quarta-feira, 9 de julho de 2025

Rússia não vai cumprir decisões do tribunal europeu: "Insignificantes"

Por LUSA 

O TEDH condenou hoje a Rússia por violação do direito internacional na Ucrânia, sendo esta a primeira vez que um tribunal internacional considera Moscovo responsável por abusos dos direitos humanos na invasão da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

A presidência russa (Kremlin) anunciou hoje que não vai cumprir as decisões do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) que responsabilizam Moscovo por violações dos direitos humanos na Ucrânia, tendo classificado as deliberações da instância como insignificantes.

Não as cumpriremos. Consideramos que são insignificantes", afirmou o porta-voz presidencial, Dmitri Peskov, durante a sua conferência de imprensa diária.

O TEDH condenou hoje a Rússia por violação do direito internacional na Ucrânia, sendo esta a primeira vez que um tribunal internacional considera Moscovo responsável por abusos dos direitos humanos na invasão da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

Segundo o presidente da instância judicial, o juiz francês Mattias Guyomar, a Rússia foi considerada culpada pela execução de "civis e militares ucranianos fora de combate", "atos de tortura", "deslocação injustificada de civis" e "destruição, pilhagem e expropriação" durante uma operação na região ucraniana do Donbass (leste da Ucrânia).

O TEDH também anunciou a sua decisão sobre uma outra ação, interposta pelos Países Baixos, considerando o Kremlin responsável pela queda do voo MH17 da Malaysia Airlines, que matou 298 pessoas em 2014.

Todos os passageiros e membros da tripulação do voo MH17 foram mortos quando o aparelho que estabelecia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur foi atingido no leste da Ucrânia, controlada pelos separatistas russófonos, por um míssil.

Estas foram as primeiras decisões de um processo contra a Rússia que envolve quatro ações: as duas primeiras, apresentadas pela Ucrânia em 2014, relacionadas com a guerra no leste do país e com as ações russas, incluindo a deslocação forçada de crianças para território russo e o envolvimento direto de Moscovo no financiamento e armamento das tropas separatistas.

A terceira foi apresentada pelos Países Baixos em 2020, a propósito da queda do voo MH17. Entre as vítimas mortais, cerca de metade eram neerlandesas.

A quarta ação foi novamente interposta pela Ucrânia após o início da guerra em 2022.

Embora a Rússia tenha sido expulsa do Conselho da Europa em 2022, o TEDH mantém a jurisdição porque os atos cometidos abrangem o período em que o país ainda era membro.

O TEDH é o órgão jurisdicional do Conselho da Europa, organização criada em 1949 para defender os Direitos Humanos, a Democracia e o Estado de Direito e que integra atualmente 46 Estados-membros, incluindo todos os países que compõem a União Europeia.


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Cientistas identificaram que esta quarta-feira (9) poderá ser o dia mais curto já registrado na história. Isso porque a Terra completará sua rotação entre 1,3 e 1,51 milissegundos mais rápido que o padrão de 24 horas.

 Terra vai ter dia mais curto do ano nesta quarta-feira; entenda... VÍDEO 
Por Redação g1.globo.com  09/07/2025
Terra vai girar mais rápido do que o comum em torno de seu próprio eixo e, com isso, dia vai ser mais curto.

Nesta quarta-feira (9) a Terra vai viver o dia mais curto do ano. Isso acontece porque o planeta vai girar em torno de seu próprio eixo em uma velocidade ligeiramente maior do que o normal, fazendo com que o dia dure 1,30 milissegundo a menos. (Entenda mais abaixo)

🌎 A Terra leva, em média, 86.400 segundos para completar uma rotação — o que representa as 24 horas de um dia. Nesta quarta-feira, no entanto, o planeta vai acelerar levemente esse movimento e completará a volta com 1,30 milissegundo a menos.

Se você ficou preocupado com a possibilidade de “perder tempo”, pode ficar tranquilo:

O encurtamento do dia será de apenas 1,30 milissegundo. Para ter uma noção, um piscar de olhos dura cerca de 300 milissegundos. Ou seja, o tempo perdido é muito menor que isso.

O fenômeno não é raro. Em 2025, além desta quarta-feira, os dias 22 de julho e 5 de agosto também devem ser ligeiramente mais curtos: 1,38 milissegundo e 1,51 milissegundo a menos, respectivamente.

Cientistas ainda não sabem exatamente por que isso ocorre. Eles explicam que, ao longo da história da Terra, variações na rotação são comuns e não representam motivo de preocupação.

A Terra está acelerada

Até 2020, o dia "mais curto" registrado havia acontecido em 5 de julho de 2005, com duração de 1,0516 milissegundos a menos que 24 horas.

Mas em 2020, a Terra registrou os 28 dias mais curtos que se tem conhecimento desde que os relógios atômicos começaram a ser usados ​​na década de 1960.

Em 19 de julho de 2020, o planeta bateu o recorde que havia estabelecido em 2005, registrando um dia 1,47 milissegundos mais curto que o normal.

Depois, seguiu em um novo recorde, em 29 de junho de 2022 com o dia mais curto já visto: 1,59 milissegundos mais curto que o normal.

Mas é algo que os cientistas acreditam não ser motivo de preocupação.

Por que a Terra está 'com pressa'?

Os especialistas explicam que em escalas temporais de décadas (entre 10 e 100 anos), a duração dos dias tem algumas variações irregulares.

"A gente sabe que, de modo geral, a Terra vem desacelerando sua rotação desde a sua formação. Há bilhões de anos atrás, por exemplo, um dia durava cerca de cinco horas, bem diferente das 24 horas que dura atualmente. No entanto, essa desaceleração não é completamente regular, e eventualmente, ocorrem pequenas acelerações momentâneas, que é o que a gente está vendo nesse momento", explica Fernando Roig, diretor do Observatório Nacional.

Os cientistas concordam que essas mudanças são causadas pela interação de fatores como a atividade do núcleo fundido do planeta e o movimento dos oceanos e da atmosfera. Mas, não sabem exatamente o motivo pelo qual elas acontecem.

Apesar disso, eles ainda apontam que é surpreendente a precisão de cronômetro, já que só se perde alguns milissegundos.

O que aconteceria se a Terra se atrasasse ou adiantasse mais?

Mesmo sendo pequenas, mudanças no tempo da Terra podem se somar ao longo dos anos e fazer com que nossos relógios se adiantem ou atrasem um segundo.

Para corrigir o descompasso, os cientistas usam o chamado "segundo bissexto" desde 1973, que pode ser positivo ou negativo.

Ou seja, este segundo pode ser adicionado aos nossos relógios quando a Terra se atrasa, ou pode ser retirado quando o planeta termina suas rotações em menos tempo que o normal.

Desde 1973, o IERS adicionou 27 segundos bissextos à hora oficial dos relógios na Terra.

"Se os dias mais curtos continuarem, em algum momento podemos precisar de um segundo bissexto negativo, ou seja, tirar um segundo de nossos relógios para que se ajuste à rotação mais rápida da Terra", diz Jones.

"Mas podemos ou não precisar. Não sabemos se isso vai acontecer porque não sabemos quanto tempo essa tendência vai durar ou se vai durar", acrescenta.

Rússia lançou o maior ataque com drones desde o início do conflito... Segundo a Força Aérea de Kyiv foram intercetados 711 drones e destruídos sete mísseis, sem especificar os danos exatos causados pelo ataque noturno.

Por LUSA 

A Força Aérea ucraniana disse hoje que a Rússia lançou, durante a última noite, o maior ataque com drones e mísseis desde o início da invasão em 2022.

De acordo com a mesma fonte, as forças russas dispararam 728 aparelho aéreos não tripuladas (drones) e 13 mísseis.

Segundo a Força Aérea de Kyiv foram intercetados 711 drones e destruídos sete mísseis, sem especificar os danos exatos causados pelo ataque noturno.

Por outro lado, o Ministério da Defesa da Rússia comunicou que as defesas antiaéreas abateram durante a noite 86 drones ucranianos, seis dos quais nas imediações de Moscovo.

De acordo com o relatório militar russo, dois dos seis drones abatidos perto de Moscovo dirigiam-se diretamente para a capital, o que levou a Rosaviatsia, a agência federal de aviação civil, a suspender temporariamente as operações no aeroporto de Sheremetyevo, na zona da capital.

A mesma medida foi tomada no aeroporto de Kaluga, uma cidade a cerca de 160 quilómetros a sudoeste de Moscovo.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 2014 anexando a Península da Crimeia e lançou uma operação militar em 2022 contra território ucraniano.


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Trump recebe presidentes da Guiné-Bissau e de outros 4 países africanos... O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, receberá hoje os chefes de Estado de cinco países africanos, entre eles o da Guiné-Bissau, que irá tentar obter ajudas ao crescimento económico e a reabertura da embaixada em Bissau.

Por  LUSA  09/07/2025

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou esta segunda-feira o encontro, que a Lusa tinha já noticiado na semana passada, quando fontes do Governo em Bissau revelaram que Sissoco Embaló seria recebido por Trump juntamente com os presidentes do Gabão, Mauritânia e Senegal.

A Casa Branca não especificou quais os presidentes africanos que estarão no encontro, em Washington, mas a imprensa norte-americana antecipa que estarão presentes os quatro já referidos e ainda o da Libéria.

O presidente guineense viajou segunda-feira para os Estados Unidos da América, com a esperança de obter da Administração Trump ajudas ao crescimento económico e a reabertura da embaixada em Bissau, encerrada na sequência do conflito político-militar de 1998, como disse à partida do aeroporto de Bissau aos jornalistas.

Na ocasião, Embaló observou que os Estados Unidos exigem um reforço de níveis de segurança aos países onde vão colocar as suas embaixadas, diligências que disse estarem em curso na Guiné-Bissau.

O presidente guineense referiu que, "há muito" que a Guiné-Bissau deixou de beneficiar de "apoios consequentes" dos Estados Unidos da América, uma situação que estava a tratar com o anterior presidente norte-americano, Joe Biden, e que agora vai retomar com Donald Trump.

O encontro deverá centrar-se na segurança regional e nas oportunidades económicas que Washington pode encontrar no setor dos minerais críticos na África Ocidental.

Trump, segundo uma fonte da Presidência dos Estados Unidos, acredita que os países africanos oferecem "oportunidades comerciais incríveis" com benefícios tanto para a população norte-americana como para essas nações.

Detidos militares acusados de planear ações antigovernamentais no Canadá... Estão acusados de "participarem em treinos de estilo militar", incluindo exercícios de tiro, exercícios de emboscada e uma operação de rastreio, acrescentou a mesma fonte.

Por LUSA 

Quatro canadianos, incluindo militares, foram detidos por tentarem formar uma milícia para tomar à força o controlo de um território na região de Quebec, anunciou na terça-feira a polícia federal.

Três dos suspeitos, com cerca de 20 anos, foram acusados de "atos específicos para facilitar atividades terroristas", de acordo com um comunicado da Real Polícia Montada do Canadá (RCMP, na sigla em inglês).

Estão acusados de "participarem em treinos de estilo militar", incluindo exercícios de tiro, exercícios de emboscada e uma operação de rastreio, acrescentou a mesma fonte.

O quarto suspeito, de 33 anos, foi acusado de posse ilegal de armas de fogo.

Entre os quatro suspeitos, alguns são "membros ativos das Forças Armadas canadianas", segundo o comunicado, que não adiantou mais pormenores.

Durante as buscas em janeiro de 2024, a polícia apreendeu vários engenhos explosivos, bem como dezenas de armas de fogo e acessórios.

Sem mencionar os motivos dos suspeitos, as autoridades refere no comunicado que a polícia está empenhada "em combater o extremismo violento motivado ideologicamente".

Taiwan inicia maior exercício militar de sempre a simular ataque da China

Por LUSA 

As Forças Armadas de Taiwan iniciaram hoje os exercícios militares anuais Han Kuang, destinados a testar a capacidade de resposta do território a um eventual ataque da China, informou a agência de notícias taiwanesa CNA.

As manobras, que incluem simulações com fogo real, vão decorrer durante dez dias e nove noites, com a participação de cerca de 22 mil reservistas - um número e duração sem precedentes para este tipo de exercício.

Segundo a CNA, o primeiro dia será dedicado à resposta a "possíveis ações hostis do inimigo", como o uso de embarcações civis ou da guarda costeira para assediar a ilha, e à prevenção de uma escalada para "conflito aberto".

Durante o dia de hoje, navios da Marinha deverão zarpar em estado de urgência após reabastecimento, enquanto radares móveis e lançadores de mísseis são deslocados para posições táticas, permanecendo em alerta e prontos para o combate, de acordo com a mesma fonte.

Unidades terrestres serão também destacadas para proteger infraestruturas críticas, como redes elétricas, sistemas de abastecimento de água e de combustível.

Está ainda previsto que equipas de engenharia militar construam obstáculos defensivos nas chamadas "praias vermelhas", consideradas os pontos mais prováveis para um eventual desembarque inimigo.

Num comunicado divulgado na véspera do início das manobras, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) de Taiwan sublinhou que, sob exigências de um treino orientado para "combate real", o exército adotou uma "postura pragmática" para simular "diversos cenários de guerra" integrados nos exercícios.

"Qualquer situação imprevista durante os exercícios será considerada parte do treino, com o objetivo de acumular experiência e continuar a reforçar a capacidade operacional das forças armadas", assinalou o MDN.

A China, que considera Taiwan uma "parte inalienável" do seu território e não exclui o uso da força para assegurar a reunificação, classificou os exercícios Han Kuang como uma encenação do Partido Democrático Progressista (DPP, na sigla em inglês), no poder em Taipé, para promover a sua "agenda separatista".

"Sejam quais forem os participantes ou as armas utilizadas, as firmes contramedidas do ELP [Exército de Libertação Popular] contra a 'independência de Taiwan' não serão dissuadidas, nem será travada a tendência irreversível para a reunificação nacional da China", afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, coronel Jiang Bin.

"As autoridades do DPP estão a prejudicar Taiwan em nome dos seus próprios interesses. Advertimos solenemente que tentar alcançar a independência pela força é um beco sem saída", acrescentou.

Pequim manifestou ainda o desagrado através de demonstrações militares: nas últimas 24 horas, mais de 30 aeronaves chinesas - incluindo caças, bombardeiros e veículos aéreos não tripulados (drone) - sobrevoaram áreas próximas de Taiwan, segundo dados do Ministério da Defesa de Taipé.


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terça-feira, 8 de julho de 2025

🇬🇼🥖O Presidente da Associação dos Padeiros Tradicionais da Guiné-Bissau, Adulai Baldé, anunciou hoje (08/07), em conferência de imprensa, as novas regras definidas para o funcionamento dos fornos de pão dos associados.... Segundo Baldé, o horário de trabalho será das 18h00 às 12h00 do dia seguinte, com o objetivo de organizar e regulamentar melhor as atividades da classe.

PAIGC condena ataques contra Amílcar Cabral

Por  CAP GB

Bissau, 8 de julho de 2025- O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) repudiou com veemência, esta segunda-feira, os recentes ataques considerados "gratuitos, brutais e insanos" contra a figura de Amílcar Lopes Cabral, líder histórico da luta de libertação nacional e fundador do partido. Em comunicado assinado pelo Secretário Nacional, António Patrocínio Barbosa da Silva, o PAIGC considera os ataques uma tentativa deliberada de desacreditar os pilares da independência e da identidade nacional.

Na nota assinada pelo António Patrocínio Barbosa, o partido destaca o legado de Cabral, reconhecido internacionalmente como uma das maiores figuras do século XX, cuja vida e obra continuam a ser estudadas em universidades de todo o mundo. 

“Cabral foi obreiro da independência e da identidade dos povos guineense e cabo-verdiano”, afirma o documento, lembrando ainda que o líder histórico inspirou vários outros povos africanos a lutar pela soberania e liberdade.

O PAIGC classifica as ofensas contra Cabral como "blasfémias" que não podem ser justificadas por ignorância, falhas educativas ou desconhecimento histórico. 

“A história de um povo não se reescreve com blasfémias aos seus heróis”, sublinha o comunicado, reforçando a posição do partido em defesa da memória coletiva da nação guineense.

Além disso, o partido acusa o atual regime de instrumentalizar essas ofensas como parte de uma manobra de distração para ocultar as dificuldades reais do país, incluindo a degradação das instituições democráticas, a violação dos direitos humanos, o agravamento das condições de vida da população e o colapso dos setores sociais.

O PAIGC denuncia ainda o que considera ser uma estratégia do poder para desviar a atenção dos guineenses da preparação das eleições presidenciais e legislativas previstas para novembro de 2025. 

“Conhecendo-se o pânico do regime, que tenta a todo custo retardar a previsível escolha soberana do povo dos seus legítimos representantes, o PAIGC reafirma o seu compromisso com a realização dos atos eleitorais”, alerta a nota.

Por outro lado, o partido reitera a sua solidariedade com a família biológica de Amílcar Cabral, aos Combatentes da Liberdade da Pátria e a toda a nação guineense. E garante que fará tudo ao seu alcance para levar a justiça aqueles que atentam contra a memória dos heróis nacionais.

De reforçar que, o comunicado do PAIGC surge na sequência da publicação de uma cidadã nas redes sociais, na qual este proferiu graves acusações contra o líder histórico Amílcar Cabral. A atitude gerou forte indignação pública, e repudiada por cidadãos guineenses e cabo-verdianos que manifestaram nas redes sociais o seu desagrado face ao conteúdo considerado ofensivo a memória do fundador da luta de libertação nacional.

Caso Bubacar Turé: Ministério Público ordena arquivamento do processo por falta de provas

Por CAP GB

Bissau, 8 de julho de 2025 – O Ministério Público da Guiné-Bissau ordenou o arquivamento do processo relacionado à denúncia apresentada por Bubacar Turé, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos. Turé havia acusado publicamente o Centro de Hemodiálise do Hospital Nacional Simão Mendes de estar ligado a morte de todos os pacientes submetidos a tratamento na unidade.

A decisão foi tornada pública esta terça-feira, através de uma nota de imprensa, na qual o Ministério Público justifica o encerramento do caso com a ausência de indícios suficientes que comprovem a ocorrência de crime ou a identificação de eventuais responsáveis.

Segundo a nota, foram realizadas diversas diligências no sentido de apurar a veracidade dos factos denunciados. Contudo, não se conseguiu reunir elementos probatórios que sustentassem a acusação.

O documento acrescenta ainda que Bubacar Turé comprometeu-se, durante o interrogatório, a apresentar no prazo de três dias provas documentais e testemunhais que fundamentassem suas alegações. Passados mais de noventa dias, o denunciante não apresentou qualquer evidência.

"Se querem saber a verdade, Putin é gentil, mas diz muitos disparates"... O Presidente norte-americano, Donald Trump, acusou hoje o homólogo russo, Vladimir Putin, de dizer "muitos disparates" sobre o conflito na Ucrânia e afirmou que está a analisar um projeto do Senado sobre novas sanções contra Moscovo.

© Mikhail Svetlov/Getty Images    Lusa  08/07/2025

"Se querem saber a verdade, Putin diz muitos disparates. É muito gentil o tempo todo, mas isso não significa nada", declarou o Presidente norte-americano aos jornalistas durante uma reunião da administração republicana na Casa Branca, em Washington. 

Donald Trump referiu também que está a "estudar atentamente" um projeto de lei do Senado (câmara alta do Congresso) que visa "sanções muito severas" à Rússia.

O líder republicano, que desde o início do seu segundo mandato, em janeiro passado, tem tentado aproximar Moscovo e Kiev no sentido de um acordo de paz, insistiu que a guerra na Ucrânia "nunca deveria ter começado" e reiterou o seu descontentamento com Putin por se recusar a interromper os bombardeamentos intensivos no país vizinho.

Na segunda-feira, Trump anunciou o reatamento do fornecimento de armas à Ucrânia, pondo fim a uma pausa que o Pentágono (Departamento de Defesa) tinha atribuído na semana passada a uma revisão de rotina.

A decisão foi justiçada pelo Presidente norte-americano com a necessidade de Kiev se defender dos ataques ordenados por Putin, que foi referido como um homem que "não está a tratar bem os seres humanos e está a matar muitas pessoas".

Além disso, expressou a sua frustração com a falta de progressos em direção à paz num recente telefonema com o líder do Kremlin.

Durante a chamada, realizada na passada quinta-feira, Putin transmitiu que não tem intenções de recuar nos seus objetivos militares na Ucrânia e reiterou que não vai desistir das suas exigências.

Os objetivos maximalistas de Moscovo incluem o reconhecimento das quatro regiões ucranianas que as suas forças ocupam parcialmente, além da província anexada da Crimeia, e a desistência de Kiev dos seus planos de adesão à NATO e de reforço das suas forças armadas.

Estas exigências são todas recusadas pela Ucrânia, que insiste que não vai ceder a sua soberania, atacada pela invasão russa em fevereiro de 2022.

A Rússia e a Ucrânia ainda não acordaram uma data para a terceira ronda de negociações, mais de um mês depois das últimas reuniões, realizadas em Istambul, na Turquia, sem progressos significativos.

Os militares de Moscovo têm realizado nas últimas semanas alguns dos seus maiores ataques aéreos contra a Ucrânia, ao mesmo tempo que tentam progredir nas frentes de combate terrestre, enquanto Kiev tem vindo a reivindicar importantes bombardeamentos contra instalações militares em território russo.


Imigração: Lei da nacionalidade e estrangeiros? Governo disponível para alterações... O Governo está disponível para incorporar alterações às propostas de leis da nacionalidade e de estrangeiros para assegurar o máximo consenso, afirmou hoje o ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

© Zed Jameson/Bloomberg via Getty Images  Por LUSA      08/07/2025 

No final de uma reunião com o Conselho Nacional de Migrações e Asilo (CNMA), Leitão Amaro explicou que o objetivo é ter uma lei que seja "mais forte" e "mais equilibrada, mas que transforme" o processo migratório. 

O ministro precisou que hoje decorreu "uma reunião importante, que faz parte de um processo de diálogo", sublinhando que "o país precisa de um Governo com uma liderança firme" e, no caso da imigração, que garanta, por um lado, "uma regulação firme" e um processo controlado e, "em alguns casos, limitar fluxos de entrada".

Mas, acrescentou, "por outro lado, tudo é feito com humanismo, respeitando a dignidade das pessoas que quem chega e quem já cá está estrangeiro seja bem acolhido".

"Nós não precisamos de um país dividido, precisamos de um país que consiga garantir a coesão social, o tratamento digno de serviços públicos a funcionar para todos, portugueses e estrangeiros", afirmou o governante, que recusa os "facilitistas do passado que achavam que as portas deviam estar todas abertas, nem os outros mais radicais que achariam que as portas deveriam estar todas fechadas".

Hoje decorreu "mais um momento de auscultação", com "representantes das comunidades imigrantes e especialistas", que apresentaram "algumas preocupações, algumas dúvidas, alguns contributos que nós vamos escutar", acrescentou o governante, salientando que a reunião contou com "representantes do parlamento", num momento em que os diplomas estão em discussão, num "processo que não está terminado, está em construção".

"Nós gostávamos de leis o mais robustas possíveis e chamamos todos ao diálogo", acrescentou.

Há duas semanas, associações com assento no CNMA criticaram o facto de o Governo apresentar diplomas sem consultar o órgão, ao contrário do que estabelece a lei.

Segundo Leitão Amaro, "o Governo não fez alterações nenhumas, o Governo propôs ao parlamento e o parlamento está a discutir", pelo que este "é o momento certo para toda a gente falar".

Dos três diplomas, um deles já foi aprovado pelo parlamento (a Unidade de Estrangeiros e Fronteiras na PSP) e os dois restantes (alterações à lei da nacionalidade e à lei de estrangeiros) estão em debate na especialidade, estando prevista uma reunião na comissão parlamentar da especialidade na quarta-feira.

O governante recordou que as alterações previstas faziam parte das promessas eleitorais do Governo durante a campanha das legislativas de maio e admitiu alterar os pontos dos diplomas que podem ser considerados inconstitucionais, nomeadamente a retroatividade da lei da nacionalidade para o dia 19 de junho.

O presidente da Assembleia da República já manifestou dúvidas sobre esse aspeto da lei e Leitão Amaro admitiu recuar.

"É um contributo nós ouvimos com serenidade, é um debate e uma reflexão que o parlamento irá fazer com muita tranquilidade", disse, salientando que na reunião de hoje foram ouvidas "observações, propostas, críticas de vários tipos de pessoas".

"Há pessoas nas comunidades imigrantes que estão preocupadas e intranquilas" e cabe ao Governo "pacificar" as reações.

"O tema da imigração é tão sensível que não está para radicais nem para extremos", afirmou ainda


Nota de Pesar

Ministério dos Negócios Estrangeiros, da guiné-bissau

Toxina de escorpião da Amazônia é capaz de matar células de câncer de mama, mostra estudo... Testes foram realizados somente em laboratório, com células de câncer de mama cultivadas em placa. Resultados se mostraram muito positivos, inclusive em tipos de câncer de mama extremamente agressivos.

Escorpião Brotheas amazonicus, que tem um veneno com potencial para matar células cancerígenas. — Foto: Pedro Ferreira Bisneto/iNaturalist Por Júlia Carvalho,   g1.globo.com

Em ataques de animais peçonhentos, como cobras e escorpiões, o veneno muitas vezes também é o responsável por ajudar na cura, já que a partir da toxina se produz o soro específico.

Mas no caso do escorpião Brotheas amazonicus, o potencial do veneno vai muito além: a toxina pode dar origem a um medicamento para tratar o câncer de mama.

Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo identificaram no veneno do animal uma molécula com ação que se compara a de um quimioterápico muito usado no tratamento da doença.

"A molécula isolada da peçonha do escorpião, BamazScplp1, e o Paclitaxel, quimioterápico amplamente utilizado na terapia de câncer de mama, mostraram ações equivalentes na morte de células tumorais de mama", detalha Eliane Candiani Arantes, professora da faculdade e coordenadora do projeto.

🦂O Brotheas amazonicus é um escorpião endêmico da região amazônica. É considerada uma das maiores espécies de escorpião da Amazônia, podendo ter até 7 cm de comprimento. Apesar de grande, seu veneno tem baixa letalidade em mamíferos, incluindo humanos.

Até o momento, os testes foram realizados somente em laboratório, com células de câncer de mama cultivadas em placas, ou seja, em um ambiente controlado.

Mas, segundo os pesquisadores, os resultados se mostraram muito positivos, inclusive em tipos de câncer de mama extremamente agressivos.

"Uma das possíveis vantagens é que a toxina vem de uma fonte natural e pode ter uma ação diferente ou complementar à dos medicamentos que já existem", analisa Mouzarllem Barros Reis, pós-doutorando da faculdade e um dos autores do estudo.

Alternativa para tratamentos quimioterápicos

Com a descoberta, surge uma nova perspectiva para auxiliar no tratamento quimioterápico.

Um ponto destacado pelos pesquisadores é que, assim como acontece na quimioterapia, as células saudáveis também foram afetadas – o que também é comum em fases iniciais de pesquisas com substâncias anticâncer.

"Se for possível modificar a toxina para torná-la mais específica e menos tóxica às células saudáveis, ela pode se transformar numa alternativa ou adjuvante ao que já é usado na quimioterapia", afirma a pesquisadora Karla Bordon, que também participou do projeto.

Apesar de ser um desafio, já há tecnologia disponível para realizar esse direcionamento da substância apenas para as células tumorais. Uma das possibilidades seria unir a toxina a anticorpos ou nanopartículas que reconheçam o tumor.

Próximas etapas

Ainda que os resultados em laboratório sejam promissores, ainda não houve testes em animais e deve demorar para que chegue a fase de testes em humanos.

De acordo com a pesquisadora, o tempo médio entre os estudos com células em ambientes controlados e o início dos experimentos em voluntários pode chegar a 10 anos.

O intervalo pode variar bastante, dependendo do tipo de composto, dos resultados obtidos, da área terapêutica e dos recursos disponíveis.

"Antes disso [teste em humanos], é preciso passar por várias etapas: testes em animais, estudos de segurança e eficácia, e só então pensar em testes clínicos com seres humanos", detalha Eliane.

O grupo de estudo está pronto para dar sequência às próximas etapas do estudo, que são fundamentais para transformar a descoberta em um possível tratamento.

👉Segundo a coordenadora, os seguintes passos devem ser seguidos:

  • Investigação de como a toxina atua nas células do câncer

Os pesquisadores querem entender em detalhes o mecanismo de ação da BamazScplp1, o que deve ajudar a aprimorar sua eficácia e prever possíveis efeitos adversos.

  • Transformação da toxina em uma substância mais seletiva e segura

O objetivo é fazer com que a toxina atinja apenas as células tumorais, preservando as células saudáveis, o que aumentaria a segurança do futuro tratamento.

  • Realização de testes em modelos animais

Essa etapa permite avaliar como a toxina se comporta em um organismo completo, observando tanto a eficácia quanto possíveis efeitos colaterais.

  • Produção da toxina em maior escala

Devem ser utilizadas técnicas de expressão heteróloga (introdução de um gene que codifica uma proteína de interesse de uma espécie na célula de outra espécie) para produzir a toxina em laboratório de forma mais eficiente e em maior quantidade.

  • Caracterização da estrutura da toxina

A análise estrutural detalhada vai permitir a otimização da molécula para torná-la ainda mais eficaz e estável.

  • Avanço para estudos clínicos

Quando a toxina estiver pronta para ser testada em humanos, o estudo deve contar com apoio de uma farmacêutica para avançar para fase clínica, seguindo todos os os critérios regulatórios e de segurança.

Leopold Sedar Domingos KUMA, Gervasio Silva Lopes obi presidente #Sissoko tchiga, #Washington.....😂😂😂👇

Gervasio Silva Lopes obi presidente #Sissoko tchiga, #Washington, djintis di DEA kuri é sugundi, logo Gervasio fica loco cabeça yabri ku el i kunsa tchora...kkkkkkk

@ Leopold Sedar Domingos 


Veja Também:  Bo obi gerbinho es tipo binho subil cabeça....@Abel Djassi 👇


UNESCO reforça compromisso com África e quer mais sítios Património Mundial... A diretora-geral da UNESCO reforçou o compromisso desta organização com África, que representa apenas 9% dos sítios Património Mundial, na abertura da 47.ª sessão do comité que avalia, esta semana, novas candidaturas, incluindo da Guiné-Bissau e Moçambique.

© Lusa  08/07/2025

Audrey Azoulay referiu que estão a ser criados programas de formação especializada para arqueólogos, arquitetos e professores de património, incluindo a "implementação de programas e ferramentas para reforçar a competência entre uma nova geração de profissionais africanos". 

A atual sessão do Comité do Património Mundial, que começou na segunda-feira, em Paris, examina até domingo as candidaturas para aderir à lista do Património Mundial, numa altura em que a UNESCO assumiu na sua estratégia apoiar os 11 países africanos que nunca conseguiram ver um sítio integrar a lista.

Entre elas estão as "águas azul-turquesa do arquipélago dos Bijagós (Guiné-Bissau), os seus mangais, reservas excecionais da biosfera, o Parque Nacional de Maputo, um dos cinco locais indicados com "excecional potencial", e também as florestas de Gola Tiwai (Serra Leoa), refúgio de espécies ameaçadas como os elefantes florestais", as Montanhas Mandara, nos Camarões, e o Monte Mulanje, no Malaui.

O compromisso da Organização das nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) e da sua diretora geral, Audrey Azoulay, com os países de África foi também destacado pelo responsável do Centro do Património Mundial da organização, Lazare Eloundou Assomo.

"Desde a sua chegada em 2018, Audrey Azoulay fez de África não só a sua prioridade, mas também uma das prioridades globais da UNESCO. E começamos a ver resultados muito positivos", disse.

O orçamento dedicado a África aumentou para atingir em 2025 mais de um quarto do orçamento total da organização da ONU (27%), mas o objetivo de ter África mais representada está ainda longe, como mostram os dados oficiais.

O número de locais inscritos na África subsaariana passou de 93 para 108 nos últimos anos, uma proporção baixa num total de mais de 1.200 locais à escala global.

A UNESCO começou, nos anos 1990, a incluir mais "culturas vivas", até então pouco representadas o que permitiu, por exemplo, que locais sagrados e as construções de barro sejam incluídos na lista do Património Mundial devido ao seu significado espiritual, social ou simbólico.

No entanto, Eloundou Assomo e Audrey Azoulay chamaram a atenção para as ameaças ao património africano.

"O aumento dos conflitos armados, o aquecimento global e a exploração dos recursos mineiros e petrolíferos são desafios que podem pôr em perigo os sítios africanos", disse Assomo.

"A questão do património deve ser encarada como um meio de contribuir para o desenvolvimento, a que muitos países aspiram naturalmente", afirma.

"Em África, vários sítios estão sob constante ameaça devido a uma combinação de fatores: conflito, exploração ilegal e stress ambiental --- como no Parque Nacional Kahuzi-Biega, na República Democrática do Congo, onde apoiámos o encerramento de locais de mineração ilegal e ajudámos a formar 100 guardas ecológicos. E no Sudão, a UNESCO está a tomar medidas para proteger os sítios do Património Mundial e as coleções de museus", afirmou a diretora-geral.

A 47.ª reunião do Comité do Património Mundial decorre até 16 de julho, na sede da UNESCO em Paris, França.


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As ilhas dos Bijagós estão a poucos dias de poder integrar a lista do Património da Humanidade, naquela que será uma conquista histórica para a Guiné-Bissau, com o primeiro sítio reconhecido com o estatuto mundial.


O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, chegou esta segunda-feira aos Estados Unidos da América, onde foi recebido pelas autoridades norte-americanas e pela Embaixadora da Guiné-Bissau em Washington.

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A deslocação oficial enquadra-se no convite formulado pelo seu homólogo norte-americano para participar na Primeira Cimeira com líderes africanos, promovida pela atual administração dos EUA.

O encontro, restrito a cinco Chefes de Estado – da Guiné-Bissau, Gabão, Libéria, Mauritânia e Senegal, onde visa reforçar as relações comerciais e os investimentos bilaterais, com base numa nova abordagem centrada na prosperidade partilhada.

A inclusão da Guiné-Bissau nesta cimeira representa o reconhecimento do país como um parceiro estratégico com potencial de desenvolvimento e capacidade de afirmar-se com base nas suas próprias forças.

 Presidência da República da Guiné-Bissau / Radio Voz Do Povo

Rússia detém "mais de 500 estrangeiros" em rusgas anti-imigração ilegal... A polícia russa deteve mais de 500 pessoas em rusgas em albergues, pensões e locais de oração em Moscovo para identificar organizações de imigração ilegal, anunciou hoje o Comité de Investigação Russo.

© Reuters   por Lusa   08/07/2025

"Mais de 500 estrangeiros foram identificados nestes locais e entregues às autoridades para verificação do estatuto legal e possível cometimento de outros crimes", informou o comité num comunicado, citado pela agência de notícias espanhola EFE. 

As forças policiais disseram que expulsaram do país 30 pessoas por violação das regras de imigração.

Também foi identificada uma pessoa que constava da lista de procurados federais.

Após o ataque extremista islâmico ao centro comercial Crocus, em Moscovo, em março de 2024, que matou quase 150 pessoas, as autoridades reforçaram a política de migração, bem como a perseguição e procedimentos de migrantes, especialmente da Ásia Central.

Restringiram o procedimento simplificado para a obtenção de uma autorização de residência russa com base no casamento, adotaram um novo regime de expulsão e proibiram a admissão nas escolas de filhos de migrantes que não saibam russo.

Em abril deste ano, a polícia deteve 25 quirguizes numa sauna em Moscovo, o que levou o Quirguizistão a queixar-se do uso injustificado da força contra os seus cidadãos, mostrado em vídeos divulgados pelas forças de segurança russas.


Presidente do Irão criticado após pedir regresso às negociações com EUA... O Presidente do Irão, Massoud Pezeshkian, foi criticado hoje por jornais conservadores do seu país, depois de ter pedido o regresso às negociações com os Estados Unidos sobre o programa nuclear iraniano.

© Iranian Presidency/Handout/Anadolu via Getty Images   Lusa   08/07/2025 

Pezeshkian deu uma entrevista, transmitida na segunda-feira, ao apresentador norte-americano Tucker Carlson, amigo próximo do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

O diário conservador Javan lamentou hoje as declarações "um tanto brandas e demasiado gentis" do Presidente iraniano em relação aos Estados Unidos.

"O verdadeiro sentido de uma conversa com um 'pivot' norte-americano é percebido após as palavras que mostram a raiva do público e a total desconfiança em relação à América", afirmou o jornal Javan.

Nesta entrevista, o Presidente iraniano afirmou que o seu país "não tinha problemas" em retomar as negociações com os Estados Unidos, depois dos bombardeamentos realizados em junho por Israel, e posteriormente pelos Estados Unidos, contra instalações nucleares iranianas.

"Será correto voltar a sentar-se, sem condições, na mesma mesa com aqueles que já lançaram bombas" sobre a diplomacia?, questionou o jornal Kayhan, conhecido pela sua hostilidade ao Ocidente e que faz uma feroz oposição às negociações nucleares.

Os Estados Unidos, apesar de estarem em negociações com o Irão desde qbril sobre o seu programa nuclear, bombardearam a instalação subterrânea de enriquecimento de urânio de Fordo, a sul de Teerão, e as instalações nucleares de Isfahan e Natanz (centro do Irão) em 22 de junho. A extensão exata dos danos é desconhecida.

"Perante um inimigo cujas mãos estão manchadas até aos cotovelos com o sangue do nosso povo (...), não há outra solução senão nos mantermos firmes (...)", afirmou o diário Kayhan, cujo editor é nomeado pelo líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, o decisor máximo da política externa.

De acordo com a televisão estatal iraniana, pelo menos 1.060 pessoas morreram no Irão durante os ataques que duraram 12 dias, lançados de surpresa em 13 de junho pelo exército israelita, aos quais se juntaram os Estados Unidos.

O jornal reformista Ham Mihan, por sua vez, elogiou a "abordagem positiva" de Massoud Pezeshkian.

"Esta entrevista já deveria ter sido realizada há muito tempo", referiu o diário, afirmando que "as autoridades iranianas, infelizmente, estão ausentes dos meios de comunicação internacionais e norte-americanos há muito tempo".

Os Estados Unidos abandonaram em 2018, sob a primeira Administração Trump, o acordo internacional firmado em 2015 sobre o programa nuclear iraniano. O Irão, em represália, também deixou de cumprir as regras estabelecidas no pacto no que se refere ao enriquecimento do urânio.


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Trump volta atrás e anuncia que vai fornecer "armas defensivas" à Ucrânia

 @REUTERS  Por  RFI   08/07/2025

Poucos dias após anunciar a suspensão do fornecimento de alguns mísseis à Ucrânia, o presidente americano, Donald Trump, informou que voltará a enviar armas a Kiev. O anúncio foi feito em meio a um impasse diplomático sobre um cessar-fogo com a Rússia.

"Teremos que enviar mais armas, principalmente armas defensivas" para a Ucrânia, disse o presidente dos EUA na segunda-feira (7), expressando sua "insatisfação" com Vladimir Putin. "Eles estão sendo atingidos muito, muito duramente", acrescentou Trump, referindo-se aos ucranianos.

O presidente americano vem se aproximando de Vladimir Putin desde janeiro, pressionando o líder russo para obter a interrupção dos combates, sem conseguir progressos concretos.

De forma inesperada, a Casa Branca anunciou a suspensão do fornecimento de determiandos armamentos para Kiev, medida justificada oficialmente devido a preocupações com a redução dos estoques de munição dos EUA. Essa fi a primeira alteração significativa no apoio militar norte-americano para a Ucrânia desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.

Após o anúncio, autoridades americanas procuraram minimizar o impacto da decisão, mas sem fornecer detalhes.

Durante o mandato do ex-presidente Joe Biden, Washington prometeu mais de US$ 65 bilhões em ajuda militar à Ucrânia. Donald Trump, por sua vez, não anunciou nenhuma nova ajuda a Kiev desde janeiro.

Diplomacia em impasse

As negociações diplomáticas entre Kiev e Moscou estão estagnadas. Duas rodadas de negociações entre russos e ucranianos na Turquia, em 16 de maio e 2 de junho, não produziram avanços, e uma terceira rodada ainda não foi anunciada.

Na sexta-feira (4), Donald Trump disse ter ficado "muito insatisfeito" após sua conversa telefônica que teve no dia anterior com o presidente russo Vladimir Putin.

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Reino Unido impõe sanções à Rússia por uso de armas químicas... O governo do Reino Unido impôs hoje novas sanções à Rússia pelo uso de armas químicas na Ucrânia em violação da Convenção sobre Armas Químicas.

© Reuters   Lusa  07/07/2025

De acordo com a lista de sanções publicada pelo governo britânico, hoje atualizada, as novas restrições têm como alvo Aleksey Rtishchev, chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica da Rússia, e o seu adjunto, Andrei Marchenko.   

Estas unidades de comando estão envolvidas na utilização de armas químicas na Ucrânia, segundo as autoridades britânicas.

Como resultado das sanções, os seus bens no Reino Unido serão congelados e estão proibidos de entrar no país.

Também o Instituto Russo de Investigação Científica de Química Aplicada foi adicionado à lista de sanções.

De acordo com o governo do Reino Unido, o instituto forneceu aos militares russos granadas RG-Vo, utilizadas como método de guerra contra a Ucrânia, com componentes que violam a Convenção sobre Armas Químicas.

A 20 de maio, o Conselho da União Europeia adotou também medidas restritivas adicionais contra três entidades russas envolvidas no desenvolvimento e utilização de armas químicas na guerra contra a Ucrânia.

A Alemanha e os Países Baixos acusaram na semana passada a Rússia de recorrer cada vez mais a armas químicas nos ataques à Ucrânia, onde a utilização de gás lacrimogéneo e cloropicrina se tornou "prática corrente".

A denúncia consta de um relatório conjunto do Serviço Federal de Inteligência da Alemanha (BND, na sigla em alemão), e do Serviço de Informações e Segurança Militar (MIDV) e do Serviço de Informações e Segurança Geral (AIVD) neerlandeses.

O BND lamentou que a utilização de tais produtos esteja "muito difundida".

O ministro de Defensa neerlandês, Ruben Brekelmans, comentou nas redes sociais que as agências de informações confirmaram que "a Rússia está a utilizar cada vez mais armas químicas na Ucrânia".

O ministro dos Negócios Estrangeiros neerlandês, Caspar Veldkamp, disse que os Países Baixos vão abordar a questão na reunião da próxima semana do Conselho Executivo da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).

O ministro disse que os Países Baixos vão também partilhar as conclusões dos serviços de informação nessa reunião.

"É importante mostrar à comunidade internacional como a Rússia atua", afirmou.

A estação pública neerlandesa NOS noticiou que, de acordo com o Ministério da Defesa ucraniano, a substância foi utilizada em 9.000 ataques contra soldados ucranianos, nos quais o gás causou pelo menos três mortes.

De acordo com os serviços secretos neerlandeses, a utilização de armas químicas causa indiretamente mais vítimas ucranianas, uma vez que obriga muitos soldados a abandonar os esconderijos que depois são mortos com outras armas.

A Rússia assinou a Convenção sobre Armas Químicas que proíbe a utilização ou o armazenamento de armas químicas.  

No ano passado, o Reino Unido sancionou soldados russos pelo uso de armas químicas no campo de batalha na Ucrânia.

Foram também designados dois laboratórios científicos do Ministério da Defesa russo.

No passado, os Estados Unidos acusaram as forças russas de utilizarem produtos químicos perigosos na Ucrânia, incluindo gás lacrimogéneo e o agente tóxico asfixiante cloropicrina - utilizado pela primeira vez em combate durante a 1ª Guerra Mundial.

O Kremlin rejeitou as acusações na altura, considerando-as "infundadas".

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.   


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Apenas um refrigerante por dia pode aumentar o risco de diabetes... Com o estudo, investigadores do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington descobriram que, mesmo de forma conservadora, comer carnes processadas, bebidas açucaradas e ácidos gordos trans está associado a um risco maior de doenças e de cancro.

© Shutterstock   por Mariana Moniz  noticiasaominuto.com 07/07/2025 

Um novo estudo publicado na revista Nature Medicine pode fazê-lo repensar as suas escolhas alimentares. Investigadores estão a denunciar bebidas açucaradas, carnes processadas e gorduras trans.  

A grande descoberta? Mesmo pequenas porções regulares destes alimentos estão associadas a um risco significativamente maior de diabetes tipo 2, cancro colorretal e doença arterial coronariana (isquemia).

Na análise, uma equipa de investigadores do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington, reviu mais de 60 estudos observacionais anteriores que examinaram o impacto da dieta nas principais doenças.

Eles usaram uma abordagem de ónus da prova, que considera a força da evidência para vários pares de risco-resultado e atribui uma classificação por estrelas às descobertas.

Com o estudo, descobriram que, mesmo de forma conservadora, comer carnes processadas, bebidas açucaradas e ácidos gordos trans está associado a um risco maior de doenças e de cancro.

Mais especificamente: 

  • Beber uma bebida açucarada por dia (como uma lata de refrigerante de 355 ml) está associado a um aumento de pelo menos 8% no risco de diabetes tipo 2 e a um aumento de 2% no risco de doença arterial coronariana;
  • Comer carne processada está associado a um aumento de 11% no risco de diabetes tipo 2 e a um aumento de 7% no risco de cancro colorretal;
  • A ingestão de ácidos gordos trans está associada a um aumento de 3% no risco de doença arterial coronariana.

De forma alarmante, os investigadores descobriram que não é preciso consumir muitos desses alimentos para aumentar o risco de doenças.

"A nossa observação de que os maiores aumentos no risco de doenças ocorreram em baixos níveis de ingestão sugere que mesmo níveis mais baixos de consumo habitual desses fatores de risco dietéticos não são seguros", escreveu a equipa, liderada por Demewoz Haile, um cientista investigador do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde em Seattle.

De acordo com a CNN, médicos que leram, mas não estavam envolvidos no estudo, também concluíram que "não existe uma quantidade segura" de carnes processadas para comer, e que até mesmo um cachorro-quente por dia pode aumentar o risco de doenças. 

Por que é que os refrigerantes, as carnes processadas e as gorduras trans são tão más para a saúde?

Bebidas açucaradas, como refrigerantes, aumentam a inflamação e podem causar ganho de peso, explicam os autores do estudo. Carnes processadas, como bacon e salsichas, geralmente contêm nitritos, que podem converter-se em compostos cancerígenos no estômago.

E, finalmente, sabe-se que as gorduras trans reduzem o colesterol bom e aumentam o colesterol mau, fatores que contribuem para a placa que obstrui as artérias.

É por isso que as autoridades de saúde estão a pedir às pessoas que limitem ou até mesmo eliminem esses alimentos das suas dietas.

"As nossas descobertas apoiam a recente iniciativa da OMS de proibir gorduras trans e gorduras produzidas industrialmente, e o seu apelo para tributar bebidas adoçadas com açúcar para reduzir doenças não transmissíveis relacionadas com a dieta", escreveram os autores.

"Políticas que promovam o acesso e a acessibilidade de opções alimentares mais saudáveis ​​podem ajudar  a mitigar os riscos. Portanto, esforços devem ser intensificados para aumentar a consciencialização pública e ações políticas devem ser implementadas para reduzir o consumo desses fatores de risco alimentar e promover opções alimentares mais saudáveis".