sábado, 6 de setembro de 2025

Hamas acusa Israel de querer "destruir completamente" cidade de Gaza... O grupo islamita palestiniano Hamas denunciou hoje que Israel pretende "destruir completamente" a cidade de Gaza, referindo-se aos últimos bombardeamentos lançados contra pelo menos dois edifícios altos que ficaram destruídos.

Por LUSA 

"Advertimos que a continuação destes crimes tem como objetivo destruir completamente a cidade de Gaza e impor o deslocamento forçado generalizado dos seus residentes, o que constitui um crime sem precedentes na história moderna", alerta o grupo islamita considerado terrorista pelos Estados Unidos e União Europeia num comunicado.

O exército israelita justificou estes ataques afirmando ter encontrado "infraestruturas terroristas" nestes edifícios, e advertiu que continuará a fazê-lo "nos próximos dias", se o grupo palestiniano não se desarmar e entregar os reféns que ainda mantém em cativeiro.

O Hamas refuta a tese de Israel e considera que "atacar torres residenciais cheias de deslocados" lhe "serve de cobertura" para continuar a perpetrar "crimes de guerra em toda a regra que constituem um genocídio".

"A ONU e o seu Conselho de Segurança devem quebrar o silêncio e agir imediatamente para deter o brutal ataque sionista que visa destruir a cidade de Gaza e deslocar a sua população, e para enfrentar as violações sem precedentes e contínuas" na Faixa de Gaza", apela o Hamas no mesmo texto.

A guerra em curso em Gaza foi iniciada quando o Hamas atacou o solo israelita, a 07 de outubro de 2023, provocando 1.200 mortos e fazendo 251 reféns.

Destes, 48 permanecem no enclave palestiniano, dos quais mais de metade estarão mortos, admitem as autoridades israelitas.

A retaliação de Israel já fez mais de 64 mil mortos entre os palestinianos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, considerados fiáveis pela ONU.

As Nações Unidas declararam no passado mês de agosto uma situação de fome em algumas zonas do enclave.


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O ministro das Relações Exteriores egípcio condenou hoje a intenção de Israel de transferir moradores da Faixa de Gaza para o Egito através de Rafah depois do primeiro-ministro israelita ter acusado as autoridades egípcias de aprisionar a população palestiniana.


11 de setembro de 2025 - Inauguração da exposição “Laboratório do Atlântico - Arte Contemporânea de São Tomé e Príncipe” na UCCLA

Inauguração da exposição “Laboratório do Atlântico - Arte Contemporânea de São Tomé e Príncipe” na UCCLA

Vai ter lugar no dia 11 de setembro, às 17h30, a inauguração da exposição “Laboratório do Atlântico - Arte Contemporânea de São Tomé e Príncipe” na galeria de exposições da UCCLA.

Para assinalar o momento, decorrerá uma palestra no auditório, que contará com a intervenção de Esterline Gonçalves Género (Embaixador de São Tomé e Príncipe em Portugal e embaixador permanente junto da CPLP), Luís Álvaro Campos Ferreira (Secretário-Geral da UCCLA), Isabel Castro Henriques (historiadora) e João Carlos Silva (curador e presidente da Roça Mundo).

A proposta curatorial - por João Carlos Silva e Ricardo Barbosa Vicente - pretende revelar a riqueza e a complexidade da produção artística ligada ao arquipélago, destacando São Tomé e Príncipe como um autêntico entreposto de artes e um laboratório de criação artística. 

O território tem sido, ao longo dos tempos, um ponto de confluência de culturas, onde influências diversas se cruzam, se reinventam e se traduzem em expressões visuais únicas. Assim, a exposição não se limitará à obra de artistas santomenses, mas incluirá também aqueles que, ao passarem por São Tomé e Príncipe, incorporam a fusão cultural e contribuem para a contínua construção da sua identidade criativa.

A mostra pretende estabelecer um diálogo profundo entre passado, presente e futuro, celebrando a herança histórica e cultural do país enquanto projeta novas perspetivas e narrativas. A seleção de artistas procura evidenciar a diversidade de linguagens e abordagens artísticas que vão da pintura à fotografia, do vídeo à instalação, permitindo ao público uma experiência sensorial e imersiva.

A exposição reunirá obras dos seguintes artistas: Adilson Castro, Amadeo Carvalho, Conceição Lima, Daniel Blaufuks, Dário Pequeno Paraíso, Eduardo Malé, Emerson Quinda, Geane Castro, Inês Gonçalves, Ismael Sequeira, Ivanick Lopandza, Janik Santos, José Chambel, Kwame Sousa, Mafalda Santos, Mariana Maia Rocha, Marilene Mandinga, Miguel Ribeiro, Nuno Prazeres, Olavo Amado, Preta (Roxana Perreira), René Tavares, Valdemar Dória e Yuran Henrique. 

Este tecido artístico, composto por criadores locais e internacionais inspirados pela cultura santomense, traduz a multiplicidade de perspetivas que orbitam em torno do arquipélago e da sua diáspora.

As técnicas utilizadas nesta mostra são: desenho, fotografia, instalação, instalação sonora, pintura e vídeo-instalação.

A entrada é livre.

A exposição poderá ser visitada até ao dia 11 de dezembro de 2025, de segunda a sexta-feira, das 10 às 13 horas e das 14 às 18 horas.

Parceiros da exposição “Laboratório do Atlântico - Arte Contemporânea de São Tomé e Príncipe”:

Organização: UCCLA e Camões I.P.;

Parceiros: Roça Mundo, Embaixada de São Tomé e Príncipe em Portugal, Câmara Municipal de Lisboa, Comemorações Oficiais dos 50 anos da Independência de São Tomé e Príncipe e governo santomense; 

Apoio: DGArtes, Fundação Calouste Gulbenkian, Câmara Municipal de Loulé, Câmara Municipal do Porto, Atelie M, Coletivo Multimédia Perve, Galeria Vera Cortês, Innovarisk, Mén Non, MOVART e This is Not a White Cube; 

Media Partner: RTP, jornal Téla Nón e CST.

Com os melhores cumprimentos,

Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt

Avenida da Índia n.º 110, 1300-300 Lisboa, Portugal | Tel. +351 218 172 950 | 

uccla@uccla.pt | www.uccla.pt Facebook Linkedin | Youtube | Instagram | Twitter |ISSUU

Faladepapagaio

Israel ataca uma das torres mais altas de Gaza, prédio implodiu em 7 segundos... De acordo com as forças israelitas, esta torre estava a ser usada pelo Hamas. Israel garante ter tomado medidas para mitigar o impacto do bombardeamento na população civil.

Por sicnoticias.pt

As forças israelitas estão a intensificar a incursão para tomar, no norte de Gaza, a cidade que descrevem como o último bastião do Hamas. Na sexta-feira fizeram implodir um prédio de 14 andares que alegam que era usado pelo grupo.

O prédio de 14 andares demorou sete segundos a implodir. Era uma das torres mais altas de Gaza. De acordo com as forças israelitas, estava a ser usada pelo Hamas.

Ataque israelita a edifício na Cidade de Gaza

Israel garante ter tomado medidas para mitigar o impacto do bombardeamento na população civil, mas está a ser acusado de não fazer o mesmo noutros locais do enclave.

“Netanyahu diz que não ataca alvos civis, mas nós somos civis, estamos a viver nestas tendas e fomos atacados. Há crianças pequenas.”

Só na sexta-feira, os ataques aéreos provocaram a morte a mais de 50 pessoas, das quais pelo menos sete eram crianças.

Israel destrói segunda torre em Gaza

Já este sábado, Israel destruiu mais uma torre em Gaza, alegando que também era utilizada pelo Hamas.

Testemunhas citadas pela agência de notícias francesa AFP afirmaram que o edifício destruído era a Torre Soussi, localizada no mesmo perímetro de evacuação da Torre Ruya, que o Exército israelita tinha anunciado anteriormente que pretendia atingir.

A mais recente incursão em Gaza está integrada na operação militar que visa a tomada da região que o Governo israelita descreve como o último reduto do Hamas.

Também na sexta-feira, o Hamas divulgou imagens de um dos 48 reféns que ainda mantém em cativeiro.

O vídeo terá sido gravado a 28 de agosto e está a ser usado para pressionar o Governo israelita a aceitar a última proposta de cessar-fogo que prevê a liberação de apenas metade dos reféns.

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

OMS anuncia que mpox deixou de ser uma emergência de saúde pública... A mpox, causada por um vírus da mesma família da varíola, já não é uma emergência internacional de saúde pública, anunciou hoje o responsável da Organização Mundial da Saúde (OMS), citando o declínio no número de mortes e casos.

Por LUSA 

"Há mais de um ano, declarei a disseminação da mpox em África como uma emergência de saúde pública de interesse internacional, com base no parecer de um comité de emergência", mas na quinta-feira o comité decidiu que já não era assim e "aceitei esse parecer", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus numa conferência de imprensa.

Esta decisão baseia-se no declínio sustentado do número de casos e de mortes na República Democrática do Congo (RDCongo) e em outros países afetados, incluindo o Burundi, a Serra Leoa e o Uganda", disse.

O diretor-geral da OMS explicou que os especialistas compreendem agora também melhor as vias de transmissão e os fatores de risco. Além disso, "a maioria dos países afetados desenvolveu uma capacidade de resposta sustentável", observou.

Mas alertou que o levantamento do alerta "não significa que a ameaça tenha terminado", nem que a resposta da OMS cessará.

A mpox manifesta-se principalmente com febre alta e o aparecimento de lesões cutâneas, denominadas vesículas.

Identificada pela primeira vez na RDCongo em 1970, a doença esteve durante muito tempo confinada a cerca de dez países africanos.

Tem dois subtipos, o clado 1 e o clado 2. O vírus, há muito endémico na África Central, ultrapassou fronteiras em maio de 2022, quando o clado 2 se espalhou pelo mundo, afetando sobretudo homens que têm sexo com homens.


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A Organização Mundial de Saúde (OMS) acrescentou 35 fármacos para várias doenças às listas de medicamentos considerados essenciais, que passam a incluir novos tratamentos para o cancro e a diabetes.


Exército israelita anuncia ataques contra edifícios altos em Gaza... O Exército israelita anunciou hoje que vai fazer, "nos próximos dias", um ataque contra edifícios altos na Cidade de Gaza antes de conquistar a cidade, argumentando que os prédios "se tornaram infraestruturas terroristas".

Por LUSA 

"Nos próximos dias, o Exército vai atacar estruturas que se tornaram infraestruturas terroristas na Cidade de Gaza: câmaras, centros de comando e observação, posições de atiradores 'snipers' e antitanques e complexos de comando e controlo", referiu, em comunicado, especificando que os edifícios altos serão alvos em particular.

Antes dos ataques, "serão tomadas várias medidas para minimizar ao máximo o risco de baixas civis, incluindo alertas direcionados, o uso de munições de precisão, vigilância aérea e inteligência melhorada", acrescentou.

O anúncio surge depois de o Exército ter afirmado na quinta-feira que já controla 40% da capital de Gaza, cidade que pretende ocupar na totalidade expulsando o milhão de pessoas concentradas na cidade a sul.

No seu comunicado, o Exército afirma que "realizou extensas operações de recolha de informações e identificou uma atividade terrorista significativa do [grupo islamita] Hamas em várias infraestruturas na Cidade de Gaza, particularmente em edifícios altos".

"Além disso, as infraestruturas terroristas subterrâneas do Hamas estão localizadas em locais adjacentes a estes edifícios, concebidas para facilitar as emboscadas contra as tropas israelitas e fornecer rotas de fuga dos centros de comando ali estabelecidos", explicou ainda.

Também o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, anunciou hoje que os ataques contra a capital de Gaza vão ser intensificados, referindo que "as portas do inferno" estão a abrir-se.

"Quando os portões se abrirem, não se fecharão, e a atividade do Exército aumentará até que os assassinos do Hamas aceitem as condições de Israel para o fim da guerra, começando pela libertação de todos os reféns e o desarmamento" do grupo, ameaçou.

Na última semana, os ataques à Cidade de Gaza já foram intensificados e, desde o início desta manhã, quase 20 palestinianos, incluindo sete crianças, foram mortos nos bombardeamentos israelitas contra casas e tendas, segundo a agência de notícias palestiniana Wafa, que cita fontes médicas.

O anúncio do Exército foi feito no mesmo dia em que o braço armado do Hamas divulgou um vídeo de dois reféns israelitas sequestrados durante o ataque do movimento islamita a solo israelita, a 07 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra.

O vídeo, com mais de três minutos e meio de duração, mostra um refém num carro a conduzir por entre edifícios destruídos, pedindo em hebraico ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que não realize a planeada ofensiva militar israelita contra a Cidade de Gaza.

O refém, filmado a encontrar outro refém no final do vídeo, afirma estar na Cidade de Gaza e diz que o vídeo foi filmado a 28 de agosto, mas não foi possível verificar a autenticidade do vídeo nem a data em que foi gravado.

O governo de Israel lançou a ofensiva contra Gaza a 07 de outubro de 2023, após ataques do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, nos quais 1.200 pessoas morreram e 251 foram feitas reféns. Destes, 48 permanecem no enclave palestiniano, dos quais mais de metade estarão mortos, admitem as autoridades israelitas.

Nos 700 dias de ofensiva, mais de 64 mil palestinianos foram mortos por Israel em ataques contra casas, hospitais, escolas, universidades e abrigos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, considerados fiáveis pela ONU.

As Nações Unidas declararam no mês passado uma situação de fome em algumas zonas do enclave,

Países como a África do Sul denunciaram esta ofensiva perante o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) como genocídio, denúncia feita também por organizações de defesa dos direitos humanos internacionais e israelitas.


Leia Também: CE sublinha que classificação de genocídio em Gaza compete "a tribunais" 

Tailândia tem o terceiro primeiro-ministro em dois anos. Quem é?

Por LUSA 

O parlamento da Tailândia elegeu hoje o conservador Anutin Charnvirakul como novo primeiro-ministro, o terceiro em dois anos, uma semana depois da destituição de Paetongtarn Shinawatra por críticas ao exército no conflito com o Camboja.

O líder da formação Bhumjaithai ultrapassou os 247 votos necessários, numa câmara composta por 492 deputados, graças ao apoio do reformista Partido do Povo (PP), o de maior representação parlamentar, de acordo com a agência de notícias espanhola EFE.

Ex-ministro do Interior e da Saúde, Anutin Charnvirakul torna-se o 32.º primeiro-ministro da Tailândia, quase três meses depois de ter abandonado o governo de coligação liderado por Paetongtarn Shinawatra.

A agora ex-primeira-ministra foi destituída devido à divulgação de uma conversa em que criticou um general do exército tailandês pela gestão da disputa territorial com o Camboja, que degenerou num conflito armado em julho.

O governo tentou adiar a votação de hoje para dissolver o parlamento, mas o pedido foi rejeitado pelos deputados e a eleição realizou-se ao fim da tarde (hora local).

Nem Paetongtarn Shinawatra, nem os colaboradores mais próximos do executivo foram vistos na sessão de votação.

O PP ofereceu apoio a Anutin Charnvirakul com o compromisso de convocar novas eleições dentro de quatro meses, período em que a formação reformista permanecerá na oposição, disseram fontes do partido à EFE.

Horas antes, foi confirmado que o influente bilionário Thaksin Shinawatra, pai de Paetongtarn e primeiro-ministro entre 2001 e 2006, tinha deixado o país, onde tem uma audiência na Justiça na próxima semana.

Thaksin partiu de surpresa para o Dubai, onde viveu durante o exílio autoimposto a partir de 2008.

A viagem ocorreu dias antes de uma decisão judicial sobre o regresso à Tailândia em 2023, que poderá levar a uma nova pena de prisão.

A notícia da viagem gerou especulações de que estava a fugir novamente, embora tenha dito que ia apenas fazer exames médicos e que voltaria à Tailândia em poucos dias.

O novo primeiro-ministro, de 58 anos, é conhecido por ter feito lóbi pela descriminalização do uso da canábis para fins médicos, que está agora a ser regulamentada, indicou a agência de notícias Associated Press (AP).

Saxofonista, piloto amador e herdeiro de uma fortuna, Anutin Charnvirakul soube manobrar para se impor como uma personalidade-chave nos sucessivos governos da Tailândia ao longo dos tumultuosos últimos anos, até ser nomeado primeiro-ministro.

Tal como a antecessora, membro de uma família com influência considerável na Tailândia há duas décadas, Anutin Charnvirakul também faz parte de uma dinastia de elites políticas e económicas, referiu a agência de notícias France-Presse (AFP).

O pai foi primeiro-ministro interino durante a crise política de 2008 e, posteriormente, ministro do Interior durante três anos.

A família fez fortuna numa empresa de construção civil, que garantiu contratos públicos lucrativos durante décadas.

A empresa construiu, entre outras infraestruturas, o principal aeroporto de Banguecoque e o edifício do parlamento, onde Anutin Charnvirakul foi agora nomeado primeiro-ministro.

Depois de estudar engenharia industrial em Nova Iorque, entrou na política aos trinta e poucos anos como conselheiro do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Verdadeiro camaleão político, tornou-se posteriormente ministro da Saúde, ministro do Interior e, entre 2019 e 2025, vice-primeiro-ministro de três chefes de governo, uma estabilidade rara no reino, cuja vida política é bastante agitada.

Apelidado de "Noo", que significa "rato" em tailandês, Anutin Charnvirakul procura construir uma imagem de homem do povo, apesar da fortuna.

Nas redes sociais, mostra-se a cozinhar vestido com calções e t-shirt, ou a interpretar sucessos da música pop tailandesa ao saxofone e ao piano, segundo a AFP.


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Ucrânia? China "opõe-se firmemente" a qualquer pressão dos EUA ou Europa... A China disse hoje opor-se a qualquer tipo de coerção, depois dos Estados Unidos terem pedido aos líderes europeus para aumentar a pressão económica sobre Pequim devido ao alegado apoio à máquina de guerra russa.

Por LUSA 

A China "opõe-se firmemente às chamadas pressões económicas" contra o país, tal como "se opõe à tendência de ser invocada para tudo", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun, em conferência de imprensa em Pequim.

"A China não está na origem desta crise, nem é parte envolvida", sublinhou.

Pequim reagia a declarações feitas na véspera pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, que instou a UE a "pressionar economicamente a China pelo apoio ao esforço de guerra da Rússia" na Ucrânia, de acordo com um responsável da Casa Branca.

O porta-voz escusou-se a comentar a recente decisão da Casa Branca de passar a referir o Departamento de Defesa como "Ministério da Guerra", por considerar tratar-se de "um assunto interno dos Estados Unidos".

Pequim tem evitado condenar explicitamente a invasão russa da Ucrânia, afirmando manter uma postura neutra e defendendo o papel de mediador no conflito.

No entanto, países ocidentais têm acusado a China de ajudar Moscovo a contornar as sanções, incluindo através da exportação de componentes tecnológicos que podem ser usados na produção de armamento.

Trump vai (mesmo) mudar nome do Pentágono para Departamento de Guerra... A ordem executiva prevê o uso do Departamento de Guerra como título secundário para o Departamento de Defesa, sediado no Pentágono. Já na semana passada, Trump tinha considerado que o nome "soava melhor".

Por LUSA 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai mesmo mudar o nome do Departamento de Defesa, sediado no Pentágono, para Departamento de Guerra. A ordem-executiva será assinada esta sexta-feira e surge dias após o republicano ter afirmado que Guerra "tinha um som mais forte".

A informação foi confirmada pela Casa Branca à Fox News, depois de Trump e o secretário de Defesa, Pete Hegseth, terem indicado que queria mudar o nome do departamento. 

A ordem executiva prevê o uso do Departamento de Guerra como título secundário para o Departamento de Defesa, bem como a nomeação de "secretário de Guerra" para Hegseth.  

Na quinta-feira, quando questionado sobre a mudança de nome, o (ainda) secretário de Defesa indicou também que poderia acontecer esta sexta-feira.

"Eu diria para ficarem atentos amanhã", disse, citado pela CNN. "É algo que — as palavras importam. Os títulos importam. As culturas importam. E George Washington fundou o Departamento de Guerra. Veremos."

Já na semana passada, a 25 de agosto, Trump também manifestou a sua intenção de mudar o Departamento de Defesa para Departamento de Guerra.

"Por que somos 'Defesa'? Antigamente, era chamado de Departamento de Guerra, e tinha um som mais forte", disse Donald Trump, durante uma conferência de imprensa na Casa Branca. "Soa melhor", frisou.

"Não quero ser apenas defesa. Queremos defesa, mas também queremos passar à ofensiva", atirou.

Trump argumentou, ainda, que durante as vitórias norte-americanas na 1.ª e na 2.ª Guerra Mundial o nome usado era Departamento de Guerra.

O Departamento de Guerra, sublinhe-se, foi criado por George Washington em 1789 e existiu até 1947, altura em que foi reorganizado pelo então presidente, Harry Truman.

Em 1949, passou a chamar-se Departamento de Defesa, mantendo a designação há mais de três quartos de século.

Apesar da sugerida mudança de nome, Trump enfatizou os seus esforços para mediar o cessar-fogo e as tréguas nos conflitos globais, destacando os sucessos nos conflitos entre a Índia e o Paquistão e a Arménia e o Azerbaijão, entre outros.

Putin rejeita presença de tropas estrangeiras na Ucrânia... O Presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou hoje a presença de tropas estrangeiras na Ucrânia, tanto antes como depois da assinatura de um acordo de paz que ponha fim ao conflito.

© Lusa   05/09/2025 

Se estas tropas forem enviadas agora, durante a guerra, Moscovo irá considerá-las "um alvo legítimo", disse Putin, durante o seu discurso no Fórum Económico do Leste, realizado na cidade portuária de Vladivostok. 

"E se forem tomadas decisões que conduzam à paz, a uma paz duradoura, simplesmente não vejo sentido na sua presença" em território ucraniano, acrescentou Putin, pedindo que "ninguém duvide que a Rússia respeitará integralmente" as futuras garantias de segurança para a Ucrânia.

Durante o seu discurso, Vladimir Putin convidou o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para conversações de paz em Moscovo, algo que este já rejeitou.

"Já disse: 'Estou disposto, por favor, venha, nós garantimos condições de trabalho e segurança completas e seguras. A garantia é de 100%'", disse.

A Rússia acusou hoje os estados europeus de "atrapalharem" a resolução do conflito na Ucrânia, um dia depois de 26 países se terem comprometido com uma "força de segurança" em caso de acordo de paz.

"Os europeus estão a obstruir a resolução na Ucrânia. Não estão a contribuir", disse o porta-voz da Presidência da Rússia.

Na quinta-feira, 26 países, na maioria europeus, comprometeram-se com a criação de uma "força de segurança" em caso de um acordo de paz no conflito da Ucrânia, anunciou o Presidente francês.

De acordo com Emmanuel Macron, o grupo de países, reunidos em Paris e por videoconferência no âmbito da Coligação dos Dispostos, prontificou-se para prestar garantias de segurança às autoridades da Ucrânia, com presença "em terra, no mar ou no ar".

Emmanuel Macron sublinhou que a força de segurança "não tem intenção nem objetivo de travar qualquer guerra contra a Rússia" e referiu que os Estados Unidos foram também "muito claros" sobre a disponibilidade para participar.

O líder francês observou que não se pretende que as forças a destacar estejam presentes na linha da frente, mas "prevenir qualquer nova grande agressão" por parte da Rússia e garantir a "segurança duradoura da Ucrânia".

Ao fim de três anos e meio da invasão russa da Ucrânia, as propostas para um acordo de paz entre Moscovo e Kyiv têm fracassado, apesar das iniciativas do Presidente norte-americano para aproximar as partes.

O líder russo, Vladimir Putin, exige que a Ucrânia ceda territórios e renuncie ao apoio ocidental e à adesão à NATO, condições que Kyiv considera inaceitáveis, reivindicando, pelo seu lado, um cessar-fogo imediato como ponto de partida para um acordo de paz, a ser salvaguardado por garantias de segurança que previnam uma nova agressão de Moscovo.


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A Força Aérea ucraniana disse hoje que a Rússia lançou 157 aparelhos aéreos não tripulados e disparou sete mísseis contra a Ucrânia desde quinta-feira à tarde.

EUA denunciam voo de caças venezuelanos sob navio norte-americano nas Caraíbas... Num comunicado oficial divulgado na quinta-feira, o Pentágono descreveu o ato como uma "manobra provocatória" para interferir nos esforços de combate ao "terrorismo ligado ao tráfico de droga".

Stocktrek Images  Por sicnoticias.pt

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos alegou que dois caças F-16 do exército da Venezuela sobrevoaram o contratorpedeiro norte-americano USS Jason Dunham, que navegava em águas internacionais nas Caraíbas.

Num comunicado oficial divulgado na quinta-feira, o Pentágono descreveu o ato como uma "manobra provocatória" para interferir nos esforços de combate ao "terrorismo ligado ao tráfico de droga".

Um porta-voz do departamento, citado pelos meios de comunicação norte-americanos, descreveu a manobra como uma "demonstração de força desnecessária e perigosa" e garantiu que a marinha dos EUA "continuará a operar livremente e em segurança em qualquer parte do mundo onde o direito internacional o permita".

O USS Jason Dunham faz parte das operações de segurança marítima dos Estados Unidos no sul das Caraíbas, para onde o país destacou oito navios de guerra e três navios anfíbios com mais de 4.500 operacionais no âmbito do combate ao tráfico de droga. 

As forças armadas norte-americanas dispararam na terça-feira contra um "barco que transportava droga", que acabara de sair da Venezuela e estava na região das Caraíbas, anunciou o Presidente norte-americano, Donald Trump, pouco depois da operação.

"Assassinaram 11 pessoas sem passar pela justiça. Pergunto se isso é aceitável"

O ataque, alegadamente contra traficantes do cartel "Tren de Aragua", provocou a morte de 11 pessoas. Na quarta-feira, o ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, acusou os Estados Unidos de cometerem execuções extrajudiciais.

"Assassinaram 11 pessoas sem passar pela justiça. Pergunto se isso é aceitável", disse Cabello, no seu programa de televisão "Con el Mazo Dando" ("Dando com o Martelo").

"Nenhuma suspeita de tráfico de droga justifica execuções extrajudiciais no mar", denunciou Cabello, considerado o segundo dirigente mais importante na liderança da Venezuela. "Não é claro, não explicaram nada, anunciam pomposamente que assassinaram 11 pessoas. É muito delicado. E o direito à defesa?", insistiu o ministro.

Horas antes, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, avisou que Washington vai realizar mais operações militares contra cartéis de droga. Este "é um sinal claro para o 'Tren de Aragua', o 'Cartel dos Sóis' e outros oriundos da Venezuela, de que não permitiremos este tipo de atividade", sublinhou Hegseth.

No final de julho, os Estados Unidos classificaram como uma organização terrorista o "Cartel dos Sóis", um grupo que Washington alega estar ligado ao Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Maduro "não foi eleito e os Estados Unidos oferecem uma recompensa de 50 milhões de dólares [cerca de 43 milhões de euros] por ele", afirmou Pete Hegseth.

Também na quarta-feira, o Parlamento do Peru aprovou uma moção que declara o "Cartel dos Sóis" uma organização terrorista, alegando que representa uma ameaça externa à nação sul-americana.

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

"Quase o venci". Filho de Donald em luta de sumo no Japão (ora veja)... Os seguidores de Eric Trump, terceiro filho de Donald Trump, gostaram da publicação, apontando que este era um "ótimo desporto" e que se "divertiram" a ver o empresário e girar.

Por LUSA 

Eric Trump, um dos filhos do presidente dos Estados Unidos, Doanld Trump, viajou até ao Japão e recorreu às redes sociais para partilhar que foi ao país, no qual teve mesmo a "honra" de ter uma experiência como 'lutador de sumo'.

"Não é todos dia que você é convidado para lutar sumo com a lenda, Yokozuna! Quase o vencia", escreveu na descrição de uma publicação partilhada no Instagram.

Note-se que o termo yokozuna diz respeito à posição mais alta que se pode atingir no sumo. Na mesma publicação, para além dos vídeos, aquele que é o terceiro filho do presidente dos EUA publicou ainda uma fotografia com outros jogadores de sumo.

As imagens mostram o filho de Trump numa luta, e a ser levantado pelo lutador, um Yokozuna.

Na caixa de comentários foram vários os reparos: "Isto é ótimo. Fez-me rir muito quando ele andou à volta. Que experiência divertida", lê-se num comentário.

"Muito respeito por este desporto", escreve um outro utilizador.

Veja as imagens na galeria👇


COMUNICADO: O GOVERNO, ATRAVÉS DO MINSAP, ALERTOU HOJE A POPULAÇÃO PARA A NECESSIDADE DE SE ADOTAREM MECANISMOS DE PREVENÇÃO AO SURTO DE Mpox - UMA DOENÇA VIRAL CAUSADA POR UM VÍRUS PERTENCENTE A MESMA FAMÍLIA DO VÍRUS DA VARÍOLA.

EMBORA A GUINÉ-BISSAU NÃO TENHA REGISTADO AINDA ATÉ ESTE MOMENTO NENHUM CASO DESSE VÍRUS, MAS O NÍVEL DA PROPAGAÇÃO DA DOENÇA QUE JÁ SE REGISTA EM ALGUNS PAÍSES DA ÁFRICA, SOBRETUDO, A OCIDENTAL, E EM OUTROS CONTINENTES, LEVA A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) A DECLARAR O VÍRUS DA Mpox, UMA "EMERGÊNCIA DA SAÚDE PÚBLICA DE IMPORTÂNCIA INTERNACIONAL". 

Todos, de mãos a obra!

Guiné-Bissau empata com Serra Leoa e complica presença no Mundial2026

Por LUSA 

A Guiné-Bissau empatou hoje 1-1 na receção à Serra Leoa, no seu sétimo jogo do Grupo A da qualificação africana para o Campeonato do Mundo de futebol de 2026.

A Guiné-Bissau empatou hoje 1-1 na receção à Serra Leoa, no seu sétimo jogo do Grupo A da qualificação africana para o Campeonato do Mundo de futebol de 2026.

Os guineenses chegaram ao intervalo a perder por um golo, depois de a Serra Leoa se adiantar aos 45+1 minutos, com um golo de Kei Kamara.

A equipa treinada por Emiliano Té, que sucedeu ao português Luís Boa-Morte, só conseguiu chegar ao empate a um quarto de hora do fim, com o golo de Mama Baldé, jogador do Brest, a passe de Carlos Mané, do Kayserispor.

Após este empate, a Guiné-Bissau mantém o quarto lugar do grupo, menos dois do que a Serra Leoa. O Egito comanda, com 16 pontos, seguido pelo Burkina Faso, com 11.


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Pelo menos 31 mortos e 50.000 deslocados devido a conflitos no Gana

Por LUSA 

Confrontos entre comunidades no norte do Gana causaram pelo menos 31 mortes e deslocaram cerca de 50.000 pessoas desde o final de agosto, anunciaram hoje as autoridades governamentais.

Segundo o ministro do Interior, Mubarak Muntaka, 31 pessoas foram mortas e 13.253 ganenses fugiram para a vizinha Costa do Marfim.

O presidente do conselho regional de Bounkani, na Costa do Marfim, Philippe Hien, afirmou que as pessoas deslocadas chegaram a 17 aldeias perto da fronteira, numa região do país que já acolhe cerca de 30.000 refugiados provenientes do Brurkina Faso.

A Agência Nacional de Gestão de Desastres do Gana anunciou que cerca de 48.000 pessoas, na sua maioria mulheres e crianças, foram forçadas a abandonar as suas casas devido à violência, que teve origem num conflito por terras.

"Há cinco dias que não se registam tiroteios, mortes ou ataques", garantiu o diretor regional da agência, Zakaria Mahama, acrescentando que os deslocados já começaram a regressar às suas casas.

A violência começou a 24 de agosto na aldeia de Gbiniyiri, perto da fronteira com a Costa do Marfim, em torno de um litígio fundiário envolvendo uma dúzia de comunidades locais.

O conflito deu-se após a venda de um terreno por um chefe local a um promotor privado, sem o consentimento da comunidade.

Quando o promotor tentou aceder ao terreno para iniciar as obras, a população local resistiu violentamente, chegando a incendiar o palácio do chefe responsável pela venda.

Segundo Muntaka, mais de 700 militares e polícias foram destacados nos últimos dias e foi decretado um recolher obrigatório.

Um responsável da região, Salisu Bi-Awuribe, declarou que a calma está a regressar gradualmente, com os chefes tradicionais e os anciãos das comunidades a trabalharem com as autoridades para impedir novos confrontos.

As autoridades temem uma escassez de alimentos depois de as famílias terem abandonado as quintas e o gado.

Foi criada uma comissão de inquérito para examinar as causas desta violência e trabalhar para a reconciliação.

Os conflitos intercomunitários relacionados com terras e as disputas relacionadas com as chefias locais são recorrentes no norte do Gana, embora deslocações desta magnitude sejam raras.

Exército israelita anuncia que controla 40% da Cidade de Gaza

Por LUSA 

O Exército israelita anunciou hoje o controlo de 40% da Cidade de Gaza, após mais de três semanas de bombardeamentos intensivos e demolições sistemáticas de edifícios como parte do seu plano de ocupação da capital do enclave palestiniano.

"Hoje, controlamos 40% da cidade. A operação continuará a expandir-se e a intensificar-se nos próximos dias", disse o porta-voz militar israelita, Effie Defrin, numa mensagem vídeo à imprensa.

O porta-voz militar acrescentou que as equipas de duas brigadas continuam a combater no bairro de Zeitun e que outras forças de infantaria estão a manobrar no bairro de Sheikh Radwan, a norte da Cidade de Gaza.

"Continuamos a atacar sistematicamente as infraestruturas do Hamas", acrescentou Defrin, a respeito da operação aprovada pelas autoridades israelitas, que pretende eliminar as últimas bolsas do grupo islamita palestiniano e recuperar os 48 reféns que permanecem na sua posse, dos quais se estima que 20 estejam vivos.

O plano prevê a ocupação total da Faixa de Gaza e a deportação forçada de centenas de milhares dos seus habitantes, numa região do enclave que a ONU já declarou que se encontra afetada pela fome.

Segundo fontes das autoridades de saúde do enclave palestiniano citadas pela estação televisiva Al-Jazeera, os ataques israelitas provocaram hoje a morte de 69 pessoas na Faixa de Gaza, incluindo 39 na capital do território.

Num único ataque hoje contra o bairro de Al-Tuffah, segundo o porta-voz da Defesa Civil do território, Mahmud Basal, cinco pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas, incluindo crianças.

O número de mortos no conflito na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva israelita ultrapassou os 64 mil, informaram hoje as autoridades locais controladas pelo Hamas.

Segundo o Ministério da Saúde do território, o total de mortos em quase dois anos de guerra inclui cerca de 400 pessoas dadas como desaparecidas, mas que tiveram entretanto os óbitos confirmados.

O número total de vítimas mortais aumentou para 64.231 e os feridos contabilizados são 161.583, de acordo com os novos dados.

A guerra em curso na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque liderado pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez 1.200 mortos, na maioria civis, e 251 reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva em grande escala no enclave palestiniano, que destruiu a quase totalidade das infraestruturas do território e provocou um desastre humanitário sem precedentes na região.


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Guiné-Bissau expressa solidariedade e sentimento de luto com Portugal

Por LUSA 

O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, expressou solidariedade a Portugal, partilhando o sentimento de luto com o acidente que fez 16 mortos e 22 feridos no Elevador da Glória, em Lisboa.

Numa publicação feita hoje na página oficial da Presidência, o chefe de Estado guineense refere que foi recebida em Bissau "com profunda tristeza e consternação a notícia do trágico acidente ocorrido ontem [quarta-feira] em Lisboa, com o Elevador da Glória, que vitimou dezenas de pessoas e deixou vários feridos".

"Neste momento de dor e pesar, expresso, em meu nome e em nome do povo guineense, os mais sinceros sentimentos às famílias enlutadas, bem como a todos os que foram afetados por esta terrível tragédia", lê-se na mensagem de pesar.

O Presidente guineense manifesta "total solidariedade para com o Governo e o povo português, partilhando o sentimento de luto que hoje (...) une a todos".

"Os nossos pensamentos e orações estão com cada um dos afetados", acrescenta.

O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e cerca de duas dezenas de feridos de várias nacionalidades.

O Governo decretou um dia de luto nacional, nesta quinta-feira.

O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, e é muito procurado por turistas.

OMS alerta para falhas na prevenção de doenças em Cabo Verde

Por LUSA 

Um especialista da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou hoje para o risco de doenças transmitidas por mosquitos após a tempestade que provocou nove mortos em Cabo Verde, afirmando que a população ainda desconhece medidas essenciais de prevenção.

"Constatamos que, apesar dos esforços do Governo para combater doenças transmitidas por vetores, como o paludismo e a dengue, a população ainda desconhece todas as medidas necessárias. Ou seja, a comunicação não passou bem. Falta engajamento comunitário", afirmou o especialista Jude Bigoga, em São Vicente, ilha mais afetada pela tempestade de 11 de agosto, com nove mortos. 

O especialista sublinhou a necessidade de união entre todos para acompanhar o Ministério da Saúde na luta contra estas doenças.

"Se continuarmos a ter estas doenças transmitidas por mosquitos em São Vicente, tudo indica que a população aceitou conviver com eles, o que não deveria ser o caso", acrescentou.

Além disso, alertou ainda que é fundamental trabalhar em conjunto para que Cabo Verde não perca o certificado de país livre de paludismo, emitido pela OMS em 2024.

O especialista tem apoiado as autoridades sanitárias a formar agentes de luta anti-vectorial, profissionais de saúde e voluntários para enfrentar uma possível epidemia.

Desde agosto, Cabo Verde tem reforçado medidas de prevenção e controlo da malária, capacitando técnicos e melhorando o saneamento básico, como parte de um esforço contínuo para evitar surtos, após registo de 30 casos desde janeiro.

A presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) alertou para os riscos sanitários na ilha de São Vicente e pediu mais apoios externos e reforço da resposta após a tempestade.

A nova representante da OMS em Cabo Verde garantiu ajuda de urgência às ilhas afetadas, incluindo envio de medicamentos, antecipando o surgimento de doenças pós-tempestade.

Moradores de São Vicente admitiram à Lusa receio de contrair doenças devido à acumulação de lixo e água nas ruas.

As cheias inundaram bairros, destruíram estradas, pontes e estabelecimentos comerciais, afetaram o abastecimento de energia e provocaram nove mortos, havendo ainda duas pessoas desaparecidas.

Na sequência, o Governo declarou situação de calamidade por seis meses em São Vicente, Porto Novo (Santo Antão) e nos dois concelhos de São Nicolau, aprovando um plano de resposta com apoios de emergência às famílias e atividades económicas, incluindo linhas de crédito bonificado e verbas a fundo perdido, financiadas pelo Fundo Nacional de Emergência e pelo Fundo Soberano de Emergência, criado em 2019.


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Trump descontente com compras de petróleo russo pela UE... O Presidente dos Estados Unidos está "muito descontente" com as compras de petróleo russo por parte de países da União Europeia (UE), disse hoje o líder da Ucrânia.

Por LUSA 

Donald Trump "está muito descontente por o petróleo russo estar a ser comprado pela Europa", disse Volodymyr Zelensky, citando a Eslováquia e a Hungria, durante uma conferência de imprensa conjunta com o Presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu.

Zelensky referia-se a uma conversa telefónica entre Trump e os líderes europeus, reunidos presencialmente e por videoconferência em Paris.

Macron confirmou também que "Trump e o governo norte-americano ficaram incomodados (...) com as escolhas feitas por dois países-membros da UE que continuam a comprar petróleo russo".

O líder francês saudou a posição de Washington, afirmando que "o alinhamento Estados Unidos-Europa será ainda mais eficaz para pôr fim a estas práticas", numa referência a Bratislava e a Budapeste.

"Estes são os dois países que se queixaram ao Presidente Trump" após os ataques ucranianos à infraestrutura energética russa, acrescentou Zelensky.

Recentemente, estes ataques ucranianos, realizados em resposta aos bombardeamentos russos ao sistema energético ucraniano, interromperam o oleoduto Druzhba, que liga a Rússia à Europa Central e Oriental.

Em 2022, após a Rússia ter iniciado a invasão da Ucrânia, a UE proibiu a maior parte das importações de petróleo russo. No entanto, o oleoduto de Druzhba foi isento.

Zelensky vai reunir-se na sexta-feira, no oeste da Ucrânia, com o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, que se encontrou recentemente com o Presidente russo, Vladimir Putin, na China.

Nomeado em outubro de 2023 como chefe do governo eslovaco, Robert Fico deu ao país uma orientação pró-Rússia, seguindo os passos da vizinha Hungria, e visitou a Rússia.

Fico nunca visitou Kiev desde o início da invasão russa da Ucrânia e interrompeu toda a ajuda militar ao país.

Ataca regularmente Volodymyr Zelensky, chamando-lhe "um comediante que mente tanto quanto respira" e que "precisa desta guerra para manter o emprego".

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, na sequência da desagregação da antiga União Soviética.


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Ex-ministro da Zâmbia condenado a trabalhos forçados por corrupção... O ex-ministro das Relações Exteriores da Zâmbia, Joseph Malanji, foi hoje condenado por corrupção a quatro anos de prisão e a uma pena de trabalhos forçados, noticia a agência de notícias France-Presse (AFP)

Por LUSA 

Malanji, que foi membro do Governo de 2018 a 2021, sob o comando do ex-Presidente Edgar Lungu, foi preso no final de 2021 por desvio de fundos públicos que foram usados, entre outras coisas, para a compra de dois helicópteros neste país da África austral.

Com 60 anos, o antigo chefe da diplomacia zambiana deve cumprir "quatro anos de prisão com trabalhos forçados", anunciou a juíza Ireen Wishimanga na audiência, segundo a equipa da AFP presente no tribunal.

O seu coarguido, o antigo secretário do Tesouro, Fredson Yamba, foi condenado a três anos de prisão e foi acusado de facilitar a transferência de mais de 8 milhões de dólares (6,8 milhões de euros) para a missão da Zâmbia na Turquia sem justificação.

Os dois ex-membros do Governo foram os primeiros altos responsáveis da era Lungu a serem detidos por corrupção após a tomada de posse do atual Presidente Hakainde Hichilema, que promete regularmente erradicar a corrupção na Zâmbia, país que figura entre os piores classificados no índice de corrupção da Transparency International de 2024.

Mais de 64% da população deste país rico em cobre vive na pobreza, de acordo com o Banco Mundial.

Pelo menos 884 mortos e mais de 1.100 feridos em inundações no Paquistão... Pelo menos 884 pessoas morreram e mais de 1.100 ficaram feridas nas inundações causadas pelas chuvas de monções que caem desde o final de junho no Paquistão, disseram hoje as autoridades locais.

Por LUSA 

A província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país, registou o maior número de mortes, com 489 vítimas mortais, de acordo com os dados mais recentes da Autoridade de Gestão de Desastres (NDMA) paquistanesa, citados pela agência de notícias EFE.

No entanto, nos últimos dias, o foco do desastre mudou para a província do Punjab, na fronteira com a Índia, onde já foram registadas 223 mortes.

Cerca de 300 mil pessoas foram retiradas nas últimas 48 horas de áreas atingidas pelas inundações na província de Punjab, na sequência dos últimos alertas de cheias na Índia, de acordo com a agência de notícias Associated Press (AP).

As cheias atingiram dezenas de aldeias no distrito de Muzaffargarh, depois de inundarem Narowal e Sialkot, ambas junto à fronteira com a Índia.

Esta retirada eleva o número total de deslocados para 1,3 milhões desde o mês passado, referiu a AP.

O Departamento de Meteorologia do Paquistão mantém o nível de alerta de cheias para os rios Chenab, Ravi e Sutlej, que atravessam o Punjab, zona agrícola e industrial densamente povoada, enquanto outras partes do leste permanecem também com um nível de alerta "muito alto ou extremamente alto".

Até ao momento, mais de 3,3 milhões de pessoas em 33.000 aldeias da província foram afetadas. Os danos ainda estão a ser avaliados e todos aqueles que perderam casas e plantações serão indemnizados pelo governo do Punjab, província com mais de 30 milhões de habitantes.

Em plena situação emergência, o Governo paquistanês acusou a Índia de agravar a crise ao libertar água de várias barragens, provocando um aumento repentino do caudal de rios partilhados, o que resultou em inundações nas áreas urbanas e agrícolas paquistanesas.

Os aluimentos de terra e as inundações também mataram pelo menos 29 pessoas no estado indiano do Punjab, também com mais de 30 milhões de habitantes.

Pelo menos 32 mortos em naufrágio de um barco num rio da Nigéria... Pelo menos 32 pessoas morreram na sequência do naufrágio de um barco num rio no centro-norte da Nigéria, de acordo com um relatório divulgado hoje pelos serviços de resgate.

Por LUSA 

O acidente, ocorrido ao final da manhã de terça-feira, foi provocado pela "sobrecarga do barco e colisão com um cepo de árvore", informou a Agência de Gestão de Emergências (SEMA), em comunicado.

O número de mortos, que poderá ser superior, é de 32, encontrando-se oito pessoas desaparecidas e registados 50 sobreviventes, disse hoje Abdullahi Baba Arah, funcionário da SEMA, à agência AFP.

"Oito pessoas ainda estão desaparecidas e 50 sobreviventes foram resgatados", disse, depois de indicar, algumas horas antes, que os serviços de resgate tinham encontrado "29 corpos", corroborando um relatório da Cruz Vermelha.

A embarcação transportava mais de 80 passageiros, de acordo com os serviços de resgate: "O barco transportava homens, mulheres e crianças quando afundou", disse Abubakar Idris, funcionário da Cruz Vermelha.

As vítimas navegavam no rio Malale após terem saído da aldeia de Tugan Sule, com destino a outra aldeia, Dugga, onde iriam apresentar as condolências após uma morte, segundo as equipas de resgate.

O barco afundou-se perto de Gausawa, uma aldeia no distrito de Borgu, disse Usman Ibrahim, residente em Tugan Sule.

Os naufrágios de barcos ocorrem regularmente nos rios da Nigéria, sendo frequentemente causados por embarcações sobrelotadas, manutenção deficiente ou incumprimento das normas de segurança.

No final de agosto, um barco semelhante que transportava cerca de 50 passageiros para um mercado fluvial no estado de Sokoto (noroeste) virou, deixando três mortos e 25 desaparecidos, presumivelmente mortos.

Um mês antes, no final de julho, seis meninas morreram afogadas depois de o barco que as levava para casa do trabalho agrícola ter virado no meio do rio no estado de Jigawa (noroeste).

O naufrágio ocorreu devido à escuridão, à subida do nível da água, às correntes, aos ventos fortes e à falta de cumprimento das precauções de segurança, informou a polícia, acrescentando que os passageiros não usavam coletes salva-vidas.

Dois dias antes, pelo menos 13 pessoas morreram num outro acidente de barco no estado do Níger, no centro do país.

Ucrânia? Decisão sobre envio de tropas cabe aos países europeus, diz NATO... O secretário-geral da Nato, Mark Rutte, declarou hoje que não cabe à Rússia decidir se os países ocidentais podem ou não enviar tropas para a Ucrânia.

Por LUSA 

"Porque é que estamos interessados no que a Rússia pensa sobre as tropas na Ucrânia? (...) Não são os russos a decidir" esta questão, disse Rutte, numa conferência de segurança em Praga.

A Rússia avisou que se recusa a discutir uma "intervenção estrangeira" na Ucrânia "qualquer que seja a situação", numa altura em que alguns países europeus manifestaram disponibilidade para enviar tropas como parte de uma solução para o conflito.

Mark Rutte deverá participar, por videoconferência, numa reunião em Paris da coligação de cerca de 30 países, sobretudo europeus, dispostos a garantir a segurança da Ucrânia depois do fim dos combates, incluindo com envio de tropas.

A França e o Reino Unido presidem a esta reunião, durante a qual os aliados da Ucrânia querem mostrar ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que estão prontos para fornecer garantias de segurança a Kyiv.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, depois de em 2014 ter anexado a península ucraniana da Crimeia.


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Israel promete infligir as "dez pragas" do Egito aos rebeldes iemenitas

Por LUSA 

O ministro da Defesa de Israel prometeu hoje infligir as "dez pragas" do Egito aos Hutis, após os rebeldes iemenitas assumirem a responsabilidade por um novo ataque com mísseis contra o território israelita.

"Os Hutis dispararam novamente mísseis contra Israel (...). Vamos infligir as 'dez pragas'" aos rebeldes do Iémen, declarou Israel Katz na rede social X, em uma referência a um episódio da Bíblia, nomeadamente no Velho Testamento, no qual Moisés lança dez pragas sobre a população egípcia.

O exército israelita disse hoje que um míssil disparado pelos Huthis caiu numa área aberta fora do território israelita. As sirenes de alerta não foram acionadas.

Os rebeldes afirmaram, em um comunicado, que tinham atingido o aeroporto Ben Gurion, perto de Telavive, com um míssil balístico.

Na quarta-feira, os Huthis reivindicaram a responsabilidade por dois ataques com mísseis, que Israel afirmou ter intercetado.

Os rebeldes iemenitas prometeram no sábado vingar o seu primeiro-ministro, morto na semana passada juntamente com outros ministros num ataque israelita sobre a capital do Iémen, Sana, que está sob o domínio dos Huthis.