado à formação dos Formadores Nacionais dos Membros das Mesas das Assembleias de Voto.

Idriça Djaló confirmou que, até ao momento, o Governo tem criado todas as condições necessárias para que as eleições, marcadas para o dia 23 de novembro, se realizem como previsto.

Ja relativamente à produção dos boletins de voto, que desta vez será feita internamente pela Imprensa Nacional da Guiné-Bissau (INACEP), Djaló afirmou que esta instituição já está preparada e apenas aguarda a publicação definitiva das listas por parte do Supremo Tribunal de Justiça para dar início à impressão.

Ainda segundo o Secretário Executivo Adjunto da CNE, que também é Coordenador do Departamento de Educação Cívica e Formação do Eleitorado, os convites às entidades habituais que participam do processo eleitoral como observadores internacionais já foram enviados e de acordo com Djaló, as respostas têm sido satisfatórias, com várias confirmações de presença já recebidas.

A Juventude do círculo eleitoral do MADEM-G15 realizou uma conferência de imprensa para manifestar o seu descontentamento face às alterações efetuadas na lista de candidatos a deputados pelo círculo eleitoral número 27. Os jovens consideram que as modificações não refletem a vontade da base e pedem à direção do partido que reveja a decisão.

A Comissão Nacional das Eleições, promove hoje e amanhã em Bissau, Formação de Formadores Nacionais dos Membros das Mesas de Assembleia de Voto.

O Departamento de Comunicação do PAIGC em conferência de imprensa para prestar esclarecimentos sobre a situação interna do partido.


@Rádio Sol Mansi    11-10-2025
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) anunciou que vai recorrer a todos os mecanismos legais disponíveis para garantir a sua participação nas eleições previstas para novembro.

A informação foi avançada este sábado, em Bissau, pelo porta-voz do partido, Francisco Muniro Conté, durante uma conferência de imprensa dedicada à situação interna do PAIGC e ao contexto político nacional.

 “Vamos usar os mecanismos legais que nos assistem para ir às eleições, porque há vias legais para isso, além das armas”, afirmou Muniro Conté.

O porta-voz manifestou ainda preocupação com a fuga de jovens profissionais dos setores da educação e da saúde para o exterior, fenómeno que, segundo ele, ameaça o futuro do país.
Muniro Conté condenou também o rapto e espancamento do advogado e ativista Luís Vaz Martins.

“Um partido cujo líder venceu três eleições, que integrou 1.500 profissionais na educação e mais 1.500 na saúde, não pode ser o problema. Esses profissionais foram afastados e agora buscam oportunidades fora do país”, destacou.

O PAIGC responsabiliza o Supremo Tribunal de Justiça pela atual crise política, acusando-o de atuar por motivações políticas, e reafirma o compromisso com a legalidade democrática, defendendo eleições inclusivas e transparentes como forma de restaurar a confiança nas instituições do Estado.

Tramadol sob escrutínio: medicamento comum para a dor pode ser menos eficaz e mais perigoso do que se pensava

Por SIC Notícias/ Com Lusa

Uma revisão de 19 ensaios clínicos indica que o tramadol, um dos analgésicos opioides mais prescritos no mundo, pode ter um efeito limitado no controlo da dor crónica e duplicar o risco de complicações graves, nomeadamente cardíacas.

O tramadol é um potente analgésico opioide, mas uma revisão de estudos científicos revela que pode não ser tão eficaz no alívio da dor crónica e provavelmente aumenta o risco de efeitos secundários graves, como doenças cardíacas.

Uma equipa liderada pelo Hospital Rigs, na Dinamarca, publicou no The BMJ Evidence-Based Medicine uma revisão e meta-análise de 19 ensaios clínicos, compilados até 2025, envolvendo 6.506 pessoas com dor crónica, noticiou esta semana a agência Efe.

Efeitos benéficos abaixo do limiar clínico

Os investigadores, citados pela revista, indicaram que o tramadol "não é tão eficaz no alívio da dor crónica para a qual é amplamente prescrito" e também "provavelmente aumenta o risco de efeitos secundários graves, como doenças cardíacas".

Por isso, a equipa concluiu que "os potenciais danos do tramadol provavelmente superam os seus benefícios" e que "a sua utilização deve ser minimizada".

Este medicamento é um opioide de dupla ação amplamente prescrito para o tratamento de dores agudas e crónicas moderadas a intensas.

Os estudos analisaram o impacto do tramadol na dor neuropática, com nove a centrarem-se na osteoartrite, quatro na dor lombar crónica e um na fibromialgia.

Os doentes tinham entre 47 e 69 anos, com uma média de idades de 58 anos.

A duração do tratamento variou de duas a 16 semanas, enquanto o seguimento variou de três a 15 semanas.

A análise conjunta dos resultados dos ensaios clínicos mostrou que, embora o tramadol tenha aliviado a dor, o efeito foi pequeno e abaixo do que seria considerado clinicamente eficaz.

Além disso, o risco de danos associados foi duplicado em comparação com o placebo, principalmente devido a uma maior proporção de "eventos cardíacos", como dor no peito, doença arterial coronária e insuficiência cardíaca congestiva, de acordo com o BMJ Evidence-Based Medicine.

Investigadores pedem reavaliação do uso do fármaco

O uso de tramadol foi associado a um risco aumentado de alguns tipos de cancro, embora o período de seguimento tenha sido curto, tornando esta descoberta questionável, segundo os investigadores.

A análise indicou que o medicamento também estava associado a um risco aumentado de efeitos secundários ligeiros, como náuseas, tonturas, obstipação e sonolência.

Os autores referiram que este é um dos opioides mais prescritos nos EUA, possivelmente devido à perceção de um menor risco de efeitos secundários e à crença generalizada de que é mais seguro e menos viciante do que outros opioides de ação curta.

O estudo acrescentou que "os potenciais danos associados ao uso de tramadol para o controlo da dor provavelmente superam os seus benefícios limitados".

"Reconsiderar o papel do tramadol no tratamento da dor crónica"

Num comentário ao estudo, no qual não participou, Enrique Cobos, da Universidade de Granada, escreveu na plataforma de recursos científicos Science Media Centre que, na prática clínica, estes resultados "obrigam a reconsiderar o papel do tramadol no tratamento da dor crónica".

No entanto, o perfil de cada doente e os efeitos do medicamento a nível individual devem ser sempre "avaliados cuidadosamente", uma vez que as pessoas com dor crónica têm poucas alternativas eficazes e seguras, acrescentou.

Produtoras de tabaco alertam para medidas da OMS que ameaçam o setor... As produtoras portuguesas de tabaco alertam que a Organização Mundial da Saúde (OMS) está a preparar medidas que podem ameaçar a sustentabilidade de "milhares de pequenas empresas" da cadeia de valor do tabaco e favorecer o "comércio ilícito".

Por LUSA 

Em declarações à agência Lusa a propósito da 11.ª Conferência das Partes (COP11) da Convenção Quadro da OMS para o Controlo do Tabaco (CQCT), que decorre de 17 a 22 de novembro em Genebra (Suíça), fonte oficial da Tabaqueira afirmou que, "se todas as medidas apresentadas forem aceites, podem colocar em causa a sustentabilidade de milhares de pequenas empresas que integram a cadeia de valor deste setor, bem como potenciar condições favoráveis ao comércio ilícito e perdas de receitas fiscais".

Com o objetivo de reduzir drasticamente o consumo de tabaco, a OMS vai levar diversas medidas à COP11, entre as quais a redução dos pontos de venda de tabaco, a proibição de incentivos a retalhistas e o fim da venda comercial de produtos de tabaco, nomeadamente em papelarias, quiosques, lojas de conveniência ou bombas de gasolina.

Aguardando "com expectativa" a posição que Portugal e a União Europeia (UE) vão tomar na COP11, a Tabaqueira defende ser "essencial" um "consenso que assegure uma abordagem equilibrada que respeite as especificidades nacionais, mantenha a coerência com as diretivas europeias e salvaguarde a soberania e competências dos Estados-membros em áreas como a saúde, fiscalidade e política económica".

Também o presidente do Conselho de Administração da Fábrica de Tabaco Micaelense, Mário Fortuna, está "preocupado com esta evolução", considerando que "algumas das propostas que vão ser discutidas nesta reunião têm um alcance demasiado arrojado e, também, perigoso para a sobrevivência da indústria".

"São medidas que ameaçam a sustentabilidade [das empresas] e têm algum exagero, como é o caso de sugerir-se que a venda comercial seja feita por instituições sem fins lucrativos, o que é, no nosso entender, incompreensível", afirmou em declarações à Lusa.

Sustentando que "há medidas que são exageradas" e outras "que não estão devidamente fundamentadas em base científica", Mário Fortuna defende que há que ter "em linha de conta não só a evidência científica da eficácia" das propostas, como também as consequências de algumas delas".

"Porque, no final, se as medidas foram demasiado apertadas, vão favorecer o comércio ilícito, que não aproveita ninguém, porque cria atividades paralelas e ilegais, leva à perda de receita e, em muitas circunstâncias, à perda de controlo por parte das autoridades sobre a própria qualidade dos produtos e a segurança para as populações", enfatizou.

O presidente da Fábrica de Tabaco Micaelense lembra que "este assunto não é novo", mas apenas "mais uma de uma série de evoluções que têm acontecido ao longo dos anos", mas adverte que há que encarar o tema "com alguma cautela".

"Porque há várias perspetivas relativamente a esta matéria e há, naturalmente, interesses económicos, não só de acionistas de empresas, mas também - e sobretudo - de muitos empregos e de muita capacidade exportadora que Portugal evidencia com esta indústria", sustenta.

Intitulado "Medidas Prospetivas para Controlo de Tabaco", o relatório dos peritos da OMS propõe-se transformar o setor, avançando com medidas ao nível da oferta, consumo e produção de tabaco que vão desde acabar com incentivos comerciais aos retalhistas e impor restrições a quem nasceu depois de 2008 (denominada como 'tobacco-free generation' ou "geração livre de tabaco"), até à imposição de limites anuais à produção, responsabilização do produtor por danos ambientais e proibição total de filtros em cigarros, classificados como resíduos plásticos descartáveis.

No documento, os Estados são aconselhados a "substituir o fornecimento de tabaco com fins lucrativos" por uma "distribuição sem fins lucrativos ou controlada pelo Estado, de acordo com objetivos de saúde pública".

A Convenção Quadro da OMS para o Controlo do Tabaco (CQCT) é um tratado internacional, do qual Portugal e a UE são partes, que visa proteger as gerações presentes e futuras das consequências do tabaco. A Conferência das Partes da CQCT (COP) é o órgão que reúne os países signatários para discutir e aprovar medidas globais de controlo de produtos do tabaco e nicotina.

Embora estas medidas não tenham caráter vinculativo, servem como diretrizes para os Estados-membros da COP.

Em Portugal, o último governo de António Costa aprovou em 2023 em Conselho de Ministros alterações à Lei do Tabaco, impondo restrições à venda e ao consumo com o objetivo de promover uma geração livre de tabaco até 2040, mas as alterações mais relevantes acabaram por ser adiadas com a dissolução do parlamento, no início de 2024.


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